1 –  Princípios Fundamentais => (Ler Gêneses 24:1-27 e 50-60).
 
"O homem fiel, quem o achará?" (Provérbios 20:6); "mulher virtuosa, quem a achará?" (Provérbios 31:10). Tais pensamentos são bem de natureza a ocuparem o coração de um jovem sério ou de uma jovem piedosa. E quem saberá responder como convém, a não ser a Palavra de Deus? 
"O caminho do homem com uma virgem" é maravilhoso e de tal modo diverso que se pode comparar à imagem do "caminho da águia nos céus" e à do "caminho do navio no meio do mar" (Provérbios 30:18-19). A Palavra de Deus contém diretrizes precisas a tal respeito, mas não nos dá um modelo exato. 
A maior parte das vezes a escolha é feita na juventude, e não na idade madura. Mas devemos notar que, neste domínio, não se trata de experiência, mas sim de obediência à Palavra de Deus, para sermos conduzidos no verdadeiro caminho. Aliás, o conselho de pais prudentes ou daqueles que os substituem não deve ser negligenciado. Pois bem, aqui estão os princípios fundamentais: 
 
NENHUM JUGO DESIGUAL COM OS INCRÉDULOS 
 
A passagem de 2 Coríntios 6:14 aplica-se, entre outros casos, à união de crentes com incrédulos pelos laços do matrimônio. Abraão teve o cuidado de não querer para seu filho uma mulher Cananéia - uma idólatra. Isto, para nós, significa que não podemos unir, de forma alguma, com um filho do mundo em que habitamos, se o tal não for filho de Deus" (ver Gênesis 24:3). Deus põe em guarda os Israelitas contra uma tal união (Deuteronômio 7:3¬4). 
Quantas lágrimas amargas já não correram porque esta exortação, ainda que tão clara, foi desprezada! A desobediência não encontra nenhuma promessa da parte de Deus, para nela se apoiar. Por vezes aparece alguém a tentar justificar uma união que não é segundo Deus, fazendo referência à primeira epístola aos Coríntios 7:12-17, mas esquecendo que esses versículos se aplicam unicamente ao caso em que um dos cônjuges se converte após o casamento. Não há nada na Palavra de Deus que autorize uma união especulando com a possibilidade de uma conversão posterior. Fazer um tal cálculo seria tentar mudar a graça de Deus em libertinagem. De resto, uma conversão durante o noivado ou antes da contração do matrimônio, está sempre sujeita à suspeitas. Em tais casos, seria realmente bastante indicado que se deixasse decorrer um tempo suficiente antes de firmar-se o compromisso, dando¬-se assim oportunidade para que esta conversão manifeste-se como autêntica. 
 
Somente no Senhor
 
Este mandamento de 1 Coríntios 7:39 dirige-se às viúvas, mas é válida para todo crente. A união pelo casamento no Senhor vai mais longe do que um simples matrimônio entre dois crentes. Ela significa que ambos têm a certeza, dada pelo Senhor, de estarem destinados um para o outro e de estarem firmemente decididos a andarem na submissão ao Senhor. Se não andarem no mesmo caminho, procurando servir a Deus, mas cada qual à sua maneira, como poderão eles fazer face, em perfeita harmonia, às importantes responsabilidades e aos deveres, que serão os seus? "Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?" (Amós 3:3). 
 
HONRA A TEU PAI E A TUA MÃE (ÊXODO 20: 12) 
 
Esta prescrição da lei escrita pelo dedo do próprio Deus (Êxodo 31:18) é citada seis vezes no Novo Testamento. Portanto, não perdeu em nada o seu valor. Não é segundo a vontade de Deus que os jovens façam a tão importante escolha de um parceiro de vida sem primeiro se terem aberto com os seus pais. As resistências a tal respeito são reveladoras de uma má consciência, de um mal caráter. A Palavra de Deus sublinha este conselho: 
 
-1) Rute, a Moabita, tinha deixado o seu pai e a sua mãe e o seu país idólatra para procurar refúgio junto ao Deus vivo. Chegada a Belém, mostra-se atenta aos conselhos da sua sogra. "Tudo quanto me disseres, farei" (Rute 3:5). E nunca teve de lamentar a sua união com Boaz! 
 
