Os cristãos são moralmente transformados na morte para estarem com Cristo?

Paulo nos fornece a tão desejada esperança de que, quando o Senhor Jesus voltar para Seus santos no Arrebatamento, “seremos transformados” (1 Coríntios 15:51-52).

Ele escreve: “Quando isto que é corruptível se revestir da incorrupção, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória” (1 Coríntios 15:54).

João acrescenta estas palavras surpreendentes: “Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque o veremos como ele é” (1 João 3:2).

A reconstituição de milhões de corpos humanos terrestres no Arrebatamento será um grande milagre. Mas ainda mais será a transformação imediata de todos aqueles em corpos glorificados, nos quais não apenas veremos nosso Salvador pela primeira vez, mas, ainda mais notável, seremos semelhantes a Ele. Essas mudanças serão a transformação moral definitiva para os filhos do pó.

Mas como estão aqueles que deixam esses corpos terrenos por meio da morte e vão para o céu?

Foi Paulo, escrevendo em Romanos 7 sobre as lutas com sua carne e sua natureza pecaminosa, quem perguntou: “Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Romanos 7:24).

Suas lutas morais, como crente, estavam relacionadas com “este corpo de morte” e sua natureza pecaminosa que o acompanha.

Mas então o apóstolo, em seus últimos dias na terra, escreveu estas palavras em Filipenses 1:23 em relação à sua vida continuando ou talvez terminando: “Tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é muito melhor”.

Se lhe fosse permitido viver, ele ainda teria que lidar com a carne e sua natureza pecaminosa. No entanto, se o Senhor permitisse que ele “partisse” e o levasse para casa no céu para estar com Cristo, ele entendia que isso seria “muito melhor”. Podemos apenas concluir que sua chegada ao céu para estar com seu Salvador não envolveria a miséria de seu corpo mortal e a natureza pecaminosa que o acompanhava. Uma vez morto, “este corpo de morte” será deixado para trás.

O escritor de Hebreus refere-se aos habitantes da “cidade do Deus vivo” (Hebreus 12:22) e aos santos do Antigo Testamento que foram justificados pela fé. Ele os descreve como “os espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hebreus 12:23).

Justificados pela fé, eles permanecem em pureza imaculada porque o valor da obra de Cristo foi imputado a eles.

Parece então que quando o Senhor Jesus voltar, e os corpos de milhões de santos adormecidos forem ressuscitados, eles se tornarão corpos glorificados, adequados para o céu.

Eles serão reunidos aos espíritos almas dos santos que já faleceram, cujos espíritos já foram preparados para a presença de Cristo.

Nós que estivermos vivos no arrebatamento, é que teremos nossos corpos e espíritos transformados,  moral e fisicamente, naquele momento tão glorioso, e então seremos capazes de apreciar plenamente nosso Salvador e estar com Ele para sempre.

Antes de finalizar, gostaria de apresentar de uma maneira clara e concisa, como temos tanta certeza da salvação e que somos salvos para sempre.

Em João 10:27-30 o Senhor Jesus disse: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai. Eu e o Pai somos um.”

A palavra do Senhor aqui não pode ser mais clara: “Eu lhes dou a vida eterna; de modo algum perecerão”. Estas palavras sozinhas são suficientes. Aqui o Senhor fala de maneira muito solene e definida que nós “de modo algum pereceremos”. É exatamente como dizer que não seremos abandonados, como mencionado anteriormente. É também como dizer que não entraremos em julgamento, mas passamos da morte para a vida, como mencionado em João 5:24. Estas são palavras totalmente absolutas: “Eu lhes dou a vida eterna; de modo algum perecerão”. Deus é um Deus eterno. Os que não conhecem Deus não sabem o que Deus fez. Se um homem conhece Deus, ele sabe que tudo o que Deus faz é eterno. Deus nunca faz algo temporário. Deus não muda de tempo em tempo. O que Deus fez está feito uma vez por todas. Deus não mudará após dois dias. Desde que Deus tenha feito algo, está feito para sempre. Deus não salvará você hoje e o jogará no inferno amanhã. Ele não o salvará novamente no dia seguinte e o jogará no inferno novamente no próximo. Se esse fosse o caso, o livro da vida não seria muito bonito; haveria cancelamentos e correções aqui e ali. Deus é eterno. O que Ele nos dá é vida eterna. Eis por que nunca pereceremos. Precisamos ver que tudo o que Deus faz é eterno. Deus jamais mudará. O homem pode mudar à vontade, mas Deus não. Uma vez que Ele nos salva, estamos salvos eternamente; nunca mais correremos o perigo de perecer.

