(3ª) A igreja de Pérgamo Profeticamente

Em Apocalipse 2:12-17, temos a carta que o Senhor Jesus enviou pelo apóstolo João a igreja em Pérgamo.

Pérgamo era uma antiga cidade grega que situava-se na Mísia, no noroeste da Anatólia.  

Antes da era romana, Pérgamo era a capital da Ásia e, posteriormente, veio a ser um centro de administração romana. Havia pouco comércio em Pérgamo e as suas principais atrações eram a Biblioteca e os Templos. Dizem que a sua Biblioteca possuía 200.000 livros. Por causa dos muitos templos dedicados a deuses pagãos, havia muita imoralidade.

A igreja em Éfeso representa a igreja do final da era apostólica, é a igreja anterior e posterior a morte do apóstolo João, a igreja a qual o próprio João se referiu à última hora, e a igreja mencionada em 2 Pedro e 2 Timóteo.

A seguir, houve a era em que a igreja foi perseguida, a qual foi profetizada pela igreja em Esmirna, como nos é mostrado pelo Senhor. Agora observaremos a igreja em Pérgamo.

A palavra Pérgamo significa casamento ou união. Aqui vemos como a igreja deu uma “virada”. Penso que os crentes daquela época, quando liam a respeito de Pérgamo, provavelmente não entendiam o que essa carta significava; mas hoje, quando olhamos para a história da igreja, isso fica muito claro.

Edward Gibbon, um historiador britânico, disse que se matassem todos os cristãos em Roma, a cidade tornar-se-ia desabitada. Portanto, a maior perseguição de todo o mundo ainda não foi capaz de destruir a igreja. Então, Satanás mudou o método de ataque.

O mundo não só parou de perseguir a igreja, mas até o maior império desta terra – Roma – aceitou o cristianismo como sua religião estatal.

Dizem que o imperador Constantino teve um sonho no qual ele viu uma cruz com as palavras: “Vença com este sinal” escritas sobre ela. Ele descobriu que a cruz era um sinal do cristianismo; por isso aceitou o cristianismo como religião estatal. Ele encorajou as pessoas serem batizadas, e a quem quer que fosse batizado eram dadas duas vestes brancas e algumas moedas de prata. A igreja foi unida ao mundo; então, a igreja tornou-se caída.

No capítulo anterior lemos que a igreja em Esmirna foi a igreja do sofrimento, e o Senhor não teve nada a dizer contra ela. Aqui, porém, Pérgamo e o mundo estão unidos para se tornarem a maior religião estatal. De acordo com o homem, isso seria um progresso; contudo, o Senhor ficou descontente. Quando a igreja se um com o mundo, o testemunho da igreja é arruinado.

A igreja é peregrino no mundo. É certo um barco estar na água, mas não a água estar no barco.

O Senhor fala de si mesmo no (v.12), como “Aquele que tem a espada afiada de dois gumes.” Eis aqui o julgamento.

A igreja está arruinada, mas isso não significa que a igreja naquela época estivesse completamente sem testemunho. Não importa em qual circunstância ela esteja, a realidade da igreja está sempre presente. Pérgamo é a igreja que continua imediatamente após Esmirna.

Em que tipo de situação ela está? O Senhor diz aqui (v.13a): “Conheço o lugar em que habitas, onde está o trono de Satanás”.

O Senhor reconhece a dificuldade da situação de Pérgamo. Uma vez que ela habita no mesmo lugar do trono de Satanás, é bastante difícil para ela manter um testemunho.

Aqui temos uma pessoa que é muito especial para o Senhor (v13b), “Antipas, minha testemunha, meu fiel, o qual foi morto entre vós”.

Não encontramos seu nome na história; portanto, já que isso é uma profecia, precisamos descobrir o significado do nome em si.