-2) Sansão, infelizmente, desprezou o conselho dos seus piedosos pais, que o aconselhavam a tomar uma mulher de entre o povo de Deus. Ele disse-lhes: "Tomai-me esta, porque ela agrada aos meus olhos" (Juízes 14:3). Por causa desta decisão, contrária à Escritura, Deus conduziu-o por um caminho de provações e de disciplina. Que este exemplo nos sirva de advertência. Assim, Sansão, em vez de ter os olhos iluminados pelo mandamento de Deus (Salmo 19:8), perdeu¬-os como conseqüência da sua desobediência (Juízes 16:21). 
 
O amor
 
Não é o amor a condição primordial para que uma união matrimonial seja feliz? Muita gente põe esta condição em primeiro lugar. É verdade, sim, que a afeição natural entre os noivos, entre esposos, entre pais e filhos, é uma coisa que Deus põe no coração dos homens. Estes sentimentos são um laço precioso entre dois seres estreitamente unidos entre si. Mas, já desde a antiguidade pagã, este amor foi desnaturado e caiu pela desobediência do homem sob o império da lei do pecado e da morte. Esta ausência de afeição natural também é a característica da cristandade sem Cristo dos últimos tempos (Romanos 1:31; 2 Timóteo 3:3). 
Como já dissemos, o amor natural tem o seu lugar nas relações entre os esposos, mas deve ser santificado, para não ser apenas um amor carnal, que se manifesta antes do mais pelas suas exigências, pelo seu egoísmo, pelo seu desejo de possuir; que somente quer receber e que não se importa com a vontade de Deus. Sansão (Juízes 14:3 e 16 e 16:4 e 15) e Amnon (2 Samuel 13) são disso solenes exemplos. Um tal amor não pode ser nunca o seguro fundamento de uma união feliz, porque facilmente desaparecerá quando não encontrar mais na pessoa "amada" aquilo que procura. a crente não está isento desse perigo, e é necessária uma extrema vigilância. 
Por sua vez o amor operado por Deus é um amor que dá, é um amor que não procura os seus próprio interesses (1 Coríntios 13:4-7). Este amor encontra a sua medida em Cristo, que amou a Igreja e a Si mesmo Se entregou por ela (Efésios 5:25). Foi o Seu amor e a Sua obediência que o motivaram a descer do Céu e a entregar-Se por ela, da mesma maneira como um homem deixa o seu pai e a sua mãe para unir-se a sua esposa. 
Um passo como pedir uma jovem em casamento pressupõe, segundo os pensamentos de Deus, que o jovem irmão tenha santos afetos para com a jovem em questão. Segundo o modelo de Cristo e da Igreja, é ao homem que compete representar um papel ativo, pedindo a jovem em casamento. Uma atitude passiva da parte do homem ou a iniciativa da moça não são atitudes segundo os pensamentos de Deus. a verdadeiro amor não atua nunca em oposição à vontade de Deus;também não cega ninguém. Por isso é muito necessário um auto-exame espiritual para detectar se o amor propulsor na questão é espiritual, natural ou até mesmo carnal. 
 
A ORAÇÃO POR UMA COMPANHEIRA 
 
O servo de Abraão dá-nos um belo exemplo. Não era uma jovem bonita ou rica que ele procurava para Isaque, mas uma jovem que quisesse servir bem o estrangeiro que ele era e tivesse cuidado com os seus fatigados camelos. Tendo Deus atendido imediatamente a sua súplica, o servo de início contentou-se em olhar ¬admirado e em silêncio. Profundamente comovido pela resposta divina, não diz nem uma palavra à jovem, mas começa por expressar a Deus a sua gratidão (Gênesis 24: 12, 21 e 27). Foi desta maneira que o servo recebeu da mão do Senhor a mulher que Deus destinava a Isaque. 
 
QUAL O MOMENTO MAIS INDICADO PARA O CASAMENTO? 
 
