24) O Centurião de Cafarnaum 
 
1) Suas virtudes e sua Fé. Lc 7,1-8. 
2) O socorro do Senhor: vs. 9-11. 
 
Explicação e Ensinamentos: 
O assunto principal é a fé do centurião. 
1) repito o que em outra ocasião foi dito a respeito de Cafarnaum (tópico 17). O centurião (que comandava 100 homens), um gentio nobre, mas que, como Cornélio, temia a Deus (At 10,2). Ele estimava os seus servos. Os escravos muitas vezes eram maltratados, não tinham direitos e eram propriedade do seu senhor. Quão diferente era este centurião. Ele se empenha pelo servo doente; demonstra condolência, compaixão e humildade. Enviou os anciãos, depois seus amigos, e, finalmente vai ele mesmo (compare Mt 8,5). 
O centurião estimava também os judeus, embora estivessem decaídos. Ele os amava por serem o povo de Deus, e lhes construiu uma sinagoga. Os judeus, por sua vez, retribuem esse amor, apesar de ser ele um romano (eles, normalmente, odiavam os romanos, o que é um bom testemunho da generosidade dele). 
 
2) Vemos que o centurião possuía uma série de boas qualidades, mas somente pela fé o seu servo pôde ser curado e salvo (*Mc 11,24). Quão grande deve ter sido sua fé, pois até o Senhor se admirou dela. Ele não era nenhum Rabi, nem fariseu ou escriba, que estivesse esperando pelo Messias. É um gentio, mas humilde. Prostrou-se perante Jesus e reconheceu sua grandeza e sua onipotência (só diz uma coisa: "eu não sou digno") *SI 107,20-22. Pela fé o centurião fez-se participante das bênçãos do Filho de Deus. Israel, que se gloriava da sua descendência como filhos de Abraão, excluiu¬-se das bênçãos terrenas e das celestiais por causa da incredulidade. Para a fé, no entanto a qualquer tempo está aberto o caminho para Deus (* Jo 3,36; 10,16; Rom 11,17-21). 
Nota: Aplicando-se a esta passagem a expressão" deitado à mesa" , quer dizer: ter parte nas bênçãos e nos prazeres de Abraão (Banquete: Lc 4,23). Os povos do Oriente (Babilônios) e Ocidente (Romanos) eram inimigos de Israel. 
 
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