AS FESTAS DO SENHOR
 
UMA EXPOSIÇÃO SOBRE AS FESTAS DO VELHO TESTAMENTO
G. Davison
 
 
Leia: Êxodo 12 - Levítico 23 - Deuteronômio 16
 
"Até que vocês tenham feito um estudo dos 'três setes', nunca saberão onde estão nos caminhos dispensacionais de Deus." Esta afirmação é atribuída ao falecido Dr. Wolston. 
 
Os 'três setes' a que ele se referiu são: 
  • (1) As festas de Jeová, Lv 23. 
  • (2) As parábolas do reino, Mt 13. 
  • (3) As mensagens às igrejas, Ap 2 e 3. 
 
Essa afirmação é verdadeira e um estudo dessas passagens das Escrituras recompensaria plena¬mente o estudante. Um ponto interessante é verdadeiro com referência a todos os três. Eles se dividem em quatro e três. Será óbvio para o estudante que as quatro primeiras festas permanecem juntas e as três ultimas também. Nas parábolas, as quatro primeiras vão juntas e as últimas três também. Mas, nas mensagens às igrejas, as três primeiras vão juntas e depois as quatro últimas. Uma palavra sobre isso pode ser útil. 
 
As primeiras quatro festas têm sido cumpridas no cristianismo; as últimas três ainda terão que s cumprir em Israel num dia futuro. Em Mt 13, as quatro primeiras parábolas foram proferidas do lado de fora da casa e as três últimas, de dentro. As quatro primeiras descrevem o reino em seu aspecto exterior e de uma maneira que todos possam ver no mundo. As três últimas o apresentam de maneira que somente aqueles ensinados por Deus são aptos a entender. Grandeza e corrupção vistas externamente; valor e unidade ocultos internamente e conhecidos só daqueles que são ensinados por Deus por meio do Espírito. Isso é sugerido pelo fato de que os discípulos estavam a sós com o Senhor dentro de casa. Olhos e ouvidos lhes foram dados por Deus para que pudessem 
entender isso igualmente em seus aspectos externo e interno, v 16. Então, nas mensagens às igrejas, os três primeiros estados têm passado, mas os quatro últimos continuam até o fim. As condições locais descritas nessas igrejas servem para mostrar como, historicamente, a igreja tem correspondido a sua responsabilidade neste mundo. Até aqui temos visto os três 'setes', porém o objetivo desse artigo é se ocupar com o "primeiro sete".
 
Levítico 23: Há oito festas neste capítulo, começando com a festa do sábado e findando com a festa dos tabernáculos. É evidente que a festa do sábado é semanal, no entanto as outras sete ocorriam anualmente. É evidente que o sábado ocupa um lugar em si mesmo, é a única festa abordada na primeira declaração: "As festas estabelecidas de Jeová" (v.2, Versão New Translation*). Urna nota de rodapé por J.N.D. nos diz que "festas estabelecidas" significa "tempos fixados" (para aproximar¬-se de Deus). Um outro pensamento básico desta palavra é encontro marcado. Isso verdadeiramente nos dá uma pista quanto ao significado desse calendário sagrado delineado nesse capítulo. Nós temos a declaração "festas estabelecidas" repetida outra vez no v.4, assim separando o sábado do resto das festas e colocando-o em uma classe à parte. A razão para isso tem sido frequentemente notada; em outras palavras, temos apresentado na primeira festa o fim último de todas as demais festas. Os Salmos muitas vezes são assim: o sujeito está afirmando na abertura do Salmo e o resto do Salmo ocupa-se com o tema de como aquele objetivo foi alcançado. O sábado é a finalidade maior de todos os caminhos de Deus eventualmente. A fim de esclarecer como esse fim será alcançado, nós temos as instruções pormenorizadas deste interessante capítulo. Portanto, dirigismo-nos a ele. 
 
"E falou Jeová a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: (Concernente) às festas estabelecidas de Jeová, as quais proclamareis como santas convocações - estas são as minhas festas estabelecidas" (v. 1-2, Versão New Translation). 
 
* N. do T.: A versão da Bíblia utilizada pelo autor, no original em inglês, é a versão inglesa New Translation, de J. N. Darby – uma tradução cuja característica principal é a fidelidade do original. Para ser fiel à tradução de “As Festas do Senhor” , foi necessário traduzir literalmente os versículos de Levítico 23 da versão acima referida.
 
"E falou Jeová a Moisés": Isto é imperativo. Nesses dias de muitos falsos mestres (2 Pe 2: 1), os santos de Deus devem tomar grande cuidado com o que eles escutam e a quem escutam, para saberem se isso é oficialmente de Deus. "Falou Jeová." Deixe-nos então esclarecer que o que aceitamos como verdade divina é realmente o que Deus nos tem falado em Sua própria Palavra. Contudo, seguros de termos Sua própria Palavra, não sejamos negligentes ao fazê-lo. "Porque Esdras tinha disposto o coração para buscar a lei do Senhor e para a cumprir e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos" (Esdras 7:10). O nosso Deus deseja que saibamos o que Ele está fazendo para Sua própria glória e para a satisfação do Seu coração de amor. Além disso, Ele nos quer para trabalhar consigo inteligentemente. Ele fala com a finalidade de obter o interesse de Seu povo e uma resposta aos desejos de Seu coração. 
"Fala aos filhos de Israel”: É ao Seu próprio povo redimido que Ele está falando. Quantos deles? Todos eles. Não estava limitado aos sacerdotes ou aos príncipes, não, é uma palavra à congregação toda. Sempre há uma tendência de se deixarem estes assuntos aos mestres ou aos irmãos anciões, etc. Deus quer que cada um do Seu povo ouça o que Ele tem a dizer, a fim de obter entendimento daquilo que ele está fazendo, e assim aprender o que se pode fazer no serviço para Ele, em relação à vontade divina. Eu sou responsável por ouvir estas comunicações e buscar graça para responder a elas para o presente prazer de Deus. 
 
"As festas de Jeová”: Esta declaração nos diz sobre o que Deus está falando com Seu povo, - Suas festas, épocas com um caráter festivo, quando Seu povo pode-se congregar ao Seu redor e ministrar-Lhe algo para o deleite do Seu coração de amor. Como Ele busca tocar os nossos corações com uma palavra como essa ¬"minhas festas estabelecidas". Há algum desejo em nossos corações de responder a isso? Não para estarmos constantemente ocupados com o que Ele tem feito para nos abençoar, mas para descobrir o que podemos fazer para Ele. Semelhante ao belo quadro em João 12, "Deram-lhe, pois, ali, uma ceia". Quão frequentem ente, amados, nos aproximamos de Deus desse jeito? Não para buscá-LO sempre por aquilo que podemos obter, nem mesmo louvá-LO por aquilo que temos obtido, mas Lhe dar em louvor e adoração o que sempre deleita o coração de nosso Deus. Estar interessado naquilo que Ele está fazendo para o Seu próprio deleite e não somente estar interessado naquilo que Ele tem feito por nós. Cremos que Deus assim apelaria aos nossos corações com esta declaração: "MINHAS FESTAS ESTABELECIDAS". 
 
"Santas Convocações": Estas sugerem reuniões coletivas. Dão a impressão de que o nosso Deus deleita-se em ter o Seu povo junto com um único pensamento na mente - para ministrar-Lhe coletivamente. Ele os guardaria de qualquer intrusão da mente carnal do homem ao nos lembrar que elas são "SANTAS"! Não podemos esquecer, por mais maravilhoso que possa ser o privilégio de estarmos juntos, que devemos estar sempre cientes de que Ele está presente; que nos ajuntamos para Seu prazer, sujeitos, dependentes, com santa reverência em nossas almas. Este é o estado que levaria a uma produção espiritual daquilo que verdadeiramente será para Deus uma festa. Isso produziria qualidade, mesmo que reduzisse quantidade, o que seria melhor, e Deus seria mais propriamente louvado. Estas são, então, as comunicações educativas para as nossas almas, como nos preparando para o desdobramento de Sua mente neste maravilhoso capítulo. 
 
"Seis dias trabalhareis, mas o sétimo dia será o sábado de descanso, uma santa convocação; nenhuma obra fareis; é sábado para Jeová em todas as vossas moradas" (v.3, Versão New Translation).
 
Já temos dito que essa, a primeira festa, é o fim de todas as demais festas. Que Deus vai ter um dia quando não mais terá trabalho penoso é um tema corrente pela inspirada Palavra. Isso começou com a recriação de Gênesis 1-2. Lemos assim: "E havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito" (Gn 2:2). O sábado significa o cessar de todo labor. Embora o pecado tenha penetrado posteriormente na criação, na Terra, através de Adão, Deus operou outra vez para desfazer toda a devastação que o pecado introduziu. Mais tarde, tendo chamado Israel para fora do Egito, Ele, uma vez mais, introduz o sábado e requer deles a sua observância no quarto mandamento. Além do mais, Ele fez dele a marca da aliança entre Si e eles, Êx 21:13. Agora, tivesse Israel andado diante de Deus em resposta à aliança, Deus teria recuperado Seu sábado através deles. Porém, o fracasso no deserto colocou um fim àquele pensamento e Deus teve de jurar que eles não entrariam em Seu descanso. Isso é abordado em Hebreus 4 - um capítulo que vale a pena estudar sobre o assunto do sábado. Nesse capítulo lemos: 
"Portanto, resta um repouso para o povo de Deus" (v.9). O repouso da criação foi interrompido, v.5. Foi novamente proposto a Israel, no deserto, mas Josué não os levou até ele. Surgiu mais uma vez no reino (SI 83), mas Davi não o realizou, v.1. Como então ele será realizado? É-nos apresentado nas seguintes 'sete festas' de nosso capítulo. Ele fracassou na criação; fracassou debaixo da lei; fracassou no reino, mas ele ainda virá. Baseada na morte de Jesus Cristo, a festa dos tabernáculos ainda será alcançada e no mundo vindouro, do qual a Epístola aos Hebreus fala, o repouso de Deus será concretizado. Nós, que temos crido, entraremos nele, Hb 4:3. 
 
Agora, o repouso é o grande pensamento aqui, e enquanto o descanso de Deus é futuro, Ele apresenta aqui certos detalhes que deseja que Seu povo observe e tome como uma festa para Si. Que santo sábado será este quando, finalmente, Seu povo se reunirá ao redor d'Ele em uma santa convocação! Se considerarmos Levítico 25, veremos alguma coisa de sua amplitude. Até a criação selvagem vai participar daquele descanso, quando ele surgir, v. 6-7. Isso é ensinado em Rm 8:21. Quando finalmente o homem for introduzido nele, então o será também a criação, da qual ele é senhor. Nesta festa, "nenhuma obra" deve ser realizada. Em outras festas leremos: "nenhuma obra servil" é para ser realizada, v.7. No entanto nesta festa é nenhuma obra em absoluto. "Obra servil" está correto neste sentido, porque julgamos que significa trabalho na esfera de responsabilidade, que o distingue do trabalho no círculo divino, a rotina como falamos. Porém, nenhuma obra de qualquer espécie é para ser feita no sábado. É um repouso completo. Descanso, o qual ocorrerá, acreditamos, quando, livres de tudo que certamente nos atarefaria aqui, nos sentarmos na presença de Deus em liberdade para contemplarmos o que Ele é e o que tem feito para nós, para Seu próprio prazer e glória. Isso somos capacitados a fazer em "santas convocações". Não obstante, é também para nos marcar em nossas moradas. Isso é melhor traduzido "para Jeová em todas as vossas moradas". Agora, enquanto o repouso de Deus é futuro, podemos, como aproximados d'Ele, desfrutar dos elementos daquele descanso através de Cristo. "Eu vos darei descanso" (Mt 11:28, Versão New Translation). Isso é então para satisfazer nossas almas, seja em nosso círculo de responsabilidade - a habitação - ou reunidos no privilégio cristão - as santas convocações. "Vossas convocações" seriam o nosso lado das coisas, mas a santa convocação seria o lado de Deus, como povo d'Ele, reunidos no centro divino. Então, mantendo "para Jeová" diante de nós, levaria a uma resposta diretamente a Deus como ministrando-Lhe nisto prazer. Se perdemos este ponto em nossas reuniões, também nós chegaremos onde os judeus chegaram - reduziram as festas de Jeová a festas dos judeus. 
 
1- FESTA DA PÁSCOA
"Estas são as festas estabelecidas de Jeová, santas convocações, as quais convocareis no seu tempo: No primeiro mês, no décimo quarto dia do mês, ao crepúsculo, é a páscoa para Jeová" (v. 4-5, Versão New Translation).
Com essa citação, começamos as séries das festas que nos trazem adiante nos caminhos dispensacionais de Deus, com vistas a alcançar o sábado no ponto alto de nosso capítulo. Começamos com o maior fundamento de todos para a glória de Deus e bênção dos homens - a morte de nosso Senhor Jesus Cristo na cruz. Notem uma nova frase aqui: "No seu tempo". Cada festa tem seu próprio tempo e ordem no capítulo, e devemos ter o cuidado de manter esta ordem. Como poderíamos conhecer a bênção da festa dos tabernáculos se não começássemos com a cruz de Cristo? "No seu tempo" apresentaria uma ordem divina, a qual tem sido executada conforme planejado. Não como o mundo que alegremente aceitaria a bênção do reino, mas ignoraria a grande necessidade de fundamentá-la toda na MORTE de Cristo. Deus tem a Sua própria maneira e Seu próprio tempo para realizar as coisas e nós devemos nos esforçar por este planejamento se as bênçãos destas coisas são para serem nossas. 
 