“Anti” significa “contra”; “pás” significa “tudo”. Há um homem fiel, Antipas, que é contra tudo; ele se opõe à todas as coisas. Isto não quer dizer que ele intencionalmente cria problemas sem se importar com a situação, mas ele permanece ao lado de Deus para opor-se a todas as coisas. É evidente que essa pessoa deveria tornar-se um mártir. A história não conhece seu nome, mas o Senhor o conhece. Considerando esse homem fiel que foi morto, o Senhor diz: “Conservas o meu nome, e não negaste a minha fé”.

Duas questões são mencionadas aqui: uma é o (1) “nome do Senhor”, a outra é a (2) “fé do Senhor”.

Os filhos de Deus são homens que Ele escolheu dentre os gentios em o nome do Senhor. Há uma diferença básica entre a igreja e a religião. Na religião é suficiente aceitar-se os ensinamentos, mas na igreja isto é insignificante, se não se crê no Senhor.

1)O nome do Senhor representa o próprio Senhor. Essa é uma característica especial. Além disso, o nome também nos diz que Ele esteve aqui e se foi, Ele morreu e reviveu; portanto, Ele deixou um nome em nosso meio. Se perdermos o nome do nosso Senhor, já não temos o testemunho. Pérgamo recebeu o nome do Senhor.

Há uma coisa à qual os filhos de Deus devem prestar atenção: devemos manifestar-nos como aqueles que estão no nome do Senhor. Este nome é um nome especial, um nome que irá preservar-nos de perder o testemunho.

(2) Cristo também diz: “E não negaste a minha fé”.

Fé, aqui, em grego, é “pistin”. O significado dessa palavra é crença. Não é uma crença comum, mas a única crença, a crença que é distinta de todas as outras. O Senhor diz: “Não tens negado minha única fé”.

A igreja não é algo da filosofia, ciência natural, ética ou psicologia – estas não são coisas da igreja. A igreja é algo de crença, algo de fé, “não negaste a minha fé”.

Que significa isso? Significa “Não Me negaste crendo em Mim.”

Os filhos de Deus devem preservar essa crença. Nossa crença no Senhor Jesus não deve mudar de maneira alguma. O que nos separa do mundo é a nossa fé.

Assim, “conservas o Meu nome, e não negaste a Minha fé” – estes dois pontos, são as coisas que o Senhor louvou nela.

No (v.14), o Senhor disse: “Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem prostituição”.

Balaão era um gentio; não sabemos porque Deus o chamava profeta. Como no caso de Saul, o Espírito de Deus moveu-o, mas não entrou nele.

Porque o povo de Israel era sempre vitorioso, Balaque, rei moabita, estava temeroso e chamou Balaão. Ele lhe disse: “Você é um profeta. Por favor, amaldiçoe, o povo de Israel.”

Balaão cobiçou o dinheiro oferecido e ficou desejoso de ir, e embora Céus o impedisse no início, por fim permitiu-lhe ir. Mas Balaão não encontrava maneira para amaldiçoar o povo de Israel. Contudo, desde que ele aceitara o dinheiro de Balaque e não fizera nada em troca, sentiu-se incomodado; assim ele traçou um plano. Os moabitas pediram s suas mulheres para se aproximarem do povo de Israel.

Assim, as mulheres moabitas e o povo de Israel uniram-se, e os homens do povo de Israel tomaram para si aquelas mulheres. Essas mulheres gentias trouxeram consigo seus ídolos, induzindo o povo de Israel não apenas cometer prostituição, mas também a adorar os ídolos. Deus irou-se e matou vinte e quatro mil israelitas; mas Moabe foi preservado.

Em Números 25, vamos que as mulheres moabitas uniram-se com os israelitas, mas só no capítulo 31 descobrimos que o plano foi feito por Balaão. Deus nos mostra o que Pérgamo é: o significado de Pérgamo é casamento com o mundo.

Originalmente, o mundo opunha-se à igreja; agora o mundo e a igreja estão casados.

