A Encarnação de Cristo

Quando Deus olhou do céu, Ele observou que toda a raça humana era corrupta e ninguém buscava a Deus (Salmos 14:2-3). 
Ele nos criou à Sua imagem, e nós nos rebelamos. A humanidade estava perdida, cega e escravizada pelo pecado. 
Como nosso Deus misericordioso respondeu? 
Ele o fez tornando-se um de nós e compartilhando humildemente nossa existência carnal e sanguínea (Hebreus 2:14). 
Ao mesmo tempo em Aquele menino estava na manjedoura e depois nos braços de Maria sua mãe, Ele sustentava e mantinha em perfeita ordem e harmonia toda a Sua criação.
“Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.”
“Ele é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.”
(João 1:4; Colossenses 1:15-17)
 
O termo em encarnação vem de palavras latinas que significam “em” e “carne”. Na teologia cristã, então, a encarnação refere-se ao “encarnado” de Deus – Seu ser corporificado em carne humana. 
No evangelho João 1, identifica Jesus Cristo como o Filho eterno de Deus e o chama de “o Verbo” – uma pessoa distinta dentro da Divindade (“com Deus”), mas igualmente Deus (“era Deus”). 
Então João testifica claramente sobre a encarnação: “O Verbo se fez carne e habitou entre nós. Nós observamos a sua glória, a glória como o único Filho do Pai” (João 1:1,14). 
 
Observe que Ele (Filho eterno) não foi despojado da glória divina, “porque toda a plenitude da natureza de Deus habita corporalmente em Cristo”, de modo que na encarnação Ele se tornou o que nunca foi antes (um homem) sem deixar de ser o que Ele sempre foi (Deus). (Colossenses 2:9)
 
Só Deus tem a prerrogativa de possuir outro corpo, se ficar culpa.
Todo outro nascimento [concepção] é a criação de uma nova personalidade. Não foi assim com Jesus. Já existia uma Pessoa Divina, mas agora entrando em um novo modo de existência. 
No entanto, é preciso ter cuidado para não confundir a encarnação com uma metamorfose. Deus não se transformou em homem, como na mitologia grega. 
 
Em vez disso, o Filho de Deus adotou a natureza humana e a uniu à Sua natureza divina na unidade de uma pessoa. Isso deve ser entendido como não significando que Jesus Cristo é um terceiro ser entre Deus e o homem, mas que ele é Aquele que é totalmente Deus e verdadeiramente homem. 
Em nosso desejo de proteger a divindade do Senhor Jesus, devemos ter cuidado para não minimizar a realidade de Sua humanidade. Na verdade, negar a genuinidade de Sua experiência humana é o espírito do anticristo em ação.
(1 João 4:2-3; 2 João 7). 
 
Em Sua humanidade, Ele se desenvolveu no seio de Maria. Ele passou pelos sucessivos estágios da vida, pois as Escrituras diz que Maria deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, e logo vemos um menino que provocou ansiedade em Seus pais por ter ficado em Jerusalém depois da festa e ainda assim quando o acharam se submeteu a eles, e também vemos um homem que tinha um emprego regular como carpinteiro. 
(Lucas 2:7,48,51; 6:3)
 
Sua peregrinação terrena foi caracterizada pela oração, porque Ele era um homem real vivendo na dependência de Seu Deus (Lucas 22:41-42). 
 
Ele teve fome (Mateus 4:2), sede (João 4:6-7), esteve cansado (Marcos 4:38), e lágrimas rolaram pelo Seu rosto diante da morte de seu amigo Lázaro (João 11:35). 
 
Adoramos um Deus que não está distante da dor de nossa existência humana, “pois, visto que ele mesmo padeceu quando foi tentado, pode socorrer os que são tentados” (Hebreus 2:18). 
 
Mas ao se tornar como nós, Ele permanece diferente de nós, pois Sua verdadeira humanidade é uma humanidade perfeita. Hebreus 4:15 é um resumo precioso disso: “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado”.
Havia um grande propósito na encarnação do Filho eterno, e esta era a revelação de Deus.
Deus falou de muitas maneiras ao longo dos tempos, mas Sua mensagem final e auto-revelação vieram nestes últimos dias pela encarnação de Seu Filho (Hebreus 1:1-2). 
 
Enquanto “ninguém jamais viu a Deus, o Filho Unigênito, que é Deus e está junto do Pai – ele o revelou” (João 1:18). 
Deus não nos deixou no escuro acerca de Si mesmo e de Seus propósitos, como se nós O procurassem em vão, procurássemos por um Ser que nunca encontrariam. 
 
Deus não se escondeu – “Ele se manifestou em carne” (1 Timóteo 3:16). 
Quando olhamos para o Senhor Jesus nas páginas das Escrituras, vemos Deus revelado em clareza cristalina e nossos corações são tocados ao aprendermos em Cristo que nosso Deus é um Deus que se humilha (Filipenses 2:5-8). 
 
