DÍZIMO - QUAL SEU PROPÓSITO?

A lei de Moisés apresenta o propósito divino com relação ao dízimo. O dízimo demonstrava a forma de Deus suprir as necessidades materiais dos Levitas e dos pobres em Israel. Era um programa complexo e detalhado de taxação designado a dar auxílio e apoio à classe sacerdotal, aos pobres, aos estrangeiros e as viúvas. Os levitas não tinham herança terrena; portanto, as outras tribos supriam as suas necessidades.
 
O estudioso, R. E. O. White, explica o propósito do dízimo da seguinte forma:
"O dízimo representa uma cobrança sobre produção ou trabalho tributável para a manutenção das atividades religiosas".
 
Eugene Merrill, outro grande erudito, concorda com este ponto de vista ao afirmar:
"O dízimo era dado aos Levitas como fonte de renda e compensação pelo seu serviço no tabemáculo".
 
Um estudo minucioso do dízimo revela que os Israelitas davam mais do que simplesmente dez por cento da sua renda. Pelo contrário, eles davam quase que o dobro disso, ou mais. Havia três itens principais no estatuto do dízimo, e depois havia as leis adicionais.
 
Primeiramente, havia o dízimo levítico (Lev.27: 30-33 Núm.18: 21-24, 26-28), que separa produção, renda e animais para o sustento do sacerdócio.
Em segundo lugar, após entrar na terra prometida, um segundo dízimo de toda a produção deveria ser levado a Jerusalém, ou, se a distância fosse muito grande, a produção poderia ser vendida e o seu preço levado (Deut.12:6-7, 17-18, 14:22-27). Em terceiro lugar, a cada terceiro ano, chamado de "o ano do dízimo" outros dez por cento da produção deveriam ser postos de lado para os Levitas que moravam no campo, para os estrangeiros e para as viúvas (Deut.14:28-29). Além disto, "quando também segardes a sega da vossa terra, o canto do teu campo não segarás totalmente, nem as espigas caídas colherás da tua sega. Semelhantemente não rabiscarás a tua vinha, nem colherás os bagos caídos da tua vinha; deixá-las-ás ao pobre e ao estrangeiro" (Lev.19:9-10).
 
Os Israelitas também pagavam uma taxa para o templo, de uma terça parte de um ciclo "para o ministério da casa do nosso Deus; para os pães da proposição, e para a contínua oferta de manjares, epara o contínuo holocausto dos sábados e das luas novas" (Neem.10:32).
Além disto, os Judeus precisavam descansar a terra a cada sete anos, e a terra deveria ficar em repouso por um ano (Ex.23:10-11).Também no sétimo ano era ordenado que os Israelitas perdoassem as dividas uns dos outros (Deut.15:1-2). O total exigido para custear as estruturas religiosas e cívicas era de 25-30% da renda anual de um Israelita. Os dízimos eram os impostos da Teocracia Israelita do Velho Testamento.
Este sistema de taxas foi instituído por Deus para o sustento do governo e dos que tinham necessidades naquela sociedade Teocrática. Hoje, não existe urna sociedade Teocrática; e em seu lugar temos os governos das nações que tem suas leis de impostos para suprir as estruturas governamentais e cívicas.
 
O Novo Testamento e o Dízimo
 
O Novo Testamento fica em silêncio sobre o dízimo. A prática do dízimo não é ordenada pelo Senhor, nem por nenhum outro dos escritores do Novo Testamento. Este fato tem dado grande peso para a idéia de que o dízimo era ligado ao sistema Mosaico e era a forma de sustentar os Levitas, os pobres, e os estrangeiros.
Muitos estudiosos de renome têm, portanto, deduzido que o dízimo não é obrigação do cristão hoje.
 
Wick Broomail escreve:
"O silêncio dos escritores do Novo Testamento, especialmente Paulo, com relação à validade do dízimo nos dias de hoje pode ser explicada somente pelo fato que a
dispensação da graça não tem lugar para a lei do dízimo, da mesma forma que não tem lugar para a lei da circuncisão".
 
Entretanto, Deus deseja que nós ofertemos, e ofertemos graciosarnente. As necessidades financeiras dos pobres, dos que servem a Cristo, e da viúva ainda deveriam ser nossa preocupação.
Generosidade deveria certamente caracterizar a igreja Neo Testamentária. O ensinador da Bíblia, G. Campbell Morgan, enquanto leva em conta a perspectiva do Novo Testamento sobre o dízimo e o desejo de Deus, sabiamente aconselha os cristãos que tem questionado o papel do dízimo.
Ele escreve:
"Eu não creio pessoalmente que o dizimo seja uma incumbência nossa. Era uma provisão judaica que já passou, junto com o restante da lei. Isto não significa que devemos ser desleixados quanto ao ato de dar... por esta razão eu nunca pude dizer às pessoas que se sentem dirigidas a dar o dízimo para não fazerem isto, mas sim que elas não devem se limitar a dar somente o dízimo".
 
