Estamos certos em pregar que a salvação é uma decisão?

A pregação evangélica usa “uma decisão por Cristo” como equivalente para receber a salvação.

Vale a pena repetir com ênfase uma declaração frequentemente reiterada: “Ninguém é salvo se não decidiu buscá-lo, mas essa decisão não é a salvação”.

O Senhor disse: “Esforce-se para entrar” (Lucas 13:24).

Os pecadores, portanto, são responsáveis ​​por exercer sua vontade – decidir – na busca da salvação.

O pecador deve receber a Cristo para nascer de Deus (João 1:12).

 No entanto, João 1:13 deixa claro que a vontade do homem não o salva: “Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”.

A salvação é uma obra de Deus, um ato da graça divina, não merecida pela decisão do pecador, nem causada pela fé do pecador, (pois então não seria pela graça de Deus).

Um pecador precisa estar ciente de sua responsabilidade, mas nossa pregação ou conquista pessoal de almas não deve pressionar um incrédulo a acreditar, como se decidir concordar com a verdade divina o salvaria.

A ênfase está em “Jesus Cristo e este crucificado” (1 Coríntios 2:2).

O pecador arrependido finalmente enfrenta sua total incapacidade de salvar a si mesmo e assim encontra a suficiência de Cristo para salvá-lo porque Cristo sofreu pelos pecados.

Lemos em Romanos 5:6-8: “Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer. Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.”

“Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus.”

(1 Pedro 3:18)

Lemos na Bíblia: “Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.”

(João 3:17, 18; Efésios 2:8, 9)

Não há uma única pessoa no céu que tenha chagado lá sem ter sido salva pela graça de Deus, mediante a fé.

“Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, que abundantemente ele derramou sobre nós por Jesus Cristo nosso Salvador; para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna.”

(Tito 3:5-7)

Uma revelação nas Escrituras é o ato de Deus de divulgar a verdade que não poderia ser conhecida de outra forma. As vezes, esta revelação é chamada de mistério.

(Efésios 3:3; 1 Coríntios 2:10).

Iluminação é compreender a verdade já revelada. À luz do ensinamento de Paulo em 2 Coríntios 4:4, a salvação chega a um indivíduo quando a verdade do evangelho se manifesta nele.

Paulo traça o paralelo entre a luz ordenada na criação e a luz que brilha em nossos corações na salvação (2 Coríntios 4:6).

Deus está pronto e desejoso de ordenar que essa luz brilhe no coração de todo pecador e não demora a fazê-lo quando um pecador finalmente submete sua vontade ao que Deus diz. O alvorecer da luz do evangelho não é uma questão de eleição, mas da submissão do pecador à Palavra de Deus.

“Deus nosso Salvador, quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade. Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos.”

(2 Timóteo 2 3-6)

Pregar arrependimento como se fosse um passo para a salvação não é bíblico nem útil para um pecador. Um pecador precisa aceitar a mensagem de Deus sobre sua condenação e desamparo; essa é a mensagem que ele precisa.

Tampouco devemos pregar ao pecador que ele precisa de uma revelação ou, mais propriamente, de uma iluminação.

Ele precisa de Cristo.

Ao apresentarmos Cristo e Seu glorioso triunfo no Calvário, o pecador arrependido receberá a verdade da salvação, iluminada pela Palavra de Deus.

Assim, a cruz está onde a justiça de Deus é manifestada. A cruz nos mostra o quanto Deus odeia o pecado. Ele está determinado a julgar o pecado. Ele estava disposto a pagar preço tão alto como o de ter Seu Filho pregado na cruz. Deus não estava disposto a desistir de Sua justiça. Se Deus estivesse disposto a esquecer Sua justiça, a cruz teria sido desnecessária. Por não estar disposto a abandonar Sua justiça, Deus preferiu que Seu Filho morresse.

A cruz também é o lugar onde o amor de Deus é manifestado. O peso dos nossos pecados deveria estar sobre nós. Se não o suportamos, é injusto. Mas suportar tal carga é demais para nós. Por isso Ele veio e a carregou por nós. O fato de Deus dispor-se a suportar a carga mostra-nos Seu amor. O fato de Deus ter, na verdade, suportado tal fardo, demonstra a Sua justiça. Deus fazer-nos levar a punição é justiça sem amor. Deus não nos fazer levar a punição é amor sem justiça. Por Ele tomar a punição e levá-la por nós, há tanto justiça como amor. Aleluia! A cruz cumpre tanto a exigência da justiça, como a exigência do amor. Nossa salvação hoje não é “mercadoria contrabandeada”; não a recebemos de modo fraudulento ou impróprio. Nós não fomos salvos ilegalmente. Fomos salvos de modo claro e definitivo por meio do julgamento.

Para nós, o perdão é gratuito, mas para Deus não há tal coisa como perdão gratuito. Para Ele, o perdão vem somente após a redenção dos pecados. Por exemplo, se você infringir a lei, e o tribunal exigir que pague uma multa de mil dólares, você deve pagar a multa para que seu caso seja encerrado. Da mesma maneira, fomos salvos somente após sermos julgados na cruz. Nossa salvação vem do julgamento de Deus sobre Cristo por nossos pecados. É uma salvação que vem apenas mediante o julgamento.

Neste caso, nós fomos julgados; então, depois disso, fomos salvos. O amor de Deus está aqui e a justiça de Deus também está aqui.

Se você não sabe o que é a justiça de Deus, tudo o que precisa fazer é encontrar uma pessoa salva e dar uma boa olhada nela. Você então saberá o que é a justiça de Deus. Se quiser conhecer a justiça de Deus, basta encontrar um cristão e saberá que Deus não lida com os nossos pecados irresponsavelmente. Ele fez pecado Àquele que não conheceu pecado. Porque o Senhor Jesus morreu, a obra da redenção foi cumprida. Estarmos hoje no Senhor Jesus é uma expressão da justiça de Deus. Quando uma pessoa vê alguém que crê no Senhor Jesus, ela vê a justiça de Deus.

O ponto de partida de uma pessoa salva é a Palavra de Deus, não a conduta do homem.

Hoje você pode perguntar-me se ainda está salvo, pois mentiu ontem. Eu não posso afirmar se você é salvo ou não baseado em se sua mentira foi uma boa mentira ou má mentira, uma mentirinha ou uma grande mentira.

Posso somente dizer-lhe o que a verdade da Bíblia diz. Se não for assim, não serão necessários, o tribunal de Cristo para os salvos do julgamento e o grande trono branco para não salvos.

Somente podemos atentar para o que a Palavra de Deus diz. Podemos apenas julgar as atitudes do homem pela Palavra de Deus. Nunca podemos julgar a Palavra de Deus pelas atitudes do homem. É a Palavra de Deus que diz que uma vez que o homem é salvo, ele é salvo eternamente.

Não há nada de errado nisso. Embora seja errado o homem agir irresponsavelmente por causa dessa palavra, ainda devemos julgar tudo pela Palavra de Deus. A Palavra de Deus é nossa constituição plena e nosso tribunal mais elevado.

 

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