Tome nota – o homem, Cristo Jesus, não é uma representação parcial de Deus, mas uma revelação perfeita de tudo o que Deus é, “a imagem, ou, a expressão exata do Deus invisível” (Colossenses 1:15).
 
As Escrituras estão repletas da mensagem de que, por causa de nossa pecaminosidade, Deus só pode ser abordado com base em um sacrifício e que “sem derramamento de sangue não há perdão” (Hebreus 9:22). 
 
A morte eterna do pecador é o justo castigo pelos seus pecados (Apocalipse 21:8). 
 
Para sermos salvos – reconciliados com Deus – nossa penalidade precisava ser paga, mas nenhum homem ou mulher jamais poderia pagar a penalidade por si mesmo. Somos pecadores frágeis e finitos, e mesmo o castigo eterno dos incrédulos não pagará pelos pecados cometidos contra o Deus infinito. A encarnação é a resposta. 
Nossa salvação exigia que alguém sofresse e morresse em nosso lugar, que oferecesse um sacrifício de valor infinito e pagasse integralmente nossa pena. Somente o próprio Deus poderia atender a esse requisito, então Ele encarnou na pessoa de Seu Filho para realizar isso por nós. 
 
“O Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo” (1 João 4:14), e “o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo o pecado” (1 João 1:7). 
 
Observe, então, estas duas coisas: o Pai não se encarnou, mas somente o Filho; e as Escrituras nunca dizem que Deus morreu, mas o homem que é Deus morreu. Deus é espírito e não pode morrer. 
 
Assim, foi necessário que Ele se tornasse homem, em carne e osso, para morrer por nós (Colossenses 1:19-22).
A humanidade de Cristo começou em Sua concepção no ventre de Maria, que inicialmente e compreensivelmente não acreditou na possibilidade de ela dar à luz por não ter “conhecido” um homem. 
 
Então o anjo Gabriel explicou: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Portanto, o Santo que há de nascer será chamado Filho de Deus” (Lucas 1:35). 
Obviamente, as Escrituras não fogem do sobrenatural. Quando Deus traria Seu Filho eterno ao mundo, é apropriado que Ele destacasse a singularidade da pessoa por meio de um sinal único. A razão pela qual os defensores da fé nos primeiros séculos da Igreja incluíram o nascimento virginal em suas declarações de credo é que eles sabiam que não era um adendo trivial à mensagem do evangelho. 
(Por exemplo, Credo dos Apóstolos, Credo Niceno, Credo de Calcedônia)
Mateus protege cuidadosamente a verdade no capítulo um de seu Evangelho. Depois de uma longa lista de homens que geraram seus filhos, ele muda a fórmula no versículo 16: “Jacó gerou José, marido de Maria, que deu à luz Jesus, chamado o Messias”. 
Jesus não foi gerado por José e, como evidência adicional, José sabia disso, como os versículos 18-19 deixam claro. 
Mateus também registra o nascimento de Cristo como o cumprimento de Isaías 7:14: “A virgem conceberá, terá um filho e lhe dará o nome de Emanuel.” O que todos na presença de Acaz entenderam naquele dia é discutível. 
 
Mas a interpretação do Espírito Santo e a escolha de palavras em Mateus 1:23 não deixam dúvidas – o nascimento virginal de Cristo foi um cumprimento necessário da profecia. 
Quando o Filho de Deus assumiu a carne humana, Ele não veio como um ser sem gênero, mas como um homem. Ele tinha um cromossomo Y. Ele tinha pelos faciais. Sua companhia principal era um grupo de homens. Isso não está afirmando que os homens são superiores às mulheres – eles são iguais, ambos tendo sido criados à imagem de Deus – mas revela que a encarnação abraça a ordem divina da sexualidade de gênero estabelecida em Gênesis 1. 
 
De forma alguma isso diminui o valor do gênero feminino, pois o Filho de Deus “nasceu de mulher” (Gálatas 4:4). 
Mas a encarnação mostra que a distinção de gêneros na criação original era boa – e a ressurreição de Jesus e outros nos mostra que ela permanecerá. 
A encarnação, uma vez realizada, é um estado duradouro para nosso Senhor Jesus. Começou em seu nascimento e continua para sempre, embora agora em um corpo ressurreto, glorificado. 
É o mesmo corpo humano em que Cristo, nasceu, viveu e sofreu na cruz que Ele também ressuscitou, e Sua ressurreição é o padrão para a nossa. O Senhor Jesus é para sempre um homem. Claramente, os corpos humanos são significativos, pois o Filho de Deus possui um.
 
Então, que é a redenção de Cristo? A obra redentora de Cristo é o próprio Deus vindo para levar o pecado do homem cometido contra Si. Esta palavra é mais amável de se ouvir do que todas as músicas do mundo.
Que é a obra redentora de Cristo? 
 
