(1ª) A igreja de Éfeso Profeticamente

As sete cartas que encontramos em Apocalipse 2-3, devem ser vista da forma histórica e da forma profética.

1) Estudando estas cartas historicamente, vemos condições que existiram nas igrejas às quais João escreveu. Vemos problemas que realmente existiram em igrejas locais no fim do primeiro século e aprendemos como tais problemas foram tratados.

Nisto há lições importantes para nós. Aprendemos como enfrentar estes e outros problemas que podem surgir em igrejas locais até hoje.

Estas cartas, portanto, eram de grande proveito prático para as igrejas naquele tempo e continuam sendo-o em nossos dias.

2) Profeticamente, estas sete cartas nos fornecem uma visão “panorâmica” do testemunho de igrejas, desde os dias pós-apostólicos até ao arrebatamento. Há várias razões que levam a esta conclusão:

1ª) Estas cartas são parte integral do Apocalipse e este livro, na sua totalidade, é chamado de “profecia” (Apocalipse 1:3).

2ª) A análise dada pelo Senhor (Apocalipse 1:19) mostra que os capítulos 2 e 3 apresentam “as coisas que são”. Estas cartas, portanto, descrevem condições nesta dispensação.

3ª) O Senhor falou do mistério das “estrelas” e dos “candeeiros” (Apocalipse 1:20). Isto indica que há algo mais do que o ensino prático nestas cartas.

4ª) São sete cartas a sete igrejas. Os números são muito importantes neste livro de símbolos; sete indica o que é perfeito ou completo. Vemos nestas cartas a história completa das condições de igrejas até ao arrebatamento.

5ª) As referências ao Antigo Testamento nestas cartas levam à mesma conclusão. Estão em ordem cronológica e se estendem do Jardim do Éden até aos dias de Malaquias.

I) Na primeira carta temos menção da “árvore da vida” (veja Gênesis 2:9);

II) Na segunda carta vemos sofrimentos que recordam as angústias do povo de Israel no Egito (Êxodo, capítulos 1 a 12);

III) Na terceira, vemos referências a Israel no deserto (Balaão e o maná);

IV) Na quarta carta, a ilustração é tirada do período dos reis (Jezabel).

Nas demais cartas, as referências são do período pós-exílio:

V) Na quinta carta apresenta uma cena que faz lembrar Zacarias capítulo 3,

VI) Na sexta relembra a reconstrução do templo e da cidade nos dias de Neemias.

VII) Na sétima e última carta mostra a mesma cegueira e complacência que caracterizavam os dias de Malaquias.

6ª) A única igreja, entre as sete, cuja origem é conhecida é Éfeso; foi plantada por trabalho apostólico. As demais foram plantadas, sem que apareça um apóstolo.

Temos ainda mais uma razão porque cremos que estas cartas apresentam um quadro profético do testemunho de igrejas até ao arrebatamento. É que a chave se encaixa perfeitamente na fechadura! O que vemos nas cartas é exatamente o que tem acontecido através dos séculos do testemunho de igrejas neste mundo.

Na carta à igreja em Éfeso, vemos os primeiros ataques do inimigo, querendo infiltrar-se na igreja por meio de falsos ensinadores. Estes foram rechaçados, mas, na luta contra os tais “apóstolos”, a igreja perdeu o seu primeiro amor. Este esfriamento, por sua vez, abriu a porta para as obras dos “nicolaítas”, ou seja, o sistema clerical, no qual o clero domina os leigos.

Na história, este quadro reflete o período pós-apostólico. Em escritos daquele tempo que ainda existem, encontramos menção ao “bispo da igreja local”. Este era um que liderava na igreja, o precursor dos “pastores” e “padres” de hoje. Esta prática constitui um desvio do plano de Deus, pois em o Novo Testamento não há nenhuma menção de tal dirigente; a igreja local é governada por uma pluralidade de presbíteros, constituídos pelo Espírito Santo.

Na carta à igreja em Smirna, vemos uma igreja perseguida. Esta condição caracterizou o período que se estende até o início do quarto século, quando o Imperador Constantino professou a fé cristã. Foi um período de sucessivas ondas de perseguição, mas Deus impôs limites e Satanás, frustrado, finalmente mudou de tática.

Vemos uma grande diferença quando lemos a terceira carta. Ainda lemos de perseguição, mas agora como coisa do passado. As igrejas estavam habitando onde estava o trono de Satanás, isto é, no mundo.

Pior ainda, Satanás estava habitando na igreja! Havia também os que sustentavam a doutrina de Balaão (misturar o povo de Deus e o do mundo) e a doutrina dos nicolaítas (cujas obras notamos na primeira carta).