Tenho dito muitas vezes que o significado de igreja (eklésia) é “os chamados para fora”; não unidos, não situados no mundo, mas separados, chamados para fora – isto é igreja.

O método de Balaão é destruir a separação entre a igreja e o mundo, e o resultado é idolatria. Aqui, precisamos dar especial atenção a duas coisas – fornicação e idolatria. É muito estranho que estas duas questões estejam colocadas juntas.

Em 1 Coríntios elas também são mencionadas juntas. Estas são duas coisas que Deus mais odeia.

Ouça o que Tiago 4 diz sobre isto: “Não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus?” Estar unido com o mundo é o que Deus odeia.

Mamom também está em oposição a Deus: “Não podeis servir a Deus e a mamom” (Mateus 6-24).

Os homens ou servem a um ou a outro. Aqui vemos a questão mais importante, isto é, mamom posiciona-se contra Deus. Muitos ídolos existem somente por causa de mamom. Hoje nenhum cristão mataria pessoas ou adoraria ídolos, mas cobiçarmos dinheiro, confiando no poder de mamom, é equivalente à idolatria. Mamom é o princípio dos ídolos, e Deus deseja separar os homens de mamom. Unir-se a fornicação é idolatria; portanto, cobiçar dinheiro está junto à união com o mundo. Quero apresentar os lados opostos na Bíblia; vendo o lado negativo, então conseguiremos ver o lado positivo. A Bíblia sempre coloca Satanás em oposição a Cristo, a carne em oposição ao Espírito Santo, e o mundo e mamom em oposição a Deus, o Pai.

O mundo é oposto ao Pai; essa é a razão porque em 1 João 2 diz: “Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele” (v.15b).

Mamom é contra Deus. Sempre que os homens servem a mamom, ele não pode servir a Deus. A obra de Balaão é unir o mundo com a igreja. A necessidade de Constantino nos exaltar é ensinamento de Balaão. Nada é mais difícil do que impedir que a obra de Balaão entre. Hoje, todos os filhos de Deus querem ser grandes, querem ter mais e não querem prestar atenção à santidade e pureza. Então, eles se entregam aos pecados, aos ensinamentos de Balaão e consentem que o nome do Senhor seja negado.

O Senhor, aqui, menciona especialmente Balaão. Balão foi o primeiro a ganhar dinheiro com seus dons. Há diversos lugares no Novo Testamento que mencionam Balaão.

Em 2 Pedro lemos que Balaão foi alguém que amou o prêmio da injustiça. Judas diz que Balaão foi alguém que buscou gananciosamente a remuneração. Consideremos isto. Você acha que seria possível a igreja em Corinto convidar Paulo, e ainda discutir, primeiro, a questão de remuneração? Você acha que a igreja em Jerusalém assinou um contrato com Pedro por certa quantia de pagamento anual? Não podemos absolutamente conceber tais coisas acontecendo. Originalmente, aqueles que trabalhavam para Deus dependiam de Deus para seu sustento; eles não pediam nada dos homens e não aceitavam dinheiro dos gentios (3 João 7).

Mas, durante a época de Constantino, todos os que serviam a Deus recebiam salário da tesouraria estatal. Foi um pouco depois do ano 300 d.C. que esta prática começou. Quando cada um recebeu um salário, o método de Balaão entrou. O método de Balaão não tem lugar nos planos de Deus.

Se perguntasse aos apóstolos daquele tempo: “Quanto você recebe de salário por mês?”, isso seria um absurdo.

Mas hoje essa condição tornou-se comum. Se confiamos em Deus, então vamos trabalhar para Ele; se não confiamos em Deus, então não vamos trabalhar. Precisamos prestar especial atenção a essa questão diante do Senhor. Logo a seguir, são mencionados novamente os nicolaítas. “Outrossim, também” – estas duas palavras formam um elo com as palavras anteriores. O Senhor expressou sua rejeição pelos ensinamentos de Balaão; assim também o Senhor reprovou os ensinamentos dos nicolaítas. Na Bíblia, o próprio Deus tem estabelecido aquilo com que a igreja deve parecer-se. Lemos em Mateus 20:25-28: “Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós, pelo contrário quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; a quem quiser ser o primeiro entre vós, será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”.

