Batismo Cristão

Em Atos 8:38-39; temos o registro de Filipe batizando o eunuco etíope por imersão total. Este é o batismo cristão como deveria ser praticado hoje, e isto é confirmado por muitas outras Escrituras.

Em Romanos 6, nos apresenta o ministério do batismo. O batismo cristão é um testemunho ao mundo, dado pelo indivíduo que está sendo batizado, de que sua velha natureza pecaminosa morreu com Cristo. A imersão de todo o corpo na água fala da morte do velho, enterrado fora de vista. Ser levantado da água é figura de ressurreição com Cristo para caminhar em “novidade de vida”. Andar em novidade de vida implica que os nossos membros físicos não serão mais usados ​​pela velha natureza como instrumentos do pecado. O caminho do testemunho e da fé confirmará de agora em diante o que o batismo simbolizou, isto é, morte, sepultamento, ressurreição, vida nova.

Consequentemente, o pecado não reinará mais no corpo mortal e Cristo reinará supremo. O Apóstolo Paulo escreveu que o pecado não deveria ter domínio sobre nós; ou seja, não deveria exercer domínio sobre nós. Reconhecer o senhorio de Cristo em nossas vidas é muito importante para que nosso testemunho seja viável e eficaz. Há muitos cristãos batizados que prontamente testificam do seu amor pelo Senhor Jesus, mas que não reconhecem o senhorio de Cristo em suas vidas; em outras palavras, eles não procuram ser guiados e influenciados pelo Espírito de Deus dia após dia. Seria considerado muito grave se um crente batizado continuasse a viver em pecado, pois fazê-lo equivaleria a uma negação da fé que confessou através do seu batismo. O Apóstolo Paulo escreveu sobre si mesmo: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.” (Gálatas 2:20)

As Escrituras não ensinam que deva haver um longo tempo de espera antes que uma alma salva seja batizada. As verdades básicas sobre o batismo cristão devem ser transmitidas aos novos crentes por aqueles espiritualmente competentes para ensinar numa assembleia local. Além disso, uma assembleia deve responder prontamente a um apelo sincero e piedoso de um indivíduo para ser batizado. Tomemos o caso do eunuco etíope: “Veja, aqui está água; o que me impede de ser batizado?” (Atos 8:36).

Os apóstolos foram orientados, através de sua pregação, a “fazer discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28:19). Contudo, temos quatro referências no livro de Atos ao Espírito Santo onde os crentes foram batizados – conforme registrado – “em nome de Jesus Cristo” (Atos 2:38); “em nome do Senhor Jesus” (Atos 8:15-16); “em nome do Senhor” (Atos 10:47-48); e “em nome do Senhor Jesus” (Atos 19:5-6). Então, por que a diferença?

Na verdade, não há diferença, as palavras (no grego) usadas em cada uma das ocasiões citadas implicavam que os indivíduos estavam sendo batizados na autoridade do Senhor Jesus, sob o que Ele ordenou e, sem dúvida, teriam sido batizados “em nome do Pai e do Filho, e do Espírito Santo” conforme ordenado pelo Senhor (Mateus 28.19). Certamente devemos nos curvar à sabedoria divina sobre como o Espírito de Deus registrou esses eventos. Não podemos conceber que o fiel Filipe e os apóstolos Pedro, João e Paulo tivessem desconsiderado as instruções quanto a “fórmula” que o Senhor Jesus deu a respeito do batismo cristão.

O verbo no grego “batizar”, vem de um verbo que significa “mergulhar”, amplificada em grego para significar “imersão, submersão e emergir”. Outros gramáticos acrescentam sinônimos como “mergulhar, esconder… sumir, afundar, encharcar, sobrecarregar”. A palavra “batizar” era usada para descrever o tingir uma roupa, extrair vinho mergulhando um copo em uma tigela ou ser dominado por perguntas. O batismo requer um elemento no qual batizar, alguém que faz o batismo, alguém que é batizado e um determinado propósito. O batismo dos crentes é feito nas águas por um irmão fiel a um indivíduo salvo que deseja obedecer a Deus.

Atos 2 narra o batismo no Espírito, a formação da Igreja que é o Corpo de Cristo e também a primeira igreja local. Pedro pregou uma mensagem centrada nesta verdade: “A esse mesmo Jesus, a quem vós crucificastes, Deus fez Senhor e Cristo” (Atos 2:36). Alguns membros da mesma multidão que consentiram na morte do Senhor Jesus cerca de 50 dias antes estavam profundamente convencidos e buscavam o perdão de Deus. Pedro disse-lhes: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos 2:38). O arrependimento, neste caso, não foi apenas de todos os seus pecados, mas também do pecado de crucificar Cristo. No clima anticristo do Judaísmo, o subsequente batismo individual demonstrou que a sua fé já estava em Jesus como Cristo e Senhor. O versículo 41 dá clareza ao versículo 38: “Os que de bom grado receberam a sua palavra foram batizados.” Os crentes salvos foram batizados. Esses crentes batizados também foram recebidos e acrescentados à primeira comunhão da assembleia local.