Que fluxo de pensamentos preciosos preenche nossas almas, à medida que contemplamos este maravilhoso tema de redenção pelo sangue. Isso para Israel significou livramento da mão de Faraó e deu a Deus uma base para trazê-los do Egito e conduzir o povo para Si mesmo no deserto. Sabemos que eles observaram este decreto como uma lembrança no deserto, Nm 9. Eles o observaram outra vez como um memorial, quando entraram na terra prometida, Js 5. Mas apenas uma vez aspergiram o sangue nas ombreiras e nas vergas das portas. Isso nos fala mais uma vez sobre as definitivas aplicações do sangue de Cristo. Isso nunca necessita ser repetido. Tomando as três juntas, temos: 
  • (1) Redenção pelo sangue e livramento das mãos de faraó e da terra do Egito, Ex 12. 
  • (2) Uma lembrança a nos preservar no caráter de peregrinos no momento de passarmos pelo deserto, seguindo para a herança, Nm 9. 
  • (3) Uma visão panorâmica da herança, Js 5. 
A morte de Cristo, então, trouxe-nos a Deus e trouxe-nos para fora; mantendo-nos no caráter de peregrinos ao passar por este mundo, leva-'nos para entrar na terra, a herança divina. 
 
Todavia, nós acreditamos, como uma festa neste capítulo, que ela vai além desses outros aspectos. Não é tanto a morte de Cristo aqui para a nossa libertação, mas a grande base sobre a qual Deus está edificando tudo para Sua própria glória. Isto é a "páscoa para Jeová". Quão proveitoso é para nossas almas quando podemos contemplar a obra de Cristo, ao passo que ela realiza o prazer de Deus, mais do que ela nos proporciona bênçãos. Verdadeiramente, é o prazer de Deus que nos proporciona bênçãos e aí está o porquê, originalmente, de Cristo morrer sobre uma cruz. Estes dois pensamentos são vistos claramente em Hebreus 10:9-10. "Eis, aqui estou para fazer, ó Deus, a tua vontade", v.9. "Nessa vontade é que temos sido santificados", v.10. Por que Ele veio a este mundo? Para fazer a vontade de Deus. Qual é essa vontade? Nossa santificação. Verdadeiramente "a páscoa para Jeová". É este então que parece ser aqui o tema, o memorial da morte de Cristo como a realização da vontade de Deus, a grande e eterna base de tudo para a glória de Deus e eterna bênção do homem. 
 
2- FESTA DOS PÃES ASMOS
"E no décimo quinto dia deste mês é a festa dos pães asmos para Jeová sete dias comereis pães asmos. No primeiro dia tereis santa convocação: nenhuma obra servil fareis. E apresentareis a Jeová uma oferta queimada sete dias; no sétimo dia é uma santa convocação: nenhuma obra servil fareis" (v. 6-8, Versão New Translation). 
 
Vale a pena notar aqui que esta festa surge da páscoa e que está associada a ela. A introdução usual para um novo assunto, a saber, "falou o SENHOR a Moisés dizendo", não é aqui mencionado. Esta festa é então decorrência da páscoa. É o abandono de todo mal, porque Cristo morreu uma só vez para o pecado, Rm 6:10. É a resposta subjetiva em nós à obra objetiva de Cristo na cruz. Se Ele morreu para o pecado, então nós devemos morrer, de forma prática, em nossa jornada cristã. "Porque Cristo, nossa páscoa, já foi sacrificado. Pelo que celebremos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da malícia e da corrupção, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade" (1 Co 5:7-5, Versão Revisada da Tradução de Almeida - I.B.B.). Aqui, a festa dos pães asmos é vista como o resultado direto da festa da páscoa. Por isso, o Espírito os exorta a evitarem completamente o fermento. Ele fala do fermento de duas maneiras. Primeiro como fermento velho e depois como da malícia e corrupção. O primeiro seria uma referência à velha maneira de viver deles antes de o Evangelho alcançá-los. Possivelmente uma referência à adoração de ídolos e à evidente fornicação que os acompanhava. Para eles isso era "fermento velho". O fermento da malícia e corrupção devia esvair-se do velho homem que todavia estava neles. Isso também tinha de ser rechaçado, porque enquanto eles rompiam com a fornicação na adoração de ídolos, eles levavam consigo o velho homem, cuja malícia e corrupção estaria sempre pronta a se esvair. Ambos tinham de ser colocados de lado. Mas se estes dois males tinham de ser rechaçados, sinceridade e verdade deveriam ser aceitos. Isto seria Cristo como ministrado à minha alma pelo Espírito. Estou então a dar por terminada a minha velha maneira de viver. Segundo, estou para manter o velho homem com seus feitos em dependência. Terceiro, estou a alimentar-me de Cristo como alimento para minha alma e assim crescer para ser igual a ele, sincero e verdadeiro. 
Se recorremos a Êx 12, onde a páscoa é pela primeira vez introduzida, lemos sobre duas ordens com referência ao fermento. Este era para ser excluído do pão e das casas deles. Era para comerem a páscoa com "pães asmos". Era para lançarem fora todo fermento de suas casas, v.15. Ninguém com alguma compreensão da morte de Cristo, que foi devido ao pecado, gostaria de ver coisas mundanas dentro de casa. Alguns de nós temos estado alegres em eliminar essas marcas passadas de nossa vida quando ternos vivido para nós mesmos e não para Deus. É verdadeiramente bom quando nós temos a graça e a coragem para fazer isso. Porém, tudo isso, importante como é, é negativo. É mais o que temos feito pela nossa vida passada, possivelmente o que Paulo em Coríntios chamada de "fermento velho". Estamos agora nos alimentando dos pães asmos? Estas coisas negativas, importantes como indubitavelmente são, não alimentarão as nossas almas. Não há apenas um despir no cristianismo, há também um vestir. Amados, apenas estamos na linha negativa - aquilo que temos despido - e também estamos fracassando em nos alimentar de Cristo, o verdadeiro pão asmo, do Qual devemos nos revestir? Rm 13:14. Era para eles comerem pães asmos. Se é para realizarmos uma festa de pães asmos para Jeová, Cristo deve ser diariamente apropriado como alimento para a alma. Somente à medida que nos alimentarmos d'Ele é que nos tornaremos como Ele é, e assim serão reproduzidas em nós as características que foram vistas n'Ele. Que festa ela deve ser para Deus ao ver Cristo reproduzido em um santo que repugna aquilo que é mau e se alimenta daquilo que é bom! 
 
"Sete dias comereis pães asmos" Assim como esta festa surgiu da páscoa, tal a vemos na resposta em 1 Co 5; o guardara festa surge da Ceia do Senhor, tal como esta primeira Epístola nos ensina mais adiante. Os sete dias nos levariam do Dia do Senhor ao Dia do Senhor. Começando aqui como estamos fazendo na recordação da morte de Cristo, ou melhor, na recordação d'Ele na morte a nosso favor, os sete dias nos levariam a atravessar a semana como caminhando pelo mundo, em conformidade com Sua morte. À medida que d'Ele nos alimentarmos espiritualmente na ceia e continuarmos a nos alimentar d'Ele diariamente por toda a semana, os nosso corações são guardados naquela santa atmosfera, na qual nos deleitamos quando estamos juntos na Ceia do Senhor. O pensamento de Sua morte governando cada detalhe da vida, estar separado daquilo pelo qual Ele morreu, seria a resposta para guardar a festa dos" sete dias" . Mas não nos esqueçamos de que, se é para eu ter poder para permanecer separado de tudo que é mau, devo alimentar-me diariamente de Cristo. 
 
Juntamente com essa determinação de comer pão asmo sete dias está a orientação para oferecer oferta queimada sete dias. Esta é uma apresentação de Cristo a Deus. Por que só pensamos em oferenda uma vez na semana? É o desejo de nosso Deus ter Cristo apresentado todos os dias, não somente naquilo que podemos ter habilidade em dizer, mas também naquilo que somos, como manifestando-O neste mundo tenebroso. Se nos alimentarmos diariamente de Cristo, é certo que alguma coisa de Sua perfeição nos iluminará, e isso vem a ser para "Jeová uma oferta queimada sete dias". Se isso fosse mais verdadeiro em todos nós, que maravilhosos momentos teríamos quando nos reuníssemos. Esta festa começa com uma "santa convocação" e termina com outra. As nossas vidas individuais estão compelidas a almejar o grupo a que pertencemos. Se nos alimentarmos de Cristo, vivermos para ele e O manifestarmos diariamente, eu serei uma ajuda positiva para meus irmãos quando nos reunirmos. Essas coisas são de muita provação, mas se eu não posso de vez em quando guardar esta festa dos pães asmos para me agradar, eu posso buscar graça para guardá-la para agradar a Deus, e assim fazer dela - mesmo se isto me custar alguma coisa ¬uma "festa para Jeová". 
 
3- FESTA DOS FEIXES MOTIVOS - (Festa das Primícias) 
"E Jeová falou a Moisés e disse: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando entrardes na terra que vos dou e segardes a sua messe, então trareis um feixe das primícias da vossa messe ao sacerdote" (v. 9-10, Versão New Translation). 
 
Na festa da páscoa temos a morte de Cristo apresentada diante de nós como o elemento que sofreu o juízo de Deus a nosso favor. Então, essa festa dos pães asmos, que nasce dela, sugere o nosso despojamento do mal pelo qual Cristo morreu. O poder para lançar o mal para fora de nós é encontrado quando nos alimentamos do verdadeiro pão asmo, o Próprio Cristo. Assim, tomemo-nos iguais a Ele e saiamos neste mundo com as marcas da sinceridade e da verdade estampadas em nós; a velha vida posta de lado e retirada a malícia e corrupção, como feitos do velho homem. A festa do mover dos feixes nos traz agora a ressurreição de Cristo dentre os mortos. Uma nota de rodapé da palavra feixe por J.N.D. nos diz que ela significa um ômer. Se nos voltarmos para Êxodo 16:32, lemos: "Dele enchereis um ômer e o guardareis para as vossas gerações". Isso é Cristo como visto no maná. Um ômer de maná e um ômer das primícias. O que isso significa? O mesmo bendito Homem que veio a este mundo em forma humana e morreu numa cruz em obediência à vontade de Deus foi levantado de novo dentre os mortos e vive para a glória de Deus. Louvado seja o Seu nome! Este "mesmo Jesus" levantado dos mortos para a glória do Pai é o começo de uma inteira nova ordem de coisas como o fruto do conselho de Deus. Desse modo lemos, "Quando entrardes na terra". Eles não tinham terra no Egito, nem no deserto, mas esta festa os vê como além do Jordão e na herança que Deus lhes deu. Amados, a ressurreição de Cristo nos tem aberto a vasta herança celestial além do poder da morte. Não é de se admirar que Pedro nos diga que ela é incorruptível- a morte não pode tocá-la; sem mácula - o pecado nunca a arruinará; imarcescível- o tempo nunca a findará. Cremos que onde quer que obtenhamos a ressurreição de Cristo, alguma coisa nova é aberta para nossas almas. Paulo também nos fala em Efésios 1:1-11 da grandeza de tudo que é nosso nos lugares celestiais em Cristo. "A terra que vos dou" mostra que nós não a merecemos, mas que ela é a dádiva soberana de Deus para a bênção de nossas almas. A terra é d'Ele, contudo, Ele no-Ia dá e somos chamados para desfrutar dela na ressurreição de Cristo. É digno de nota em Efésios 1, como frequentemente lemos em referência a Deus, Ele, Seu e Sua. 
Entendemos que esse feixe ou ômer seria de cevada, pois cevada prefigura a ressurreição de Cristo e trigo a Sua glória celestial. Em João 6 é-nos dito que os cinco pães eram feitos de cevada - o único evangelista que nos diz isso é também o único que nos fala do grão de trigo, cap. 12. Está claro que a ressurreição é o pensamento no capo 6:39,40,44,54. Também pensamos que a glória celestial é o tema no cap. 12:24, 25. A ceifa de cevada em Israel era sete dias antes da ceifa do trigo. Nós acrescentamos aqui uma nota da pena do conhecido escritor judeu Dr. Edersheirm. "Já aos quatorze do mês de Nissan, o lugar de onde o primeiro feixe era para ser ceifado tinha sido marcado por delegados do Sanedrim, atando em fardos, enquanto ainda permanecia em pé, a cevada que estava para ser cortada" (The Temple and its Ministry - O Templo e seu Ministério). Veremos um pouco mais disso adiante. 
 
"O feixe das primícias" então é Cristo levantado dentre os mortos como lemos em 1 Co 15:20, "Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo Ele as primícias dos que dormem". Então este feixe era levado ao sacerdote. Essa é a primeira alusão de um sacerdote no capítulo. Um sacerdote é alguém que foi santificado para aproximar-se da presença de Deus. Por que traz aqui o sacerdote? Não é para mostrar que na ressurreição de Cristo o caminho foi aberto para aproximação da presença de Deus? Essa é uma das coisas novas que mencionamos antes como realizadas pela Sua ressurreição; um caminho aberto para a aproximação da presença imediata de Deus. Jesus é tanto o Apóstolo como o Sumo Sacerdote da nossa Confissão, Hb 3: 1. Além disso, lemos no capítulo 9:12: "entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas". Ele é a resposta ao sacerdote e, como ressurreto dentre os mortos, Ele é a resposta para o ômer nas mãos do sacerdote. Ele vive um Grande Sumo Sacerdote na presença de Deus; a verdadeira oferta movida para o permanente prazer de Deus. 
"E ele moverá o feixe perante Jeová, para que sejais aceitos. No dia imediato ao sábado o sacerdote o moverá" (v. 11, Versão New Translation).  
 
Um outro grande pensamento nos é apresentado aqui: 
Aceitação. Nós levantamos os olhos e vemos esse HOMEM glorificado na presença de Deus, na plenitude brilhante do favor divino, e à medida que ali O olhamos fixamente, pensamos naquele maravilhoso verso: "ele nos concedeu gratuitamente no Amado" (Ef 1:6). E os nossos pecados agora? Continuamos olhando-O ali fixamente e pensamos outra vez: "segundo Ele é, também nós somos neste mundo" (1 Jo 4: 17). O fato de Cristo ter sido levantado dentre os mortos mostra que Ele está diligentemente levando a efeito tudo que Sua morte tem assegurado para a glória de Deus e para a bênção do homem. Ele foi para Deus; o sacerdócio foi posto em funcionamento e o homem em aceitação, e assim o caminho está aberto para o acesso através do véu, para que o serviço de Deus na adoração sacerdotal possa seguir.
 
