Batismo em Fogo

A expressão “batismo com fogo” não ocorre nas Escrituras, e sim “em fogo”, e as palavras de João Batista em Mateus 3:11 e muitas declarações do Senhor Jesus implicam claramente tal evento. Sempre que “fogo” é mencionado nas Escrituras em associação com o julgamento final, refere-se ao Lago de Fogo (Grego: Geena). Contudo, alguns afirmam que a destruição de Jerusalém no ano 70 d.C. foi o batismo em fogo ao qual João se referiu; mas não foi isso que o Espírito de Deus levou João a sugerir em sua mensagem. Também é apresentado falsamente o pensamento de que o “tempo de angústia de Jacó” (Jeremias 30:7), o período da Grande Tribulação mencionado em Mateus 24 e em outras Escrituras, é também o que João quis dizer com batismo em fogo, mas claramente estes eventos não são o que o Espírito de Deus tinha em mente. No entanto, a enormidade e o efeito catastrófico dos julgamentos governamentais de Deus no momento da Grande Tribulação não podem ser contestados ou minimizados, mas, como tais dias serão abreviados por causa dos eleitos (Mateus 24:22), o tempo não pode ser comparado ao batismo bíblico em fogo que será implacável e eterno. As palavras de João em Mateus 3:12 referem-se ao julgamento final do Grande Trono Branco (Apocalipse 20:11-15).

O Senhor Jesus refere-se muitas vezes ao fogo do inferno nos evangelhos, usando palavras como “o fogo que nunca se apagará” (Marcos 9:45). A “Geena”, da qual não há escapatória, nunca foi preparada para os filhos dos homens, mas para o diabo e seus anjos (Mateus 25.41). Mas se os filhos dos homens recusarem a oferta de salvação de Deus através do arrependimento diante de Deus e da fé no Senhor Jesus Cristo (Atos 20.21), eles certamente sofrerão as consequências de tal rejeição e acabarão na Geena. Hoje, todas as almas e espíritos dos pecadores que morrem sem a salvação, vão para o (Grego: hades) de sofrimento, mas no juízo final, quando seus corpos serão ressuscitados, o pecador completo será lançado no Lago de Fogo.

No caso do batismo cristão por imersão em água, o indivíduo é elevado para fora da água – uma figura de morte e ressurreição – assim como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos (Romanos 6:4). No entanto, quando as Escrituras falam do batismo em fogo, não haverá levantamento ou alívio do tormento eterno a ser experimentado por todos os que acabarem na Geena. Na narrativa do homem rico e Lázaro no hades em Lucas 16:19-31 o Senhor Jesus abre a cortina do tempo para revelar o destino eterno do piedoso e do ímpio, do justo e do injusto, do crente no Senhor Jesus Cristo e do incrédulo. O Senhor Jesus revela que existe um abismo eterno entre os dois destinos.

Que seja a oração sincera de todos os que pregam o evangelho da graça de Deus, para que os ouvintes da mensagem da salvação nunca tenham que ouvir o Senhor Jesus, como juiz dos vivos e dos mortos, dizer: "Afastem- se de mim, malditos, para o fogo eterno (Grego: Pur Aionios), preparado para o diabo e seus anjos” (Mateus 25.41).

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