Lucas nos informa de batismo além de Jerusalém. Por meio do Espírito nas Escrituras, é específico sobre quando os batismos são mencionados. Cada menção está expressamente ligada às localizações geográficas que delineiam o livro dos Atos: “Jerusalém, e em toda a Judeia, e Samaria, e até os confins da terra” (Atos 1:8). Não lemos mais exemplos de batismo até a grande perseguição e dispersão dos santos em Atos 8. Quando o evangelho chegou à Samaria e à Judeia, aqueles que creram em Filipe a respeito de sua pregação, tanto homens como mulheres, foram batizados (Atos 8:12). Então, um certo homem chamado Simão, professou fé e foi batizado (v.13). Mas com a chegada de Pedro ali e em conversa que este homem, constatou-se que ele não era salvo e seu batismo não lhe valeu de nada. Depois, um encontro divinamente designado entre Filipe e um eunuco etíope resultou em um batismo, pois ele creu na pregação de Filipe sobre Jesus como o Servo Sofredor que veio para salvar os pecadores em Isaías 53. Mais tarde, quando o evangelho entrou na Ásia em Atos 16, Lídia, “cujo coração o Senhor abriu”, sua família e o carcereiro de Filipos, “crendo no Senhor Jesus como salvador pessoa, com também filhos, parentes e servos da sua casa”, foram batizados individualmente.

O batismo do eunuco etíope (Gentio) em Atos 8:26-40 é um modelo que dá forte apoio à definição e ao modo adequado de batismo. O eunuco levantou a questão sobre o batismo ao chegar ao pé de água significativa (Atos 8:36). Se a aspersão fosse adequada, certamente haveria água disponível em qualquer cântaro que levavam consigo. Mas ao encontrar água suficiente e a imersão total era possível e a fé em Jesus Cristo como Filho de Deus era evidente, Filipe e o eunuco entraram na água, o eunuco foi batizado e ambos saíram da água (Atos 8:38-39).

O Evangelho de Mateus, escrito para um público judeu, termina com uma comissão para a expansão evangélica pelo mundo. O Senhor disse aos apóstolos: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16:15). E acrescenta: “Ide, portanto, e fazei discípulos de todas as nações” (Mateus 28:19). À medida que os indivíduos gentios vieram a Cristo, duas ações marcariam a atividade apostólica.

Primeiro, os apóstolos os batizariam em “nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28:19). O batismo associa o crente ao Deus Triúno, que é o único Deus verdadeiro.

Segundo, o Senhor diz: “... ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos ordenei” (Mateus 28:20). A expectativa do Senhor é que o batismo seja a porta de entrada para a obediência de “todas as coisas que eu te ordenei” para o novo crente. Se alguém não se submeter ao primeiro mandamento, a saber, o batismo, então terá dificuldade para se conformar com qualquer molde de Deus em sua vida. A expectativa e evidência de que alguém segue a Cristo inclui o batismo, assim como Marcos 16:16, nos diz que sempre se espera que a salvação seja seguida pelo batismo.

Pedro comunicou a Cornélio e à sua família a primeira ordem de Deus a cada novo crente em Atos 10:48, quando “ele ordenou que fossem batizados em nome do Senhor”. No caso deles, houve evidência milagrosa de salvação por causa das testemunhas judaicas, que foi seguida pelo batismo em obediência ao Senhor. Os que foram salvos em Atos 8:16 “Samaritanos” e Atos 19:5 “os discípulos de João”, foram batizados em nome do Senhor Jesus. Portanto, tanto os Samaritanos e os ex-discípulos de João Batista reconheceram Jesus como seu Senhor em seu batismo.

Isto é o que Paulo tem em mente em Efésios 4:5 quando se refere ao batismo, evidência de domínio . Nos versículos 4-6, Paulo refere-se a cada Pessoa da Trindade e à nossa associação unida com eles. Ao se referir ao Senhor, ele fala de fé e batismo. O objeto da fé em nossa dispensação é Jesus Cristo como Senhor. Então, mediante fé, somos batizados para professar que nos revestimos de Cristo (Gálatas 3:22-25). O batismo é uma declaração de que Jesus Cristo é o Senhor e a Pessoa em quem se crê.