É Deus suportando o que o homem pecou contra Si. Em outras palavras, se Jesus de Nazaré não fosse Deus, Ele não estaria qualificado a levar nossos pecados de maneira justa. Jesus de Nazaré era Deus. Ele é o próprio Deus contra quem pecamos. Nosso Deus desceu à terra pessoalmente e tomou nossos pecados. Hoje, é Deus quem leva os nossos pecados em lugar do homem. Eis por que foi uma ação justa. Não podemos suportá-los por nós mesmos. Se fôssemos tomá-los, estaríamos acabados. Graças a Deus que Ele mesmo veio ao mundo para suportar os nossos pecados. Essa é a obra do Senhor Jesus na cruz.
Por que, então, Deus teve de tornar-se um homem?
Já é suficiente que Deus ame ao mundo. Por que Ele teve de dar Seu Filho unigênito?
É preciso perceber que o homem pecou contra Deus. Se Deus exigisse que o homem suportasse seu pecado, como o homem faria isso? O salário do pecado é a morte. Quando o pecado induz e age, ele acaba em morte. A morte é a cobrança justa do pecado (Romanos 5:12).
 
Quando o homem peca contra Deus, ele tem de suportar a consequência do pecado, que é a morte. Por isso, Deus é a outra parte. Se Ele viesse e assumisse nossa responsabilidade e sofresse a consequência do nosso pecado, Ele teria de morrer.
Mas em 1 Timóteo 6:16 é-nos dito que Deus é imortal; Ele não pode morrer. Mesmo que Deus quisesse vir ao mundo tomar nossos pecados, morrer e ir para a perdição, para Ele seria impossível fazê-lo. A morte simplesmente não tem efeito em Deus. Não há a possibilidade de Deus morrer. Portanto, para Deus sofrer o julgamento do pecado do homem contra Si, Ele teve de tomar o corpo de um homem.
 
Por isso Hebreus 10:5 diz-nos que quando Cristo veio ao mundo, Ele disse: “Corpo me formaste”. Deus preparou um corpo para Cristo, com o propósito de Cristo se oferecer como oferta queimada e oferta pelo pecado. O Senhor diz: “Não te deleitaste com holocaustos e ofertas pelo pecado” (Hebreus 10:6).
Agora Ele oferece Seu próprio corpo para tratar com o pecado do homem. Então, o Senhor Jesus se tornou um homem e veio ao mundo para ser crucificado.
 
