55) A História do Rico e o Lázaro
 
1. Os dois homens nesse mundo: Lucas 16: 19-22. 
2. Os dois homens no além: versos 23-31. 
 
Explicação e ensinamentos: 
Considere novamente aquilo que o Senhor havia dito no fim da parábola anterior (versos 9-13). O que os fariseus pensavam disso? Leia o verso 14! E porque ridicularizavam o Senhor? Porque eram avarentos, amavam o dinheiro e é por isso que o ensino de renegar o que é do mundo (as riquezas) lhes parecia desprezível. No conceito dos judeus os bens eram um sinal de estarem no favor de Deus, e a pobreza um juízo. Mas quando se trata da salvação da alma, da bem-aventurança eterna, a riqueza se tem tomado justamente um empecilho para o homem caído. Leia Marcos 10:23-25! É o mesmo que também vemos na história do homem rico. Enquanto usufruía de seus bens não pensava no futuro, e até mesmo cerrou os seus olhos para não ver a aflição de seu próximo e não considerar o que Deus exigia de sua alma. Não se importava com Deus nem com a eternidade. No registro de seus pecados, aparentemente, não constou nenhuma transgressão "grave", mas bastou o pecado de sua omissão para levá-lo ao Inferno (*Tiago 4:17). No gozo do presente, tal como Esaú, ele desprezou aquilo que Deus queria lhe dar para a eternidade; escolheu o mundo e não o céu, e por isso, com a morte, perdeu os dois. A morte lhe roubou tudo o que tinha aqui, e o céu... ele também não ganhou! (Salmo 49:14 e *Mateus 16:26). Na parábola anterior o mordomo tratou do futuro, o rico aqui não. E semelhantemente ao rico agiram os soberanos de Israel, especialmente os fariseus, que amavam o dinheiro. 
 
A situação de Lázaro era diferente. Seu nome quer dizer: 
"Deus é minha ajuda". Ele era pobre e doente, não tinha nada aqui na Terra, mas confiava em Deus. Qual o fim que os dois tiveram? De Lázaro lemos que foi "levado pelos anjos para o seio de Abraão". Aqui a bem-aventurança é descrita na figura de um banquete em que Lázaro recebeu um lugar de honra junto ao seio de Abraão, o "pai dos crentes". Depois de sofrer por um pouco aqui na Terra, ele é, finalmente, eternamente consolado. Que prêmio! (*Fp 1:21; Rm 8:18; 2 Co 4:17-18) 
O rico morreu e foi sepultado, possivelmente com muitas honras, (ao passo que do funeral de Lázaro nem é feito menção), ma!; no além sua alma despertou no tormento da eternidade. [O texto original da Bíblia cita o lugar descrito aqui como "Hades", e não "Inferno" como em Marcos 9:43.45.47. "Hades" é simplesmente o "reino dos mortos". É o lugar em que permanecem as almas dos que morreram, e de onde aguardam a ressurreição dos corpos (N. T.: os ímpios estão ali separados dos justos). Nesse lugar os ímpios já estão sofrendo, ao passo que a porção dos justos ali é o Paraíso]. Ao longe o rico pôde ver a Abraão, que aliás também foi rico aqui na Terra, mas que vivia por fé e se considerava estrangeiro aqui, e foi chamado "amigo de Deus" (Hb 11:9; Tg 2:23). Junto a Abraão vê a Lázaro no gozo de sua bem-aventurança. Mas ele próprio está em tormentos, e eis que aqui se lhe abrem os olhos: enquanto estava na Terra, jamais elevou os seus olhos para Deus. Em vão implora por alívio de seus sofrimentos e para que Lázaro seja enviado a seus irmãos que ainda estão na terra. Da resposta de Abraão aprendemos também a importância da Palavra de Deus, pois diz que "Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tão pouco se deixarão persuadir" etc. Notemos que nem mesmo o testemunho de alguém que ressuscitou dentre os mortos tem o valor da Palavra de Deus. Assim sendo, depois da Sua ressurreição, o Senhor Jesus também não mais apareceu aos judeus que não quiseram crer na Palavra de Deus. 
 
Como nos ensina esta história! 
Aqui não aprendemos como chegar ao céu, mas que o mais importante aqui nesta terra é tratar do além e da eternidade, e estar preparado. Esta história também confirma e esclarece a lição do "mordomo infiel" (*Lc 16:25; SI 37:35-38). 
 
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