Que prova temos disso? “Ninguém as arrebatará da Minha mão”. A palavra “ninguém” no texto original significa “nenhuma coisa criada”. O Senhor diz que nenhuma coisa criada pode arrebatar-nos de Sua mão. “Eu sou o bom pastor; eu dei a vida pelas minhas ovelhas, e minhas ovelhas jamais perecerão”. Como o Pai deu as ovelhas ao Senhor, nenhuma coisa criada pode arrebatá-las da mão do Pai. O versículo 28 fala do Pastor. O versículo 29 dá uma volta e menciona o Pai: “Meu Pai, que as deu a Mim, é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar”. A mão mencionada no versículo 28 é “Minha mão” e a mão mencionada no versículo 29 é a mão do Pai.

Quem é o Pai? Ele diz que o Pai é maior que tudo. Todas as coisas estão incluídas nesse “tudo”. Todas as coisas criadas, todos os anjos, todos os espíritos malignos, todos os seres humanos, todas as coisas criadas no mundo, incluindo você e eu, estão incluídas nesse “tudo”. O Senhor diz que o Pai é maior que tudo. Ninguém pode arrebatar-nos de Sua mão. Ele tem uma grande mão que guarda Suas ovelhas.

Como podem elas perder-se novamente?

Somente alguém que, se possível, fosse maior que esse que é maior que todas as coisas é que poderia arrebatar-nos.

Alguns podem dizer: “Na verdade, os outros não podem arrebatar-nos, mas eu mesmo posso sair”. Quando alguém diz isso, prova que sua mente é caída. Ele não conhece a Palavra de Deus e não conhece a si próprio.

Após uma pessoa ser salva, se ela viesse a perecer, seria por causa de sua própria vontade de perecer? Ou seria por causa da tentação do mundo, a sedução do inimigo e o ataque de Satanás? Um cristão perecer significaria que a cobiça pode arrebatar o homem da mão de Deus; significaria que o diabo e o mundo podem arrebatar o homem da mão de Deus.

O homem não vai para o inferno porque ele quer ir para o inferno; mesmo os próprios pecadores não querem ir para o inferno, muito menos os cristãos. É evidente que o homem está morto no pecado por causa da obra opressora dos espíritos malignos. Todos no mundo são oprimidos pelos demônios.

Todos os pecadores têm demônios trabalhando neles. Se os cristãos podem ser arrebatados da mão do Pai, então os espíritos malignos são maiores que o Pai de toda a criação. Aqui está uma ovelha na mão do Pai de todos. Se nada é maior que o Pai de todos, então não há possibilidade de que essa ovelha seja arrebatada. Além do mais, é-nos impossível escapar por nós mesmos, porque até nós somos parte de todas as coisas. O Senhor Jesus disse: “Meu Pai é maior que tudo”. Você não pode colocar-se do lado de fora de todas as coisas.

O versículo 28 mostra-nos a mão do Senhor Jesus e o versículo 29 mostra-nos a mão do Pai.

O versículo 28 fala-nos sobre a mão do Pastor. Essa não é uma questão de lei nem de maldição tampouco de misericórdia, mas uma questão de ser guardado pela mão de Deus. O versículo 29 diz que a mão do Pai é maior e mais poderosa que tudo. Devemos considerar-nos seguramente guardados por duas mãos: a do Pai e a do Pastor.

 

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