O Senhor Jesus não é uma terceira parte; Ele é a parte primeira. Por ser Deus, Ele é qualificado para ser crucificado. Por ser homem, Ele pode morrer na cruz em nosso lugar. Devemos fazer clara distinção entre essas duas declarações. Ele é qualificado para ser crucificado porque é Deus, e pode ser crucificado porque é homem. Ele é a parte oposta; Ele se colocou ao lado do homem para sofrer punição. Deus se tornou um homem. Ele habitou entre os homens, uniu-se ao homem, tomou o fardo do homem e levou todos os pecados do homem. Se a redenção tem de ser justa, Jesus de Nazaré deve ser Deus. Se Jesus de Nazaré não for Deus, a redenção não é justa.
Todas as vezes que olho para a cruz, digo a mim mesmo: “Este é Deus”. Se Ele não for Deus, Sua morte se torna injusta e não pode salvar-nos, pois Ele não é senão uma terceira parte. Mas agradecemos e louvamos ao Senhor, pois Ele é a outra parte. Por isso declarei que apenas duas partes são capazes de lidar com os pecados. Uma parte somos nós mesmos, e nesse caso temos de morrer. A outra parte é Deus, contra quem pecamos, e nesse caso Ele morre por nós. Além dessas duas partes, não há uma terceira que tenha direito ou autoridade para lidar com nossos pecados.Quando Deus olhou do céu, Ele observou que toda a raça humana era corrupta e ninguém buscava a Deus (Salmos 14:2-3). 
Ele nos criou à Sua imagem, e nós nos rebelamos. A humanidade estava perdida, cega e escravizada pelo pecado. 
Como nosso Deus misericordioso respondeu? 
Ele o fez tornando-se um de nós e compartilhando humildemente nossa existência carnal e sanguínea (Hebreus 2:14). 
Ao mesmo tempo em Aquele menino estava na manjedoura e depois nos braços de Maria sua mãe, Ele sustentava e mantinha em perfeita ordem e harmonia toda a Sua criação.
“Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.”
“Ele é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.”
(João 1:4; Colossenses 1:15-17)
O termo em encarnação vem de palavras latinas que significam “em” e “carne”. Na teologia cristã, então, a encarnação refere-se ao “encarnado” de Deus – Seu ser corporificado em carne humana. 
No evangelho João 1, identifica Jesus Cristo como o Filho eterno de Deus e o chama de “o Verbo” – uma pessoa distinta dentro da Divindade (“com Deus”), mas igualmente Deus (“era Deus”). 
Então João testifica claramente sobre a encarnação: “O Verbo se fez carne e habitou entre nós. Nós observamos a sua glória, a glória como o único Filho do Pai” (João 1:1,14). 
Observe que Ele (Filho eterno) não foi despojado da glória divina, “porque toda a plenitude da natureza de Deus habita corporalmente em Cristo”, de modo que na encarnação Ele se tornou o que nunca foi antes (um homem) sem deixar de ser o que Ele sempre foi (Deus). (Colossenses 2:9)
Só Deus tem a prerrogativa de possuir outro corpo, se ficar culpa.
Todo outro nascimento [concepção] é a criação de uma nova personalidade. Não foi assim com Jesus. Já existia uma Pessoa Divina, mas agora entrando em um novo modo de existência. 
No entanto, é preciso ter cuidado para não confundir a encarnação com uma metamorfose. Deus não se transformou em homem, como na mitologia grega. 
Em vez disso, o Filho de Deus adotou a natureza humana e a uniu à Sua natureza divina na unidade de uma pessoa. Isso deve ser entendido como não significando que Jesus Cristo é um terceiro ser entre Deus e o homem, mas que ele é Aquele que é totalmente Deus e verdadeiramente homem. 
Em nosso desejo de proteger a divindade do Senhor Jesus, devemos ter cuidado para não minimizar a realidade de Sua humanidade. Na verdade, negar a genuinidade de Sua experiência humana é o espírito do anticristo em ação.
(1 João 4:2-3; 2 João 7). 
Em Sua humanidade, Ele se desenvolveu no seio de Maria. Ele passou pelos sucessivos estágios da vida, pois as Escrituras diz que Maria deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, e logo vemos um menino que provocou ansiedade em Seus pais por ter ficado em Jerusalém depois da festa e ainda assim quando o acharam se submeteu a eles, e também vemos um homem que tinha um emprego regular como carpinteiro. 
(Lucas 2:7,48,51; 6:3)
Sua peregrinação terrena foi caracterizada pela oração, porque Ele era um homem real vivendo na dependência de Seu Deus (Lucas 22:41-42). 
Ele teve fome (Mateus 4:2), sede (João 4:6-7), esteve cansado (Marcos 4:38), e lágrimas rolaram pelo Seu rosto diante da morte de seu amigo Lázaro (João 11:35). 
Adoramos um Deus que não está distante da dor de nossa existência humana, “pois, visto que ele mesmo padeceu quando foi tentado, pode socorrer os que são tentados” (Hebreus 2:18). 
Mas ao se tornar como nós, Ele permanece diferente de nós, pois Sua verdadeira humanidade é uma humanidade perfeita. Hebreus 4:15 é um resumo precioso disso: “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado”.
Havia um grande propósito na encarnação do Filho eterno, e esta era a revelação de Deus.
Deus falou de muitas maneiras ao longo dos tempos, mas Sua mensagem final e auto-revelação vieram nestes últimos dias pela encarnação de Seu Filho (Hebreus 1:1-2). 
