ISRAEL É A CHAVE PARA A PROFECIA?

Na mente da Cristandade, a Igreja, é a continuação ou substituição de Israel, o antigo povo de Deus que ficou no Antigo Testamento. Para eles, as profecias do Antigo Testamento, que faria do Israel restaurado e salvo, a cabeça das nações, caducaram, e se tornaram bênçãos espirituais vistas hoje na Igreja. Mas isto está longe de ser uma interpretação correta das Escrituras.

Quem pode duvidar, portanto, de que as coisas preditas nas Escrituras em relação a Israel estão agora tomando forma literalmente?

Que fazer com que todas as condições e ocorrências que se, sincronizassem, coincidissem, convergissem exatamente para o mesmo período da nossa história?

Sabemos que o relógio profético está parado nesta era da Igreja, mas o cenário já está sendo montado, para que, com o arrebatamento da Igreja ao céu, Israel volte a ser o foco de Deus para a sua restauração e salvação.

Se, como alguns sugerem, a Bíblia não é a própria Palavra de Deus, por que as coisas opostas não acontecem hoje?

Russell Taylor Smith disse muito bem que “qualquer homem que consegue segurar uma Bíblia aberta em uma mão, e um jornal na outra, e então não consegue dizer que horas são, precisa se lembrar das palavras de nosso Senhor Jesus que disse: 'Ó hipócritas, vocês não conseguem discernir os sinais dos tempos?' (Mateus 16 verso 3)”.

Se, portanto, o cenário está preparado para o cumprimento literal das profecias, como pode ser negado que Israel, como nação, foi destinado por Deus a desempenhar um papel nos acontecimentos dramáticos e cruciais para os quais o mundo está agora a mover-se rapidamente?

O que acontecerá se os Judeus e sua terra forem tirados deles?

Quem é tão cego que não consegue ver que Israel é o pivô em torno do qual giram hoje todos os relacionamentos de Deus com as nações?

Deixar de fora a nação de Israel como o futuro destinatário da bênção de Deus na terra, não só anula o efeito da Palavra de Deus, mas também a distorce completamente, de modo que a profecia não tem significado.

A atual cena política internacional, especialmente quando vista em relação a Israel, tem um significado profundo. Pois, em primeiro lugar, o Médio Oriente e os Países próximos constituem um dos focos mais vitais da tensão mundial. Em segundo lugar, muitos povos daquela e de outras regiões surgiram como do pó, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, e sacudiram a inércia de séculos, reafirmando os seus direitos e declarando corajosamente a sua independência. Especialmente o Egito tem vindo a ganhar cada vez mais destaque e é agora um Estado soberano. A seguir, os vizinhos de Israel e as nações mais distantes lançam sobre ele, olhares cobiçosos.

Não precisamos nos surpreender com isso. Israel é uma terra de riqueza e prosperidade ilimitadas. Sua conquista e rápido desenvolvimento foram surpreendentes. O espírito pioneiro dos seus filhos fez com que o deserto florescesse como uma rosa. Nas artes, na cultura, no comércio, na ciência, na medicina e na agricultura, Israel está cada vez mais na vanguarda. O aumento das chuvas é um milagre moderno. O seu serviço de saúde está num nível superior ao dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, Rússia, França ou Alemanha. A sua taxa de mortalidade é a mais baixa do mundo, e considerando que o Estado tem apenas setenta e cinco anos e que a migração em massa de tantas terras para ele foi acompanhada por doenças generalizadas.

No entanto, apesar da conquista notável e do progresso nacional de Israel, há algo ainda mais notável. Está no fato bem conhecido de que os Judeus na Palestina hoje estão totalmente excluídos do único lugar na terra que, acima de todos os outros, é querido e sagrado para seus corações – a sua amada Cidade de Davi, com sua área do Templo, o Muro das Lamentações e outros objetos de veneração. A velha Jerusalém ainda está em mãos árabes.