O batismo em água, é um testemunho público da sua salvação, que tem evidência de Morte, Sepultamento e Ressurreição (Romanos 6:3-5; Colossenses 2:12).

Cada indivíduo recém-salvo descobre que “Cristo morreu por mim”. A verdade que todo indivíduo recém-salvo deve aprender é que “morri com Cristo”. Romanos 6, aborda a verdade de que todo crente morreu para o pecado. O pecado, nosso antigo dono de escravos, não é mais senhor porque morremos com Cristo.

O batismo é uma imagem desta verdade que aconteceu na salvação. Ao entrar nas águas do batismo, a pessoa é imersa, ficando assim submersa antes de emergir.

Quanto à imersão, Paulo diz: “Não sabeis que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte?” (Romanos 6:3). Nossa associação com Cristo na imersão retrata nossa ligação com Ele na morte.

1) A respeito da nossa imersão, Paulo diz: “Portanto, pelo batismo fomos sepultados com Ele na morte” (Romanos 6:4a). Demonstramos que fomos sepultados com Cristo, estando debaixo da água.

2) A respeito de nossa saída da água, Paulo diz: “Assim como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também nós devemos andar em novidade de vida” (Romanos 6:4b). Na salvação, recebemos uma nova vida e, assim, no batismo, o sair da água simboliza o levantar-se para andar em novidade de vida.

O versículo 5 segue, explicando que é lógico que “se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, o seremos também na semelhança da sua ressurreição”. O tempo futuro (“nós também seremos”) não indica o futuro a partir do momento em que este livro foi escrito, mas que a ressurreição segue a morte.

Lendo Colossenses 2:12, vamos notar o mesmo ensino da forma que o batismo simboliza nosso sepultamento e ressurreição com Cristo, usando o contexto da verdade de que “sois completos Nele” (Colossenses 2:10a).

O versículo 11 do mesmo capítulo mostra a ligação entre circuncisão e conversão. A salvação, e não o batismo, é o equivalente no Novo Testamento à circuncisão. Observe que judeus circuncidados foram batizados, uma mulher como Lídia, que nunca poderia ser circuncidada, foi batizada, e Timóteo, que teria sido batizado, foi posteriormente circuncidado. A circuncisão não fez a transição para o batismo, nem o substituiu. No entanto, após a salvação, correspondendo à circuncisão feita sem mãos, o batismo do crente retrata a ligação do crente com Cristo. Portanto, uma nova vida é confessada publicamente pelo batismo de um crente.

Em Pedro 3:21, usando a “Evidência do Dilúvio”, ele faz um breve, mas importante comentário sobre os efeitos contínuos do batismo aos Judeus crentes dispersos em território Gentio. Quando ele escreve sobre fazer o bem, mesmo que isso signifique sofrimento, ele chama a atenção do leitor de volta para as águas do dilúvio e para sua libertação. Pedro então sinaliza que o dilúvio corresponde a uma maneira pela qual o batismo atualmente salva.

Como isso salva? Não é da penalidade dos pecados, pois “Cristo sofreu uma vez pelos pecados” (Pedro 3:18). Em vez disso, é um apelo contínuo para vivermos em boa consciência diante de Deus.

O dicionário bíblico W.E. Vine interpreta muito bem esta verdade, ele escreve: “Assim, o crente é salvo, preservado pelo batismo, não da condenação de seus pecados, mas de uma má consciência por ter violado o significado da ordenança por pensamento, palavra ou ação”.

Como podemos fazer isso? À medida que as sete almas com Noé passaram pelas águas imersas do dilúvio, passamos de um velho mundo contaminado para um novo mundo de bênçãos, para vivermos no poder de um Cristo ressuscitado, conforme retratado no batismo. Ao lembrarmos do nosso batismo em água, quando publicamos ao mundo que eramos agora em Cristo, isto há de nos salvar, preservar de toda contaminação que há no mundo, para o qual, publicamos no batismo, que morremos.

Depois de batizado, a Palavra de Deus lhe ensinará que o próximo passo importante da obediência é unir-se a um grupo de crentes, uma assembleia local reunida em nome do Senhor Jesus Cristo. Embora o batismo esteja ligado à salvação no Novo Testamento, o batismo também é um requisito para a recepção na comunhão de uma assembleia local (Atos 2:41). Assim como você obedeceu no batismo, a obediência à Palavra de Deus deveria marcar a sua nova assembleia local (1 Timóteo 3:15). Fazer parte de uma assembleia irá ensiná-lo a ser um adorador em comunhão e ajudá-lo a encontrar um lugar para servir espiritualmente a Deus, edificando outros dentro das diretrizes dos papéis de gênero.

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