"E oferecereis naquele dia, quando moverdes o feixe, um cordeiro sem defeito, de um ano, em oferta queimada a Jeová; e a sua oblação será duas dízimas de farinha fina amassada com azeite, oferta queimada para Jeová, de aroma agradável; a sua libação de vinho será de um quarto de him" (v. 12-13, Versão New Translation). 
Nessas ofertas, apresentadas juntamente com o feixe das primícias, nós temos apresentado em tipo tudo que foi efetuado para a glória e prazer de Deus na vida de nosso Senhor; tudo isso foi efetuado em Sua morte eficaz e tudo estabelecido em Sua ressurreição dentre os mortos. Se é para obtermos completo benefício de tudo que Deus tem assegurado através da encarnação de Seu Filho, a vida, a morte e a ressurreição de nosso Senhor devem ser mantidas unidas em nossos corações como três partes de um grande todo; e todas vistas juntas e tendo uma resposta gloriosa no Filho, um HOMEM glorificado, à destra de Deus. "Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para encher todas as coisas" (Ef 4:10). Foi a vida perfeita sem pecado de nosso Senhor que deu à Sua morte toda a sua eficácia e a resposta para tudo isso que agora é visto em Cristo em glória. Todos esses aspectos são propostos na passagem acima citada, conforme esperamos demonstrar aqui.
 
"Um cordeiro." Este obviamente traz perante nós a Humanidade de nosso Senhor.
Há algumas vezes em que uma fêmea é trazida como uma oferta e fala de Cristo (Lv 4:28; Nm 19:2), porém aqui é um macho. Talvez seja na fêmea que a morte de Cristo seja vista mais a nosso favor, enquanto no macho a morte de Cristo é mais em relação a Deus. Um cordeiro nos fala de Sua submissão à vontade de Deus como tão claramente ensina Isaías 53. Isso veio a ser um título divino de nosso Senhor como tão bem sabemos. "Eis o Cordeiro de Deus. " Quão poucas vezes temos nos deleitado em tomar este título nos lábios em verdadeira adoração. E, ainda, temos alguma vez considerado o porquê não ter sido o Novilho de Deus; ou o Bode de Deus, mas o Cordeiro de Deus? Que Abraão tinha isso em mente nós bem sabemos, mas no grande dia da expiação foi um novilho para a casa de Arão e um bode para Jeová e para o povo. É este título, o Cordeiro, contudo, que é escolhido. Acreditamos que a razão é, como já temos afirmado antes, que ele apresenta a submissão e obediência de nosso Senhor à vontade de Seu Pai. No entanto, esses assuntos são dignos de serem repensados, porque todos estes animais apresentam aspectos distintos da obra de nosso Senhor. Tão grande e extensiva tem sido esta obra que uma espécie de animal não é suficiente para demonstrá-la em todos os seus detalhes. Aqui, é o Cordeiro, Sua submissão à vontade de Seu Pai, como graficamente retrata o jardim de Getsêmani. 
 
"Sem defeito." Isto traz perante nós a perfeição da humanidade de nosso Senhor. Uma mancha é algo que está presente e não deveria estar. Um defeito é algo ausente que deveria estar presente. No primeiro, é alguma coisa supérflua. No segundo, é alguma coisa faltando, Lv 21:8. Notamos aqui que é para ser sem defeito. Nada é dito sobre uma mancha. É antes, para mostrar que cada justo atributo a ser encontrado no homem foi encontrado em Cristo. Os nove frutos do Espírito para serem vistos agora em nós foram todos evidentes em Cristo aqui embaixo neste mundo. Poderíamos dizer que estas nove marcas apresentam perfeita humanidade, pois são certamente a reprodução em nós, pelo Espírito, de tudo aquilo que em Cristo foi manifestado quando neste mundo submeteu-se à humanidade; e sempre Ele andou para a glória de Deus. Ele, na Sua humanidade, era perfeito em todo atributo - sem defeito, Gl 5:22-23. 
"De um ano." Isto fala de Cristo como o filho primogênito de Maria. Obviamente, somente como sendo o seu filho primogênito é que o nascimento virginal foi possível, Lc 2:7. Parece que o nascimento virginal de nosso Senhor é guardado até mesmo em figura, como temos aqui. 
 
"Uma oferta queimada a Jeová." Este tipo de oferta tem sempre em vista a devoção de nosso Senhor à vontade de Deus, mesmo até a morte. Segundo o nosso conhecimento do primeiro capítulo do livro de Levítico, a oferta queimada. era toda para Deus. Não é tanto o Seu tratamento com o pecado que está em foco, mas Sua obediência à vontade do Pai. Não é tanto a necessidade de remover o pecado, mas de levar a efeito para o prazer de Deus. "Eis aqui estou para fazer, ó Deus, a tua vontade" é a oferta queimada, SI 40:7-8; Hb 10:7. Observe como em SI 40, "agrada-Me" é mencionado, enquanto na citação em Hb 10, "agrada-Me" é omitido. A razão para isso é que no SI 40 se enfatiza a oferta queimada, enquanto em Hb 10 a ênfase recai sobre a oferta pelo pecado. Sempre foi um prazer para o Filho fazer a vontade do Pai no caráter de oferta queimada, mas não Lhe agradava ser feito pecado no caráter de oferta pelo pecado. Por isso, quando o pecado está em foco, o "agrada-Me" é omitido. Então, em nossa passagem, é a oferta queimada que é trazida com o feixe movido - o que Cristo é como tendo proporcionado o deleite de Deus, pela Sua morte na cruz. 
 
"A oblação." Nisto temos a vida de Cristo. O significado de oblação é oferta de comida. Isto podemos ver em João 6. O Senhor fala de Si mesmo neste capítulo como pão, e pão com três caracteres distintos. "O pão de Deus." Isto é o que Ele é para o coração de Deus. "Pão vivo". Isto é o que Ele é em Si mesmo. "Pão da vida." Isto é o que Ele é para nós. Como oblação neste mundo, Ele encheu o coração de Deus; Ele tinha vida em Si mesmo; Ele dá vida a todos que se apropriam d'Ele por fé. A oblação era para ser "amassada com azeite", o que prefigura a concepção de nosso Senhor pelo Espírito. Se conhecemos de outras passagens que "ungido com óleo" aponta para as margens do Jordão onde nosso Senhor foi ungido publicamente, então "amassado com azeite" aponta para Sua santa concepção pelo Espírito em Seu nascimento virginal. Assim, a oblação aqui nos lembra do Filho de Deus em Sua perfeita humanidade neste mundo sob o olhar de Deus. 
 
"Farinha fina." Isto nos fala da textura do Seu ser na humanidade. A palavra para farinha fina é realmente "A parte mais fina da farinha de trigo" (Lv 2: 1. Notas de rodapé J.N.Darby). Tem sido dito que nada havia de característica em nosso Senhor (J.G.Bellet). Ele era perfeito em todos os atributos. Nenhum traço de Sua humanidade destacou-se em detrimento de outro. Tudo era perfeitamente combinado n'Ele. Com farinha, quanto mais duramente se moer, quanto maior pressão, tanto mais fina a produção. Assim era com o nosso Senhor. Onde Lhe foi aplicado dura pressão? No jardim de Getsêmani. O que isso produziu? "Não se faça a minha vontade, e, sim, a tua." Conosco, pressão usualmente gera garra, tornando o nosso lado menos evidente mais evidente; só que com Ele isso apenas serviu para colocar mais em evidência Sua perfeita humanidade. Também, o fato de que era farinha de trigo nos lembra que Ele era "o segundo homem (que) veio do céu". Ele deu um toque celestial em tudo que fez e disse. Desse modo esta oblação de farinha fina amassada com azeite nos leva em pensamento à santa concepção de nosso Senhor, seguida pela Sua vereda perfeita de obediência, onde todo atributo da humanidade era vista n'Ele como sempre dando prazer ao coração de Deus. A medida da "porção de duas dízimas" deixamos para outro momento, pois a teremos mais adiante em nosso capítulo. 
À luz de tudo isto, podemos querer saber por que é que Cristo foi ressuscitado dentre os mortos e Lhe foi dado o mais alto lugar na glória de Deus? Quem poderia ser mais digno daquele lugar? Todo atributo de perfeita humanidade foi visto n'Ele da manjedoura à cruz. Sua impecável perfeição; Sua obediência à vontade de Deus - a qual O levou à cruz, a oferta queimada onde tudo era para o deleite de Deus; tudo combinado como uma "oferta queimada para Jeová, de aroma agradável". Pode alguém dar, ou deu alguém mais deste doce prazer ao coração de Deus, senão Ele? Podemos então querer saber para que Deus Lhe deu o mais sublime lugar em glória? Parece que todas essas ofertas são apresentadas aqui para nos mostrar que Aquele a quem Deus ressuscitou e glorificou tem demonstrado ser digno de tudo isso. Que outra resposta poderia dar Deus ao final daquele perfeito caminho? Assim vemos em Cristo na glória de Deus a resposta para tudo que aqui na terra se evidenciou n'Ele para o prazer permanente de Deus. Todavia, há ainda outra oferta a considerar. 
"A sua libação de vinho será de um quarto de him." Esta é a primeira vez no livro de Levítico que temos referência a uma libação. Lemos na parábola de Jotão que o vinho agrada a Deus e aos homens, Jz 9:13. Isso nos dá alguma idéia do propósito da libação, pois, diferente das outras ofertas, não temos instrução acerca da libação em Levítico. Nos lugares onde ela é mencionada, aparece para dar a ideia de alegria. Paulo mesmo se comparou a uma libação em Fp 2: 17. A introdução da libação neste momento oportuno sugeriria o gozo divino que tem agora sido estabelecido em Cristo à destra de Deus em glória. Aparentemente, isto aguardava a ressurreição de Cristo. Isto estaria de acordo com: "na tua presença há plenitude de alegria" (SI 16: 11). Assim esta libação fala do gozo que Deus tem agora na resposta perfeita a todos os Seus pensamentos centralizados em Cristo em glória, o complemento adequado para todas estas outras ofertas nesta seção. 
 
"E não comereis pão, nem grãos torrados ou espigas verdes, até ao dia em que trouxerdes a oferta de vosso Deus: (é) uma lei perpétua para vossas gerações em todas as vossas moradas" (v. 14.,Versão New Translation). 
 
É óbvio nesta passagem que até Deus assegurou a Sua porção no Cristo ressurreto dentre os mortos; nada teria ali para os filhos dos homens. Há muito de Deus para nós, em Cristo, pelo que aprendemos das Epístolas; não obstante, Ele deve estar em glória primeiro antes que possamos participar na ceifa. Se tomamos estas três coisas mencionadas aqui invertidamente, poderemos entendê-las melhor. Espigas verdes fala do completo vigor da vida. Grãos torrados, essas espigas na morte. Pão, essas mesmas espigas como alimento para as nossas almas. As espigas verdes apresentam nosso Senhor em Sua vida neste mundo. Os grãos torrados, que a Sua vida foi tirada sob o juízo de Deus. Então, o resultado é pão - Cristo por nossa apropriação como alimento para as nossas almas. Há muito para nós nessa ceifa no Cristo ressurreto; muito para nós em Sua morte; muito para nós em Sua vida e, contudo, nenhum grão podemos ter até que Ele tenha ressuscitado dentre os mortos e determinado Seu legítimo lugar na presença de Deus. 
Nenhuma menção sobre uma "santa convocação" é feita nesta festa, mas é enfatizada a ideia das "moradas". Nesta festa temos Cristo apresentado a nós em digna humanidade, como tendo consumado a vontade de Deus, e a resposta a isto se vê em Sua ressurreição. Se tomarmos esta festa como um estatuto em nossas moradas, meditar na presença de Deus sobre o que este Homem é para o permanente prazer de Deus terá um efeito em cada pormenor da nossa vida aqui. Compreendendo um pouco do que Ele foi e é nos levará a crescer para ser como Ele. "Todos nós com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito" (2 Co 3:18). Parece ser o desejo de nosso Deus que Sua glória moral nos ilumine em "nossas moradas". A próxima festa nos mostrará como isto é realizado.
 
4 - PENTECOSTE - (Nova Festa do Manjares)
"E contareis da manhã seguinte ao sábado, do dia em que trouxerdes o feixe da oferta movida; sete semanas inteiras serão. Até a manhã seguinte ao sétimo sábado, contareis cinquenta dias; e apresentareis a Jeová nova oblação" (v. 15-16, Versão New Translation). 
Aqui chegamos à tão conhecida festa do Pentecoste-cinqüenta dias como significa a palavra. Nota-se outra vez que, tal como a festa dos pães asmos surge da páscoa como a sequencia imediata dela, assim é com esta festa da "Nova Festa de Manjares", que surge do Feixe das Primícias. "A manhã seguinte ao sábado" é a maravilhosa manhã do dia da ressurreição e aqui está onde começamos a contar para esta festa. A nova oblação, então, tem uma direta ligação com Cristo, contando a partir da manhã de Sua ressurreição. Se nos voltarmos para o cumprimento desta festa como mencionado em Atos 2, imediatamente aprendemos o que é aquela direta ligação. É a associação pelo Espírito com um ressurreto e glorificado Cristo. Agora mais uma vez perguntamos, porque é isto? Isto é para que possam ser reproduzidas neste mundo as características de Cristo. 
Ele era a "oblação". Pelo Espírito nós somos "a nova oblação”. 
Deus tem trabalhado para reproduzir as características de Cristo num grupo neste mundo, ligado pelo Espírito com Cristo no lugar para o qual Ele foi. É admirável que Cristo veio neste mundo, manifestando tudo que o Homem seria para a satisfação e glória de Deus. Sendo quem Ele era, o Filho não podia fazer diferente. Mas que Deus possa e reproduza essas mesmas características abençoadas em criaturas como nós é um considerável triunfo de Sua graça, sabedoria e poder. Esta é a nova oblação. Nós somos isto, o grupo cristão, selado pelo Espírito, ligado com Cristo em glória e manifestando essas características perfeitas da humanidade, vistas em nosso Senhor quando esteve neste mundo. E, à medida que manifestamos essas características, ministramos satisfação ao coração de Deus, pois esta é uma das festas estabelecidas de Jeová. Assim procedemos com esta festa: 
"Das vossas moradas trareis dois pães para serem movidos, de duas dízimas de farinha fina; com fermento serão cozidos; (como) primícias a Jeová" (v. 17, Versão New Translation).
 