Contudo, não são apenas as nações vizinhas que cobiçam a riqueza de Israel; eles nutrem um ódio intenso e profundo. Eles são seus inimigos declarados. No mesmo dia da sua independência, o novo Estado foi atacado em todas as frentes pelos exércitos de sete países. Também há alguns meses depois, o Egito, a Síria e o Iraque assinaram um tratado para se unirem a fim de destruí-lo. Na época, um político israelita, chamado Davi Ben Gurion, disse: “Pela primeira vez na história das nações modernas, a destruição de um povo foi estabelecida como objetivo na constituição de três países que eram membros das Nações Unidas”. Além disso, no extremo norte da Palestina encontra-se a antiga e grande União ateia das Repúblicas Socialistas Soviéticas, que através da “penetração pacífica” e outros meios tem agora muitas nações satélites sob as suas asas. Esta potência também é hostil a Israel e tem ajudado os árabes enviando-lhes grandes quantidades de armas e equipamento militar, para usarem contra os Judeus.

Então não devemos deixar de observar que a oeste da Palestina se formou uma grande combinação de nações como – Itália, Alemanha Ocidental, França, Bélgica, Luxemburgo e Holanda. Esta poderosa combinação estabeleceu o que é conhecido como “Mercado Comum Europeu”, que foi ratificado pelo “Tratado de Roma” em 1957. O seu objetivo é tanto económico como político, e foi descrito como “a maior tentativa de unificação europeia desde Carlos Magno.” Como é bem sabido, a influência cada vez mais dominante nesta grande combinação é o Vaticano Romano. Uma grande diferença entre ela e da  antiga União Soviética é que ela é amiga da causa judaica.

Aqui está, brevemente, um delineamento do atual cenário internacional, visto em sua relação com Israel. O seu significado profundo, como o da vida judaica moderna, reside na sua estreita semelhança com o quadro dos últimos dias tão graficamente retratado nas Escrituras proféticas, como veremos agora.

Estas Escrituras indicam claramente que o centro da tempestade no fim dos tempos será a Palestina e os países adjacentes (Para ver e entender tudo isto, é sugerido que leia com a tenção, Ezequiel Capítulos 38 e 39; Daniel 11 versos 40 a 45; Zacarias 10 versos 10 e 11; e Capítulos 14 versos 1 a 21). Estas passagens bíblicas, ensinam que nessa altura haverá um poderoso surto de nacionalismo. A figueira exibindo suas folhas tenras, após o longo sono do inverno como temos em (Lucas 21 versos 29 a 33), simboliza a revivificação e a prosperidade de Israel como nação; enquanto a afirmação de que “todas as árvores brotarão”, indica que nova vida e vigor também se manifestarão em outras raças. Mesmo que se duvide desta interpretação da parábola de nosso Senhor, muitas outras Escrituras ensinam claramente a mesma coisa.

Assim, Daniel 11 versos 41 a 43 implica que no tempo do fim, nações como Edom, Moabe, Amón, Egito, Líbia e Etiópia, que durante séculos foram fracas, e sem importância, serão poderes a serem considerados.

Ezequiel Capítulo 38 nomeia várias grandes nações guerreiras. Que deve ser comparadas também com o Salmo 72 verso 10; Isaías 60 versos 6 a 9 e Joel Capítulo 2; profecias que nenhuma das quais ainda foi cumprido. De todas estas nações, a mencionada com mais frequência como tendo um grande papel no futuro é o Egito, como mostrará a referência a Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel e outras profecias.

O profeta Ezequiel prediz, também, que nos “últimos anos” (Capítulo 38 verso 8) – “nos últimos dias” (verso 16) – “os povos que estão reunidos dentre as nações” (verso 12) – “Israel ” (verso 14) - então habitar “na terra que foi trazida de volta da espada” (verso 8), “no meio da terra” (verso 12), será tão rico em “prata e ouro, gado e bens” (verso 13), que certas nações, gananciosas e invejosas das suas vastas riquezas, irão atacá-los “para capturar a presa… para levar grande despojo” (verso 13).

Tudo isto não deixa de ser muito interessante, mas chegamos agora a um ponto muito mais interessante. Pois embora esteja claro nas Escrituras que Israel reocupará sua própria Terra na incredulidade, e antes da descida de Cristo à terra para reinar por mil anos, nosso Senhor menciona algo que à primeira vista pode parecer sugerir uma contradição positiva disto. Este é o fato de que Jerusalém, a capital da Palestina, não será libertada do jugo gentio, mas será “pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se cumpram” (Lucas 21 verso 24).