Há uma ordem que convém observar e que nos é claramente indicada em Gênesis 2:24 e repetida pelo Senhor Jesus em Mateus 19:5: "Deixará o homem pai e mãe" . Isso traz consigo uma autonomia também ligada com responsabilidade. A seguir vem: 
"E se unirá à sua mulher". É uma união pública, perante Deus e os homens. Na nossa sociedade atual, esta união é realizada nos Cartórios de Registro Civil. E somente após o casamento - e não antes - é que os dois" serão uma só carne” . 
Uma outra condição prévia para a fundação de um novo lar é o exercício de uma profissão, após a formação profissional ou um aprendizado eficiente, que permita ao homem prover às necessidades da família: "Prepara fora a tua obra, apronta a lavoura no campo, e depois edifica a tua casa" (Provérbios 24:27). 
Mas o tempo escolhido por Deus nem sempre é aquele que corresponde aos nossos desejos. 
Já o Salmista dizia: "Os meus tempos estão nas tuas mãos" (Salmo 31:15). A questão do momento ideal pode se tornar numa prova especialmente para as nossas irmãs. As cinco filhas de Zelofeade são mencionadas três vezes pela ordem de nascimento (Números 26:33; 27:1; Josué 17:3). Mas de Números 36:11 decorre que Tirza, a quinta filha e também a mais nova, foi a segunda a casar, sendo que a segunda filha mais velha, a Noa, aparentemente preferida, casou por último. O tempo escolhido por Deus nem sempre coincide com os nossos desejos. Mas depois de casarem e entrarem na terra de Canaã, temos Noa novamente em sua posição original - a de número "dois" (Josué 17:3). “... meu Deus, nas tuas mãos estão os meus dias" (Salmo 31:15). 
As filhas de Zelofeade também nos são um exemplo num outro sentido. Experimentaram a mesma "aflição" por que passam hoje também muitas jovens crentes, que são obrigadas a verificar que, no seu meio, há pouquíssimos jovens decididos a seguir a Cristo. As filhas de Zelofeade teriam podido suplicar a Moisés que lhes arranjasse maridos, mas estimavam e anelavam acima de tudo, a herança de sua família (figura das nossa bênçãos espirituais), e Deus respondeu simultaneamente aos seus dois desejos. 
 
O lugar do encontro
 
O servo de Abraão encontrou Rebeca junto de um poço. Ali vertia água - figura da Palavra de Deus, aplicada pelo Espírito Santo! 
Jovens, rapazes ou moços, onde desejam encontrar o seu futuro cônjuge? Num mundo desértico, sem água, ou num lugar escolhido por Deus, onde a Sua Palavra também refresque o coração? 
 
Uma decisão firme
 
Rebeca não foi leviana, não ficou brincando em relação ao seu futuro esposo. "Irei!", disse ela, resoluta. 
 
Uma auxiliadora idônea
 
Deus queria para Adão uma auxiliadora que lhe correspondesse. Diferenças de idade demasiado grandes, diferenças de educação, de língua, de raça e de cultura, etc., não são contrárias à Palavra de Deus, mas podem constituir, no decorrer dos anos, um fardo muito pesado na vida em comum. 
"O que acha uma mulher acha uma coisa boa e alcançou a benevolência do Senhor" (Provérbios 18:22). 
 
2 – Os perigos no Momento da Escolha do Cônjuge
 
 A Palavra de Deus não se limita a dar linhas de conduta, mas põe igualmente em guarda contra os perigos que ameaçam os pretendentes ao matrimônio. 
 
A AMIZADE ENTRE JOVENS DE AMBOS OS SEXOS 
 
As relações amistosas entre rapazes e moças muitas vezes fazem despertar uma espécie de inclinação que conduz, mais cedo ou mais tarde, e quer o queiramos quer não, a namoros pouco sérios. Não podemos negá-lo sem nos enganarmos a nós mesmos. E não será isto brincar com coisas santas? São demasiadamente conhecidas as dolorosas consequências de uma decepção amorosa. Por esta razão, uma certa reserva se torna recomendável a ambas as partes; reserva, sim, mas não o isolamento impura, isto é, cobiçando-a, pois isso já constitui adultério, diz o Senhor em Mateus 5:28. E isto é tão válido para os homens casados como para os solteiros. 
 
- Advertências aos rapazes:
 
  1. Não olhar para uma mulher casada com intenção. 
  2. Não tocar numa mulher. Relacionamentos ilícitos serão punidos também: "Assim será com o que se chegar à mulher do seu próximo: não ficará inocente todo aquele que a tocar" (Provérbios 6:29).Boaz ordenara aos seus moços que não tocassem em Rute, não a censurassem nem a repreendessem (Rute 2:9,15 e 16). 
  3. No trato com as moças, Timóteo foi instruído para que as exortasse como a irmãs, em toda a pureza (1 Timóteo 5:2). 
  4. 0 rei Abimeleque não brincava com o pecado. Tinha atuado "em sinceridade do coração e em pureza de suas mãos" quando mandou buscar Sara, a mulher de Abraão. Abraão tinha-o enganado, afirmando que Sara era sua irmã. Deus guardou Abimeleque de pecar e não lhe permitiu desposar Sara (Gênesis 20:2-6). 
 