O primeiro ponto que notamos neste verso é a natureza desta oferta. É "farinha fina". Essa é a mesma da oferta de manjares que foi oferecida com feixe movido e a mesma palavra usada em Levítico 2 para oferta de manjares. Uma nota de rodapé de J.N.D. nos diz que "farinha fina" é "a parte mais fina da farinha de trigo". Vimos anteriormente que o feixe movido seria cevada; agora, à medida que consideramos o efeito nesta oferta, temos o trigo introduzido. Não nos lembra isso outra vez que estamos ligados com um Cristo glorificado pelo Espírito, o qual, no cumprimento desta festa, veio sobre o grupo cristão como registrado em Atos 2? Não podemos nem poderíamos aceitar o pensamento de Cristo glorificado nesta passagem em Levítico; no entanto, agora sabemos que é o que tem acontecido e isso pode desvendar um pouco desta verdade embutida aqui em figura. Esta farinha fina então seria a natureza de Cristo que opera nos santos pelo Espírito. Desse modo formando a "oferta de manjares" de Levítico 2, ela seria para mostrar o "Segundo Homem (que) veio do céu" (1 Co 15:47, Versão New Translation). Tal como a farinha fina forma a "nova oferta de manjares" de Levítico 23, ela é a natureza daquele Homem celestial formada nos santos, a fim de que Seu caráter seja visto neles como uma "festa a Jeová". Cristo agora não é somente o "Segundo Homem (que) veio do céu", Ele é aquele mesmo Homem glorioso, no céu. Mas tudo que O marcou em Sua perfeita humanidade, quando esteve neste mundo, tem sido formado hoje nos corações do povo de Deus pelo Espírito, a fim de que isto possa uma vez mais ser evidenciado para o presente deleite de Deus. 
Na farinha fina temos a natureza dessa oferta apresentada; na próxima declaração que vamos mencionar - duas dízimas de um efa temos a medida. Mencionamos atrás um ponto sobre o qual passamos no v. 13, considerando ali a oblação. Lemos que ela era também "duas dízimas de um efa". Outrossim, se recorrermos ao capítulo 24:5, encontramos que os doze pães da Proposição eram também duas dizimas de uma efa de "fina farinha de trigo" . Aqui, como bem sabemos, as doze tribos de Israel estão em foco. A oblação no v.13 é Cristo pessoalmente, o Segundo Homem (que) veio do céu - "duas dízimas de farinha fina amassadas com azeite". A nova oblação é a formação daquelas características nos cristãos hoje em dia, a mesma medida - "duas dízimas de um efa de farinha fina", v. 17. Os doze pães da proposição tem em vista o dia quando Israel uma vez mais representará Deus neste mundo, depois que a Igreja tiver ido para a glória, e aqui de novo a medida é a mesma - "cada um dos quais será de duas dizimas" (Lv 24:5). Seguramente nós vemos aqui o pensamento de Deus em formar o Homem Jesus, em Sua natureza e caráter nos cristãos hoje em dia, e depois em Israel também, quando os cristãos estiverem em glória. No mundo vindouro, tanto no grupo celestial como no grupo terrestre, Cristo, o Segundo Homem, será visto em todos, como o fruto da obra de Deus. Parece ser o pensamento de Deus encher o universo com as características daquele perfeito, glorioso e glorificado Homem. Cristo será tudo em todos. 
 
"Duas dizimas de um efa." 
Dez, como é bem conhecido, é o número de responsabilidade do homem. Em "duas dízimas" vê-se essa responsabilidade de duas maneiras. Entendemos que isso significa amor a Deus e amor ao homem. Em Gênesis 3, vemos, no fracasso de Eva e depois no de Adão, pecado contra Deus. Então, no capo 4, com Caim e Abel, o pecado contra o homem. É nessa dupla conta que o homem encontra-se culpado perante Deus. Quando a Lei foi dada a Israel, esses dois objetivos foram a súmula da lei. Verdadeiramente, o Senhor mesmo disse que destes dois - amor a Deus e amor ao homem -"depende toda a lei e os profetas" (Mt 22:34-40). Dos dez mandamentos, quatro deles focalizam a responsabilidade para com Deus e seis deles para com o homem. Agur tinha isso em vista em sua profecia, furtando do homem e tomando o nome de seu Deus em vão (Pv 30:9). Ainda a outro foi dado ver a verdade disto numa visão. "Porque qualquer que furtar será expulso segundo a maldição, e qualquer que jurar falsamente será expulso também segundo a mesma" (Zc 5:3). Aqui vemos em visão o fracasso de Israel em relação ao pacto de ambos os lados, e o juízo veio sobre eles como uma consequência. Quando nosso Senhor esteve aqui, lemos d'Ele como o servo de Jeová, "Foi do agrado do Senhor,... engrandecer a lei, e fazê-la gloriosa". Assim, lemos no maravilhoso discurso no monte, como registrado em Mateus 5-7, quatorze vezes o Senhor dizer "Eu vos digo". "Ouvistes que foi dito aos antigos". - a lei; porém "vos digo" ¬engrandeceu. Ou isto, "Amarás o teu próximo. e odiarás o teu inimigo" - a lei; porém "Eu vos - digo: amai os vossos inimigos"-engrandeceu. Ele não a reduziu nem a diminuiu; Ele a engrandeceu e a confirmou; e, então, tendo-a engrandecido além de sua original reivindicação, satisfê-la em cada parte, guardou-a, honrou-a e glorificou a Deus em relação a ela. "Foi do agrado do Senhor... engrandecer a lei, e fazê-la gloriosa" (Is 42:21). 
 
Veja como isso foi cumprido. mesmo para a morte de nosso bendito Senhor. No Evangelho de João, duas mensagens de Seus próprios lábios mostram como Ele expressou Seu amor a Deus e ao homem. "Contudo, assim procedo para que o mundo saiba que eu amo o Pai e que faço como o Pai me ordenou. Levantai-vos, vamo-nos daqui" (Jo 14:31). "Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos" (Jo 15:13). Amor a Seu Pai e amor a Seus amigos perfeitamente expressados. quando Ele sacrificou Sua vida por ambos. De um lado para a glória do Pai e do outro pela necessidade dos Seus. Nem podemos limitá-lo só aos Seus, porque, em Seu amor por toda a humanidade, Ele morreu por todos na cruz. 2 Co 5: 14. Isso seria a resposta às "duas dízimas de um efa”. 
"Com fermento serão cozidos." Agora sabemos que o fermento era estritamente proibido na "oblação". Porém, aqui ele é integrante. Fermento - uma figura de pecado na carne - nunca formaria uma parte em qualquer coisa apresentada em Cristo na sua humanidade. Ele era" o Ente Santo" (Lc 1:35). Mas. o fermento era misturado com "a nova oferta de manjares". pois esta fala de nós. O que chamamos de condições mistas do crente. Graças a Deus há algo do caráter da farinha fina em nossas almas; no entanto, sabemos tão certamente que o fermento está ali também. A experiência de Rm 7, a qual todos nós teremos que resistir, prova este ponto - o bem e o mal em conflito. O fermento é sempre uma figura do mal, como podemos verificar olhando os vários lugares onde é mencionado no Novo Testamento. "Fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha" (Mt 13:33). Entendemos isso ser Idolatria Zc 5:5-11. (O efa é a mesma medida das três medidas da parábola do fermento em Mt 13:33). O "fermento dos fariseus" - hipocrisia - "e saduceus" ¬infidelidade, (Mt 16:6). O "fermento de Herodes"¬mundanismo, (Mc 8: 15). Paulo usa a mesma figura em 1 Co 5:6. Aqui ele é claramente uma prática maligna. Ele o mencionou novamente em Gl 5:9. Aqui ele é doutrina maligna. Seis vezes temo-lo em seguida no Novo Testamento. e cada caso num mau sentido. Agora. foram alguns desses males encontrados em Cristo? Nenhum, como veremos. Idolatria - "Ao teu Deus adorarás. e só a ele darás culto" (Mt 4:10). Hipocrisia "Então lhe perguntaram: Quem és tu? Respondeu-lhes Jesus: Que é que desde o princípio vos tenho dito?" (Jo 8:25). Infidelidade - "A Escritura não pode falhar" (Jo 10:35). Mundanismo - "Eu venci o mundo" (Jo 7:16). Prática maligna - "Quem dentre vós me convence de pecado?" (Jo 8:46). Doutrina maligna - "O meu ensino não é meu, e, sim, daquele que me enviou" (Jo 7:16). Mas, se cada uma dessas características malignas estava ausente n'Ele, elas estão todas presentes em nós. Foi dito dos pães para serem "cozidos”. Assim, o fogo anularia a ação do fermento. Então o Espírito desceu no dia de Pentecostes, distribuindo línguas como que de fogo. O Espírito do Deus vivo neste capítulo é o poder para anular estas tendências malignas que estão em nós como resultado do pecado. Somente quando o fermento é assim mantido neutro é que vêm à luz as marcas da farinha fina. Então é que será vista a nova oferta de manjares. 
 
"Primícias a Jeová." Lemos anteriormente que o feixe movido era as primícias e que se referia ao Cristo ressurreto dentre os mortos, 1 Co 15:20. Aqui temos outra "primícia". A primeira cremos ter ligação com a sega de cevada. A segunda com a sega de trigo. A sega de trigo e a nova oferta de manjares são colocadas juntas em Êx 34:22. "Também guardarás a festa das semanas, que é a das primícias da sega do trigo." Este verso estabelece o pensamento de que sega do trigo era sete semanas depois da de cevada. A sega de cevada tem sua resposta no Cristo ressurreto dentre os mortos e o segundo tem sua resposta na formação da Igreja pelo Espírito Santo de Deus. Assim, lemos "para que fôssemos como que primícias das suas criaturas" (Tg 1:18). Se então Cristo é a primícia como ressurreto dentre os mortos; a Igreja é a primícia para Deus de todos os que ainda serão introduzidos na bênção como o fruto da obra de Cristo. Israel tem ainda de vir para a bênção, e, quando eles vierem, uma parte das nações gentias será também introduzida através deles, contudo a Igreja é a primícia e o único grupo que ainda se encontra nessa bênção. Tiago tinha em vista a porção cristã da nação judaica que, separada da nação pela aceitação de Cristo, já estava desfrutando da bênção de Deus. Este é o grupo ao qual todos nós que temos aceitado a Cristo como nosso Salvador pertencemos - judeus e gentios agora são um no âmbito cristão. 
 
"Das vossas moradas." 
Aqui está onde a nova oferta de manjares é para ser produzida. Não na convocação, mas nas moradas. Onde é então para Cristo ser visto em nós? No circulo de responsabilidade no qual nos movemos. É muito fácil, fazer coisas certas e dizer coisas certas, quando nos encontramos coletivamente, mas é em nossas moradas onde o teste dessas coisas realmente entra em cena. Se recorrermos a Colossenses 3, veremos como as características de Cristo aparecem nos três grandes círculos, nos quais todos nós descobrimos nossa vida. 
 
O grande ponto nesse capitulo é o despir-se do velho homem e vestir-se do novo. Foi-nos dito para fazermos isso, v. 9-10. Mas, temos nós nos revestido do novo homem? Essa é a exortação. Que O novo homem é Cristo, caracterizado nos santos pelo Espírito, este capítulo mostra, pois cada característica do novo homem é uma reprodução de Cristo, o Segundo Homem. Nunca é dito que Cristo é o novo homem, Ele é o Segundo Homem; no entanto, cada traço do novo homem veio primeiro n'Ele. Não é tanto Cristo pessoalmente, mas Cristo caracterizado nos santos pelo Espírito, que é chamado de novo homem. Cremos ter uma forte ligação com a nova oferta de manjares que está diante de nós. 
 
Quais são então as obras do novo homem? Santidade, amor, misericórdia, bondade, humildade, mansidão, longanimidade, 3:12, paciência e perdão, v.13. E olhe a medida do perdão - "Assim como o Senhor vos perdoou". Você diz: Posso perdoar assim? Você pode! As duas dizimas de um efa de farinha fina são formadas em sua alma pelo Espírito. Não tivesse eu a natureza de Cristo, não poderia perdoar como Cristo, mas o fato de que me é dito para fazê-lo prova que posso. 
Assim temos que ser distinguidos pelo amor, o vinculo da perfeição; deixar a paz de Deus governar em nossos corações e em nossas vidas, e termos espírito de gratidão ao nosso Deus pela Sua graça e misericórdia para conosco dia a dia, vs. 14-15. Isso envolveria contentamento com tais coisas, à medida que as temos. A palavra de Cristo é para ter seu lugar em nossos corações, a fim de que sejamos ricos em sabedoria e assim capazes de ensinar e admoestar uns aos outros. Foi dessa maneira que nosso Senhor ajudou os discípulos. Então, em uníssono, quer seja com Salmos - aquilo que é experimental; hinos - louvando o nome de Deus; cânticos espirituais - cantando as verdades doutrinais, e tudo como resultado da graça no coração, louvando ao Senhor, v.16. "E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai" (v. 17). Este é, então, o primeiro âmbito de vida onde a nova oferta de manjares é para ser vista - no campo cristão. 
 