Conciliar este versículo com as passagens que parecem ensinar exatamente o oposto deve ter sido uma dificuldade para muitos estudantes devotos da Palavra de Deus até os tempos modernos. Mas, para nós hoje isso demonstra a precisão infalível dessa Palavra. A Jerusalém moderna cobre agora a área precisa predita em Jeremias 31 versos 38 a 40, e pertence a Israel, mas a cidade do Tempo de nosso Senhor, a velha Jerusalém, ainda está sob o domínio dos gentios.

 

Além disso, Joel 3 versos 9 a 19 e Zacarias 12 versos 1 a 9; e Capítulo 14 versos 1 e 2, indicam claramente que Israel será assolado por muitos inimigos no fim dos tempos. Acreditamos, também, que o Salmo 83, no qual uma grande confederação de dez povos se opõe a Nação, e do qual alguns vêem um cumprimento parcial em 2ª Crônicas 20, ainda aguarda seu cumprimento integral. A profecia, é claro, emprega nomes antigos. Embora a identidade de alguns deles seja talvez incerta, a referência é claramente às nações árabes que fazem fronteira com Israel – Assur, ao norte; Tiro ao noroeste; Edom, Ismael e Moabe ao sul; Amón e Amaleque ao leste; e os filisteus (hoje no distrito da faixa de Gaza) a oeste. Todos estes estão empenhados na destruição do povo escolhido de Deus.

“Venha”, dizem eles, “vamos excluí-los de ser uma nação; para que o nome de Israel não seja mais lembrado” (Salmos 83 verso 4). Então, em Ezequiel 38, já mencionado, o grande inimigo que ataca Israel tão impiedosamente nos “últimos anos” vem “dos confins do norte” (Observe isto em Ezequiel 38 versos 6 e 15; e Capítulo 39 verso 2). A expressão que está nestes versículos, “os extremos do norte” (ou seja, o norte da Palestina), não deixa qualquer dúvida quanto à localização geográfica em vista – que é aquela ocupada hoje pela Rússia.

Finalmente, além da grande Confederação do Norte, as Escrituras falam da presença de um poderoso bloco de nações no Sul da Europa no tempo do fim. Este poderoso império será composto por dez reinos (Leia Daniel 2 versos 40 a 43; Capítulo 7 versos 7 e 24; Apocalipse 13 verso 1; Capítulo 17 versos 3,7,12,16,17).

Durante algum tempo será controlado pelo sistema eclesiástico representado pela mulher vestida de escarlate em (Apocalipse 17 versos 3 e 7). As sete colinas sobre as quais a mulher está sentada significam a cidade de Roma (Apocalipse 17 versos 9 e 18). Roma será, portanto, o centro governamental deste imenso império – “uma Europa Unida”. O seu grande príncipe será declaradamente amigo dos Judeus e celebrará com eles um pacto de sete anos, garantindo, sem dúvida, a protecção dos direitos e liberdades do seu pequeno Estado (Daniel 9. 26-27).

Ver-se-á assim que, ao tocar em todas estas questões profundamente significativas - o foco da tensão mundial, o espírito do nacionalismo, a importância crescente do Egito, a ganância das nações pela vasta riqueza de Israel, os factos únicos relativos a Jerusalém, o ódio dos árabes dos Judeus, a ascensão da Rússia e o seu apoio às nações árabes, a união das grandes potências na Europa, a sua crescente subserviência a Roma e a sua atitude favorável para com Israel - no que diz respeito a todos estes assuntos e outros que poderiam ser mencionados, existe uma semelhança estreita e surpreendente entre a face da atual situação internacional e o programa profético dos últimos dias, conforme retratado na Palavra de Deus.

Bem, tenho uma surpresa para todos aqueles que acompanharam os pensamentos descritos aqui, pois tudo isto foi escrito pelo irmão William Bunting, no ano de 1963, e só mostra como a Palavra de Deus é infalível, pois o cenário de hoje está mais arranjado do que quando ele escreveu estas linhas.

 

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