Enquanto “ninguém jamais viu a Deus, o Filho Unigênito, que é Deus e está junto do Pai – ele o revelou” (João 1:18). 
Deus não nos deixou no escuro acerca de Si mesmo e de Seus propósitos, como se nós O procurassem em vão, procurássemos por um Ser que nunca encontrariam. 
Deus não se escondeu – “Ele se manifestou em carne” (1 Timóteo 3:16). 
Quando olhamos para o Senhor Jesus nas páginas das Escrituras, vemos Deus revelado em clareza cristalina e nossos corações são tocados ao aprendermos em Cristo que nosso Deus é um Deus que se humilha (Filipenses 2:5-8). 
Tome nota – o homem, Cristo Jesus, não é uma representação parcial de Deus, mas uma revelação perfeita de tudo o que Deus é, “a imagem, ou, a expressão exata do Deus invisível” (Colossenses 1:15).
As Escrituras estão repletas da mensagem de que, por causa de nossa pecaminosidade, Deus só pode ser abordado com base em um sacrifício e que “sem derramamento de sangue não há perdão” (Hebreus 9:22). 
A morte eterna do pecador é o justo castigo pelos seus pecados (Apocalipse 21:8). 
Para sermos salvos – reconciliados com Deus – nossa penalidade precisava ser paga, mas nenhum homem ou mulher jamais poderia pagar a penalidade por si mesmo. Somos pecadores frágeis e finitos, e mesmo o castigo eterno dos incrédulos não pagará pelos pecados cometidos contra o Deus infinito. A encarnação é a resposta. 
Nossa salvação exigia que alguém sofresse e morresse em nosso lugar, que oferecesse um sacrifício de valor infinito e pagasse integralmente nossa pena. Somente o próprio Deus poderia atender a esse requisito, então Ele encarnou na pessoa de Seu Filho para realizar isso por nós. 
“O Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo” (1 João 4:14), e “o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo o pecado” (1 João 1:7). 
Observe, então, estas duas coisas: o Pai não se encarnou, mas somente o Filho; e as Escrituras nunca dizem que Deus morreu, mas o homem que é Deus morreu. Deus é espírito e não pode morrer. 
Assim, foi necessário que Ele se tornasse homem, em carne e osso, para morrer por nós (Colossenses 1:19-22).
A humanidade de Cristo começou em Sua concepção no ventre de Maria, que inicialmente e compreensivelmente não acreditou na possibilidade de ela dar à luz por não ter “conhecido” um homem. 
Então o anjo Gabriel explicou: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Portanto, o Santo que há de nascer será chamado Filho de Deus” (Lucas 1:35). 
Obviamente, as Escrituras não fogem do sobrenatural. Quando Deus traria Seu Filho eterno ao mundo, é apropriado que Ele destacasse a singularidade da pessoa por meio de um sinal único. A razão pela qual os defensores da fé nos primeiros séculos da Igreja incluíram o nascimento virginal em suas declarações de credo é que eles sabiam que não era um adendo trivial à mensagem do evangelho. 
(Por exemplo, Credo dos Apóstolos, Credo Niceno, Credo de Calcedônia)
Mateus protege cuidadosamente a verdade no capítulo um de seu Evangelho. Depois de uma longa lista de homens que geraram seus filhos, ele muda a fórmula no versículo 16: “Jacó gerou José, marido de Maria, que deu à luz Jesus, chamado o Messias”. 
Jesus não foi gerado por José e, como evidência adicional, José sabia disso, como os versículos 18-19 deixam claro. 
Mateus também registra o nascimento de Cristo como o cumprimento de Isaías 7:14: “A virgem conceberá, terá um filho e lhe dará o nome de Emanuel.” O que todos na presença de Acaz entenderam naquele dia é discutível. 
Mas a interpretação do Espírito Santo e a escolha de palavras em Mateus 1:23 não deixam dúvidas – o nascimento virginal de Cristo foi um cumprimento necessário da profecia. 
Quando o Filho de Deus assumiu a carne humana, Ele não veio como um ser sem gênero, mas como um homem. Ele tinha um cromossomo Y. Ele tinha pelos faciais. Sua companhia principal era um grupo de homens. Isso não está afirmando que os homens são superiores às mulheres – eles são iguais, ambos tendo sido criados à imagem de Deus – mas revela que a encarnação abraça a ordem divina da sexualidade de gênero estabelecida em Gênesis 1. 
De forma alguma isso diminui o valor do gênero feminino, pois o Filho de Deus “nasceu de mulher” (Gálatas 4:4). 
Mas a encarnação mostra que a distinção de gêneros na criação original era boa – e a ressurreição de Jesus e outros nos mostra que ela permanecerá. 
A encarnação, uma vez realizada, é um estado duradouro para nosso Senhor Jesus. Começou em seu nascimento e continua para sempre, embora agora em um corpo ressurreto, glorificado. 
É o mesmo corpo humano em que Cristo, nasceu, viveu e sofreu na cruz que Ele também ressuscitou, e Sua ressurreição é o padrão para a nossa. O Senhor Jesus é para sempre um homem. Claramente, os corpos humanos são significativos, pois o Filho de Deus possui um.
Então, que é a redenção de Cristo? A obra redentora de Cristo é o próprio Deus vindo para levar o pecado do homem cometido contra Si. Esta palavra é mais amável de se ouvir do que todas as músicas do mundo.
Que é a obra redentora de Cristo? 
