37) O Paralítico de Bestada
 
1. A Cura do enfermo: Jo 5:1-9 
2. Os judeus se escandalizam na cura num sábado: v.10-16. 
3. A justificativa de Jesus: v.17-29. 
 
Explicação e ensinamentos: 
Estimule as crianças a imaginar o leito de um doente. Comente a miséria desta pessoa, como, de outro lado, a preciosidade da saúde. Todos já agradeceram a Deus pela saúde? Em Jerusalém não havia hospitais. Ninguém cuidava de ninguém. Cada um vivia por si. Mas lá havia um tanque com virtude divina. 
A "Porta das Ovelhas" dá passagem para ir ao Monte das Oliveiras, passando sobre o Ribeiro de Cedron. "Betesda" é "Casa da Misericórdia" ou "Casa da Graça". Os alpendres, que eram um tipo de galpão, serviam para acomodação dos doentes, para não ficarem ao relento. 
"Os anjos", no Velho Testamento, frequentemente mediavam bênção divina para Israel (Veja Atos 7:53). Já no tempo do Senhor aqui na Terra isso já tinha diminuído bastante, porém, ainda testemunhavam a bondade de Deus. A doença é aqui uma decorrência do pecado (v. 14), e o doente a verdadeira figura do pecador: sem força, indefeso. Havia bênção, mas o miserável não podia fazer uso dela, porque não havia nele força. Faça uma aplicação à lei: Quem cumprisse a lei, viveria (Lc 10: 28); mas, por causa do pecado, o homem não tinha força para cumpri-Ia (*Rm 8:3; *7:18). O Senhor, que viera em graça, não exigiu nadado enfermo. Ele deu ¬lhe saúde a ponto de poder carregar o próprio leito do qual dependera. A todo pecador o Senhor dá perdão, vida eterna e o espírito de filiação (a Bíblia de Almeida diz "espírito de adoção"), se tão somente vier a ele, arrependido, confessando os pecados. 
A cura provocou escândalo, porque Deus havia proibido, na lei, o trabalho no sábado**, e porque, sobretudo, o curado carregava o seu leito. O curado confiava inteiramente na palavra daquele que lhe havia perdoado os pecados e o havia curado. Ele seguia a Jesus. Tomou a sua cama e a levou para sua casa. Jesus respondeu aos que o consideravam por causa do quebrantamento do sábado: "Meu pai trabalha até agora, e eu trabalho". Esta resposta irritou ainda mais aqueles judeus cegos. Eles entenderam muito bem que dessa maneira Ele chamava a Deus de Pai e não fazia caso da menção que Eles faziam da lei. 
O Filho de Deus, em comunhão com o Seu Deus e Pai, e em total dependência d'Ele, opera em meio aos sofrimentos de uma humanidade pecadora (v.17 e 19). O Pai ama o Filho, e este fará obras ainda maiores: Ele há de ressuscitar os mortos (v. 21) e fazer juízo (v.22). Haverá uma ressurreição, em primeiro lugar para os espiritualmente mortos, e em segundo lugar para os fisicamente mortos. Note que a expressão: "e agora é" no verso 25, não está inclusa na menção da ressurreição dos fisicamente mortos, pois esta ainda está no futuro. No versículo 25, temos a ressurreição segundo o espírito, no versículo 28, segundo o físico. As pessoas, enquanto incrédulas, estão espiritualmente mortas, não sentindo falta de Deus, e sem vida espiritual (*Ef 2:1,5). 
Aqueles, porém, que, agora, durante o tempo da graça, ouvem a voz do filho de Deus, isto é, os que dão ouvidos à palavra vivificante, já possuem aqui na Terra três preciosidades: 
1. Eles têm a vida eterna; 
2. Não entram em juízo; 
3. Passaram do estado de morte espiritual para o de vida segundo Deus (*Jo 5:24). 
 
No final do capítulo, nos versículos 31-40, ainda encontramos quatro testemunhos a respeito de Jesus, o filho de Deus: 
1. O testemunho de João Batista (compare v.33, Jo 1:32¬34); 
2. O testemunho de Suas próprias obras (v.36); 
3. O testemunho do Pai (v.37); 
4. O testemunho das Escrituras (v.39). 
 
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