O batismo era necessário para a salvação antes de Pentecostes (Lucas 3:3)?

Lemos em Lucas 3:3: “E (João) percorreu toda a terra ao redor do Jordão, pregando o batismo de arrependimento, para o perdão dos pecados.”

Há um princípio bíblico que, devemos observar os detalhes de qualquer assunto registrado pela primeira vez na Bíblia, e Paulo invoca essa “lei da primeira menção”, quando em Romanos destaca que a justiça e a fé são introduzidas juntas nas Escrituras. Ele diz que, “Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça” (Romanos 4:3).

Paulo está ensinando que, desde o princípio, estar de bem com Deus era baseado na fé, não pela observância de ritos religiosos como a circuncisão, ou obediência à Lei (Romanos 3:1-13).

Paulo faz uso de Habacuque 2:4 para apoiar o que ele tem a dizer em Romanos 1:16-17: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego. Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá pela fé.”

Ser salvo, que é inseparável de ser declarado justo por Deus, é, foi e sempre será baseado na fé.

O “batismo para arrependimento” de João Batista não era um batismo para a salvação.

O anjo Gabriel descreveu a missão de João dizendo: “Ele converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus. E ele irá adiante dele no espírito e poder de Elias, preparar para o Senhor um povo preparado ” (Lucas 1:16, 17).

Ele ministrou à nação para preparar dentre eles, um povo que esperasse no Senhor.

João despertou a consciência de seus ouvintes, cuja pergunta era: “O que devemos fazer?” (Lucas 3:10, 12, 14).

Sua resposta não os direcionou à fé, como fizeram Paulo e Silas diante da pergunta do carcereiro em (Atos 16:30, 31), mas João os direcionou às obras de fé, para “dar frutos dignos de arrependimento” (Lucas 3:8, 11, 13, 14).

Seu batismo de arrependimento não os salvou; preparou-os para a mensagem culminante quando ele viu a Jesus vindo para o batismo: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” (João 1:29)

Se os 12 discípulos de João Batista encontrado por Paulo em Éfeso tivessem sido salvos pelo batismo de João (Atos 19:1-7), eles já teriam recebido o Espírito Santo e teriam feito parte da Igreja no Pentecostes. (1 Coríntios 12:13)

O batismo que João administrava, foi uma expressão de submissão à mensagem de Deus entregue a João.

Confirmou um reconhecimento de culpa ligada aos seus próprios pecados e aos pecados de sua nação.

Na verdade, esse ato batismal de João, declarava que: “Precisamos da vinda do Messias-Salvador”.

Pelo menos para alguns que foram batizados por João, seu batismo para arrependimento precedeu a fé em Cristo.

 

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