Este quadro representa o período que começou com Constantino, no início do quarto século, quando a perseguição cessou e a igreja professa passou a receber as honras do Império. Foi o “casamento” da igreja com o mundo político e pagão.

Houve igrejas, porém, que mantiveram a sua autonomia e protestaram contra a união ilícita com o mundo; vemo-las na figura de Antipas (que significa “contra todos”). Este período se estendeu até o início do sétimo século, quando o Papismo foi estabelecido.

A quarta carta introduz algumas modificações. Já observamos a mudança na ordem, pois a partir desta carta a promessa ao vencedor precede o apelo ao indivíduo. Notamos também que os períodos representados pelas três primeiras igrejas são sucessivos, mas, a partir desta carta, os períodos, embora começando sucessivamente, continuam parale- lamente até ao arrebatamento.

A igreja em Tiatira era caracterizada pelas obras. A influência de Jezabel, porém, levou muitos dos servos de Deus à idolatria. Representa aquele período que começou no sétimo século, com o Papismo, e continua até ao arrebatamento.

Na quinta carta, vemos uma igreja que tinha nome de que vivia, mas estava morta. Havia recebido o Evangelho no poder do Espírito, porém, perdera aquele poder, retendo apenas a profissão.

Nisto vemos um período que teve início no século dezesseis, com o aparecimento do Protestantismo. Sem dúvida alguma, o Evangelho foi pregado no poder do Espírito Santo naqueles dias, mas logo este movimento se acomodou e hoje tem o nome de que vive, mas está morto. Este estado de profissão sem vida também continuará até ao arrebatamento.

Na sexta carta, vemos uma igreja fraca, porém, fiel. Duas coisas a caracterizavam: guardava a Palavra do Senhor e não negava o Seu Nome.

Isto representa grupos de cristãos que, embora fracos, guardam a Palavra de Deus. Não guardam decretos de concílios, nem tradições religiosas, mas somente a Palavra de Deus. Não aceitam nenhum nome denominacional, pois são atraídos ao Nome do Senhor Jesus Cristo (compare com Mateus 18:20); não negam aquele Nome. São igrejas autônomas que recusam filiar-se a qualquer movimento e reconhecem como única regra de fé a Palavra de Deus. Tais igrejas também continuarão até ao arrebatamento.

A última carta mostra uma condição lastimável: uma igreja enganada, que pensa estar rica, quando na realidade está pobre; pensa que não precisa de nada e o Senhor está ao ponto de vomitá-la da Sua boca.

Neste quadro triste vemos a condição característica dos últimos dias; uma atitude de independência que leva igrejas a pensar que podem fazer tudo sem Deus. Esta condição continuará até ao arrebatamento.

Em Apocalipse 2:1-7, temos uma carta do Senhor Jesus, enviada pelo apóstolo João a igreja de Éfeso.

Éfeso era uma cidade greco-romana da Antiguidade situada na costa ocidental da Ásia Menor.

Éfeso ocupa um lugar destacado em o Novo Testamento. É a cidade mais mencionada nas epístolas (depois de Jerusalém) e o lugar onde Paulo permaneceu mais tempo; está relacionada com muitas de suas cartas. Além de Paulo, Apolo ajudou no trabalho nesta cidade; Timóteo ficou algum tempo ali e historiadores nos dizem que o apóstolo João também residiu em Éfeso. O templo da deusa Diana foi considerado uma das sete maravilhas do mundo e era o orgulho dos efésios.

A igreja em Éfeso é uma profecia a respeito da condição do primeiro estágio da igreja depois dos apóstolos.

A era apostólica foi até o ano 96 d.C. e depois do ano 96, a era apostólica aparentemente acabou, e muitas coisas erradas começaram a ser infiltradas nas igrejas.

Uma vez que esse é um livro de profecia, os nomes no livro são também proféticos.

Éfeso, em grego, significa desejável. A igreja ainda era desejável, após os apóstolos partirem.

O Senhor disse (v.2a): “conheço tuas obras, assim o teu labor como a tua perseverança”.

O pronome “teu” usados nos capítulos 2 e 3 de Apocalipse está sempre no singular.

Entre as sete igrejas, cinco foram censuradas, uma não recebeu nem censura nem louvor, e apenas uma foi louvada.

Éfeso é uma das que foram censuradas. Mas aqui, o Senhor primeiro fala ao mensageiro de Éfeso sobre a realidade espiritual.

Alguns acham que o Senhor tenta dizer algo bom antes de censurar para que sendo censurada ela não se sinta tão mal, como se o Senhor fosse diplomata. Mas o Senhor não é assim.

