O que é a “grande casa” de 2 Timóteo 2:20?

A assembleia é chamada de “casa de Deus” em 1 Timóteo 3:15.

No entanto, em 2 Timóteo 2:20, a “casa grande” é simplesmente uma ilustração de qualquer casa em Éfeso onde vasos de ouro e prata, madeira e terra poderiam ser encontrados. Paulo usou outras ilustrações neste capítulo.

No versículo 3 ele fala de um soldado, no versículo 5 ele usa a figura de um atleta, e no versículo 6 a de um fazendeiro.

O versículo 21 deve ser entendido no contexto dos versículos 16-19.

Vamos ler estes versículos: “Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade. E a palavra desses roerá como gangrena; entre os quais são Himeneu e Fileto; os quais se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição era já feita, e perverteram a fé de alguns. Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade. Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro; uns para honra, outros, porém, para desonra. De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra.”

(2 Timóteo:16-21)

Dois homens são destacados no versículo 17, Himeneu e Fileto. Eles eram culpados de negar a doutrina fundamental. Eles afirmaram erroneamente que a ressurreição dos crentes já passou; como consequência, eles estavam perturbando e destruindo a fé dos crentes genuínos.

Paulo responde a esses medos garantindo que “o fundamento de Deus permanece”. Esta poderia ser uma referência específica ao fundamento de Deus em relação à ressurreição (v.18).

É mais provável que seja um princípio geral; que em contraste com os homens maus e suas falsas doutrinas, a verdade de Deus permanecerá.

O versículo 19 deixa claro que Deus deu Seu selo, que denota tanto a segurança quanto a autenticidade dos Seus. O que é de Deus permanecerá porque o Senhor conhece aqueles que são Seus, e todos os que professam reconhecer o Senhorio de Cristo em suas vidas, provará sua realidade afastando-se da iniquidade.

No versículo 20, não é o valor ou a habilidade dos vasos que está sendo contrastado. O princípio está simplesmente sendo declarado, que se esperamos ser usados ​​por Deus, há apenas um requisito e esse é a pureza. É possível, teoricamente, que eu seja um vaso de ouro, mas se eu for impuro, não posso ser usado por Deus. Isso significa que precisaremos “nos purificar destes”, uma referência clara aos falsos mestres do versículo 17.

Como povo de Deus, precisamos nos manter separados de qualquer coisa que nos contamine.

Observe que Timóteo é instruído a “evitar” (v. 16), “afastar-se” (v. 19), “purificar” (v. 21) e “fugir” (v. 22).

Em resumo, este versículo não está ensinando a separação de outros crentes na comunhão da assembleia, que julgamos impuros. Se o mal moral ou doutrinário se manifestar na vida dos crentes, os anciãos piedosos indicarão isso à assembleia e a disciplina será aplicada. Este versículo é muito mais amplo em seu ensino e dá uma orientação clara sobre os princípios da comunhão.

Devo-me dissociar daqueles que sustentam e praticam doutrinas erradas.

 

 

Desenvolvido por Palavras do Evangelho.com