(7ª) A igreja de Laodicéia Profeticamente

Em Apocalipse 3:14-22, temos a carta que o Senhor Jesus enviou pelo apóstolo João a igreja em Laodicéia.

Laodicéia, era uma das mais prósperas cidades da Frígia durante a época romana.

Laodicéia era uma cidade muito rica e próspera, que ficava na estrada principal proveniente da costa. Tornou-se famosa principalmente pela qualidade da lã que vendia e também por causa de sua escola de Medicina, assim como pelos unguentos e colírios usados pelos seus médicos.

No quadro profético da outras igreja, vemos a Igreja Católica Romana, as igrejas protestantes e o movimento dos irmãos. Entre esses, o que Deus escolheu foi o movimento dos irmãos (Filadélfia).

Tiatira falhou completamente. Embora Sardes fosse melhor do que Tiatira, contudo Deus ainda reprovou-as. Somente Filadélfia não recebeu qualquer palavra de reprovação. A promessa do Senhor está em Filadélfia. Mas Filadélfia também tem um chamamento para os vencedores, se dependesse de nós, pararíamos em Filadélfia e não escreveríamos mais. Contudo, nessas igrejas o Senhor está profetizando a condição da Igreja; assim, é necessário darmos mais um passo para Laodicéia, com a qual todos estão mais familiarizados.

Se perguntasse: “Afinal, a qual igreja Laodicéia se refere?”

Muitos não conseguiriam responder, pois muitos dos filhos de Deus não têm clareza a respeito de Laodicéia. Alguns pretendem aprender lições dela, como indivíduos; muitos consideram-na como referindo-se à generalizada condição desoladora da igreja. Mas aqui o Senhor está falando de forma profética.

Laodicéia, assim como as outras igrejas, tem um significado especial em seu nome.

Este é composto de duas palavras: laos significando “leigos” (laicato ou povo comum), e “dicea”, que pode ser traduzido para “costumes” ou “opiniões”.

Estão, Laodicéia significa os “costumes dos leigos” ou as “opiniões do povo comum”.

Aqui vemos muito evidentemente o significado – a igreja fracassou, pois voltou ao nível de acatar opiniões e costumes dos leigos.

Em Filadélfia o que vemos são irmãos e amor uns pelos outros. Mas o que vemos aqui são leigos, opiniões e costumes.

Temos de ter em mente que se os filhos de Deus não permanecerem na posição de Filadélfia, eles cairão e fracassarão, mas não retornarão a Sardes.

Uma vez que uma pessoa tenha visto a verdade dos irmãos, ela não voltará às igrejas protestantes, mesmo que queira. O resultado é que, uma vez que não seja capaz de permanecer firmemente em Filadélfia, ela retrocederá para tornar-se, como vemos aqui, Laodicéia.

O que saiu da Igreja Católica Romana é chamado de protestante; o que saiu das igrejas protestantes é chamado os irmãos, e o que saiu de Filadélfia é chamado Laodicéia.

Sardes provem de Tiatira, e Filadélfia provem de Sardes; do mesmo modo, Laodicéia sai da Filadélfia.

Muitos cometem um engano, isto é, sempre que vêem certa igreja denominacional, cuja condição é errada, eles dizem que está em Laodicéia. Isso está errado. Uma igreja denominacional é Sardes, não Laodicéia.

As diferentes denominações são as igrejas protestantes. As denominações não estão qualificadas para tornar-se Laodicéia. Somente a fracassada Filadélfia pode tornar-se Laodicéia.

A condição de Laodicéia não é a condição de Sardes. Somente quem já provou a boa qualidade de Filadélfia agora está caído é Laodicéia. Aquela que realmente não tem muito é Sardes; aquela que não preserva as riquezas espirituais que estão no Espírito Santo torna-se Laodicéia.

Que tipo de queda é essa, então?

1ª) Começando por Éfeso, vemos anormalidade no meio da normalidade.

2ª) Em Tiatia não temos nada de reprimenda do Senhor.

3ª) Em Pérgamo, vemos o ensinamento de Balaão.

4ª) Em Tiatira, vemos Jezabel; portanto, a classe mediadora tem aqui sua raiz.

5ª) Sardes deu-nos uma Bíblia aberta, mas a própria Sardes criou outra classe mediadora.

