EXISTE UM FUTURO NACIONAL PARA ISRAEL?

Os A-Milenista afirmam com confiança que não existe um futuro para Israel como nação. Mas o que diz a Escritura? Deus não tem um futuro glorioso reservado para Israel? Se Ele não o fará, o que aconteceria com as numerosas profecias bíblicas de bênçãos nacionais mundiais para os filhos de Jacó?

Os principais argumentos dos A-Milenista de que não existe um futuro para Israel como nação, são as seguintes:

1ª. Que essas promessas devem ser compreendidas espiritualmente.

2ª. Que muitos dessas promessas estão sendo cumpridos na Igreja nesta época.

3ª. Que outras promessas que retratam uma era dourada para a nação, se cumprem no Céu.

Em relação ao primeiro destes argumentos, de que o método espiritualizante, tal como empregado pelos A-Milenistas, violenta todos os cânones de interpretação sólida. “As Escrituras”, devem ser entendidas de uma forma normal, gramatical e literal; isto é, é claro, a menos que o Senhor indique claramente o contrário. Quando o bom senso faz sentido, não procure outro sentido. O cumprimento literal de centenas de profecias no passado prova a absoluta solidez deste princípio fundamental de interpretação. Destas profecias, podemos considerar aqui apenas algumas, para dar provas de que, é incensastes a maneira de interpretação A-Milenista:

1ª. Profecias a respeito de indivíduos. Veja, por exemplo, Deuteronômio 32 verso 50 (Moisés); Josué 6 verso 28 (Reconstrutor de Jericó); 2ª Reis 7 versos 1, 2, 17 a -20 (um “senhor” em Samaria).

2ª. Profecias relativas às grandes cidades. Veja, por exemplo, Ezequiel Capítulos 26 e 27 (Tiro); Capítulo 28 versos 20 a 23 (Sidônia); e Lucas 19 versos 42 a 44 (Jerusalém).

3ª. Profecias sobre nações poderosas. Veja, por exemplo, Gênesis 15 verso 14 (Egito); Isaías Capítulos 13 e 14 (Babilônia).

3ª. Profecias a respeito de Israel, — sua escravidão no Egito, (Gênesis 15 verso 13); sua libertação do Egito (Gênesis 15 verso 14); seus quarenta anos de peregrinação (Números 14 verso 33); a conquista de Canaã (Josué 1 versos 2 e 3); sua apostasia (Deuteronômio 31 versos 16); seus setenta anos de cativeiro (Jeremias 25 versos 11, 12); seu retorno do cativeiro (Jeremias 29 verso 10); sua atual dispersão e cegueira espiritual (Lucas 21 verso 24; e Romanos 11 verso 25).

4ª. Profecias relativas ao Universo Físico, (Gênesis 8 verso 22; Capítulo 9 versos 12 a 17; Isaías 54 verso 9; Salmos 148 versos 4 a 6; e Jeremias 31 versos 35 e 36).

5ª. Profecias relativas ao primeiro advento de Cristo, – Seu nascimento, vida, sofrimentos, morte, sepultamento e ressurreição. Eles são numerosos demais para serem listados aqui, mas são do conhecimento de todo leitor sincero. E sei que existem ao todo mais de 300 delas.

6ª. Profecias dos últimos tempos, últimas dias e últimas horas, (1ª Timóteo 4 versos 1 a 3; 2ª Timóteo 3 versos 1 a 5; 2ª Pedro 2, e a Epístola de Judas).

Agora, todas essas profecias foram, ou estão em vias de ser, literalmente cumpridas. Quando Deus as criou, Ele quis dizer exatamente o que Ele disse, – nada mais, nem menos, nem diferente; e aqueles a quem foram feitos justos, os compreenderam. Como então, diante de algumas das declarações mais claras da Palavra de Deus, ousamos nós ou qualquer outra pessoa dizer que as profecias relativas ao destino de Israel serão cumpridas de qualquer maneira que não seja literal?

É verdade que essas profecias são mantidas em suspenso durante o atual parêntese da Igreja. As Escrituras deixam perfeitamente claro que desde a rejeição de Cristo pelos líderes Judeus em Mateus Capítulos 12 e 13, todos os relacionamentos meramente naturais foram negados por Cristo, (Mateus 12 versos 46 a 50), que a oferta do tão esperado reino em glória e poder foi retirada da nação favorecida, (Mateus 21 verso 43), e que o reino está agora em forma de mistério. Isto é, está velado e, portanto, não é visível nem exposto externamente, pois como poderia ser manifestado publicamente, visto que o Rei teve seus direitos reais negados perversamente, expulso e crucificado? (Mateus 21 versos 33 a 43). Daí o ensino em parábolas de nosso Senhor sobre o reino em Mateus Capítulo 13, é descrito no versículo 11 como “mistérios”, que os rejeitadores Judeus não conseguiam entender (versos 11 a 15), e o Capítulo nos fornece as características especiais do reino conforme visto nesse aspecto. Daí também Palavras de Cristo em Lucas 17 verso 21, “O reino de Deus está dentro de vós”, com as quais podemos comparar com Romanos 14 verso 17 e 1ª Coríntios 4 verso 20. Este aspecto era algo inteiramente novo e jamais sonhado por Seus discípulos. Naturalmente foi difícil para eles reconciliarem-se com a visão de que o reino havia agora assumido uma forma nova e oculta. Mesmo depois da ressurreição de Cristo “perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?” (Atos 1 verso 6).

O fato de Israel estar presentemente posto de lado, contudo, não significa de forma alguma que a rejeição da nação por parte de Deus seja final ou irrevogável. Se fosse esse o caso, nosso Senhor não estava moralmente obrigado a dizer isso aos discípulos perplexos em Atos 1: “Não vos compete saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder” (verso 7). Perguntamos, “Os tempos ou as estações” de quê? A resposta certa é, da “restauração do reino a Israel”, que era o assunto sobre o qual acabavam de lhe perguntar, como se vê claramente no contexto. Israel é rejeitado, mas apenas temporariamente. O apóstolo Paulo disse: “Deus não rejeitou o seu povo, que dantes conheceu” (Romanos 11 verso 2). Seu decreto imutável é que Israel será reunido e se tornará o centro da administração divina e das bênçãos sobre a terra. “E assim todo o Israel será salvo; como está escrito: Virá de Sião o Libertador, e afastará de Jacó a impiedade. Pois os dons e o chamado de Deus são sem arrependimento”. (Romanos 11 versos 26 a 29)

Por William Bunting

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