O Propósito de Dar Livremente Além do que o dízimo exigido
 
O Israelita piedoso dava as ofertas "voluntárias" e também "as primícias". A ênfase desta oferta não era a porcentagem, mas a atitude do ofertante e a qualidade da oferta. Estas ofertas eram principalmente para o sustento da obra de Deus e para adorar a Deus: "todo o melhor do azeite, e todo o melhor do mosto e do grão, as suas primícias que derem ao SENHOR" (Núm.18:12)
 
Quando era para ofertar para o tabemáculo ou para o templo, não era o dízimo, mas oferta voluntária que era o desejo do coração de Deus.
"Fala aos filhos de Israel que me tragam uma oferta alçada; de todo o homem cujo
coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta alçada" (Êxodo 25:2).
 
Quando o templo ia ser construído, encontramos o mesmo princípio: ofertas voluntárias vindas de corações dispostos; adoradores, era o que o Senhor desejava. "E o povo se alegrou do que deram voluntariamente; porque com coração perfeito, voluntariamente deram ao SENHOR. .." (I Crôn.29:9).
 
A oferta voluntária era diferente do dízimo em muitos aspectos: o dízimo era uma taxa exigida ao passo que a oferta voluntária era o transbordar do coração do adorador; o dízimo era para o sustento do sacerdote, dos pobres, das viúvas enquanto a oferta voluntária era para Deus e para a Sua obra; e finalmente a oferta voluntária não era restrita a porcentagens, mas era limitada somente pela capacidade do ofertante de dar.
 
O Plano de Deus para o Ofertar Hoje
 
Tem sido dito que a generosidade era a graça dos reis. Em dias passados, somente os reis podiam fazer tal coisa, mas hoje generosidade e um coração disposto a dar são o plano de Deus para o ofertar. Debaixo da graça, Deus não tem pedido aos cristãos que deem meramente dez por cento da sua renda. Se um cristão quisesse seguir o exemplo de Israel, seria exigido dele não simplesmente um décimo da sua renda, mas sim 25% da mesma. O sistema de dízimo de Israel não é o propósito de Deus para hoje, mas Deus deseja que os cristãos ofertem generosamente aos pobres, aos necessitados e à obra de Deus.
 
Na verdade, muitos cristãos ofertam abundantemente e sacrificialmente para a obra de Deus; em alguns casos, muito acima dos padrões do Velho Testamento.
 
William McDonald corretamente diz: "... 0cristão deve dar liberalmente. O dízimo era o mínimo que um Israelita podia dar. Ele trazia dízimos e ofertas. Nenhum cristão deveria se contentar em dar, hoje no período da graça, o que era o mínimo exigido no período da lei".
 
Conclusão
 
Hoje os princípios do ofertar não são pesados, complexos, nem rígidos. Recursos não precisam ser solicitados, mas são voluntária e generosamente supridos pelos cristãos compromissados.
 
O cristão deve ofertar:
 
regularmente: "todo primeiro dia da semana";
individualmente: "cada um de vós";
proporcionalmente: "conforme a sua prosperidade";
generosamente: "0 que semeia em abundância em abundância também ceifará";
e por fim, alegremente: "Deus ama ao que dá com alegria".
 
Hoje, nossas ofertas voluntárias, vindas de corações alegres, são o plano de Deus para promover a causa de Cristo e da Sua igreja. Que o Espírito de Deus opere em nossos corações a fim de que possamos ofertar abundantemente para Ele.
(Traduzido por Janice Gebara. Título original: "The Purpose of Tithing" por David Dunlap. Permissão concedida pelo autor.)
 
 
Um pouco mais sobre o dízimo e a oferta...
 