É Deus suportando o que o homem pecou contra Si. Em outras palavras, se Jesus de Nazaré não fosse Deus, Ele não estaria qualificado a levar nossos pecados de maneira justa. Jesus de Nazaré era Deus. Ele é o próprio Deus contra quem pecamos. Nosso Deus desceu à terra pessoalmente e tomou nossos pecados. Hoje, é Deus quem leva os nossos pecados em lugar do homem. Eis por que foi uma ação justa. Não podemos suportá-los por nós mesmos. Se fôssemos tomá-los, estaríamos acabados. Graças a Deus que Ele mesmo veio ao mundo para suportar os nossos pecados. Essa é a obra do Senhor Jesus na cruz.
Por que, então, Deus teve de tornar-se um homem?
Já é suficiente que Deus ame ao mundo. Por que Ele teve de dar Seu Filho unigênito?
É preciso perceber que o homem pecou contra Deus. Se Deus exigisse que o homem suportasse seu pecado, como o homem faria isso? O salário do pecado é a morte. Quando o pecado induz e age, ele acaba em morte. A morte é a cobrança justa do pecado (Romanos 5:12).
Quando o homem peca contra Deus, ele tem de suportar a consequência do pecado, que é a morte. Por isso, Deus é a outra parte. Se Ele viesse e assumisse nossa responsabilidade e sofresse a consequência do nosso pecado, Ele teria de morrer.
Mas em 1 Timóteo 6:16 é-nos dito que Deus é imortal; Ele não pode morrer. Mesmo que Deus quisesse vir ao mundo tomar nossos pecados, morrer e ir para a perdição, para Ele seria impossível fazê-lo. A morte simplesmente não tem efeito em Deus. Não há a possibilidade de Deus morrer. Portanto, para Deus sofrer o julgamento do pecado do homem contra Si, Ele teve de tomar o corpo de um homem.
Por isso Hebreus 10:5 diz-nos que quando Cristo veio ao mundo, Ele disse: “Corpo me formaste”. Deus preparou um corpo para Cristo, com o propósito de Cristo se oferecer como oferta queimada e oferta pelo pecado. O Senhor diz: “Não te deleitaste com holocaustos e ofertas pelo pecado” (Hebreus 10:6).
Agora Ele oferece Seu próprio corpo para tratar com o pecado do homem. Então, o Senhor Jesus se tornou um homem e veio ao mundo para ser crucificado.
O Senhor Jesus não é uma terceira parte; Ele é a parte primeira. Por ser Deus, Ele é qualificado para ser crucificado. Por ser homem, Ele pode morrer na cruz em nosso lugar. Devemos fazer clara distinção entre essas duas declarações. Ele é qualificado para ser crucificado porque é Deus, e pode ser crucificado porque é homem. Ele é a parte oposta; Ele se colocou ao lado do homem para sofrer punição. Deus se tornou um homem. Ele habitou entre os homens, uniu-se ao homem, tomou o fardo do homem e levou todos os pecados do homem. Se a redenção tem de ser justa, Jesus de Nazaré deve ser Deus. Se Jesus de Nazaré não for Deus, a redenção não é justa.
Todas as vezes que olho para a cruz, digo a mim mesmo: “Este é Deus”. Se Ele não for Deus, Sua morte se torna injusta e não pode salvar-nos, pois Ele não é senão uma terceira parte. Mas agradecemos e louvamos ao Senhor, pois Ele é a outra parte. Por isso declarei que apenas duas partes são capazes de lidar com os pecados. Uma parte somos nós mesmos, e nesse caso temos de morrer. A outra parte é Deus, contra quem pecamos, e nesse caso Ele morre por nós. Além dessas duas partes, não há uma terceira que tenha direito ou autoridade para lidar com nossos pecados.Quando Deus olhou do céu, Ele observou que toda a raça humana era corrupta e ninguém buscava a Deus (Salmos 14:2-3). 
Ele nos criou à Sua imagem, e nós nos rebelamos. A humanidade estava perdida, cega e escravizada pelo pecado. 
Como nosso Deus misericordioso respondeu? 
Ele o fez tornando-se um de nós e compartilhando humildemente nossa existência carnal e sanguínea (Hebreus 2:14). 
Ao mesmo tempo em Aquele menino estava na manjedoura e depois nos braços de Maria sua mãe, Ele sustentava e mantinha em perfeita ordem e harmonia toda a Sua criação.
“Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.”
“Ele é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.”
(João 1:4; Colossenses 1:15-17)
O termo em encarnação vem de palavras latinas que significam “em” e “carne”. Na teologia cristã, então, a encarnação refere-se ao “encarnado” de Deus – Seu ser corporificado em carne humana. 
No evangelho João 1, identifica Jesus Cristo como o Filho eterno de Deus e o chama de “o Verbo” – uma pessoa distinta dentro da Divindade (“com Deus”), mas igualmente Deus (“era Deus”). 
Então João testifica claramente sobre a encarnação: “O Verbo se fez carne e habitou entre nós. Nós observamos a sua glória, a glória como o único Filho do Pai” (João 1:1,14). 
Observe que Ele (Filho eterno) não foi despojado da glória divina, “porque toda a plenitude da natureza de Deus habita corporalmente em Cristo”, de modo que na encarnação Ele se tornou o que nunca foi antes (um homem) sem deixar de ser o que Ele sempre foi (Deus). (Colossenses 2:9)
Só Deus tem a prerrogativa de possuir outro corpo, se ficar culpa.
Todo outro nascimento [concepção] é a criação de uma nova personalidade. Não foi assim com Jesus. Já existia uma Pessoa Divina, mas agora entrando em um novo modo de existência. 
No entanto, é preciso ter cuidado para não confundir a encarnação com uma metamorfose. Deus não se transformou em homem, como na mitologia grega. 