Um outro âmbito é-nos apresentado nos versos 18-21. Aqui temos o campo de ação da família, aquele que mais condiz com as "moradas". Agora, como podemos aplicar esses vários relacionamentos a Cristo? É uma pergunta frequentemente feita aqui. Sabemos que Ele nunca teve um relacionamento marital ou paterno, tal qual o de esposa, marido e pai. Como então poderia a Sua vida neste mundo ser-nos um exemplo? Desse jeito: 
"Esposas, sede submissas aos próprios maridos". Submissão foi visto em Cristo. "Maridos, amai as vossas esposas." Amor foi visto em Cristo. "Filhos, em tudo obedecei a vossos pais." Obediência foi visto em Cristo. "Pais, não irriteis os vossos filhos." Graça foi visto em Cristo. Estas são as marcas da Nova Oferta de Manjares, vistas no circulo da família.
 
Terceiro, temos o âmbito do trabalho. Os servos devem ser obedientes e destacar-se pela fidelidade v. 22-25. Os senhores devem ter justiça e equidade para com seus servos, capo 4:1. Todas essas glórias morais foram vistas em Cristo. Tal deve ser em todos os campos de ação, tanto no âmbito cristão como no circulo da família e no círculo de trabalho; as características de Cristo devem ser vistas em cada relacionamento. Assim, as duas dízimas de um efa de farinha fina estarão em evidência, mesmo se o fermento ainda estiver em nós, embora mantido no lugar de morte no poder do Espírito de Deus. Os dois pães indicariam que esta nova comunidade é formada de judeu e gentio. Não tanto como o mistério que dificilmente entraria nestas passagens típicas, mas como o novo grupo visto em um certo lugar, como Romanos 15. Esse que é coletivo embora não seja incorporado. 
 
"E oferecereis com o pão sete cordeiros sem defeito, de um ano, e um novilho, e dois carneiros; eles serão holocausto a Jeová com a sua oblação, e as suas libações, por oferta queimada de aroma agradável a Jeová" (v.18, Versão New Translation). 
 
Cada oferta que Deus tem introduzido para retratar alguma característica de Cristo é apresentada com essa nova oferta de manjares. Holocaustos; oblação; sacrifício pacífico; oferta pelo pecado e libações estão todos aqui. Não sugere isto que temos aqui um grupo num bom relacionamento com tudo que Cristo tem efetuado através de Sua morte na cruz? O que quer que Ele tenha realizado para a glória de Deus ou para a bênção do homem este grupo permanece num bom relacionamento perante Deus. Ademais, eles estão divinamente equipados para compreender tudo isto e dar uma resposta a isto para a satisfação de Deus. Vivemos num tempo quando Deus Não apenas claramente declara o que Se tem feito e que está fazendo com o resultado da obra de Cristo, mas Ele tem nos dado capacidade de tomá-la e de dar uma resposta a Ela para Sua glória e satisfação própria, agora. Amado, que lugar de favor é o nosso, todas essas ofertas apresentadas com o pão. 
Sem voltarmos ao que já consideramos em relação a essas ofertas, há algumas novas características que devemos observar. Todas as ofertas nesse verso são ditas para serem "aroma agradável". Isso apresenta aos nossos corações o que Cristo sempre foi em Sua senda de obediência até a morte, em submissão à vontade de Seu Pai.
O novilho fala de Seu paciente sofrimento. Nenhuma vez ele se desviou, antes, prosseguiu firmemente até que a vontade de Deus fosse cumprida na cruz. Que deleite deve ter sido para o Pai. Nem provação, nem dificuldade jamais O desviou. "Eu faço sempre o que Lhe agrada" (Jo 8:29). Se sofreu a contradição dos pecadores contra Si mesmo; no entanto, nada O desviou. Os dois carneiros falam de Sua devoção à vontade de Deus.
 
O novilho apresentaria Seu poder em cumprir essa vontade, mas o carneiro o Seu desejo de cumpri-la. "Com a sua oblação" falaria outra vez de Sua perfeita humanidade, a qual deu toda a eficácia ao que Ele fez, quando selou Sua senda de perfeita obediência ao morrer na cruz. A Libação outra vez mostraria a alegria que Deus tem extraído do fruto daquilo que Cristo tem realizado. Nós, amados, permanecemos associados com tudo isso, porque eles foram apresentados "com pão". 
 
"E sacrificareis um bode para oferta pelo pecado, e dois cordeiros de um ano para um sacrifício de oferta pacifica" (v. 19,Versão New Translation). 
 
Olhando um momento atrás, é bom notar que não temos menção de uma oferta pelo pecado no feixe movido. Isso fala sobre a bendita história da qual o pecado foi tão efetivamente tratado na morte de Cristo, que ficou sepultado para sempre em Sua ressurreição. Sua morte removeu o pecado e a Sua ressurreição é o testemunho de que para sempre está acabado, Rm 4:25; 8:34. No Cristo ressurreto dentre os mortos, a questão do pecado para nós está de uma vez por todas resolvida, Hb 9:28; 10:12. Porém uma oferta pelo pecado é apresentada aqui por causa de nossa condição mista. A provisão está feita, por causa do fermento, a fim de que este grupo seja mantido em boa aceitação. Se alguém incorrer em pecado, "temos advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo" (1 Jo 2:1). "E sacrificareis um bode." Se é oferecido, seu sangue aspergido e nós ficamos absolvidos perante Deus. Isso é para nos dar ousadia em nosso serviço para Deus. "Um bode". Em Êxodo 12, lemos: "Podereis tomar um cordeiro ou um cabrito." Por que tão regularmente nesse capítulo tomamos um cordeiro e o cabrito é completamente ignorado? Os israelitas tinham opção entre um carneiro e um cabrito. Por quê? Acreditamos que um é a contra parte do outro. No cordeiro vemos prefigurada a voluntariedade de nosso Senhor para morrer, mas no cabrito temos prefigurada Sua habilidade para morrer. Frequentemente tem sido salientado que Moisés esteve disposto a morrer pelo povo, mas ele não era hábil, Êx 32: 32. Paulo também pareceu estar nesta posição em Rm 9:3, mas aqui, outra vez, não obstante disposto, ele não era hábil. Bendito seja Deus! Cristo tanto esteve disposto quanto foi capaz. Ele correspondeu tanto ao cordeiro como ao cabrito. Há um lindo hino que começa assim: "Cordeiro PASCAL, por Deus designado". Por que não um hino "Cabrito PASCAL, por Deus designado"? Cremos ser uma contra partida muito necessária. É então o cabrito e não o cordeiro que é aqui apresentado. 
 
"Um sacrifício de oferta pacífica.” 
Como é bem conhecido, a oferta pacífica leva consigo a ideia de comunhão, um maravilhoso âmbito de comunhão. Este tem sido hoje trazido à existência, baseado na morte de Cristo. Esta oferta não tinha sido mencionada neste capítulo até então. Comunhão não poderia começar até que, da parte de Cristo, descesse o Espírito Santo e unisse esse grupo no que é agradável e no gozo de tudo que Cristo efetuou. Isto começou no dia de Pentecoste, como visto no segundo capítulo de Atos. "E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão" (u.42). É a comunhão que somente pode ser realizada no poder do Espírito de Deus. Temo-Ia na congregação local à qual pertencemos, 1 Co 1:9. "Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo." Temo-Ia também em nossas almas pelo Espírito, à medida que somos levados à comunhão com o Pai e o Filho, 1 Jo 1:3. Isto é individual. Começando com o dom do Espírito proveniente do alto, somos conduzidos• à comunhão com os santos coletivamente e à comunhão com o Pai e o Filho, individualmente. Cristo, como a oferta pacífica, é o centro de tudo isso. A melhor descrição desse imenso privilégio é encontrado em Lucas 15. Aqui temos o pai com o filho mais jovem e todos mais que estavam lá, alimentando-se e deleitando-se juntos, no momento em que todos participavam do novilho cevado. Isso é, em figura, o cristianismo hoje. 
"E o sacerdote os moverá com o pão das primícias como uma oferta movida perante Jeová, com os dois cordeiros: eles serão santos a Jeová, para o sacerdote" (v. 20, Versão New Translation). 
A apresentação dessas coisas "perante" Jeová com o pão é visando a que os olhos de Deus possam descansar em todos eles; ver cada característica de Seu Filho apresentada em associação com os pães, de modo que Ele possa dar graça àqueles de Quem esses pães falam, na visão de Deus. Há quatro declarações que ocorrem repetidamente nos livros de Moisés e uma palavra sobre elas será útil. "Como o SENHOR"; "Do SENHOR"; "Perante o SENHOR"; "Ao SENHOR". Como o SENHOR é usualmente seguida de "ordenara Moisés" . Isto envolve nossa parte: 
Obediência. Do SENHOR nos diz que qualquer que seja o assunto ele é divino em origem. Perante o SENHOR séria tudo que fazemos perante Ele para Seu deleite. Ao SENHOR seria tudo que retribuímos de volta a Ele ou Lhe oferecemos diretamente. Daqui, em nosso serviço para Ele, se aceitamos em obediência aquilo que é d'Ele, e manter isso em nossos corações perante Ele, teremos muito que retribuir ao Senhor, como resposta, em louvor e adoração. Esta acreditamos ser a ordem. 
 
Havendo esses dons sido apresentados, é-nos dito que eles eram .. santos ao Senhor, para o sacerdote". Essas são as coisas que sustentam o sacerdócio Cristo e tudo que Ele é em associação com Seu povo. Ele não poderia aceitar Seu sacerdócio à parte de Seu povo. Não haveria nenhuma lógica nisso. Notamos como o sacerdote era apresentado com o feixe movido. Aí está Cristo, Aquele que tem ido e aberto o caminho de acesso à presença de Deus. Mas essa festa nos mostraria que o sacerdócio está ativo em relação ao grupo cristão. Se recorrermos à Epístola aos Hebreus, onde esse assunto está tão plenamente desenvolvido, aprendemos no capitulo 9 que, tendo obtido eterna redenção, Cristo entrou na Santo dos Santos, v.12. Em resposta a isso, no capítulo 10, somos exortados a entrar também, v.19. Cristo é visto vestido com a vestidura de glória e beleza, no capitulo 9, - a resposta a Arão no dia da consagração. Mas, no capítulo 10, Ele é melhor visto com um grupo, a resposta aos filhos de Arão. No capitulo 9, Ele está ali por nós. Isto é representação. No entanto, no capitulo 10, temos o nosso lugar ali também. Isso é associação. Arão não somente tinha um conjunto de vestiduras oficiais, ele tinha uma família apenas de filhos. Suas vestiduras foram feitas para que ele pudesse representar o povo na presença de Deus. Ele podia ir ali, mas eles não podiam. Por outro lado, seus filhos eram ungidos com ele, a fim de que eles pudessem compartilhar com ele do privilégio sacerdotal. Estamos nós tão contentes com a representação, que deixamos de usufruir do privilégio da associação? Esta é justamente a diferença entre Hebreus 9 e 10. Como sacerdote, Ele tem ido para dentro. Por causa disso, como sacerdotes, nós podemos ir para dentro. Por essa razão a exortação, "Aproximemo--nos". 
 
"E fareis uma proclamação no mesmo dia uma santa convocação será ela a vós: nenhuma obra servil fareis: (é) uma lei perpétua em todas as vossas moradas, pelas vossas gerações" (v. 21, Versão New Translation). 
 
Chegamos agora nesta festa para "uma santa convocação". Em qualquer exercício que temos em nossa vida individual neste mundo, nunca devemos esquecer do prazer que Deus tem em reunir o Seu povo. Se nós andamos perante Ele, agradáveis à Sua vista, verdadeiramente valorizaremos e seremos uma ajuda à "santa convocação”. Que privilégio, conquanto livres das coisas legítimas - obra servil reunimo-nos para desfrutar do circulo de bênção que é nosso em Cristo. Não para assumir esse serviço para Cristo como obra servil, nem para buscar adorar a Deus de uma maneira servil, mas na liberdade da filiação pelo Espírito, louvar e adorar ao Pai em Espírito e em verdade. Isso produziria os elementos de uma festa a Deus quando estiverem em "santa convocação".
 
"Um estatuto perpétuo." 
Isto nos preveniria contra as inovações modernas nas coisas de Deus. Essa festa tem aberto prefiguradamente a grande resposta a tudo que Cristo tem realizado, e tudo feito efetivo hoje no grupo cristão. A verdade de tudo isso surgiu no começo da dispensação e seremos sábios se perseverarmos até o fim. Não é apenas "em todas as vossas moradas", mas também "pelas vossas gerações". Talvez tenha havido nas subsequentes gerações aqueles que pensavam que a festa era obsoleta. Quem sabe? Mas, talvez, tenha sido esse mesmíssimo mal que no final das contas reduziram-nas a "festas dos Judeus". Um estatuto perpétuo guardaria o fiel de qualquer pensamento dessa natureza. Antes, nestes dias de modernismo nas coisas de Deus, vamos lutar "diligentemente pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos" (Judas 3). Então seremos capazes de dar resposta a todas as responsabilidades e desfrutar de todos os privilégios que são nossos, assim como a nova oferta de manjares e, guardando essas coisas invioláveis em afeição nas nossas almas, produzir aquilo que será verdadeiramente uma festa ao nosso Deus. 
Dispensacionalmente, estas quatro festas nos põem diretamente em dia nos caminhos do tempo de Deus. Começando com a festa da Páscoa - a morte de nosso Senhor para redimir um povo a Deus. A festa dos Pães Asmos - o despir prático de todo mal ao alimentarmo-nos de Cristo como comida para nossas almas. O Feixe das Primícias - Cristo na ressurreição. A Nova Oferta de Manjares - um grupo associado com o Cristo ressuscitado dos mortos, reproduzindo Suas características neste mundo no poder do Espírito de Deus, enviado por um Cristo glorificado no dia do Pentecoste. Isto é cristianismo, nosso dia, começando no primeiro dia da semana, quando Cristo foi ressuscitado dentre os mortos. Ainda estamos nesse período e estaremos até ouvirmos o CLAMOR do Senhor; então nós deixaremos o cenário dos caminhos do tempo de Deus na terra para preencher nosso lugar no céu. Israel e uma parte dos gentios serão então levantados a testemunhar para Deus neste mundo, embora não pareça que alguns gentios sejam mencionados neste capítulo. Temos que recorrer ao livro de Apocalipse para esse entendimento, capo 7:9-17. Assim, as quatro primeiras festas tiveram seu cumprimento hoje no cristianismo. As três últimas festas esperam o cumprimento nos dias quando Israel será mais uma vez chamado por Deus, para preencher seu lugar designado no "mundo que há de vir" (Hb 2:5). Haverá uma época entre a ida da Igreja para a glória e a ostentação daquela glória no reino vindouro. Daqui o despertar de Israel; o seu arrependimento nacional e livramento final estão todos prefigurados nas próximas três festas. Antes de tocar nelas de qualquer modo, devemos dizer alguma coisa acerca do verso 22. Uma olhadela na Bíblia em inglês, versão Nova Tradução (New Translation), mostrará que este verso está no mesmo parágrafo que a nova oferta de manjares, associando-a assim com as quatro primeiras festas. 
 