O dízimo aparece pela primeira vez na Bíblia em Gênesis 14:20, quando Abraão vinha de uma guerra travada a favor de seu sobrinho Ló, e se encontrou com Mequisedeque dando-lhe o dízimo de tudo.
A prática do dízimo, de dedicar uma décima parte, especialmente do despojo de guerra, se tornou uma prática aceita entre as nações.
O dízimo da batalha era oferecido a uma divindade através de um sacerdote desta divindade. Em Israel, Jeová exigia um dízimo anual da produção da terra. Uma décima parte, ano após ano, era dedicada ao sustento material e à manutenção da tribo de Levi (Núm. 18:21).
Jeová deu ao povo a abundância da terra, frutas, trigo, óleo e vinho e através do mandamento dAquele que deu a abundância, os filhos de Levi recebiam o dízimo desta produção (Neem. 10:34-39). Nem todos os filhos de Levi eram sacerdotes, portanto dos dízimos que pertenciam à tribo de Levi, uma décima parte pertencia aos sacerdotes.
Isto era conhecido como "o dízimo dos dízimos" (Neem. 10:38; Núm. 18:26). Os levitas não tinham herança pessoal, ou posse de terra e por isto eram sustentados pelos dízimos dos que tinham, para que, por sua vez, eles pudessem se dedicar ao serviço da casa de Deus. Os sacerdotes, portanto, por decreto, eram semelhantemente sustentados pelo "dízimo dos dízimos", uma décima parte de tudo o que era dado aos levitas.
Em Hebreus 7:5, o escritor está querendo mostrar que estes levitas, no sacerdócio, recebiam o dízimo de seus irmãos. Porém, era um acordo legal e ritualístico; era um mandamento. Não indicava, de forma alguma, que os sacerdotes ou os levitas em geral, eram melhores do que seus irmãos, pois eles também eram filhos de Abraão. Em Israel, os que pagavam o dízimo e os que recebiam o dízimo eram filhos do mesmo pai Abraão. No caso deles, receber o dízimo não era por causa de alguma Superioridade ou qualquer outra grandeza. Era uma coisa da Lei; nada mais. Era o seu direito somente por causa do mandamento.
Mas quando passamos para a época da igreja, que nascera no dia de pentecostes em Atos 2, não vemos mais esta prática nas igrejas locais.
Em Atos 15, vemos que houve uma reunião para decidir o que da lei os crentes devia observar, e ficou decidido que: "Na verdade, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos,  e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Bem vos vá." (Atos 15: 28-29) Seria conveniente ler todo capítulo de Atos 15.
Em nenhuma parte das epístolas no Novo Testamento, e na história da igreja no livro de Atos, encontramos mandamento de pagar o dízimo. Pois, como acima já frisamos, este mandamento estava ligado com a nação de Israel que dizimivam para os levitas e sacerdotes, por ter direito a recebe-lo.
No Novo Testamento encontramos "A Coleta", que não é um mandamento, nem uma continuação do dízimo, mas uma contribuição voluntária ofertada pelo crente quando a igreja está reunida no primeiro dia da semana.
"Ora, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia.  No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que se não façam as coletas quando eu chegar." (1 Coríntios 16: 1-2)
A frase "agora, quanto a" indica que na carta enviada pela igreja em Corinto havia uma pergunta sobre a coleta (veja este preceito em 7:1; 7:25; 8:1; 12:1). A questão toda da coleta era de suma importância ao coração do apóstolo. Tinha por finalidade suprir a necessidade dos pobres dentre os santos em Jerusalém (Rom. 15:26). É mencionada em 2 Cor. 8 e 9, Rom. 15, e Atos 24:17.
Anteriormente, Paulo e Barnabé tinham participado na coleta para aliviar os efeitos da fome na Judéia (Atos 11:27-30). Fica claro, de Rom. 15:25-27, que Paulo considerava a coleta como a expressão da dívida espiritual que os convertidos gentios deviam à igreja em Jerusalém, e como uma manifestação tangível da unidade e solidariedade dos santos. A palavra "coleta", que se encontra nos vs. 1 e 2, é a palavra grega" logia" (veja a nota abaixo para ver outras palavras
usadas, em outros lugares, para descrever a oferta). Embora não temos nenhuma informação quanto às instruções dadas às igrejas da Galácia, deduzimos que receberam as mesmas instruções que foram dadas, aqui, aos coríntios. Paulo coloca diante dos coríntios o exemplo das igrejas da Galácia e, em II Cor. 8:1-4, o exemplo dos macedônios; em II Cor. 9:2, ele coloca diante das igrejas da Macedônia o exemplo dos coríntios; e em Rom. 15, ele coloca diante dos romanos o exemplo das igrejas da Macedônia e Corinto. Paulo está fazendo tudo ao seu alcance para estimular interesse nas necessidades e sofrimentos dos santos em Jerusalém. A doação de seus bens expressaria, de uma maneira muito prática, a verdade de um só Corpo, cada membro cuidando dos outros.
A referência ao "primeiro dia da semana" (todo domingo) salienta o significado que este dia tinha para a igreja primitiva (veja também Atos 20:7; Apoc. 1:10), e está em contraste com o sábado, que nunca é assim chamado. Está obviamente ligado com a ressurreição do Senhor Jesus, como também com o dia de Pentecostes.
"Cada um de vós" indica que ele esperava que cada crente, qualquer que fosse as suas circunstâncias, faria uma contribuição.
"Ponha de parte" é entendido, por alguns, como significando colocar alguma coisa à parte em casa ("ponha de parte, em casa", ARA), enquanto outros julgam que a menção do primeiro dia da semana indica que era levado à igreja e guardado pelos tesoureiros.
Nenhum princípio está em risco, embora colocar à parte, em casa, evitaria qualquer tentação à mau uso. "O que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade", faz com que a oferta seja de acordo com a prosperidade. Um crente piedoso atribuiria toda a sua prosperidade à bondade de Deus. Esta contribuição sistemática faria com que a igreja não estaria despreparada para enfrentar um apelo de ajuda quando o apóstolo chegasse; o necessário estaria prontamente disponível para ajudar suprir a necessidade. É muito interessante que Paulo não impõe o princípio do dízimo para suprir a necessidade desta situação. Enquanto a cobrança do dízimo foi praticada no VT, as únicas referências, nos Evangelhos, além da confissão do fariseu em Lucas 18:12, estão em Mat. 23:23 e Lucas 11:42, onde o Senhor pronunciou um ai aos fariseus. Nas epístolas, não há nenhuma menção do dízimo, mas contribuíam "conforme a sua prosperidade", ou "segundo propôs no seu coração" (11 Cor. 9:7). O fato de que se espera que demos proporcionalmente à nossa renda, deve exercitar profundamente a nossa consciência. É dito com freqüência que se uma décima parte (o significado da palavra "dízimo") era exigido debaixo da Lei, então o efeito da graça deve exceder esta exigência. Deste versículo devemos compreender que nossa contribuição deve ser:
 