Em vez disso, o Filho de Deus adotou a natureza humana e a uniu à Sua natureza divina na unidade de uma pessoa. Isso deve ser entendido como não significando que Jesus Cristo é um terceiro ser entre Deus e o homem, mas que ele é Aquele que é totalmente Deus e verdadeiramente homem. 
Em nosso desejo de proteger a divindade do Senhor Jesus, devemos ter cuidado para não minimizar a realidade de Sua humanidade. Na verdade, negar a genuinidade de Sua experiência humana é o espírito do anticristo em ação.
(1 João 4:2-3; 2 João 7). 
Em Sua humanidade, Ele se desenvolveu no seio de Maria. Ele passou pelos sucessivos estágios da vida, pois as Escrituras diz que Maria deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, e logo vemos um menino que provocou ansiedade em Seus pais por ter ficado em Jerusalém depois da festa e ainda assim quando o acharam se submeteu a eles, e também vemos um homem que tinha um emprego regular como carpinteiro. 
(Lucas 2:7,48,51; 6:3)
Sua peregrinação terrena foi caracterizada pela oração, porque Ele era um homem real vivendo na dependência de Seu Deus (Lucas 22:41-42). 
Ele teve fome (Mateus 4:2), sede (João 4:6-7), esteve cansado (Marcos 4:38), e lágrimas rolaram pelo Seu rosto diante da morte de seu amigo Lázaro (João 11:35). 
Adoramos um Deus que não está distante da dor de nossa existência humana, “pois, visto que ele mesmo padeceu quando foi tentado, pode socorrer os que são tentados” (Hebreus 2:18). 
Mas ao se tornar como nós, Ele permanece diferente de nós, pois Sua verdadeira humanidade é uma humanidade perfeita. Hebreus 4:15 é um resumo precioso disso: “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado”.
Havia um grande propósito na encarnação do Filho eterno, e esta era a revelação de Deus.
Deus falou de muitas maneiras ao longo dos tempos, mas Sua mensagem final e auto-revelação vieram nestes últimos dias pela encarnação de Seu Filho (Hebreus 1:1-2). 
Enquanto “ninguém jamais viu a Deus, o Filho Unigênito, que é Deus e está junto do Pai – ele o revelou” (João 1:18). 
Deus não nos deixou no escuro acerca de Si mesmo e de Seus propósitos, como se nós O procurassem em vão, procurássemos por um Ser que nunca encontrariam. 
Deus não se escondeu – “Ele se manifestou em carne” (1 Timóteo 3:16). 
Quando olhamos para o Senhor Jesus nas páginas das Escrituras, vemos Deus revelado em clareza cristalina e nossos corações são tocados ao aprendermos em Cristo que nosso Deus é um Deus que se humilha (Filipenses 2:5-8). 
Tome nota – o homem, Cristo Jesus, não é uma representação parcial de Deus, mas uma revelação perfeita de tudo o que Deus é, “a imagem, ou, a expressão exata do Deus invisível” (Colossenses 1:15).
As Escrituras estão repletas da mensagem de que, por causa de nossa pecaminosidade, Deus só pode ser abordado com base em um sacrifício e que “sem derramamento de sangue não há perdão” (Hebreus 9:22). 
A morte eterna do pecador é o justo castigo pelos seus pecados (Apocalipse 21:8). 
Para sermos salvos – reconciliados com Deus – nossa penalidade precisava ser paga, mas nenhum homem ou mulher jamais poderia pagar a penalidade por si mesmo. Somos pecadores frágeis e finitos, e mesmo o castigo eterno dos incrédulos não pagará pelos pecados cometidos contra o Deus infinito. A encarnação é a resposta. 
Nossa salvação exigia que alguém sofresse e morresse em nosso lugar, que oferecesse um sacrifício de valor infinito e pagasse integralmente nossa pena. Somente o próprio Deus poderia atender a esse requisito, então Ele encarnou na pessoa de Seu Filho para realizar isso por nós. 
“O Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo” (1 João 4:14), e “o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo o pecado” (1 João 1:7). 
Observe, então, estas duas coisas: o Pai não se encarnou, mas somente o Filho; e as Escrituras nunca dizem que Deus morreu, mas o homem que é Deus morreu. Deus é espírito e não pode morrer. 
Assim, foi necessário que Ele se tornasse homem, em carne e osso, para morrer por nós (Colossenses 1:19-22).
A humanidade de Cristo começou em Sua concepção no ventre de Maria, que inicialmente e compreensivelmente não acreditou na possibilidade de ela dar à luz por não ter “conhecido” um homem. 
Então o anjo Gabriel explicou: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Portanto, o Santo que há de nascer será chamado Filho de Deus” (Lucas 1:35). 
Obviamente, as Escrituras não fogem do sobrenatural. Quando Deus traria Seu Filho eterno ao mundo, é apropriado que Ele destacasse a singularidade da pessoa por meio de um sinal único. A razão pela qual os defensores da fé nos primeiros séculos da Igreja incluíram o nascimento virginal em suas declarações de credo é que eles sabiam que não era um adendo trivial à mensagem do evangelho. 
(Por exemplo, Credo dos Apóstolos, Credo Niceno, Credo de Calcedônia)
Mateus protege cuidadosamente a verdade no capítulo um de seu Evangelho. Depois de uma longa lista de homens que geraram seus filhos, ele muda a fórmula no versículo 16: “Jacó gerou José, marido de Maria, que deu à luz Jesus, chamado o Messias”. 
Jesus não foi gerado por José e, como evidência adicional, José sabia disso, como os versículos 18-19 deixam claro. 