Mas quem brinca conscientemente com o fogo não pode ater-se à graça do Senhor, para ser guardado. O Espírito Santo adverte solenemente de que a ligação carnal de um jovem solteiro com uma mulher terá consequências amargas, porque será dado livre curso a uma atração ilícita. "Eu achei uma coisa mais amarga do que a morte: a mulher, cujo coração são redes e laços, e cujas mãos são ataduras; quem for bom diante de Deus escapará dela, mas o pecador virá a ser preso por ela" (Eclesiastes 7 :26).
 
Advertências às moças: 
 
Que elas tenham sempre diante de si o exemplo de Rute. Boaz ordenara-lhe: "Aqui te ajuntarás com as minhas moças". Noemi, a sua sogra, também lhe dissera: "Melhor é, filha minha, que saias com as suas moças". E o próprio Boaz, mais adiante, lhe testemunha o bom comportamento: ela não tinha ido após os jovens, pobres ou ricos. Por isso ela pôde vir a ser sua esposa. O seu comportamento reservado foi ricamente recompensado; o seu nome é mencionado na genealogia do Senhor Jesus (Rute 2:8,22; 3:10; Mateus 1:5). 
Deixamos os nosso amados leitores extrair as suas conclusões do julgamento de Deus acerca das amizades carnais entre rapazes e moças. E ninguém pode reivindicar para si uma exceção. Peço a todos aqueles que pensam o contrário, que procurem nas Sagradas Escrituras se há princípios e exemplos que sirvam de apoio para a sua falsa maneira de pensar. Deveriam antes interrogar-se com seriedade perante Deus qual o motivo que os leva a procurar tais amizades com o sexo oposto. Cedo verificariam que se trata apenas desse "desejo", já mencionado, que Deus expressamente reservou para o casamento. 
 
Entrar Puro no Casamento
 
"Porque esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição, que cada um de vós saiba manter o seu próprio corpo em santificação e em honra" (1 Tessalonicenses 4:3-4). 
 
Dois perigos aqui são assinalados: 
 
- 1) A prostituição. A Bíblia diz: "Fugi da prostituição" (1 Coríntios 6: 18). José fugiu à hora da tentação. A sua atitude face à mulher de Potifar é um exemplo impressionante da maneira como a pureza moral deve ser conservada. A fuga não é sinônimo de fraqueza, mas sim o único meio de a gente se colocar corajosamente fora do alcance da influência do pecado. 
 
- 2) As relações íntimas antes do casamento Vimos em Mateus 19:5 que este começa acima de tudo com a mudança do estado civil. Porém, hoje em dia, isto é simplesmente negado; afirmando que é a promessa e não a celebração oficial que é determinante, procuram desculpar e até mesmo aprovar as relações íntimas durante o noivado. Perguntamos então: Seria para tais caprichos que se presta o período do noivado? Talvez haja ainda quem queira fazer valer que as relações íntimas antes do casamento não são mencionadas no Novo Testamento. Mas 1 Coríntios 7 :34 estabelece bem a distinção entre a mulher casada e a virgem, e prossegue: "A solteira cuida nas coisas do Senhor, para ser santa, tanto no corpo como no espírito" . 
 
Os métodos anticonceptivos podem impedir certas consequências das relações ilícitas, mas não podem nunca guardar o corpo puro - e diante do olhar de Deus nada há encoberto. Aliás, a Palavra de Deus determina aos que não são casados e às viúvas: "Se não podem conter-se, casem¬-se" (1 Coríntios 7:9). E aqui não se fala de noivado nem de promessas; há a concretização do fato: CASEM-SE! 
Sabemos que nem todos têm a possibilidade de se casarem, mas isso não. os dispensa da necessidade de serem "santos, quer de corpo quer de espírito". Pela fé, eles receberão do Senhor a graça para se poderem conter. Deus velará por todos aqueles que encontram plena satisfação no Senhor Jesus, apesar dessa difícil renúncia (ver 2 Coríntios 9:8). Nas Sagradas Escrituras não faltam exemplos que indiquem para a pureza antes do casamento. 
 
