Qual é o significado da expressão em 1 Coríntios 5:11, “Com o tal, não coma”?
Vamos ler 1 Coríntios 5:11: “Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais.”
O contexto deste versículo é a excomunhão de uma pessoa que cometeu um pecado moral.
É tristemente evidente que havia um membro da assembleia de Corinto envolvido em pecado, “que nem ainda entre os gentios se nomeia”. (1 Coríntios 5:1)
O apóstolo os ensina que tal conduta “exterior” no mundo é deixada para o “julgamento de Deus”, mas tal conduta “dentro” deve ser tratada pela assembleia.
Tal pessoa deve ser “afastada”, ou seja, expulsa da comunhão. O pecado já terá tirado a pessoa da comunhão com o Senhor. Os crentes não devem “manter companhia”, “não comer” com alguém “chamado irmão”, que é “for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador”.
Há uma razão tripla para tal ação da assembleia.
1. A pureza da casa de Deus.
2. A preservação do povo de Deus.
3. A restauração do filho de Deus.
As frases “não vos associem” e “não comer”, devem ser vistas como mais amplas do que partir o pão ou mesmo compartilhar uma refeição comum.
É uma negação da comunhão social pessoal com a pessoa em questão.
“Manter a companhia” com uma pessoa envolvida em tais pecados seria desconsiderar os princípios de Deus. Outros o veriam como um abono ao pecado cometido. Seria enfraquecer ainda mais a intenção da disciplina da assembleia e impedir a restauração.
O princípio é mais amplo até do que a ação da assembleia. Como pode um crente ser visto como amigo ou companheiro de alguém que professa e assim desonra o nome do Senhor?
Devemos nos separar do pecado e do “irmão” pecador.
A passagem deixa claro que isso não é isolamento do mundo, mas sim separação daquele que professa a Cristo e vive dessa maneira.
Os crentes coríntios tinham uma atitude errada em relação ao pecado entre eles; eles deveriam ter lamentado o ocorrido.
Também devemos ter cuidado com nossa atitude para com os que estão sob disciplina. Como crentes, nunca devemos ser hostis nem evitar o encontro com a pessoa; uma saudação amável, até mesmo uma questão de preocupação com a família ou o trabalho poderia ajudar em vez de atrapalhar a restauração.
No entanto, aos nos encontrar com uma pessoa excomungada da comunhão da assembleia local, devemos estar conscientes da disciplina e de sua finalidade.
Talvez num encontro formal ou casual, devemos deixa-los com o pensamento de que estão recebendo orações.