6ª) Em Filadélfia, vemos somente irmãos; a classe que domina o laicato já não existe. Todos voltaram à Palavra do Senhor para obedecer a ela e obedecer o que Espírito Santo tem falado por meio da Palavra. Mas um dia, por não permanecer nesta posição que recebem do Espírito Santo e por caírem da posição de irmãos para a de leigos, (7ª) Laodicéia apareceu.

Em Sardes, a autoridade está nas mãos do sistema pastoral. Em Filadélfia, a autoridade está nas mãos do Espírito Santo; o Espírito Santo exerce autoridade por meio da Palavra e do Nome, e todos são irmãos amando uns aos outros.

Agora nem é o Espírito Santo exercendo a autoridade nem o sistema pastoral, mas os leigos.

Que queremos dizer por leigos exercendo autoridade?

Queremos dizer o exercício da autoridade da maioria. A opinião da maioria é a opinião aceita; uma vez que a maioria esteja a favor, está tudo bem. Esta é Laodicéia.

Em outras palavras, não são os padres que dominam, nem os pastores e nem o Espírito Santo, mas é a opinião da maioria que conta. Aqui, não são irmãos, mas homens.

Laodicéia não se posiciona na posição de irmãos; antes, são homens que estão aqui concordando com a vontade da carne. Todos levantam a mão, e isto é tudo.

Devemos conhecer a vontade de Deus e examinar Filadélfia de acordo com a vontade de Deus.

Sempre que não existir amor fraternal, obediência à Palavra do Senhor e a direção do Espírito Santo, mas somente opiniões dos homens de acordo com a carne, então encontramos Laodicéia.

Aqui o Senhor fala de Si mesmo como (v.14), “o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus”.

O Senhor é o Amém. Amém significa tudo bem; quer dizer assim seja. Então, Ele cumprirá tudo, e nada será em vão. O Senhor Jesus na terra estava testificando a obra de Deus. Entre os diversos seres e coisas criadas por Deus, o Senhor é o Cabeça.

O Senhor diz (v15): “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosse frio, ou quente! Assim, porque és morno, e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca.”

Sardes é viva no nome, mas morta em realidade; Laodicéia não é quente nem fria.

Para Éfeso o Senhor disse: “Moverei do seu lugar o teu candeeiro” (Apocalipse 2:5); para Laodicéia: “Estou a ponto de vomitar-te da minha boca”.

O Senhor não os usará novamente; eles não são mais o amém. O problema é que eles não são nem frios nem quentes. Estão cheios de conhecimento, contudo carentes de poder. Quando eram quentes, eles eram Filadélfia; mas agora estão mais frios do que antes. Uma vez que Filadélfia cai, se torna Laodicéia. Somente as pessoas de Filadélfia podem cair a tal ponto.

Lemos no (v.17a): “Pois dizes: Estou rico e abastado, e não preciso de cousa alguma.”

Já mencionamos que o movimento dos irmãos é muito mais significativo que a Reforma. A Reforma não foi se não uma reforma de quantidade, enquanto o movimento dos irmãos foi uma reforma de qualidade, restaurando a essência original da igreja. Tal poder é realmente grandioso.

Mas porque esses irmãos eram mais fortes do que os outros em conduta e em verdade, a ponto de até mesmo um cozinheiro entre eles saber mais que um missionário nas igrejas protestantes, eles tornaram-se orgulhosos.

“Vocês todos são incompetentes, só nós somos competentes”, era a atitude deles.

Ninguém era competente nas igrejas protestantes.

O famoso Scofield foi até os irmãos para ser ensinado.

Gipsy Smith, muito conhecido, esteve no meio deles para obter benefícios, aprendendo suas doutrinas para pregar.

Todos os obreiro, estudiosos, pregadores e crentes receberam ajuda e luz deles.

Nem sabemos quantos mais receberam ajuda de seus livros. Muitos precisam reconhecer em seu coração que em todo o mundo, ninguém ensinou a Bíblia tão bem quanto os irmãos. Como resultado alguns deles se tornaram orgulhosos.

A consequência mais evidente é que alguns se tornaram auto-satisfeitos. Alguns irmãos têm amor fraternal e buscam o bem dos outros, enquanto outros não têm nada além de conhecimento; então, foi inevitável que se tornassem auto-exaltados e presunçosos.