Mateus também registra o nascimento de Cristo como o cumprimento de Isaías 7:14: “A virgem conceberá, terá um filho e lhe dará o nome de Emanuel.” O que todos na presença de Acaz entenderam naquele dia é discutível. 
Mas a interpretação do Espírito Santo e a escolha de palavras em Mateus 1:23 não deixam dúvidas – o nascimento virginal de Cristo foi um cumprimento necessário da profecia. 
Quando o Filho de Deus assumiu a carne humana, Ele não veio como um ser sem gênero, mas como um homem. Ele tinha um cromossomo Y. Ele tinha pelos faciais. Sua companhia principal era um grupo de homens. Isso não está afirmando que os homens são superiores às mulheres – eles são iguais, ambos tendo sido criados à imagem de Deus – mas revela que a encarnação abraça a ordem divina da sexualidade de gênero estabelecida em Gênesis 1. 
De forma alguma isso diminui o valor do gênero feminino, pois o Filho de Deus “nasceu de mulher” (Gálatas 4:4). 
Mas a encarnação mostra que a distinção de gêneros na criação original era boa – e a ressurreição de Jesus e outros nos mostra que ela permanecerá. 
A encarnação, uma vez realizada, é um estado duradouro para nosso Senhor Jesus. Começou em seu nascimento e continua para sempre, embora agora em um corpo ressurreto, glorificado. 
É o mesmo corpo humano em que Cristo, nasceu, viveu e sofreu na cruz que Ele também ressuscitou, e Sua ressurreição é o padrão para a nossa. O Senhor Jesus é para sempre um homem. Claramente, os corpos humanos são significativos, pois o Filho de Deus possui um.
Então, que é a redenção de Cristo? A obra redentora de Cristo é o próprio Deus vindo para levar o pecado do homem cometido contra Si. Esta palavra é mais amável de se ouvir do que todas as músicas do mundo.
Que é a obra redentora de Cristo? 
É Deus suportando o que o homem pecou contra Si. Em outras palavras, se Jesus de Nazaré não fosse Deus, Ele não estaria qualificado a levar nossos pecados de maneira justa. Jesus de Nazaré era Deus. Ele é o próprio Deus contra quem pecamos. Nosso Deus desceu à terra pessoalmente e tomou nossos pecados. Hoje, é Deus quem leva os nossos pecados em lugar do homem. Eis por que foi uma ação justa. Não podemos suportá-los por nós mesmos. Se fôssemos tomá-los, estaríamos acabados. Graças a Deus que Ele mesmo veio ao mundo para suportar os nossos pecados. Essa é a obra do Senhor Jesus na cruz.
Por que, então, Deus teve de tornar-se um homem?
Já é suficiente que Deus ame ao mundo. Por que Ele teve de dar Seu Filho unigênito?
É preciso perceber que o homem pecou contra Deus. Se Deus exigisse que o homem suportasse seu pecado, como o homem faria isso? O salário do pecado é a morte. Quando o pecado induz e age, ele acaba em morte. A morte é a cobrança justa do pecado (Romanos 5:12).
Quando o homem peca contra Deus, ele tem de suportar a consequência do pecado, que é a morte. Por isso, Deus é a outra parte. Se Ele viesse e assumisse nossa responsabilidade e sofresse a consequência do nosso pecado, Ele teria de morrer.
Mas em 1 Timóteo 6:16 é-nos dito que Deus é imortal; Ele não pode morrer. Mesmo que Deus quisesse vir ao mundo tomar nossos pecados, morrer e ir para a perdição, para Ele seria impossível fazê-lo. A morte simplesmente não tem efeito em Deus. Não há a possibilidade de Deus morrer. Portanto, para Deus sofrer o julgamento do pecado do homem contra Si, Ele teve de tomar o corpo de um homem.
Por isso Hebreus 10:5 diz-nos que quando Cristo veio ao mundo, Ele disse: “Corpo me formaste”. Deus preparou um corpo para Cristo, com o propósito de Cristo se oferecer como oferta queimada e oferta pelo pecado. O Senhor diz: “Não te deleitaste com holocaustos e ofertas pelo pecado” (Hebreus 10:6).
Agora Ele oferece Seu próprio corpo para tratar com o pecado do homem. Então, o Senhor Jesus se tornou um homem e veio ao mundo para ser crucificado.
O Senhor Jesus não é uma terceira parte; Ele é a parte primeira. Por ser Deus, Ele é qualificado para ser crucificado. Por ser homem, Ele pode morrer na cruz em nosso lugar. Devemos fazer clara distinção entre essas duas declarações. Ele é qualificado para ser crucificado porque é Deus, e pode ser crucificado porque é homem. Ele é a parte oposta; Ele se colocou ao lado do homem para sofrer punição. Deus se tornou um homem. Ele habitou entre os homens, uniu-se ao homem, tomou o fardo do homem e levou todos os pecados do homem. Se a redenção tem de ser justa, Jesus de Nazaré deve ser Deus. Se Jesus de Nazaré não for Deus, a redenção não é justa.
Todas as vezes que olho para a cruz, digo a mim mesmo: “Este é Deus”. Se Ele não for Deus, Sua morte se torna injusta e não pode salvar-nos, pois Ele não é senão uma terceira parte. Mas agradecemos e louvamos ao Senhor, pois Ele é a outra parte. Por isso declarei que apenas duas partes são capazes de lidar com os pecados. Uma parte somos nós mesmos, e nesse caso temos de morrer. A outra parte é Deus, contra quem pecamos, e nesse caso Ele morre por nós. Além dessas duas partes, não há uma terceira que tenha direito ou autoridade para lidar com nossos pecados.
Desenvolvido por Palavras do Evangelho.com