PROFECIAS QUE ASSEGURAM EXISTIR UM FUTURO NACIONAL PARA ISRAEL

As Profecias concernentes ao futuro dos Judeus, de sua terra e do trono de Davi, seu rei, são tão numerosas que seria impossível, no espaço aqui disponível, citar ou mesmo referir-se a mais do que algumas delas.

ISAÍAS está repleto de promessas de restauração de Israel. Capítulos inteiros são dedicados ao assunto.

Isaías 11 versos 11 a 13, por exemplo, o profeta diz: “O Senhor porá novamente a sua mão pela segunda vez, para recuperar o remanescente do seu povo, que restará, da Assíria…, Egito…, Patros…, Cuxe…, Elão…, Sinar…, Hamate, e das ilhas do mar. E Ele (…) reunirá os rejeitados de Israel e reunirá os dispersos de Judá desde os quatro cantos da terra. Também a inveja de Efraim desaparecerá, e os adversários de Judá serão exterminados. Efraim não invejará Judá, e Judá não irritará Efraim.”

Agora, a primeira vez que o Senhor recuperou Seu povo foi quando as duas tribos foram trazidas de volta da Babilônia. Mas aqui Ele promete que no “segundo tempo”, Ele recuperará todas as doze tribos, (quando menciona, Judá, está também, Benjamim; e quando fala de Efraim, se refere as dez restantes), e isso “dos quatro cantos da terra”, e não apenas da Babilônia. Então as duas partes alienadas da nação viverão juntas pacificamente. Esta profecia nunca foi cumprida e não pode ser aplicada espiritualmente à Igreja com qualquer consistência.

O mesmo assunto é tratado em Isaías, nos capítulos 27 versos 12 e 13; Capítulo 43 versos 1 a 8; Capítulo 49 versos 8 a 16; Capítulo 61 versos 1 a 11; Capítulo 65 versos 8 a 10, e versos 17 a 25; Capítulo 66 versos 10 a 24, e outras passagens nesta grande profecia.

Como a porção no Capítulo 11, eles ainda nunca foram cumpridos. Certamente não estão se cumprindo na Igreja.

Como poderiam os dois versículos do Capítulo 27, por exemplo, se aplica a esse organismo, a Igreja?

A Igreja alguma vez foi chamada de “Jacó”, (Isaías 43 verso 1)?

O Egito, a Etiópia e Sebá foram dados como “resgate” por isso, (verso 3)?

A Igreja “herda heranças desoladas”, (Isaías 49 verso 8)?

Qual é a “terra da sua destruição”, (Isaías 49 verso 19), e quais são as suas “cidades devastadas”, (Isaías 61 verso 4)?

Ou estão no Céu ou no Estado Eterno?

Novamente, Deus alguma vez “abandonou” Sua Igreja, como se diz de Israel (Isaías 49 versos 14; Capítulo 54 verso 7)?

Ele não disse a ela: “Nunca te abandonarei”, (Hebreus 13 verso 5)?

Não negamos que nestes capítulos haja linguagem figurada, e que partes deles possam receber uma aplicação secundária à Igreja, mas certamente deve ser cegado deliberadamente aquele que não pode ver aqui o futuro reagrupamento literal da nação de Israel.

De que outra forma devemos entender os dois últimos capítulos do livro de Isaías?

Onde e quando será cumprido, Isaías 65 verso 20?

Não haverá “pecador” e nem “maldição” no Céu nem no Estado Eterno. Lá também “eles não contam o tempo em anos”, mas nesta profecia de Isaías fala em, “uma criança e em cem anos.”

Então o versículo 25 deste capítulo, fala da presença de lobos, cordeiros, leões e serpentes.

Alguém ousaria afirmar que estes estão na Igreja, no Céu ou no Estado Eterno?

Perguntamos ainda, como também devemos entender a cena de Isaías 66, onde haverá um centro de adoração; onde serão celebrados o “sábado”, e as festas mensais, onde oficiarão os “sacerdotes e levitas”, onde haverá uma cidade chamada “Jerusalém”, e fora dela um lugar de “abominação para toda a carne”?

Só há uma resposta! O cenário é Milenar e aguarda o dia do grande retorno e restauração de Israel.

E quando passamos para o testemunho das profecias de JEREMIAS, só vem a confirma tudo isto. Aqueles a quem o Senhor prometeu recuperar do cativeiro são chamados de “Israel”, “Judá”, “Jacó” e “Efraim”, (Jeremias 30 versos 3 e 7; e Capítulo 31 verso 9), – nomes que nunca se referem à Igreja. Eles são ainda descritos como “a semente de Abraão, Isaque e Jacó”, (Jeremias 33 verso 26), e embora se admita que os membros do Corpo de Cristo sejam a semente de Abraão, eles nunca são chamados de semente de Isaque ou Jacó. Novamente, quando lemos: “Aquele que dispersa Israel”, (Jeremias 31 verso 10), a alusão não pode ser ao rebanho espiritual de Cristo, pois é o lobo e o mundo que dispersa Suas ovelhas, (João 10 verso 12; e  Atos 8 verso 1), mas nunca o Bom Pastor; e nenhum cristão instruído certamente falaria do Senhor ferindo Sua Igreja “com a ferida de um inimigo” (Jeremias 30 verso 14). Além disso, quando lemos sobre o povo retornando à “terra que (Deus) deu a seus pais”, (Jeremias 30 verso 3), sobre sua habitação novamente nas cidades de Judá, (Jeremias 31 verso 24), e quando sete marcos bem conhecidos na Jerusalém restaurada são nomeados, (Jeremias 31 versos 38 a 40), parece absurdo sugerir que é a Igreja que está em vista. Bobagem, irmãos, bobagem! O que a “torre de Hananéel”, o “vale dos cadáveres” ou a “porta dos cavalos” têm a ver com a Igreja do Deus vivo?! Tudo isso é linguagem literal. Seu bom senso dado por Deus lhe diz que sim. Não pode referir-se à Igreja, e seria igualmente absurdo aplicá-lo ao Céu ou ao Estado Eterno. Foi o Israel literal que foi “disperso”, e é o Israel literal que será “reunido” novamente, (Jeremias 31 verso 10).