A igreja é estabelecida pelo Senhor, e principais e maiorais não são permitidos; não deve haver tal classe. O Senhor diz que quem quiser ser grande, seja servo; quem é o servo, este é o grande. Grandeza não é decidida sobre a base de posição, mas sobre a base do serviço.

Em Mateus 23:8-11 isso está ainda mais evidente.

O princípio básico da igreja é: Todos são irmãos; não há rabinos, nem mestres nem padres. Quando Constantino aceitou o cristianismo, os ensinamentos de Balaão aconteceram e os ensinamentos dos nicolaítas apareceram. Vemos aqui o sistema dos padres. Entre os muitos padres, o que está acima de todos eles é o papa. Ao beijar-se seus pés deve-se clamar: “meu senhor”.

Ao mesmo tempo, há oficiais graduados no Vaticano, bem como muitos embaixadores, representando seus países, e ministros. Há reis e oficiais graduados, há os que são denominados padres e os denominados rabis. Por essa razão, aqueles que têm posição e reputação no mundo devem ser cuidadosos para não trazer as coisas do mundo para a igreja. Se você não consegue chamar de irmão a pessoa humilde sentada a seu lado, algo está errado com você. Quando você está sentado entre os irmãos e irmãs, e não consegue ser um irmão ou irmã, então os nicolaítas aparecem.

No (v.15), vemos o Senhor dizer: “Assim tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu odeio.”

A palavra “laos” na palavra grega original “Nikaolaos” não somente significa laicato (povo comum), mas também significa leigos, em contraste com “entendidos” e “especialistas”.

Por exemplo, os médicos são especialistas, e as pessoas em geral são por eles chamadas de leigos. Quando um carpinteiro encontra outro carpinteiro, eles são do mesmo ramo e ambos entendidos. Quando ele encontra alguém que não é carpinteiro, ele o chama de leigo, alguém fora do ramo.

Nicolaítas significa conquistar os leigos, o que significa que há um grupo de pessoas que são entendidos, homens dentro do ramo, enquanto o restante são os leigos, os homens fora do ramo. O Senhor diz que Ele é contra isso.

A condição da igreja em Éfeso e a da igreja em Pérgamo é diferente.

A igreja em Éfeso tem somente o “comportamento dos nicolaítas”, enquanto a igreja em Pérgamo tem o “ensinamento dos nicolaítas”.

Leva algum tempo para o comportamento tornar-se ensinamento.

Se certo comportamento é manifestado e sua doutrina também é pregada, isto não é somente a habilidade de comportar-se, mas também a habilidade de produzir uma teoria do comportamento; este é um passo além. O comportamento vem antes do seu ensinamento. Quando o ensinamento aparece, isto é bastante sério.

Como Pérgamo elaborou esse ensinamento? Já dissemos que após Constantino aceitar o cristianismo como a religião estatal, a igreja tornou-se casada ao mundo. Desde que fosse um romano, você seria batizado; assim, a igreja enche-se de incrédulos. Originalmente, só irmãos estavam na igreja, e todos os irmãos eram sacerdotes.

Então, introduziu-se tal multidão mista. Dizer-lhes para servir Deus era impossível. Por conveniência, então, eles escolheram um grupo de pessoas, dizendo: “Vocês cuidam dos assuntos espirituais; os outros continuam sendo o povo comum, os leigos”.

Muitos dos que se tornaram membros da igreja não conheciam absolutamente o Senhor Jesus. Assim, aqueles que conheciam o Senhor Jesus tornaram-se “os entendidos”; desse modo, os nicolaítas apareceram.