O Senhor mostrou-nos que uma Filadélfia orgulhosa é Laodicéia e Laodicéia é uma Filadélfia decaída. Consequentemente, em muitos lugares as reuniões deles tiveram problemas de comportamento e ensinamento. A característica principal de Laodicéia é o orgulho espiritual. O Senhor já cumpriu para nós o que diz respeito ao lado histórico.

Hoje, podemos encontrar Filadélfia e também Laodicéia. Ambas são bastante parecidas em sua posição como igreja. A diferença é que Filadélfia tem amor verdadeiro e obediência incondicional as Escrituras, enquanto Laodicéia tem orgulho.

As vezes não há diferença na aparência exterior; a única diferença é que Laodicéia é uma Filadélfia orgulhosa.

Em uma ilha no Oceano Atlântico havia muitos irmãos. Certa vez houve um furacão que destruiu muitas casas, incluindo os lares e os locais de reunião dos irmãos. Em poucas horas, os irmãos de todo o mundo enviaram mais de duzentas mil libras esterlinas; tal assistência alcançou-os mais rapidamente do que a do governo. No seu meio há realmente amor fraternal, mas há também os que se tornam orgulhosos.

As igrejas protestantes não são qualificadas para tornar-se Laodicéia. A própria Sardes reconhece que não tem nada.

As falhas e fracas igrejas protestantes são Sardes, não Laodicéia. Somente Laodicéia tem a característica especial do orgulho espiritual.

As igrejas protestantes têm muitos pecados, mas orgulho espiritual não é seu pecado principal. Somente irmãos caídos diriam: “Estou rico e abastado, e não preciso de coisa alguma”. Somente a Filadélfia decaída pode tornar-se Laodicéia.

Quanto aos bens espirituais, Sardes sabe muito bem que não tem nada. Eles frequentemente dizem: “Nós não somos suficientemente zelosos, nossos membros zelosos se foram”.

Fartura é condição de Filadélfia, enquanto vanglória de suas riquezas é a marca da distinta Laodicéia.

Lemos no (v.17b): “Pois dizes: Estou rico e abastado, e não preciso de cousa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego, e nu.”

O que eles dizem é realmente quase verdade: “Estou rico e tenho adquirido riquezas e não precioso de nada!” Na verdade, eles são maravilhosos diante de Deus. Eles têm motivo para gloriar-se. Mas é melhor deixar que os outros sintam isso não nós mesmos; deixe que os outros saibam disso, não nós. É realmente bom se outros falarem; mas nós falarmos, não é bom. Não devemos orgulhar-nos de coisas espirituais.

Se forem coisas mundanas e você se orgulhar de suas riquezas, o dinheiro não desaparece nem a quantia diminui; mas quanto às coisas espirituais, uma vez que você se orgulha delas, elas se desvanecem. Quando uma pessoa diz que é forte, então aquela força se vai. A face de Moisés brilhava, contudo ele próprio não tinha consciência disso. Todo aquele que sabe que sua face está brilhando perderá o brilho dela. Se você não sabe que está crescendo, você é abençoado. Há muitos que não têm muita clareza sobre sua própria condição, mas, na verdade, não têm nada. Se você tem autoridade espiritual, tudo bem, mas se você sabe que tem autoridade espiritual, isso não está bem.

Os de Laodicéia estão bons demais na avaliação de si mesmos; eles têm demais. Como resultado, aos olhos de Deus, eles são cegos, pobres e nus. Essa é a razão por que devemos aprender uma lição. Laodicéia está clara demais a respeito de suas riquezas. Desejamos crescer, contudo, não queremos nós mesmos saber disso.

O Senhor diz: “Tu és (...) miserável”. A palavra miserável aqui é mesmo que a palavra (NVI) usada por Paulo em Romanos 7.

O que o Senhor diz aqui é: “Você é como Paulo em Romanos 7 – do lado espiritual, é infeliz, confuso, você não é nem uma coisa nem outra, e aos olhos do Senhor você é miserável.”

Nas palavras seguintes, o Senhor aponta três razões para mostrar por que eles são infelizes e miseráveis: eles são pobres, são cegos e são nus.