Quando o Senhor promete ainda que Seu povo retornará “dos confins da terra” (Jeremias 31 verso 8), que um “grande grupo retornará”, (verso 8), tão grande de fato que a terra não será grande o suficiente para contê-los, (Isaías 49 versos 19 e 20; e Zacarias 10 verso 10), para que “todos conheçam o Senhor” e “desfrutem do Seu perdão”, (Jeremias 31 verso 34), para que tenham “abundância de paz”, (Jeremias 33 verso 6), que “Jerusalém habitará seguramente”, (verso 16), que eles “não mais sofrerão” (Jeremias 31 verso 12), nem serão “derrubados”, (Jeremias 31 verso 40), que eles não tenham mais medo (Jeremias 30 verso 10), que “os estranhos não mais se servirão deles”, (Jeremias 30 verso 8), e que então servirão, “Davi, seu rei”, (Jeremias 30 verso 9), é óbvio que uma libertação muito maior do que o da Babilônia sob Esdras é contemplado. Portanto, nenhuma dessas doze declarações foram cumpridas. Tudo o que aqui é prometido, porém, terá um cumprimento literal e completo “nos últimos dias”, (Jeremias 30 verso 24), pois a “Força de Israel não mentirá nem se arrependerá”.

Nas profecias de EZEQUIEL, da mesma maneira, presta sua cota de testemunho. O Bom Pastor “procurará as suas ovelhas e as livrará de todos os lugares onde foram espalhadas”, e “as levará para a sua terra”, (Ezequiel 34 versos 12 e 13). Nunca mais estarão sob o jugo gentio, (verso 28). O Capítulo 36 versos 1 a 15 descreve a restauração da Terra; e versículos 16 a 38, a limpeza moral da nação. A Restauração Nacional de “toda a casa de Israel”, segue em Ezequiel 37 versos 1 a 14, e então nos versículos 15 a 25 ocorre a reunião das dez tribos e das duas tribos, “e meu servo Davi será seu príncipe para sempre”, (verso 25). A destruição de seus inimigos “sobre as montanhas de Israel” ocorre nos capítulos 38 e 39. Os capítulos 40 a 48 fornecem uma descrição magnífica da Jerusalém restaurada e do Templo reconstruído. Os limites do Território são apresentados nos capítulos 47 e 48, sendo várias cidades listadas no capítulo 47; enquanto no capítulo 48 todas as tribos de Israel são nomeadas. Está totalmente fora de questão supor que essas grandes profecias já tenham sido cumpridas na história da nação, e que as bênçãos desfrutadas pela Igreja, correspondam de alguma forma a elas. Contudo, como as profecias de Jeremias que vimos, cada uma delas será literalmente cumprida ao pé da letra “nos últimos dias”, (Ezequiel 38 versos 8 e 16).

Além do já citamos, existem muitas referências à bênção futura de Israel em livros posteriores do Antigo Testamento, por exemplo: Daniel 9 versos 24 a 27; 12.1; Oséias 3 verso 4, 5; Joel 3 verso 20; Amós 9 verso 14 e 15; Miquéias 4 versos 6 e 7; Zacarias 3 versos 14 a 20; Zacarias 2 versos 11 e 12; Zacarias 8 versos 20 a 23; Zacarias 12 versos 2 e 3; Zacarias 14 versos 1 a 21.

Algumas dessas passagens são de especial interesse para nosso estudo. A profecia de Daniel 9, por exemplo, foi proferida para que o povo de Deus soubesse que a libertação prometida da Babilónia não era a libertação total e final de Israel predita pelos profetas. Isto aconteceria, não no final dos setenta anos previstos em Jeremias 25 verso 12, (conforme Daniel 9 verso 2), mas no final de setenta “semanas” proféticas (ou seja, setenta, setes de anos). A septuagésima semana de Daniel 9 verso 27, porém, ainda não foi cumprido, falta uma semana, ou seja, sete anos. Para o seu cumprimento, Israel deve estar de volta à sua própria terra, e no seu final as bênçãos do verso 24, serão desta nação salva e restaurada ao Senhor.

As outras passagens de significado especial são aquelas encontradas em Zacarias, e sua característica interessante é que foram escritas após o retorno da Babilônia. Agora, a grande libertação e restauração nacional de Israel, conforme aqui prevista, não pode, com qualquer consistência, ser espiritualizada como aplicável à Igreja. O cumprimento das profecias de Zacarias, portanto, deve ser ainda futuro, o que confirma o que foi dito sobre profecias anteriores com as quais estas estão em perfeita harmonia.

Por William Bunting

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