10) O batismo de Jesus
 
Mateus 3
 
Explicação e ensinamentos: 
Jesus não podia se unir a um Israel sem Deus (a luz não combina com as trevas), podia, sim, fazê-lo com um remanescente arrependido e crente, que aceitou o testemunho de João Batista deixando-se batizar. Esta união promovida pelo Senhor é maravilhosa e motivada pela Graça (SI 16,3). Até mesmo o remanescente foi merecedor da ira e do juízo, mas o Senhor se identifica, se "faz um" com ele e intervém a seu favor (* Is 42,3). Mas isto o conduziu à cruz, aonde ocorreu a remissão pelo pecado. Foi assim que Deus ordenara (a lei e os profetas falam disto) e o Senhor foi obediente (* SI 40,7-8). Não foi o pecado, portanto, que motivou o seu batismo no Jordão, como os demais do remanescente, mas a Sua Graça para eles e Sua obediência à Palavra de Deus (nos convém cumprir toda a justiça). Esta obediência foi preciosa para Deus; abriram-se os céus e Deus deu testemunho a Seu respeito. Sobre a terra estava Aquele em quem Deus tinha todo o Seu prazer, a Quem toda a milícia celestial deu glória. Estava aqui para servir e glorificar a Deus, e para salvar ao homem perdido. Outro que dá testemunho da pureza, humildade e mansidão do Senhor é o Espírito Santo, que desce sobre Ele como pomba (veja que aqui não testemunha de poder e visando juízo, como quando, em Pentecostes, veio sobre os discípulos em vento impetuoso e fogo). - Ao mesmo tempo a descida do Espírito Santo no Jordão é o selo ou a confirmação de Deus ao ministério público de Jesus, o Filho de Deus. - Mais tarde, Estevão e Paulo em Espírito contemplaram o céu, para onde voltara Jesus; mas aqui é o céu que contempla a terra. Que objeto maravilhoso do amor, do prazer e do agrado do Pai é este que agora estava no meio dos santos sobre a terra! - Temos, aqui, no Jordão a primeira manifestação da triunidade de Deus. O Pai fala, faz com que Sua voz seja ouvida do céu que estava aberto; o Filho está ali; e o Espírito Santo desceu (2 Co 13,13). 
 
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