"E quando segardes a messe da vossa terra, não segareis completamente a messe dos cantos do vosso campo, e não ajuntareis as espigas da vossa messe: Para o pobre e para o estrangeiro as deixareis: Eu sou Jeová vosso Deus" (v. 22, Versão New Translation).  
 
Alguns têm pensado que esse verso sugere os gentios entrando para partilhar escassamente das bênçãos de Israel, mas esse dificilmente pode ser o significado do verso. Ora, as bênçãos de hoje têm ido além de qualquer coisa prometida a Israel. Julgamos que isso apresenta uma transposição deste grande dia do Cristianismo para apoiar um remanescente que realizará essa tarefa por Deus até que Israel publicamente ocupe seu lugar no mundo vindouro. Depois de alimentar os cinco mil, lemos que sobejaram doze cestos de pedaços, Mt 14. Um para cada tribo das doze de Israel. Pensamos que estes fragmentos podem ser encontrados em lugares como os primeiros dez capítulos do Evangelho de Mateus. "Não acabareis de percorrer as cidades de Israel, até que venha o Filho do homem" (Mt 10:23). Esta comissão nunca foi completamente levada a cabo devido à rejeição de Cristo. Como resultado de Sua morte e ressurreição, lemos que outra comissão foi dada a eles no capítulo 28 deste Evangelho. Há pouquíssimas dúvidas de que esta comissão no capítulo 10 será o Evangelho que o remanescente aceitará depois que a Igreja tiver ido para a glória. É o preparativo para o advento do Messias. Isso leva a uma outra interessante conexão nesse assunto, pois João Batista foi o selecionado para preparar o caminho para a vinda do Messias, e vemos, em sua história, ensinar que Israel ainda passará por isso outra vez, no entanto, na próxima vez o resultado será diferente. 
 
No último livro do Antigo Testamento, Jeová deixou uma promessa de que antes que venha o dia do Senhor, Ele os enviaria Elias, MI 4:5. Estamos claramente informados que João Batista foi o cumprimento da promessa. Na anunciação do nascimento de João, o anjo diz: "E irá adiante dele no espírito e poder de Elias". Em adição a isto, temos o próprio testemunho de nosso Senhor. Falando de João, Ele disse: "E, se o quereis reconhecer, ele mesmo é Elias, que estava para vir" (Mt 11:14). Contudo, outra vez, nosso Senhor teve que dizer a Seus discípulos: "Eu, porém, vos declaro que Elias já veio, e não o reconheceram, antes fizeram com ele tudo quanto quiseram. Assim também o Filho do homem há de padecer nas mãos deles" (Mt 17: 12). É notável em vista de todos esses testemunhos que, quando os fariseus perguntaram a João se ele era Elias, ele disse, "Não sou" (Jo 1:21). Por quê? A resposta foi dada pelo nosso Senhor. "Se o quereis reconhecer:” Assim, João era Elias a todos que o reconheceram. Para aqueles que o rejeitaram ele não era. As pessoas que lhe perguntaram se ele era Elias foram as mesmas pessoas que rejeitaram o seu testemunho, e mais tarde crucificaram Aquele de quem João testemunhou. Para eles certa¬mente ele não era Elias. Mas para as almas simplórias, como as dos discípulos, ele era exatamente o Elias. Agora, em João temos o cumprimento da proclamação profética de Malaquias. Deste fato o Senhor outra vez dá testemunho. Ele foi a súmula de todas as profecias do Antigo Testamento que apontavam para o Messias. "Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João" (Mt 11: 13). E a ele foi dado apresentar a maravilhosa resposta a tudo que Deus prometeu quando introduziu o Seu Cristo. Começando com João e continuando com o ministério primitivo de nosso Senhor, temos o reino apresentado a Israel, em conformidade com as palavras proféticas do Antigo Testamento. Isso é plenamente apresentado no registro do Evangelho de Mateus. No entanto, surgiu uma crise. O povo que rejeitou João deixou claro que eles não aceitariam Aquele de quem João testemunhava; e quando chegamos ao capítulo 11 daquele Evangelho, descobrimos que o Rei está em rejeição. Dos mesmos lábios que pronunciaram as palavras "bem-aventurado,... bem-aventurado", ouvimos agora, "ai,... ai" (Mt 5:3;11:21). Se aprendemos do capítulo 11 que Israel rejeitou seu Rei, aprendemos do capítulo 12 que o Rei agora rejeita Israel. Então segue-se do capítulo 13 ao 18 o desabrochar do novo vaso que o nosso Senhor chama de "minha Igreja" (Mt 16:18). Para o momento - no ministério de nosso Senhor - a apresentação do reino a Israel em relação às profecias do Antigo Testamento está interrompida e a Igreja é introduzida. Agora que essa verdade tem sido exposta, o Senhor diz aos Seus discípulos para não pregá-LO mais como o Messias, Mt 16:20. Ele falou da Igreja e por este vaso Ele estava agora empenhando-se; consequentemente, Sua apresentação a Israel como o seu Messias deveria cessar até que esta era fosse terminada. Quando isso acontecer, Ele retomará outra vez a Israel. Como Ele começará outra vez? Cremos ser da mesma maneira que Ele começou no princípio, nos primeiros capítulos do Evangelho de Mateus. A ligação futura pode ser vista em Apocalipse 11. As duas testemunhas combinarão os ministérios de Moisés e de Elias. Novamente este será o cumprimento de Malaquias 4:5. Tendo falhado a primeira vez por causa da rejeição de Israel ao seu Rei, a ligação novamente entrará em cena. Estas acreditamos serem as ligações na série: Elias; João Batista; uma das testemunhas. O reino do Messias sobre Israel não foi abandonado, ele meramente foi posto de lado até que coisas maiores e mais abençoadas tenham sido asseguradas no grupo celestial. Esse verso de Levítico 23 que estamos considerando tem esta transição em vista. É a preparação para a ressunção dos caminhos de Deus com Israel que está em vista. Assim começamos a perceber por que João era Elias e por que ele ao mesmo tempo também não o era. 
 
A comissão sobre a qual João discute com os fariseus, procede de Is 40:3. Este capítulo começa uma nova seção na profecia de Isaías, e neste ponto introduz o Servo de Jeová. Esta seção vai do capítulo 40 ao 48. Nela temos muitos detalhes da apresentação do Messias a Israel, e Sua rejeição está claramente prenunciada. Em verdade, o capítulo 42 é citado em referência ao nosso Senhor em Mateus 12, o mesmíssimo capítulo onde Ele é visto como em rejeição, e deste momento em diante volta-Se aos gentios, Is 42:1-4; Mt 12:18-21. Eis o porquê de João ter tirado sua mensagem desta profecia, quando falava às mesmas pessoas que rejeitaram o Cristo e buscaram Sua destruição. "Voz do que clama no deserto" (Is 40:3). Tem sido frequentemente percebido que o Apóstolo João começa seu Evangelho com a rejeição de Cristo desde o começo, e é neste Evangelho que João Batista diz que ele não era Elias. A conclusão é clara. Foi a primeira apresentação do Messias a Israel num aspecto humilde e foi para a percepção da fé que Ele foi apresentado. Aqueles que tinham fé e receberam João, obtiveram a bênção trazida pelo Senhor. A nação como tal O recusou; ainda tem que esperar um cumprimento futuro destas mesmas coisas antes que eles também sejam introduzidos. Acreditamos que toda esta base introdutória tem que ser feita outra vez com Israel no futuro. A próxima vez, quem quer que seja que ocupe o cargo, será Elias às nações, e os eleitos segundo a graça o receberão como tal. Não pensamos que João voltará novamente, tanto como ele era Elias. É o espírito da coisa e não os homens mesmos que está em foco. Elias foi o homem que buscou chamar de volta Israel à adoração do único verdadeiro Deus. João veio com a mesma mensagem e, consequentemente, é tido como Elias por nosso Senhor, não obstante o anjo tenha dito "no espírito e poder de Elias". Acreditamos que isso acontecerá novamente nos dias quando Apocalipse 11 for consumado. Estamos simplesmente tentando mostrar o cenário deste período de transição predito nesse verso. 
 
Uma ceifa tem sido reunida para o mover do feixe e a nova oferta de manjares nos dá a reunião de ambas, a saber: da cevada e do trigo. É o respigar deste campo no final e não no começo, como alguns tem estranhamente pensado. As doze cestas cheias de pedaços apresentam a mesma ideia. É provisão para sustentar um remanescente até que Israel esteja nacionalmente em seu lugar diante de Deus. 
 
Podemos recorrer a uma figura disto no livro de Rute. Aqui, acreditamos que temos uma figura do retorno de Israel, apesar de termos frequentemente desfrutado da aplicação individual também. Em Elimeleque e Noemi temos uma figura da nação dando suas costas a Deus e procurando comodidade e contentamento entre os gentios. O pai deles, Jacó, de antemão profetizou que fariam isso, Gn 49: 15. Elimeleque teve chance de ir a mais de um lugar. Ele deve ter olhado para o Sul. Mas isso significava o Egito, a terra que Deus tinha julgado. Talvez ele estivesse temeroso de ir por esse caminho. Então, ele deve ter olhado para o Norte, mas era Babilônia - o lugar de idolatria. O temor também deve tê-lo impedido de ir por esse caminho. Ele voltou os seus olhos para o oriente - Moabe. Sim, esse é o lugar. Moabe mostra comodidade para a carne, Jr 48:11. Depois de tudo, ele deve ter acionado - como uma vez um judeu ortodoxo fez comigo - Deus não é o que pensamos ser Ele. 
 
Havia uma fome na terra. 
Aparentemente eles não tinham consciência de que a fome era por causa de seu próprio fracasso. Desse modo, a mesma coisa que Elimelequetentou evitar ao deixar o centro divino, o encontrou em Moabe. Ele morreu ali. Verdadeiramente, a nação deve ter se precipitado em mais dificuldades fora de sua terra do que jamais sofreu quando esteve nela. Não é de se admirar, como Noemi, que eles estivessem ansiosos para voltar. Noemi representa o remanescente que volta; Elimeleque, a parte incrédula da nação que não retoma. Rute representa os gentios que serão introduzidos na bem aventurança em companhia do remanescente de Israel. "O teu Deus é o meu Deus." Israel partiu cheio. Deus os traria para casa novamente vazios. Eles confessariam que foram responsáveis pela partida, mas foi Deus quem os trouxe para casa, capo 1:21. Rute tornou¬-se a espigadora nos campos de Israel, e é digno de nota que temos a primeira menção de Davi neste livro, capo 4:22. Gostamos de pensar em Noemi como a pobre e Rute como a estrangeira, e associar a figura com esse verso em Lv 23:22. Assim cremos que uma exata porção será obtida ainda do campo da igreja, a qual sustentará este remanescente, até que suas bênçãos em Cristo estejam em sua posse. Esses gentios ainda obterão a vantagem de ambos, tanto a da ceifa da cevada como a do trigo, * e Davi será o seu rei, caps. 24:22.  * (N. do Tradutor: A época da Igreja e a época do reino milenar para Israel)
 
 
5- FESTA DAS TROMBETAS 
"E Jeová falou a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel, dizendo: No sétimo mês, ao primeiro do mês, tereis um descanso, um memorial com sonidos de trombetas, uma santa convocação. Nenhuma obra servil fareis; e apresentareis uma oferta queimada a Jeová" (v. 23-25, Versão New Translation). 
 
Antes de mais nada é interessante notar que estas três festas ocorrem todas no sétimo mês. Isto aponta para a introdução do reino visível de Deus em relação a Israel. A festa das trombetas no primeiro dia do mês é o começo, em Israel, desse grande evento. Temos uma referência a essa festa na pormenorizada instrução concernente ao feitio e uso das trombetas de prata de Números 10. Se recorrermos a esse capítulo para alguma ajuda na explanação sobre essa festa, encontraremos que há pelo menos cinco ocasiões nas quais estas trombetas foram tocadas.
 
"Para convocares a congregação" (v.2). Essa era a primeira ocasião do seu uso. O fato de que estas trombetas foram feitas de prata sugere que, quaisquer que sejam as comunicações que Jeová fizer, Ele as fará com base na redenção. No sermão de nosso Senhor, como registrado por Lucas - um  sermão de eventos coincidentes com a festa das trombetas -ouvimos o Senhor dizendo sobre certos eventos, "porque a vossa redenção se aproxima" (Lc 21:28). Comparando este com a narrativa de Mateus do mesmo sermão, lemos: "E ele enviará os seus anjos com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus" (Mt 24:31). Isto é a resposta à convocação• da congregação. Ademais, eles são chamados à redenção como a prata indicaria. 
"Para a partida dos arraiais" (v.2). Esta era a segunda ocasião do seu uso. Ao primeiro alarme partem os arraiais da banda do oriente e ao segundo alarme partem os arraiais da banda do sul, vs. 5 e 6. O movimento de partida dos arraiais em direção à terra prometida é indicado aqui. 
 