  • a) regular no primeiro dia da semana;
  • b) individual cada um de vós;
  • c) sistemática ponha de parte;
  • d) proporcional.. conforme a sua prosperidade.
 
Uma verdadeira apreciação da graça de Deus, e da morte de Cristo por nós, influenciaria profundamente o valor da nossa contribuição.
Seria difícil gastar mais em férias, em roupas, ou em passatempos, do que se dá a Deus. Um senso da responsabilidade de mordomo também nos faria perceber que não é uma questão de dar do nosso dinheiro a Deus, mas sim, de guardar o dinheiro dEle para nós mesmos.
 
Esta palavra "Coleta" (logia), é apenas uma de muitas palavras usadas para descrever a dádiva a ser enviada a Jerusalém. Foi uma coleta extra, adicional e voluntária.
 
"Dádiva" (charis, v. 3) é uma dádiva dada gratuitamente, um ato gracioso de benevolência. Expressa a alegria e o prazer de dar.
 
"Comunicação" (koinonia, II Cor. 8:4, também traduzida "dons" em II Cor. 9: 13 e "coleta" em Rom. 15:26). Esta palavra mostra a comunhão que a dádiva expressa, e assim significa compartilhar e repartir ativamente com os outros.
 
"Serviço" (diakonia, II Cor. 8:4; traduzido "administração" em 9: 1, 12, 13) destaca a idéia de uma forma de serviço prático que o cristão pode expressar. Sugere que os nossos recursos e meios podem alcançar lugares que nós não podemos alcançar.
 
"Abundância" (hadrotes, II Cor. 8:20) ocorre uma só vez. Destaca a liberalidade e generosidade da dádiva dos santos.
 
"Bênção" (eulogia, II Cor. 9:5), traduzido "dádiva" na ARA, é literalmente "bênção" como na ARC. Os santos em Corinto tinham sido abençoados por Deus, e portanto agora procurariam abençoar os outros em Seu nome, tal "bênção" evidenciando-se no seu dar.
"Ministração" (leitourgia, II Cor. 9: 12; Fil. 2: 17, traduzida "serviço") enfatiza a idéia de serviço sagrado ou sacerdotal. A dádiva era a expressão de tal serviço, prestado por um grande número de crentes para suprir as necessidades dos outros. É verdade que a palavra transmite a idéia de serviço público, porém seu uso em Fil. 2, e a associação do verbo cognato em Rom. 15:27, lhe daria um caráter sagrado.
 
"Esmolas" (eleemosune, Atos 24: 17) significa que a dádiva expressava a "misericórdia" daqueles que haviam contribuído. Eles mesmos, havendo recebido misericórdia da parte de Deus, ficaram contentes em poder expressar misericórdia desta maneira aos seus irmãos.
 
"Ofertas" (prosphora, Atos 24:17) é usada do sacrifício de Cristo em Ef. 5:2, e dos próprios crentes em Rom. 15:16. O que foi uma dádiva aos homens, foi em primeiro lugar uma oferta a Deus. Assim paulo enfatiza o seu caráter elevado.

 

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