A Parábola das Dez Virgens se refere ao Arrebatamento?

Mateus 24 e 25 são uma unidade, sendo uma narrativa contínua. O discurso do Senhor flui de questões sobre o templo, Sua vinda e o fim dos tempos.

O foco em “sinais de sua vinda” indica o cenário judaico da passagem, pois “os judeus pedem um sinal” (1Coríntios 1:22) e “os tempos e estações” que o Senhor dá aqui estão relacionados ao Dia do Senhor e o tempo em que a destruição repentina (1 Tessalonicenses 5:1-3) virá sobre aqueles que confiam em uma aliança com o inferno (Isaías 28:15; Daniel 9:27) para garantir-lhes “paz e segurança”.

Tudo isso está ligado com a última semana, das 70 Semanas de Daniel, que o período de 7 anos que se segue após ao Arrebatamento.

Os sinais iniciais que o Senhor dá em (Mateus 24:4-10), correspondem aos cinco primeiros selos dos julgamentos de (Apocalipse 6:1-11), que vem após o arrebatamento, visto figurativamente quando João é chamado ao Céu, em (Apocalipse 4:1) e a recompensa é dada aos santos dessa era da Igreja (Apocalipse 4:10).

A abominação da desolação (Mateus 24:15) refere-se à metade do período de 7 anos (Daniel 9:27b).

“E sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.”

A “grande tribulação” (Mateus 24:21) aponta para a última metade desse período e para a vinda visível do Filho do Homem, para o retorno do Senhor à terra. (v.27)

“Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem.”

Paulo confirma isso em 2 Tessalonicenses 1:7-10, dizendo que, “O Senhor Jesus vem do céu com os anjos do seu poder, Com labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; Os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, longe da face do Senhor e da glória do seu poder, Quando vier para ser glorificado nos seus santos, e para se fazer admirável naquele dia em todos os que crêem.”

O ensino comparando os dias de Noé em (Mateus 24:37-42) refere-se à vinda do Filho do Homem, referindo-se ao versículo 27, assim como a advertência no versículo 44.

“Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há-de vir à hora em que não penseis.”

A Parábola dos Servos Fiéis e Maus em (Mateus 24:45-51) tratam igualmente da “manifestação do Senhor Jesus”, que deve ser a vinda do Filho do Homem, pois é isto que vemos no contexto.

A Parábola dos Talentos (Mateus 25:14-30), que segue a Parábola das Dez Virgens, não pode se referir aos crentes desta era da Igreja.

O servo perverso teve a responsabilidade confiada a ele por seu mestre, mas é lançado pelo mestre nas trevas exteriores. Isso é semelhante à parábola no final de Mateus 24, e tem um cenário judaico.

A parábola das ovelhas e dos cabritos, (Mateus 25:31-46) também se refere à vinda gloriosa do Filho do Homem.

“E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda.”

Portanto, o contexto das Dez Virgens é o retorno do Senhor à terra e não o Arrebatamento.

 

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