"Mas, quando tocar uma só, a ti se ajuntarão os príncipes, os cabeças dos milhares de Israel" (v. 4). Aqui, os lideres do povo ajuntam-se a Moisés e recebem quaisquer que sejam as comunicações divinas que Jeová tenha para eles por meio de Moisés. 
 
"Quando na vossa terra sairdes a pelejar contra os opressores que vos apertam, também tocareis as trombetas a rebate, e perante o Senhor vosso Deus haverá lembrança de vós, e sereis salvos de vossos inimigos" (v.9). Aqui, a intervenção de Deus para libertá-los dos inimigos que invadem a terra está claramente declarada. 
 
"No dia da vossa alegria, e nas vossas solenidades, e nos princípios dos vossos meses, também tocareis as vossas trombetas sobre os vossos holocaustos, sobre os vossos sacrifícios pacíficos, e vos serão por lembrança perante vosso Deus: Eu sou o Senhor vosso Deus" (v.10). Isto aponta para o tempo quando eles celebrarão sua libertação e gozo na presença de seu Deus. Agora julgamos que a festa das trombetas envolverá todos estes elementos. 
 
Primeiro, haverá o despertar da nação, o que conduzirá a uma convocação de toda a congregação. Isso parece indicado pelas palavras de nosso Senhor em Mateus 24. Outra vez isso conduzirá a um concentrado movimento em direção à terra, como o lugar de sua herança. Lideres de mulheres de Israel terão seus ouvidos abertos a ouvir o que Deus tem a dizer-lhes e passarão adiante essa palavra ao pregar o evangelho do reino. Então acontecerá a invasão da terra como predito por muitos dos profetas. Eles clamarão a Jeová seus Deus, e Ele então se lembrará e os salvará de seus inimigos. Então virá o tempo da alegria; o cumprimento das festas; isso será a solenidade deles; eles uma vez. mais ficarão perante Deus na base da aceitação - o holocausto; e serão restabelecidos em comunhão com seu Deus - a oferta pacífica. Naquele dia será visto publicamente que Jeová é o Deus deles. 
 
Números 10 não é o único lugar onde se pode achar ajuda quanto à festa das trombetas. Uma interessante associação é encontrada no Salmo 81. "Tocai a trombeta na lua nova, na lua cheia, dia da nossa festa." Muitos dos eventos que temos olhado em Números 1 O são vistos aqui, mas a ideia principal no Salmo é o livramento de seus inimigos. A lua nova tem em vista a restauração de Israel como a nação principal. A lua não tem ainda surgido, mas brevemente eles surgirão outra vez e tomarão seu lugar como a nação principal. A trombeta tocará na lua nova - ela os conduzirá para dentro, como era antes. 
 
Mais uma associação que podemos fazer é com Isaías 18:3. "Vós, todos os habitantes do mundo, e vós moradores da terra, quando se arvorar a bandeira nos montes, olhai; e quando se tocar a trombeta, escutai." Neste curto capítulo, a reintegração de Israel de volta a sua terra está tão claramente dita que pouco necessita ser falado a respeito. Israel há muito tem sido "um povo de homens altos, de pele brunida e poderosa". Os rios demarcam os estados governamentais, como visto nas nações. As nações governamentais têm despojado a terra de Israel e ainda a despojarão. Eis o porquê termos no livro de Apocalipse quatro vezes juízo sobre os rios. Mas Jeová, o Deus deles, julgará estes rios e as terras às quais eles pertencem; Israel será liberto e restaurado; a lua nova surgirá e Israel então tomará o seu lugar como a cabeça e não como cauda das nações. Esse será o tempo da festa dos Tabernáculos, da qual a festa das Trombetas é o começo. 
 
Voltando ao nosso capítulo e festa, é útil notar que a palavra "memorial" aqui significa "uma lembrança". É a mesma palavra usada para as doze pedras retiradas do Jordão. Não trará muitas coisas à lembrança de Israel no momento de seu despertar? "Ao primeiro do mês" indica um novo começo. Não no primeiro mês como quando Deus primeiro os retirou do Egito, mas o sétimo mês, o seu segundo novo começo. Neste dia, eles têm "um descanso". 
 
Eles não farão obra servil, mas terão uma santa convocação. Isso parece indicar que vem um momento quando eles renunciarão às coisas com que estão hoje tão ocupados: comerão e política. Então, no descanso, eles terão tempo para rever sua posição aos olhos de Deus; isto trará muitas coisas à lembrança deles, porque cremos que o tocar da trombeta de lembrança indicará Deus falando a eles. Ademais, Jeová obterá Seu legítimo lugar entre eles outra vez, como indicado na "oferta queimada a Jeová". Eles serão despertados, animados (Ez 37) e a congregação começará a se mover em direção à terra. É o chamado de Deus a Israel no último dia, que enfim os salvará e os restabelecerá na terra da sua herança. Não obstante, antes desse feliz momento para Israel chegar, Deus tem de tratar com eles, e isso toma-se evidente em nossa próxima festa. 
 
6. FESTA DA EXPIAÇÃO 
"E falou Jeová a Moisés, dizendo: Também aos dez deste mês sétimo será o dia da expiação; será para vós uma santa convocação; e afligireis as vossas almas, e trareis uma oferta queimada a Jeová" (v. 26-27, Versão New Translation). 
 
Se na festa das trombetas temos o claríssono chamado de Deus despertando-os para a glória deles já há muito perdida, nesta festa aprendemos que isto produzirá neles um arrependimento nacional. Uma referência ao décimo sexto capítulo de Levítico mostrará a associação com esta festa e o que está registrado ali. Verdadeiramente, é o ritual do capítulo 17 que está em foco aqui. Uma leitura cuidadosa dos detalhes desse grande capitulo mostrará isso em figura; temos a obra de Cristo retratada de uma maneira tríplice. No novilho - a propiciação pela congregação. No bode - a propiciação por Israel. Mas, junto com o sangue do bode que era aspergido sobre o propiciatório, temos uma visão da reconciliação de todas as coisas. Temos esse sangue no Santíssimo Lugar, v. 15 . Também temos o sangue purificando o santuário e a tenda da congregação, v.16. Então temos ambos, o sangue do novilho e o do bode, aspergido no Altar que estava no Pátio. Isto em figura é a reconciliação de todas as coisas. Uma comparação de Levítico 16:33 e Colossenses 1:20 clareia essa ideia. Este extraordinário capítulo tem em vista a reconciliação de todas as pessoas e todas as coisas, que ainda participarão no grande dia da manifestação de Cristo, da congregação de Israel e de todas as coisas. Mas, até o momento, só a Assembleia (Igreja) tem experimentado esta bênção. O fundamento de tudo foi feito na cruz; no entanto, a Assembléia (Igreja) é o único grupo que até agora tem conseguido essa bênção. Israel é o próximo que a obterá e com eles todas as coisas; pela ordem do capítulo, está claro que a Assembleia é a primeira, visto em Aarão e seus filhos que a sós foram absolvidos no sangue do novilho. Depois Israel, cujos pecados foram absolvidos no sangue do bode. Então, o santo lugar, o tabernáculo e o altar, todos vindo debaixo da eficácia do sangue, trarão as coisas à reconciliação. O espaço impede de entrarmos numa discussão do interessante assunto da reconciliação de todas as coisas, mas ela é claramente vista em figura em Levítico 16. 
 
Na ordem das festas, temos agora apresentado o tempo para Israel tomar posse de seu lugar, como provido na morte de nosso Senhor sobre a cruz. Há muito a obra foi concluída, mas eles ainda têm que compreendê-la e obter a bênção dela quando se converterem de coração ao Senhor, 2 Co 3:16. As instruções sobre essa festa nos mostram o que os caracterizará naquele dia. Devemos, contudo, notar isto. No capitulo 25, temos a consideração do grande dia do JUBILEU. Um dia quando a trombeta soará (v. 9) "e tornareis cada um à sua possessão, e cada um à sua família" (v.10). Agora a trombeta do jubileu soará no décimo dia do sétimo mês, coincidindo com a festa da expiação. Isso então é o que está evidente para Israel quando eles se converterem de coração a Jeová. 
 
"E nesse mesmo dia nenhuma obra fareis; porque é um dia de expiação, para fazer expiação por vós perante Jeová vosso Deus" (v.28, Versão New Translation). 
 
Há duas importantes coisas mencionadas nessas instruções para essa festa, e ambas são mencionadas três vezes. Elas são aflição da alma e nenhuma obro. Aflição da alma é claramente o arrependimento. Não precisamos procurar muito na Palavra para encontrar o que esse arrependimento produzirá. Temos somente que recorrer a Zacarias 12:10-14. Aqui, o arrependimento do remanescente, que terá a eleição da graça (Rm 11:5), é visto em sua mais ampla característica. Davi - a linhagem real, Natã - a linhagem profética, Levi - a linhagem sacerdotal, Simei - o povo em geral; todos estarão envolvidos naquele dia e nenhuma posição privilegiada impedirá de arrependerem-se aqueles que desejam a bênção de Deus. Os frutos adequados para o arrependimento serão produzidos, Lc 3:8. 
Um outro lugar, bem conhecido de todos os nossos corações, descreve-nos aquela aflição da alma, Is 53. Aqui, a história de nosso Senhor, Seu nascimento no mundo, Sua rejeição e morte sobre a cruz, tudo vem perante nós. Lemos d'Ele no verso 2, crescendo perante Jeová como uma tenra planta. Um Israel seco e infrutífero, crescendo em cada fase da humanidade; perante Jeová. Começando o Seu ministério público, sem nenhuma forma dominante, nenhuma dignidade externa, nenhuma beleza - coisas calculadas para atrair o homem carnal. Consequentemente, eles não O desejaram, v.2. Devido ao Seu humilde nascimento e andar, eles O desprezaram. Dores e padecimento foram Sua porção. D'Ele os homens ocultam o rosto; como desprezado de todos os lados, nenhum dos líderes fez caso d'Ele em absoluto. Por que era Ele um Homem de dores e sabia o que era padecer? Porque no amor de Sua alma por aquela mesma nação que O rejeitou e O crucificou, Ele levou as suas dores com graça, ao passo que os curava a todos, Mt 8:17. Ademais, intensa como foram as dores em Sua vida, elas foram insignificantes comparadas com as dores do Getsêmani e da cruz. Quando, afinal, movendo a mão daquele fraco Pilatos, eles O viram suspenso no madeiro, o que eles pensaram d'Ele? Eles O reputavam por aflito, ferido de Deus e oprimido v.4. Isso foi o que eles pensaram e disseram d'Ele, nos dias de Seu profundo sofrimento. Mas no dia quando afligirem suas almas, seus olhos serão abertos para ver a verdade. Aquele a quem eles consideraram um impostor; Aquele a quem eles tentaram fazer Deus amaldiçoar ao pendurá-LO no madeiro; sim, Aquele que eles disseram que estava morrendo porque Deus estava contra Ele - "nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido"; naquele dia eles dirão: "Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões". Eles uma vez pensaram que Ele foi traspassado pela Sua própria transgressão, mas naquele dia do seu arrependimento eles saberão e reconhecerão que Ele foi traspassado pelas transgressões deles. Que mudança! Que aflição! Que arrependimento!! Eles aprenderão que Jeová fez cair sobre Ele a iniquidade de todos eles, v.6. Aqui está a grande resposta a Aarão levando os pecados do povo perante Jeová, no grande dia da expiação. Essa aflição da alma os capacitará a abrir os seus olhos para ver isso e, ao voltarem em arrependimento a Deus, obterem, finalmente, o benefício daquilo que Cristo fez por eles quando O pregaram na cruz. 
 
A outra ordem "nenhuma obra", os livrará de qualquer intento de desenvolver uma justiça própria por si mesmos. Quão cuidadosamente Deus declara esta ordem! Como Israel outrora, que descansava no dia da expiação, assim será com o remanescente. Aarão fez tudo que havia para fazer naquele dia quando ele entrou sozinho, com o sangue, e espargiu o propiciatório. 
 
"Porque toda alma que não se afligir nesse mesmo dia, será eliminada do seu povo" (v.29, Versão New Translation). 
 
Está aqui em questão a parte descrente da nação. Enquanto um restante voltará ao Senhor, e igual aos irmãos de José, dirão: 
"Na verdade, somos culpados, no tocante a nosso irmão" (Gn 42:21), ademais os rebeldes entre os filhos de Israel, aliados ao Anticristo, recusarão serem afligidos e, consequentemente, serão cortados. Os eleitos repousarão, ou seja, serão livres de cada consideração, e a sós com Deus toda a sua história pecaminosa se apresentará diante deles e eles a confessarão a Deus. Duas coisas então acontecerão para a bem-aventurança deles. Eles serão trazidos para desfrutar da redenção que está em Cristo Jesus - a resposta ao sangue no propiciatório. E eles serão reintegrados publicamente como o povo de Jeová - a resposta ao bode expiatório. T em sido frequentemente salientado que•em Levítico 16 nenhuma menção é feita de um novilho expiatório. O novilho por Aarão e sua casa apresenta Cristo e a Congregação. Já que a congregação nunca teve nacionalmente um lugar perante Deus, consequentemente, nenhum novilho expiatório é necessário. Israel ainda tem que ser devidamente posto perante Deus e nacionalmente perante o mundo. Eles uma vez mais preencherão, naquele dia, seus lugares como o povo de Deus. Isso nos leva à nossa última festa no capítulo que considera este dia quando a nação, estabelecida no reino, regozijar-se-á perante Jeová seu Deus.
 
