30) A Mensagem de João Batista (para 2 estudos) 
 
1. A mensagem do "Batista": Mt 11,2-6. 
2. O testemunho de Jesus a respeito de João: v. 7-11. 
3. A rejeição de Jesus por parte dos Judeus: v. 12-19. 
4. O juízo sobre aqueles que o rejeitaram: v. 20-24. 
5. A bem-aventurança dos que o receberam: v. 25-30. 
 
Explicação e ensinamentos: 
Próximo do Mar Morto havia um forte (segundo o historiador Josefo). Ali, João estava preso. Por quê? Leia Lucas 3,19-20. E que fim levaram todos aqueles, que ele havia batizado? Muitos deles voltaram atrás. Alguns de entre eles se tornaram discípulos do Senhor Jesus. Outros ficaram com João e lhe falaram dos milagres do Senhor Jesus. 
João ainda cultivava ideias e esperanças judaicas. Ele esperava que Jesus estabelecesse o seu reino, em poder e glória. Com o que lhe contaram ficou com dúvidas a respeito da missão de Jesus. 
 
A pergunta que ele fez, denotava confiança na Palavra, mas demonstra também a falta de conhecimento sobre a pessoa de Jesus. Em resposta a essa pergunta, o Senhor Jesus deu testemunho a respeito de Si mesmo e a respeito de João Batista. Pelas obras e palavras do Senhor o homem agora é posto à prova, e bem-aventurado aquele que não se escandalizasse (Isto é: não se enganasse) pela aparência insignificante de Jesus.
 
O Senhor havia vindo para salvar o que se havia perdido. Não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos (Mateus 18, 11; *Marcos 10,45). Isso era verdadeiramente divino. Sem dúvida era mais glorioso do que o trono de Davi, o qual na verdade, teria concedido liberdade a João. Mas João, apesar da sua dúvida, não era uma cana agitada pelo vento, nem um amigo dos prazeres. Ele era mais do que um profeta, porque viu o Senhor Jesus, com os seus próprios olhos. João foi o seu arauto. Como, porém, o Reino não tinha sido levantado, João figurava como sendo menor do que o menor de entre aqueles que, no reino, irão ver o Senhor, como rei e gozar Suas bênçãos. Da mesma forma, o menor cristão verdadeiro é maior do que João, porque ele não pertencia à Igreja, que é a noiva de Cristo. João foi decapitado antes da fundação da Igreja, isto é, antes da morte e ressurreição de Cristo. Antes, também, da descida do Espírito Santo. Nos dias de João se tornava manifesto se alguém pertencia ao restante arrependido do povo de Israel, ou se fazia parte daqueles, cujos interesses eram terrestres, carnais. Como Jesus não correspondeu às esperanças do povo, no que se refere à glória e ao poder de um reino nesta terra, foi rejeitado. Quem cria nele era igualmente rejeitado. Por isso, muitos crentes passavam por dificuldades (resistência por parte dos líderes e da grande massa do povo que estava cegada). Por essa razão, era necessária muita energia (v.12). Deus prova o seu povo. João Batista ameaçava a justiça (pôr o machado à raiz das árvores etc.), porém o Senhor atraía por meio da graça. Mas tudo em vão. João, ele próprio distante da justiça, severo e rigoroso para consigo mesmo; no critério do povo, tinha um demônio. Ao Senhor Jesus, que se aproximava dos miseráveis e infelizes (publicanos e pecadores), chamavam de "comilão" e "beberrão". Não era possível agradar a este povo. Podia-se assobiar, como as crianças faziam para brincar e dançar; ou podia¬-se contar lamentações. Não davam ouvidos. Todos, porém, que estão do lado de Deus, são filhos de Deus, ou "Filhos da Sabedoria". Eles não se escandalizam nos feitos de Deus. Eles os aprovam e justificam. Tiro outrora havia rejeitado a Deus em seu orgulho. Da mesma forma, Sodoma com sua corrupção, e ambas foram julgadas. Vão ser julgadas ainda, no fim do mundo (Ap 20, 11-15). Israel, que recebeu mais do que Tiro e Sodoma, e rejeitou o Messias, que esteve em seu meio, há de receber uma condenação muito maior•(*Lc 12, 47-48). O que ainda restava? A lei havia sido quebrantada; os profetas não estavam mais aí. O arauto do reino (João) estava no cárcere. Mas a fé reconhecia o Cristo; o Reino arrebatou o ungido de Deus (v. 12). Uma época semelhante houve nos dias de Davi: Samuel tinha morrido, Saul estava reprovado, porém governava; Davi, como aqui Cristo, não era reconhecido, mas Abigail, reconheceu, pela fé, o ungido do Senhor. Ela o reverencia, torna¬-se sua noiva e depois rainha (I Samuel 25). O Senhor convida, agora, a vir a Ele. Ele era suficiente para "todos os cansados e oprimidos": "Vinde a mim"! Ele clama. A todos Ele dá descanso. - Com Ele há libertação de toda pressão e toda culpa. - Mas o Senhor Jesus não dá somente descanso da consciência, mas também dá descanso à alma que, confiante, segue após Ele (v. 29.¬ esse 2º descanso é o descanso do coração). O coração aprende com o Senhor Jesus, que é "humilde" e "manso", como ser guiado por Deus, o Pai. - Da maneira que o Pai o amava e dirigia, o Senhor Jesus estava contente e satisfeito: veja versos 25 e 26 - Ali há humildade e mansidão, o contrário de orgulho e vaidade, que habitam, por meio de Satanás, no coração humano, desde a queda do pecado (*Mt 11, 28-30). 
 
[Existe ainda um terceiro descanso: o eterno repouso, do sábado, no céu: *Heb 4,9. Esse descanso, ninguém goza aqui nesta pobre terra, Ainda está no porvir. Assim temos: 
1. O descanso da consciência: pela obra do Senhor Jesus. 
2. O descanso do coração: na pessoa do Senhor Jesus, em seguindo Ele. 
3.O descanso eterno: junto com o Senhor Jesus na glória.]
 
Desenvolvido por Palavras do Evangelho.com