O Criador Encarnado Morre

A morte de Jesus de Nazaré na cruz, está cercada de grandes mistérios que a eternidade se encarregará de nos revelar.

Lemos em Mateus 27:50: “Jesus, clamando de novo em alta voz, entregou o espírito.”

E João 19:30 diz: “Tendo Jesus, pois, recebido o vinagre, disse: Está consumado; e inclinando a cabeça, expirou.”

Lá na cruz, só havia uma coisa a fazer - morrer. Mas como poderia um homem sem pecado morrer?

A morte não tinha direito sobre o Senhor Jesus, mas os registros do Evangelho são claros: Jesus realmente morreu.

Marcos usa a palavra “morto” em relação a Jesus (veja Marcos 15:44).

João acrescenta que os soldados “viram que ele já estava morto” (João 19:33).

O Salvador não desmaiou e “reviveu” mais tarde para alegar uma ressurreição fraudulenta. Os livros remanescentes do Novo Testamento estão repletos do glorioso tema da inconfundível morte de Cristo.

É notável que Jesus morreu antes dos criminosos próximos a Ele. Alguém poderia realmente ter morrido na presença do “Príncipe da Vida”?

Lemos: “E assim Jesus inclinou a cabeça e morreu.” Mas foi diferente de qualquer outra morte na história da humanidade.

Todos os quatro Evangelhos se recusam a usar a palavra usual para “morte” ao registrar os momentos finais de Jesus na cruz.

Mateus (27:50) diz que Ele “entregou o seu espírito”.

Marcos (15:37) e Lucas (23:46) observam que Ele “suspirou pela última vez”.

João (19:30) relata que Jesus “libertou seu espírito”.

Os verbos que eles usam estão todos na voz ativa; ou seja, o Salvador terminou voluntariamente Sua vida por um ato de Sua própria vontade poderosa.

No Evangelho de João, esse ato volitivo (vontade ou ao poder de escolha), foi previsto por Jesus várias vezes, um ato que somente uma Pessoa divina poderia realizar.

(Leia João 10:11,15,17-18; 15:13)

Sem dívida que temos aqui, uma demonstração da divindade de Jesus e, no entanto, é mistificadora – pois como Deus poderia morrer? Assim como consideramos a ressurreição de Jesus um milagre, sua morte também foi.

É mais do que provável que, quando João escreveu essas palavras, Mateus, Marcos e Lucas já tivessem morrido. Nenhum deles estava fisicamente presente quando Jesus foi crucificado. Mas João estava lá (João 19:25-27).

Ele foi o único discípulo que voltou para a cruz e ficou para testemunhar tudo o que aconteceu.

“E aquele que o viu testificou, e o seu testemunho é verdadeiro; e sabe que é verdade o que diz, para que também vós o creiais.” (João 19:35)

Ele ouviu o clamor de Jesus: “Está consumado”. Ele observou Jesus curvar Sua sagrada cabeça. Ele contemplou o milagre de Jesus liberando Seu espírito. Ele notou que os soldados quebraram as pernas dos criminosos, mas não as dEle, porque Ele já estava morto. João nos dá um relato verdadeiro e confiável de uma testemunha ocular da morte mais significativa da história da Terra.

Mas embora não fosse necessário quebrar as pernas de Jesus, um dos soldados se perguntou se Ele já poderia realmente estar morto.

João documenta: “Mas um dos soldados perfurou-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água” (João 19:34).

Embora João não nos diga qual lado de Jesus foi perfurado, é possível que a lança tenha perfurado o coração de Jesus, resultando, diretamente ou através do peito e pulmão, no fluxo de sangue e água. O fluxo de sangue e água ressalta que Jesus morreu como um ser humano completo.

 João não apenas quer provar que Jesus morreu, mas também provar que Sua humanidade era genuína.

Mesmo no corpo glorificado de Jesus, essas chagas estavam presentes quando Ele Se mostrou aos Seus discípulos. Aquele lado perfurado e aquelas marcas preciosas de pregos servirão como lembretes para sempre de que Cristo entrou na humanidade e morreu inequivocamente por nós.

“Ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades” (Isaías 53:5).

Por que João enfatiza seu testemunho?

Qual é o propósito dele ao registrar os muitos detalhes da morte de Jesus? “Para que creiais” (João 19:35).

Ele quer que os leitores de seu Evangelho “creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus; e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (João 20:31).

O Criador encarnado morreu. Esta foi a razão pela qual Ele foi até o Calvário. Temos provas escritas indiscutíveis de Sua jornada, Seus sofrimentos, Sua morte, Sua ressurreição e Sua ascensão ao céu.

E o registro escrito é suficiente para crermos nEle.

Deus não nos deu nada além de Sua Palavra, nem é necessário nada mais.

“As Sagradas Letras, que são capazes de torná-lo sábio para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra.”

(2 Timóteo 3:15-17)

 

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