Esse é o resultado inevitável do casamento da igreja com o mundo. O que os nicolaítas tiveram em Éfeso foi um comportamento, mas em Pérgamo tornou-se um ensinamento.

Agora, a posição é que daqui em diante a igreja torna-se o negócio dos entendidos, não de leigos.

O ensinamento, agora, é que é correto os homens não serem espirituais; os negócios espirituais podem ser confiados aos cuidados dos entendidos; nós, as pessoas comuns, podemos cuidar apenas dos negócios seculares. A doutrina agora é que há dois tipos de pessoas na igreja: um encarrega-se dos assuntos espirituais e outro cuida das coisas seculares. A doutrina agora é que há dois tipos de pessoas na igreja: um encarrega-se dos assuntos espirituais e o outro cuida das coisas seculares. Para você, que é povo comum, basta apenas comparecer às reuniões; você não precisa cuidar de outras coisas.

Se alguém introduzisse os princípios de reunião de 1 Coríntios 14, isto não funcionaria.

A “doutrina de Balaão” introduziu o “ensinamento em nicolaítas”.

Creio que essa questão é a que Deus mais odeia; portanto, temos de prestar especial atenção a ela. Concordo que há a questão do ministério.

Também reconheço que há Paulo, que ao mesmo tempo ocupou-se em fazer tendas; e há também Pedro, Tiago e João devotando-se inteiramente à pregação. Mas hoje, a posição dos irmãos não está relacionada à sua posição no ministério.

Na igreja, são os irmãos da assembleia local que devem ser os diáconos e os presbíteros. Todos os irmãos e irmãs devem cuidar dos assuntos espirituais; eles são sacerdotes.

Os presbíteros (anciãos) não devem fazer tudo por eles; os presbíteros são para “supervisionar”.

Assim os obreiros, quando vêm para a igreja, têm apenas a posição de irmãos.

Aqui reside a diferença entre os nicolaítas e os irmãos. A Bíblia nos mostra que todos os filhos do Senhor testificam, mas os apóstolos testificam mais. A diferença é uma questão de estágio, não de natureza. A natureza é idêntica; apenas o estágio é diferente.

Mas o ensinamento dos nicolaítas dá uma reviravolta: os assuntos espirituais são cuidados por um grupo de uma classe especial. Isto é reprovável diante do Senhor, porque, se este for o caso, a igreja pode ser mundana e contentar-se em ter somente uns poucos diáconos espirituais.

Elas se tornam outra classe encarregando-se das coisas espirituais.

Os sistemas de padres da igreja do mundo, o sistema clerical da igreja do estado e o sistema pastoral das igrejas independentes são todos da mesma natureza: são todos nicolaítas. Na Bíblia há somente irmãos.

Em Efésios 4, lemos que há o dom de pastor, mas não o sistema de pastores. O sistema pastoral é uma tradição do homem.

Se os filhos de Deus não estão dispostos a retornar a posição do início, o que quer que eles façam não estará correto.

A igreja não deve estar unida com o mundo e não deve receber incrédulos para dentro dela. Do contrário, não será difícil aceitar o ensinamento dos nicolaítas. As pessoas devem ser separadas do mundo antes de serem introduzidas na igreja. Sempre que permitimos que um incrédulo entre na igreja, a igreja não é mais a igreja, mas o mundo. A santidade e a separação da igreja devem ser mantidas a qualquer preço.

No (v.16), o Senhor fala palavras muito fortes: “Se você não se arrepender, puni-lo-ei com a espada da Minha boca” – isto é, Ele punirá e julgará aqueles que se rebelaram contra Ele. Oramos ao Senhor para que não haja nicolaítas entre nós!

Se a igreja for espiritual, então nicolaítas não serão produzidos. Uma vez que a igreja torna-se mundana, os nicolaítas aparecem. A exigência de Deus ao povo de Israel, no princípio, era que a nação toda fosse de sacerdotes. Foi porque os povo de Israel pecou que Deus separou os levitas para serem sacerdotes. Do mesmo modo, foi quando a igreja tornou-se mundana, que servir a Deus foi comissionado a poucas pessoas.

