Como o relacionamento do Pai e do Filho foi afetado na cruz?

Ao falar sobre o clamor de Jesus na cruz: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” não podemos dividir a pessoa de nosso Senhor como se Ele fosse parte divindade e parte humanidade.

Aquele que era totalmente Deus e verdadeiramente humano foi abandonado na cruz.

Deus ordenou a Moisés que ensinasse ao povo: “O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor”.

Deus existe eternamente como três Pessoas ("No princípio... o Verbo estava com Deus" João 1:1), mas um só Deus.

Dividir esse relacionamento alteraria a própria essência de Deus – uma impossibilidade.

Portanto, não houve divisão entre o Pai e o Filho na cruz. No entanto, o homem que gritou “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste” era ao mesmo tempo o Filho de Deus, Deus manifestado na carne (1 Timóteo 3:16).

Ele clamou ao Seu Deus e não houve resposta nem ajuda (Salmos 22:1, 2).

O Senhor Jesus sabia que Seu Pai nunca se deleitou tanto com Ele do que quando Ele estava naquela cruz? Sim.

Ele compartilhou plenamente o ódio de Seu Pai ao pecado? Sim.

Ele sabia por que foi abandonado? Sim (Salmos 22:3).

Ele desejou uma diminuição dos sofrimentos exigidos dele lá? Não.

Ele sentiu o sofrimento infinito de ficar sem resposta? Sim.

Ele era menos Deus do que jamais fora? Impossível.

A relação não podia ser alterada. Mas durante esse tempo, a justiça divina suspendeu o gozo e a expressão dessa relação. Quem, senão Ele, pode saber o que isso significava?

 

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