No (v.18), o Senhor dá a solução para todos estes problemas em Laodicéia:

1ª) Sobre a pobreza o Senhor diz: “Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres”. Embora eles sejam ricos em doutrinas, contudo o Senhor os vê como sendo pobres. Eles precisam ter a fé viva; do contrário, a Palavra de Deus é inútil para eles. O fracasso e a fraqueza deles devem-se ao fato de que sua fé se foi.

Pedro diz que o ouro provado pelo fogo é fé em provação (1 Pedro 1:7).

Nos dias em que a Palavra ministrada é pobre, você deve orar. Quando a Palavra aumenta, você precisa misturar a fé com a palavra que tem ouvido. Você deve passar por todo tipo de provação para que as palavras que tem ouvido sejam úteis de maneira prática. Assim, você precisa comprar ouro provado pelo fogo. Você deve aprender a confiar, mesmo em tribulação; então você será realmente rico.

2ª) Além disso o Senhor diz: “Vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez”. Mencionamos antes que as vestiduras brancas se referem ao comportamento. A vestidura branca aqui é a mesma veste branca mencionada em diversos outros lugares em Apocalipse. O propósito de Deus é que eles não tenham contaminação, assim como a veste é branca. Deus os quer andando continuamente diante Dele. É impossível estar nu diante de Deus. No Antigo Testamento, nenhum homem poderia aproximar-se de Deus a não ser vestido. Quando os sacerdotes iam ao altar, a sua nudez não deveria estar descoberta.

2 Coríntios 5:3 diz-nos: “Se, todavia, formos encontrados vestidos e não nus.”

Mas nesta passagem a questão não é estar vestido ou não, mas se a veste é branca ou não.

O Senhor Jesus diz: “Quem der a beber ainda que seja um copo de água fria, a um destes pequeninos, por ser este meu discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão” (Mateus 10:42).

Esta é a veste branca. Podemos tratar os outros festivamente, contudo isso pode não ser “branco”. Se fazemos isso apenas com o objetivo de manter a glória do nosso grupo, isso não será válido; se procede ainda de um motivo ainda mais mesquinho do que esse, menos válido será. Não é limpo o suficiente. O Senhor deseja que tenhamos um propósito e um motivo limpos ao trabalharmos para Ele. Há muitas atividades e muitos motivos que, uma vez que os tocamos, sentimos haver ali muitas impurezas; eles não são brancos.

“A fim de que não seja manifesta a vergonha de tua nudez”, de maneira que, quando você anda diante de Deus, você não seja uma vergonha.

3º) “Colírio para ungires teus olhos, a fim de que vejas”. Aqui se diz colírio, não comprimidos. Comprar colírio para ungir seus olhos é ter a revelação do Espírito Santo. Devemos ter a revelação do Espírito Santo, então seremos considerados como quem vê. Conhecer muitas doutrinas, pelo contrário, pode resultar em decréscimo da revelação do Espírito Santo. Muitas vezes, a doutrina é a transmissão do pensamento de um para o outro; contudo os olhos espirituais não vêem. Muitas pessoas estão andando na luz dos outros. Muitos irmãos maduros falam de certa maneira, então, você fala daquela maneira também. Alguns dizem: “Fulano me falou”; se não houvesse fulano para falar-lhe, não saberiam o que fazer. Recebemos doutrina do ensinamento dos homens, não do Senhor Jesus. O Senhor Jesus diz aqui que isso não funcionará; você precisa ter a revelação do Espírito Santo.

Não posso escrever uma carta a um amigo, pedindo-lhe que ouça o evangelho por mim, para que eu possa ser salvo. Igualmente, qualquer coisa recebida das mãos humanas está esgotada quando chega a nós; não tem nada que ver com Deus. De acordo com a Bíblia isto é cegueira. A não ser que toquemos no Espírito Santo, não é quando ouvimos; muitas vezes é somente um aumento de doutrina, um aumento de conhecimento, porém sem nada ver de Deus. Assim precisamos aprender uma coisa diante de Deus – temos de comprar colírio. Somente ver por nós mesmos é realmente ver. Ver é a base daquilo que já foi ganho e é a base para ver de novo.

No (v.19), o Senhor diz: “Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso, e arrepende-te”.

