HISTÓRIA DA BÍBLIA

A Bíblia não é apenas um conjunto de livros. É um livro singular. Os seus escritores humanos foram inspirados por Deus (isto é, pelo Espírito Santo) para o escreverem. Escribas, sacerdotes, reis, profetas, juízes, poetas, pastores, médicos, pescadores, num total de mais de quarenta, foram escrevendo, num período aproximado de 1.500 anos. E, apesar das diferentes profissões, capacidades e culturas dos seus escritores humanos, a Bíblia denota uma unidade ímpar.
Esses textos foram copiados e recopiados de geração para geração em diversos idiomas, partindo das suas línguas originais (hebraico, aramaico e grego). Verificou-se através do método textual, que 99% dos textos mantêm-se fiel aos originais, o que constitui um facto científico inédito, considerando a distância temporal de milhares de anos entre o momento da escrita até aos nossos dias.
 
Os livros do Antigo Testamento foram escritos em longos pergaminhos confeccionados em pele de cabra e copiados cuidadosamente pelos escribas.
Em geral, cada um desses livros era escrito num pergaminho separado, embora a Lei frequentemente fosse copiada em dois grandes pergaminhos. O texto era escrito em hebraico - da direita para a esquerda - e, apenas alguns capítulos, em dialeto aramaico.
As partes mais antigas das Escrituras encontradas são um pergaminho de Isaías em hebraico do século II a.C, descoberto em 1947 nas cavernas do Mar Morto e um pequeno papiro contendo parte do Evangelho segundo S.João 18.31-33,37,38, datados do século II d.C.
A Bíblia é dividida em duas partes; o Antigo Testamento contendo os livros que narram a história do Povo de Deus e foram escritos antes de Cristo (a.C); e o Novo Testamento contendo os livros que narram a vida de Jesus e das primeiras comunidades cristãs. Contam a história do novo Povo de Deus e foram escritos depois de Cristo (d.C.).
 
TRADUÇÕES PARA PORTUGUÊS
 
A primeira tradução da Bíblia para português foi efetuada por João Ferreira de Almeida (1681). Embora com vestígios da versão de Lutero de 1534 e da versão inglesa King James de 1611, é muito próxima do texto latino de São Jerônimo (Vulgata). A tradução foi feita, como era corrente na época, pelo método da equivalência sintáctica, que subordinava o conteúdo à forma, mas o texto resultou numa prosa elegante cujo vocabulário revela profundos conhecimentos não só de hebraico e de grego mas também de latim e das culturas afetas a esses idiomas.
A segunda tradução da Bíblia em Português, foi efetuada pelo padre Antônio Pereira de Figueiredo em 1790. Trata-se de uma versão de valor literário e filológico, sabendo que Figueiredo foi autor de um Novo Método de Gramática Latina adoptado em Portugal de 1759 a 1834. A Bíblia foi posteriormente impressa, sem notas exegéticas (por terem merecido condenação eclesiástica na época da primeira publicação), mediante prévia aprovação da rainha D. Maria II.

 

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