7. FESTA DOS TABERNÁCULOS 
"E falou Jeová a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel, dizendo: No décimo quinto dia deste mês sétimo é a festa das tendas por sete dias a Jeová. No primeiro dia haverá uma santa convocação; nenhuma obra servil fareis. Sete dias apresentareis uma oferta queimada a Jeová; no oitavo dia tereis uma santa convocação; e apresentareis oferta queimada a Jeová: é uma reunião solene, nenhuma obra servil fareis" (v. 33-36, Versão New Translation). 
 
Nessa última festa temos o grande dia do gozo de Israel no reino. Essas três últimas festas, todas no sétimo mês, demonstram os últimos grandes exercícios daquela nação. Despertados e animados pela Palavra profética que sairá ao encontro deles, serão levados a reconhecer seus pecados. O arrependimento nacional os introduzirá no perdão nacional e na restauração pública como o povo de Jeová. Naquele dia reverão todos os caminhos de Deus com eles, começando com a libertação do Egito até o estabelecimento deles no reino de Deus em poder, Marcos 9:1. 
 
Por três vezes na história da nação eles experimentaram o poder libertador de Deus. Primeiro no Egito, quando Ele os retirou com um braço estendido. Em segundo, da Babilônia, debaixo do édito de aro, o persa. Terceiro, de todas as nações no fim dos tempos dos gentios. Eles viveram aparentemente em tendas quando primeiro saíram do Egito. Um sinal de que eram, no momento, peregrinos sem lar, pois eles estavam movendo-se em direção a Canaã. Foi esse aspecto original das tendas que se tornou o âmago da festa do memorial. É interessante notar que quando saíram da Babilônia numa data posterior, guardaram a Festa dos Tabernáculos, Esdras 3:4. Aqui mais uma vez celebraram uma libertação pelo seu Deus. Assim será até o fim. Além disso, lemos em Zacarias 14:16 que qualquer nação que se recusar subir à festa dos tabernáculos estará sujeita ao juízo de Deus. Deus pretende que todas. estas nações estejam subindo à terra para testemunhar o que Ele tem feito pelo Seu Povo. "Todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém subirão de ano em ano para adorar o Rei, o Senhor dos exércitos, e para celebrar a festa dos tabernáculos" (Zc 14:16). 
 
Essa festa parece, mais que todas as outras, ser um tempo de alegria. Quando Israel tiver realizado a ceifa, nesse caso a vindima, eles habitarão em tendas e desfrutarão a bem-aventurança de seu Deus, enquanto as tendas testemunharão a Sua grandiosa obra de libertação. A colheita sempre precede a vindima, pois é sempre "cereal e vinho", nunca "vinho e cereal". Dispensacionalmente, a ceifa aponta para o juízo discricionário (sem restrições) e a vindima para o juízo sem misericórdia. O juízo da ceifa deve ser primeiro, visto que este envolve a separação do que é bom do que é mau, Mt 13:49; 24:20. Tendo assegurado o bom, tudo que for deixado é mau. Isso ocasionará o juízo da vindima, Ap 14:14. É depois de esses juízos haverem varrido a terra que Israel será finalmente libertado e celebrará em grandiosa conclusão a festa dos tabernáculos. O seu primeiro livramento envolveu o juízo de Faraó e do Egito. O seu segundo livramento envolveu o juízo de Belsazar e da Babilônia. O seu último e final livramento envolverá Satanás e as nações. Que festa será esta naquele dia! Embora a Satanás seja consentido no final reunir todas as nações contra Israel, não parece que a ele é permitido tocá¬-los, pois fogo cairá dos céus e consumirá toda a sua legião. 
Uma outra característica interessante vem à luz nesta festa. Temos menção do oitavo dia. E este dia, que é chamado o grande dia, no qual o nosso Senhor exclamou: "Se alguém tem sede, venha a mim e beba" (Jo 7:37). Somos informados no começo deste capítulo que era a festa dos tabernáculos, v.2. Este oitavo dia tem em vista a ETERNIDADE. Quando os caminhos de Deus tiverem alcançado um glorioso resultado no mundo vindouro, tudo que o nosso Deus tem assegurado para Sua eterna satisfação entrará no novo céu e na nova terra. Aprendemos de Apocalipse 21:3 que a Assembleia preencherá a parte naquele dia de "Eis o tabernáculo de Deus com os homens". Estes homens serão, indubitavelmente, Israel e a parte salva das nações com eles. Aparentemente naquele dia não haverá divisões entre as nações. A única divisão que parece existir é entre o grupo celestial e o terreno. Está claro que a congregação será o grupo celestial e Israel com a parte salva das nações será o grupo terreno. Deus não tem somente designado a congregação para a glória na eternidade, mas também Israel e parte dos gentios, cada um em seu respectivo lugar e todos radiantes com a glória de Deus.
Cremos tudo isso estar envolvido no oitavo dia desta festa. 
 
Este era o dia no qual o Senhor exclamou: "Se alguém tem sede, venha a mim e beba". As nações há muito têm tornado as "festas de' Jeová" em "as festas dos judeus". Consequentemente, em lugar de serem saciados com as bênçãos de Deus nessas festas, continuam infrutíferos e sedentos. A lei deles falhou em introduzi-los nesta bênção por causa de seu miserável fracasso em não guardá-la; a sua única esperança é voltarem-se ao Filho de Deus. Ele promete a todos que vierem a Ele o dom do Espírito. Isso é o que o Senhor associa com o oitavo dia ¬o dom do Espírito. Temos anteriormente. olhado essa festa como vinda depois do cereal e o vinho tendo sido armazenado, mas agora uma outra coisa interessante é acrescentada a estas duas coisas no livro de Deuteronômio - azeite. Cinco vezes lemos neste livro de "cereal, vinho e azeite". O dia do restabelecimento e da bênção de Israel será caracterizado por um derramar do Espírito, muito além de qualquer coisa já dantes conhecida deles, Joel 2:28. "Naquele dia eu serei obsequioso, diz o Senhor, obsequioso aos céus, e estes à terra; a terra, obsequiosa ao trigo, e ao vinho, e ao óleo; e estes a Jezreel" (Os 2:21-22). Jezreel significa "Deus semeia." As águas que saem do templo, Ez 47; e o tabernáculo ungido com óleo, Lv 8:10; tudo fala do dia quando o Espírito de Deus em todos penetrará. Isso fala de tudo que Deus tem determinado para Seu permanente deleite em Israel, seguros no poder do Espírito de Deus. É o dom do Espírito que o nosso Senhor associa com o oitavo dia.
 
Uma outra ideia nesse oitavo dia é a ressurreição. Israel ainda será levado a desfrutar da vida além do poder da morte. Eles Não morrerão fisicamente e nem serão ressuscitados de novo, mas serão levados a participar daquela vida na ressurreição, que agora veio a ser oferecida em Cristo na ressurreição. Nós temos esta vida hoje. Israel a terá em seu dia no reino (Dn 12:2; Mt 25:46), no estado eterno. Temos um retrato disso no monte da transfiguração em Lucas 9:28-36. É-nos dito por Lucas que esse evento aconteceu cerca de oito dias depois. Vemos os santos do Antigo Testamento em vida na nuvem de glória. Em Pedro, Tiago e João, o remanescente. Adormecidos no momento, porém então despertados, eles contemplarão a glória do Seu Messias e do grupo que está com Ele naquela glória. "Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão", (Dn 12:2). Aqui, neste quadro, vemos o reino estabelecido e Israel em seu lugar naquele dia. Este oitavo dia é chamado de "reunião solene". Verificamos que esta palavra significa restrição. Como reunidos em santa convocação na presença de Deus, a majestade, glória e santidade de Deus encherão suas almas com homenagem reverencial. Restrição, em santa sujeição de espírito, que em si mesmo torna-se um lugar igual a este. Não obstante, eles curvarão suas cabeças e adorarão.
Neste grande capítulo temos esboçado o grande fim pelo qual Deus está operando em relação a Israel. Já, como temos visto, as quatro primeiras festas têm sido realizadas na Assembleia, onde o remanescente tem agora sua parte, desde que tenha aceitado o Evangelho. Isso representa para eles ter parte naquele grupo celestial. Israel, como uma nação, ainda tem que ser introduzida, e formará o grupo terreno. Mesmo nos profetas, temos uma prenunciação disso. "Ponho as minhas palavras na tua boca, e te protejo com a sombra da minha mão, para que eu estenda novos céus, funde nova terra" (Is 51:16). No verso 13, temos os céus e a terra criados, mas no verso 16 temo-los cheios. Aquele que os criou é o Mesmo que os encherá. Ele estenderá os céus com a Assembleia e fundará a terra com Israel. Este, o grupo celestial e aquele, o terreno. Todos serão vistos no reino em seu devido lugar, quando o tempo dos caminhos de Deus findará e ele entrará em Seu repouso. Este é o grande fim para o qual Ele está operando, como vimos no início deste capítulo. E Ele graciosamente nos esclarece os pensamento de Sua mente, a fim de que saibamos o que está fazendo, e como alcançará aquele restante. Passo a passo temo-lo todo esboçado neste capítulo.
Baseado na morte de Cristo como visto na Festa da Páscoa; a rejeição do mal através da introdução do que é bom, como visto na Festa dos Pães Asmos; a ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo, como visto nos Feixes Movidos; a formação do grupo cristão, como visto na Festa da Nova Oblação; a renovação da nação de Israel, como visto na Festa das Trombetas; o arrependimento nacional de Israel, como visto na Festa da Expiação; a glória futura do reino no mundo vindouro e o passar de tudo para a eternidade como visto na festa dos Tabernáculos; - o dia da apresentação no mundo vindouro manifestará a resposta de Deus a toda a devastação que o pecado tem introduzido neste mundo, "Pois a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar" (Hc 2:14). Dessa forma, o repouso de Deus estará assegurado. Então, quando os dias do reino tiverem passado, Deus reunirá do presente céu e terra tudo que Ele tem assegurado para Sua eterna glória e deleite e, estabelecendo-o no novo céu e na nova terra, repousará em Seu amor por todos. Isso é indicado no oitavo dia da festa dos tabernáculos.
 
Que o Senhor graciosamente nos ajude a entender essas coisas um pouco mais completamente hoje, porque, sendo inteligentes em relação a Seus caminhos no presente momento e sabendo alguma coisa daquilo que Ele está fazendo para Sua eterna glória, quer seja na esfera celeste ou na terrena, possamos nos mover em concordância e comunhão com Ele, servindo-O aceitavelmente com reverência e temor piedoso, até que a manifestação dessa glória tenha despontado na "manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus" (Tito 2:13). 
 
1. A Festa da Páscoa - Levítico 23:5. A assembleia de Israel está diante de nós como um "todo moral", uma companhia unificada diante de Deus. O povo de Israel foi protegido por Deus na base da morte do cordeiro e na remoção dos primogênitos do Egito de diante dos olhos de Deus, Êxodo 12:29-36. Tendo o homem segundo a carne sido julgado na morte de Cristo, a Assembleia está agora protegida para a Sua satisfação. 
2. A Festa dos Pães Asmos - Levítico 23:6-8. Desde que o homem segundo a carne tem sido julgado na morte do cordeiro na páscoa, então não haverá nenhuma tolerância a qualquer coisa com o caráter de impureza, Números 28:18-25. Cristo está diante dos santos como o pão asmo para o deleite deles, 1 Coríntios 5:7, 8. 
3. A Festa das Primícias - Levítico 23:10-14. Esta festa está ligada com Israel na terra prometida. A nós demonstra que cada cristão tem uma nova posição em Cristo e por meio dEle é aceitável a Deus. Tudo que está assegurado por Deus é na base da ressurreição de Cristo, seja isso no futuro em Israel ou no presente na Assembleia. E nessa base que a Assembleia tem ligações com Cristo, Efésios 2:6. 
4. A Festa de Pentecoste - Levítico 23:15-22. Esta festa está associada com a anterior tendo em vista aquilo que agora a Assembleia é. Não haveria Pentecoste sem antes ter havido a Festa das Primícias, assim também não haveria a Assembleia enquanto Cristo não ressuscitar, ascender e enviar o Espírito Santo. A Assembleia toma o lugar de Israel na Terra como primícias a Deus até o dia da grande colheita quando Israel produzirá aquilo que é para Seu deleite. A Assembleia tem sido formada em um só Corpo pelo Espírito. 
5. A Festa das Trombetas - Levítico 23:23-25. O reino que Deus tem em vista está para ser estabelecido em poder e glória, e Israel é despertado e de novo reunido, Salmo 81:3. A Assembleia toma o seu lugar ao lado de Cristo na posição administrativa como Sua esposa, Apocalipse 21:9-11. 
6. O Dia da Expiação - Levítico 23:27-31. Aqui temos uma maravilhosa apresentação da morte de Cristo, a qual tem infinitamente glorificado o nosso bendito Deus, João 13:31. 
(O Partir do Pão) - Lucas 22:19-20, 1 Coríntios 11:23-26. É uma ocasião muito especial para relembrar Aquele em quem habitou todo o amor à medida que este operou em Seu coração quebrantado. O propósito disso é que as nossas afeições sejam despertadas. 
7. A Festa dos Tabernáculos - Levítico 23:34-37. O Reino milenar de Cristo. O que está em vista aqui é a conclusão dos caminhos de Deus com Israel sobre a Terra. Isso tem em vista o tempo quando toda promessa será cumprida e quando Israel estiver no gozo de tudo que está no coração de Deus para essa nação. A Assembleia toma posição ao lado celestial do favor e bênção de Deus, Efésios 1:9-11. 
 
Fim
 
“Um pouco! Já nos vem buscar;
As horas, pois, convém remir;
Cuidemos só em Lhe agradar;
E os passos Seus aqui seguir.
Esperamos esse alvor
Como os que aguardam seu Senhor.
'Um pouco!" Vem, Senhor Jesus! A
Noiva anela o seu Senhor. Suspira
ver, na plena luz,
O rosto do seu Salvador,
Estar com Ele no porvir, 
E os Seus louvores repetir. 
 

 

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