Batizado pelos mortos

O Apóstolo Paulo escreveu aos corintos que: “Se esperamos em Cristo somente nesta vida, somos os mais miseráveis ​​de todos os homens… Do contrário, o que farão os que se batizam pelos (em lugar dos) mortos, se os mortos não ressuscitam? Por que eles são batizados pelos (no lugar dos) mortos?" (1 Coríntios 15:19,29).

Em 1 Coríntios 15, Paulo faz afirmação da ressurreição do Senhor Jesus Cristo. Paulo fornece evidências incontestáveis ​​do fato e detalha sua veracidade e consequências. Em resumo, falando do Senhor Jesus, o apóstolo disse que se não houve ressurreição não temos nenhum evangelho viável para pregar, não há esperança possível de vida eterna para o homem, todos os que adormeceram crendo em Cristo estão perdidos, nossa fé é vã e, como crentes vivos, somos os mais miseráveis ​​de todas as pessoas.

Porém, no versículo 20 temos o início de um parêntese onde o apóstolo detalha o que havia recebido por revelação divina (vs.20-28). Ele começa usando a conjunção coordenadora mais poderosa e enfática encontrada em todos os seus escritos, a palavra "Mas", e completa sua afirmação dizendo: "...agora Cristo ressuscitou dos mortos". Ele prossegue expondo as tremendas consequências da ressurreição de Cristo e sua ligação inquestionável com o Reino vindouro (a era milenar), levando-nos até o fim dos tempos, “para que Deus seja tudo em todos” (v.28). O versículo 29 do nosso capítulo segue o versículo 19, onde o apóstolo levanta uma questão pertinente: “Doutra maneira, que farão os que se batizam pelos (em lugar dos) mortos?”.

Uma expansão da expressão “no lugar de” seria “preencher as lacunas nas fileiras do exército do Senhor ocasionadas pela chamada para o céu dos servos fiéis”. Aqui, não há absolutamente nenhum pensamento na mente do apóstolo sobre batismos vicários para almas não salvas que morreram, ou que tais almas poderiam ser salvas se outra pessoa fosse batizada em seu lugar. O que ele tinha em mente era que as fileiras dos servos (crentes) do Senhor estavam diminuindo devido ao chamado (morte) de tantos, e que outras almas recém-nascidas (salvas) estavam voluntariamente avançando para preencher as lacunas nas fileiras dos servos do Senhor (que morrem), testificando pelo batismo à sua fé na morte e ressurreição do Senhor Jesus. Nisto, eles estavam se expondo a todos os tipos de perseguições, até mesmo à morte, por testemunharem da ressurreição de Cristo, pois tal ensino era um anátema para o judeu ortodoxo, o fariseu e o saduceu.

Qual era o sentido de outros se juntarem às fileiras dos servos do Senhor (que já morreram), se não há ressurreição; e por que, pergunta Paulo, deveríamos diariamente colocar nossas vidas em perigo se Cristo não ressuscitou. Que declaração maravilhosa e poderosa vem do apóstolo, uma declaração que é a âncora segura e eterna da nossa fé: “Mas agora Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem” (1 Coríntios 15:20).

Por enquanto, aguardamos com paciente expectativa o dia em que nosso bendito Senhor virá às nuvens para arrebatar todos os redimidos à glória, e então, em menos de um segundo de tempo, Ele “transformará nosso corpo vil (corpo de humilhação)”,para que seja semelhante ao seu corpo glorioso” (Filipenses 3:21), “e assim estaremos para sempre com o Senhor” (1 Tessalonicenses 4:17).

 

 

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