Os sofrimentos de Cristo na cruz, estão relacionados aos dos perdidos no inferno?

O que foi infinito em caráter (os sofrimentos de nosso Senhor Jesus no Calvário) e o que será eterno em duração (os sofrimentos dos perdidos no lago de fogo) devem ser cuidadosamente distinguidos. Uma consideração reverente das descrições bíblicas do Calvário indica que o Senhor Jesus suportou o julgamento absoluto de Deus. Ele tinha uma capacidade infinita de sentir e sofrer. Suas santas emoções, desanuviadas pelo pecado, registraram plenamente a tempestade que se aproximava quando Ele estava no Getsêmani.

Ele suportou a totalidade daquele julgamento na cruz. Profeticamente, Sua linguagem foi:

“Tu me afligiste com todas as Tuas ondas”. “Todas as Tuas ondas e Tuas vagas passaram sobre mim.”

Embora as águas do dilúvio fossem “contidas” nos dias de Noé, nenhuma dessas limitações restringiu a maré de tristeza que varreu Sua alma santa.

Tipologicamente, o bode expiatório, cuja morte ocorreu em uma terra desabitada, aponta para Aquele cujos sofrimentos eram incompreensíveis para a mente humana. Como poderíamos medir Seus sofrimentos quando Aquele que é a Santidade absoluta foi, ao mesmo tempo, “feito pecado por nós?”

O Salvador não apenas estava sofrendo pelos pecados de incontáveis ​​outros, mas Deus, por meio de Seu Filho, estava condenando o pecado na carne.

Os pecadores hoje no inferno e depois no lago de fogo sofrem por causa dos seus pecados e por não terem crido no Senhor Jesus como salvador pessoal. Sofrerão por uma dívida impagável, contraída por eles mesmos.

O apóstolo Paulo montra em Tito 3:5, como Deus salva um pecador perdido no caminho para o inferno, ele diz: “Não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou”.

Não há justiça em nós. Enquanto estávamos sem justiça e numa situação de sofrimento aqui no mundo e sem esperança, Deus teve misericórdia de nós. Graças ao Senhor que existe a misericórdia! A misericórdia origina-se no amor e termina na graça. Quando a misericórdia se estende, somos salvos. Ele teve misericórdia de nós na condição em que estávamos, e como resultado podemos ser salvos.

Em Romanos 11:32, o apostolo Paulo diz: “Porque Deus a todos encerrou na desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos”. Por que Deus encerrou a todos na desobediência?

Foi para que pudesse mostrar misericórdia a todos. Deus permitiu que todos se tornassem desobedientes e encerrou a todos na desobediência, não com o propósito de fazê-los desobedientes, mas a fim de mostrar misericórdia para com todos. Após ter mostrado misericórdia, Seu próximo passo foi salvá-los. Portanto, a misericórdia tem a ver com sua condição, não a condição após você ter-se tornado um cristão, mas com a sua condição antes de ser salvo. Porém, graças a Deus, que Ele não parou na misericórdia; com Ele há também a graça.

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.”

(Efésios 2:8,9)

Existe um lugar na Bíblia que nos mostra claramente que nossa regeneração é proveniente da misericórdia. A Primeira Epístola de Pedro 1:3 diz: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos”. Toda a obra de Deus na graça foi planejada de acordo com Sua misericórdia em amor. Sua graça é dirigida por Sua misericórdia, e Sua misericórdia é dirigida por Seu amor. É segundo a Sua grande misericórdia que Deus nos regenerou para uma viva esperança mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos. Assim sendo, tanto a regeneração como a viva esperança estão relacionadas com a misericórdia. Por existir a misericórdia, existe a graça.

Esta salvação é recebida pela fé, sem obras: “Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar? E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo.”

(Atos 16:30,31)

 

 

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