Vejamos alguns: 
a) Jacó amava Raquel, mas esperou sete anos antes de a desposar (Gênesis 29: 18-21). É uma grande bênção para os rapazes e para as moças aprenderem, durante o seu celibato, a esperar e a refrear os seus corpos. 
b) Rebeca era virgem (Gênesis 24:16). 
c) Em 2 Coríntios 11:2 Paulo emprega esta figura: ter de algum modo preparado a Igreja para a apresentar como uma virgem pura a um só marido, a Cristo. 
d) Tamar, filha de Davi, recusou energicamente as relações sexuais antes do casamento, as quais chamou de "uma infâmia" (ou "uma loucura", noutras versões). Mas Amnon não quis escutá-la e conduziu-se de maneira ignóbil com a infeliz. E após ter satisfeito os seus desejos, o seu falso amor transformou-se em ódio. "Porque maior era o ódio com que a odiava do que o amor com que a tinha amado (2 Samuel 13:12-15). A causa primordial do seu desejo era a paixão e não o amor. Foi por isso que a mandou expulsar e rompeu todas as relações com ela. De uma maneira dura e desumana, repeliu-a sem consideração pelos seus sentimentos feridos, e isto, para ela, foi ainda mais duro de suportar do que a infâmia sofrida. 
 
Na verdade, quem poderá avaliar todo o sofrimento que arrastam consigo as relações íntimas antes do casamento? 
Tem-se comparado o pudor como sendo uma barreira contra o pecado. "O perverso não conhece a vergonha" (Sofonias 3:5). Para a mulher, o pudor é um ornamento, e não um adereço fora de moda. (Ver 1 Timóteo 2:9). 
Salomão comenta: "Como joia de ouro no focinho de uma porca, assim é a mulher formosa que não tem descrição" (Provérbios 11:22). 
 
MOTIVOS DUVIDOSOS PARA CONTRAIR MATRIMÔNIO 
 
Esta também é uma problemática que merece a nossa atenção. Há duas classes de perigos: 
 
- 1) De um lado estão os pais que, no casamento dos seus filhos, podem visar alvos egoístas. Por exemplo, o rei Saul deu a Davi a sua filha Mical- depois de lhe ter prometido Merabe - na esperança de que ela lhe servisse de laço. Mas a especulação fracassou (I Samuel 18:17-22, 25) e a união não foi abençoada por Deus. 
 
- 2) Depois também o próprio cônjuge pode visar o matrimônio com vistas a vantagens materiais. Mas neste caso lhe faltará a bênção de Deus. 
 
Davi desposou, de acordo com a sua posição, a princesa "Maaka, filha de Talmai, rei de Gesur". Mas ela não pertencia ao povo de Deus (2 Samuel 3:3; Josué 13:13). O filho dos dois, Absalão, fugiu para junto de seu avô e urdiu uma conspiração contra o seu próprio pai (2 Samuel 13:38). Sabemos quão tristes foram as consequênciasdesse passo dado em falso! 
 
A vigilância
 
Esta é recomendada em todos os domínios. Já tínhamos considerado a falta de vigilância de Diná e de Sansão. Duas coisas merecem toda a nossa atenção: 
 
- 1) "Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida" (Provérbios 4:23); 
 
- 2) "Os teus olhos olhem direito, e as tuas pálpebras [olhem} diretamente diante de ti" (Provérbios 4:25). E "não seguireis os desejos do vosso coração, nem os dos vossos olhos, após os quais andais adulterando" (Números 15:39; ver também Jó 31:1). 
 
É-nos dito duas vezes de Sansão que viu uma mulher (Juízes 14:1 e 16:1). Viu... e cobiçou. Mas colheu o amargo fruto da sua cobiça: a perda dos seus dois olhos (comparar com Gálatas 6:7). 
 
Consequências
Pecados escondidos e não julgados num crente impedem tanto o seu crescimento espiritual como o da assembleia local. Aquele que descobre os seus pecados e os confessa, alcança misericórdia, ainda que, por vezes, as consequências possam perdurar. 
 
Por J. Graf
 
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