“Tu és meu Filho; hoje eu te gerei.” (Salmo 2:7)

Estas palavras são citadas três vezes no Novo Testamento:

1) Atos 13:33 (Sua Ressurreição):

“E nós vos anunciamos que a promessa que foi feita aos pais, Deus a cumpriu a nós, seus filhos, ressuscitando a Jesus; como também está escrito no salmo segundo: Meu filho és tu, hoje te gerei. E que o ressuscitaria dentre os mortos, para nunca mais tornar à corrupção, disse-o assim: As santas e fiéis bênçãos de Davi vos darei.” (Atos 13:32-34)

2) Hebreus 1:5 (Sua Encarnação): 

“Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, Hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, E ele me será por Filho? E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.” (Hebreus 1:5-6)

3) Hebreus 5:5 (Sua ascensão e entrada em Seu sacerdócio):

“Assim também Cristo não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, Hoje te gerei. Como também diz, noutro lugar: Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque.” (Hebreus 5:5,6)

Os que negam, que o Filho seja Deus, quando leem: “Tu és meu Filho; hoje eu te gerei”, certamente, dizem, que isso mostra que houve um dia em que Ele se tornou o Filho.  

Mas esta conclusão resulta da ideia errada de que a segunda parte da frase explica a primeira, ou seja, que Ele é o Filho por causa do dia em que Deus O gerou. 

Lamentavelmente, a Bíblia na versão Linguagem de Hoje, "Você é meu filho; hoje me tornei seu Pai”, perpetua esse mal-entendido. 

Contudo, se considerarmos a segunda parte da frase, não como uma explicação da primeira parte, mas como uma demonstração e reconhecimento da mesma, a dificuldade desaparece. 

A primeira parte, “Tu és meu Filho”, é eternamente verdadeira. 

A segunda parte, “hoje te gerei”, refere-se a um evento no tempo, não quando Ele se tornou Filho, mas quando Ele foi declarado e demonstrado que assim era; quando Ele foi mostrado (no tempo) como Ele (eternamente) é.

Qual é o evento mencionado aqui: “Hoje te gerei”? 

  1. A encarnação (quando Ele foi gerado na humanidade)? 
  2. Sua ressurreição (quando Ele foi gerado dentre os mortos)? 
  3. Sua ascensão e entrada em Seu sacerdócio? 

O propósito aqui não é determinar a qual evento ela se refere, mas mostrar que isso não refuta Sua filiação eterna. Qualquer que seja este evento em vista, a doutrina de Sua filiação eterna não é afetada.

 

 

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