Agora Deus quer todas as pessoas na igreja, fazendo as coisas espirituais.

Lemos no (v.17): “Ao vencedor, dar-lhe-ei do maná escondido, bem como lhe darei uma pedrinha branca e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele que o recebe”.

Duas coisas são prometidas ao vencedor: uma é o maná escondido, e a outra é a pedra branca.

O maná escondido e o maná no deserto são duas coisas diferentes. Quando o povo de Israel estava no deserto, o maná descia dos céus diariamente para eles comerem. Então Moisés disse a eles que tomassem um pote de ouro, enchessem-no com um ômer de maná e guardassem-no na arca. Quando as próximas gerações perguntassem sobre o assunto, eles deveriam dizer-lhes como Deus enviara o maná dos céus para alimentá-los, enquanto, estavam no deserto e que tinham o maná na arca como evidência (Êxodo 16:14-35).

Os das gerações posteriormente que não sabiam como era o maná poderiam ser esclarecido pelo maná na arca. Então eles saberiam. Mas aqueles que já haviam comido o maná teriam outro sentimento em relação ao maná escondido. Eles conheceram o sabor; portanto, quando o vissem novamente, teriam uma espécie de recordação. Os que não o provara, embora pudessem saber o que era, não teriam tal recordação.

Ao vencedor o Senhor daria de comer do maná escondido, o que significa que eles teriam recordações.

Todas as nossas experiências diante de Deus são válidas e não serão perdidas.

Já me fizeram a seguinte pergunta: “Isto que tenho passado diante de Deus terá alguma utilidade na eternidade?”

Se você conhece o significado do maná escondido, sabe se isso terá alguma utilidade ou não. Se temos a oportunidade de ver o “maná escondido”, então serremos capazes de rememorar uma vez mais o “maná diário”.

Qualquer dificuldade que passemos ou quaisquer lágrimas que derramemos hoje, tornar-se-ão mais tarde a nossa lembrança. Para mim, o maná escondido é o maná diário.

O que nunca têm comido o maná, naquele dia, quando virem o maná escondido, não terão nenhuma recordação.

Embora fossem advertidos pela graça do Senhor, contudo não o comeram.

Mas os que têm comido dele estarão cheios de recordações. O maná escondido é um princípio muito grande na Bíblia, e é também um grande tesouro.

Um dia comeremos do maná celestial escondido. Se não tivermos algumas cicatrizes aqui, não seremos os vencedores.

Se nunca passamos estas coisas hoje, então, no futuro, mesmo se nos for dado do maná escondido, não haverá nem recordação nem qualquer novo saborear das experiências.

Nunca diga que o que você encontra hoje é sem significado. Nenhuma experiência é perdida. Naquele dia todos nós iremos ser capazes de relembrar nossas experiências.

Não devemos dizer que no reino todos serão a mesma coisa. Não, não serão todos a mesma coisa! A nossa experiência na terra está relacionada com aquilo que desfrutaremos naquele dia.

O maná escondido é conhecido dos quem o conhecem, e desconhecido dos que não o conhecem.

Hoje passamos por dificuldades e tribulações; naquele dia o Senhor enxugará dos olhos nossas lágrimas. Como podem aqueles que não têm lágrimas conhecer a preciosidade do enxugar as lágrimas?

Há outra recompensa prometida pelo Senhor, isto é, a pedra branca, e na pedra escrito o novo nome do vencedor.

O Senhor dá a ele um novo nome, um nome que corresponde a sua condição diante do Senhor. O Senhor escreve o nome na pedrinha branca; somente o Senhor e você o conhecerão. O vencedor não recebe um nome especial; ao contrario, ele recebe o nome que lhe corresponde, em uma palavra, que mercê.

 

 

Desenvolvido por Palavras do Evangelho.com