As palavras faladas anteriormente são repreensões. Mas o Senhor nos mostra que nos repreende e disciplina desta maneira porque nos ama. Portanto, sejamos zelosos.

Que devemos fazer? Arrepender-nos.

Antes de tudo, devemos arrepender-nos. Arrependimento não é apenas uma questão individual; a igreja também deve arrepender-se.

O Senhor diz (v.20): “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo”.

Há muitas coisas nesta declaração. Que tipo de porta é esta? Muitos usam esse versículo para pregar o evangelho.

Pode-se tomar emprestado esse versículo para pregar o evangelho; pode-se emprestar esse versículo aos pecadores; mas não deve ser tomado emprestado por muito tempo sem devolvê-lo.

Esse versículo é para os filhos de Deus e sem dúvida vale também para o que pensam ser filhos de Deus, se examinarem.

O versículo não se refere ao Senhor batendo na porta do coração de um pecador não salvo; esta porta é a do coração da igreja.

Porque porta, aqui, está no singular, o Senhor está referindo-se à igreja. É realmente estranho que, sendo o Senhor o Cabeça da igreja, ou, podemos dizer, a origem da igreja, contudo Ele está do lado de fora da porta da igreja!

“Eis que estou à porta”!

Isto é realmente uma coisa horrível e lamentável. Se o Senhor está do lado de fora da porta da igreja, que tipo de igreja é esta?

O Senhor diz aqui: “Eis!” O Senhor diz isto para toda a igreja.

A porta é a porta do coração da igreja.

“Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta” Estas duas palavras – “se alguém” – mostram-nos que o abrir da porta é uma questão individual. Na Bíblia há duas linhas em relação à verdade: uma é a linha do Espírito Santo, e a outra é a linha de Cristo; uma é subjetiva e a outra objetiva; uma refere-se à experiência, e a outra a fé.

Se alguém dá muita atenção à verdade objetiva, então vamos vê-lo escalando nuvens e cavalgando nevoeiros, o que é impraticável. Se ele constantemente permanece do lado subjetivo, preocupando-se excessivamente com a obra interior do Espírito Santo, então olhará continuamente para seu interior e tornar-se-á insatisfeito. Qualquer um que esteja buscando o Senhor deve ser equilibrado por ambos os lados da verdade.

Um mostra-me que sou perfeito em Cristo, e outro mostra-me que o operar interior do Espírito Santo faz com que eu me torne perfeito.

O maior fracasso de alguns irmãos foi sua excessiva ênfase com a verdade objetiva e negligência com a verdade subjetiva.

Filadélfia fracassou e tornou-se Laodicéia. O fracasso dela deveu-se ao excesso da verdade objetiva. Isto não quer dizer que não há nada da obra interior do Espírito Santo, mas no geral, há muito do aspecto objetivo e pouco demais do subjetivo.

Se você abrir a porta, Eu, Cristo entrarei.

Isso significa que o objetivo se torna o subjetivo; isto é, Ele transformará tudo o que você tem de objetivo em subjetivo.

Em João 15, vemos o Senhor falando sobre ambos os aspectos. Ele diz: “Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós”. “Cearei com ele e ele comigo.”

O Senhor diz aqui: “Se você abrir a porta, Eu cearei com você”. Isso é comunhão e também alegria.

Então temos uma íntima comunhão com o Senhor, bem como a alegria que brota de tal comunhão.

O Senhor finaliza dizendo (v.21): “Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci, e me sentei com meu Pai no seu trono.”

Dentre as promessas dadas aos vencedores nas sete igrejas, muitos dizem ser esta a melhor. Embora alguns gostem das outras promessas aos vencedores, muitos têm dito que a promessa do Senhor a Laodicéia excede a todas.

Anteriormente nas promessas aos vencedores o Senhor não disse nada sobre Si mesmo. Mas aqui o Senhor diz: “Se vencer, você ceará Comigo. Passei por todos os tipos de vitórias; por isso, estou assentado no trono com meu Pai. Você também deve vencer, assim poderá sentar Comigo em Meu trono”.

O vencedor aqui tem uma promessa extraordinariamente elevada. Por quê? Porque, então, a igreja findará. O vencedor está aguardando pela vinda do Senhor Jesus.

 

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