Aqui, o Senhor expõe a realidade espiritual da igreja.

Há algo chamado realidade espiritual que existe independente da condição exterior.

Embora os israelitas fossem indignos à vista dos homens, contudo, por meio de Balaão, um falso profeta, Deus disse que Ele não viu iniquidade em Jacó (Números 23:21).

Não é que Deus não veja; pelo contrário, Ele vê, contudo, não enxerga nada errado. Não que os olhos de Deus podem ver melhor que os nossos, mas ele vê a realidade espiritual.

Não nos é difícil ver que a condição da igreja hoje está desolada. Algumas vezes achamos que certo irmão ou irmã estão desolados também. Mas se os filhos de Deus forem iluminados pelo Senhor, eles verão que suas muitas fraquezas e falhas são “mentiras”, ou seja, não é nossa realidade. Se a realidade espiritual é verdadeira, então tudo aquilo é “mentira”.

Por exemplo, considere um garotinho que foge para a rua e volta coberto de lama. Embora ao entrar em casa ele esteja sujo, eu digo que ele é limpo e bonito. É verdade que seu corpo está coberto com sujeira, mas a sujeira não veio dele.

Uma vez lavado, ele ficará limpo novamente.

Temos ensino claro nas Escrituras de como remover esta sujeira que se nos pega durante a caminhada neste deserto do mundo.

Lemos em 1 João 2:1,2: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.”

Lemos também: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.”

(1 João 1:9)

Cada filho de Deus deve ver que mesmo antes de ser lavado, ele é bom. A sujeira é uma mentira; a realidade dele é boa.

Hoje a igreja não parece tão gloriosa quanto Deus diz que ela é, mas hoje a igreja é gloriosa. Se você tem discernimento espiritual, embora a igreja não esteja lavada, você ainda consegue ver que ela é boa.

Por essa razão, você também pode agradecer a Deus continuamente pela igreja. Hoje, a igreja é gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante (Efésios 5:25-27).

Sem mácula significa sem pecado, e sem ruga significa não envelhecida, sempre conservando seu frescor diante do Senhor. Deus disse que a igreja de Éfeso é boa; sua realidade espiritual é que é boa.

No (v2b), lemos: “E que puseste à prova os que a si mesmo se declaram apóstolos e não são, e os achastes mentirosos.”

Após a era apostólica (com a morte de João), não houve uma sucessão dos mesmos.

Mas como nos dias de João, havia aqueles que queriam ter entre o povo de Deus, o primado (3 João 1:9).

Queriam ser líderes e ter o poder apostólico para exercer autoritarismo sob a herança de Deus. Mas esta igreja pós a prova estes impostores, e os achou mentirosos.

No (v.4), o Senhor diz: “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor.”

A palavra primeiro em grego é “proten”. Isto se refere não apenas à primazia em tempo, mas também em natureza.

Em Lucas 15, o pai deu a melhor veste para vestir o filho pródigo; melhor também é a tradução de “proten”.

Portanto, o Senhor não está dizendo que eles não O amavam, mas sim que não estavam dando o seu melhor em ama-lo.

Já no (v.5), o Senhor diz: “E se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas.”

As igrejas, nos capítulos 2 e 3 de Apocalipse, são não apenas as igrejas proféticas, mas também a igreja local que estava realmente em sete localidades da Ásia.

É extraordinário, porque a história diz-nos que por mais de mil anos, não tem havido igreja local em Éfeso. O candeeiro foi removido; mesmo sua aparência exterior foi removida. Porque ela não se arrependeu, o candeeiro foi removido.

No (v.6), o Senhor diz: “Tens, contudo, a teu favor, que odeias as obras dos nicolaítas, os quais eu também odeio.”

Os nicolaítas não podem ser encontrados na história da igreja. Uma vez que o Apocalipse é um livro de profecia, ainda devemos atentar para o significado da palavra.

Nicolaítas, em grego, é composta de duas palavras: “nikao” que significa conquistar ou sobre outros e “laos” que significa povo comum, povo secular ou laicato. Então nicolaíta significa conquistando o povo comum ou subindo sobre o laicato. Nicolaítas, portanto, refere-se um grupo de pessoas que se auto-avaliam muito acima dos crentes comuns.

O Senhor está acima, os crentes comuns estão abaixo.

Os nicolaítas estão abaixo do Senhor, contudo acima dos crestes comuns como uma classe mediadora é o que o Senhor detesta; é algo para ser odiado.

Mas devemos notar aqui que, naquela época havia somente o comportamento; este ainda não se havia tornado um ensinamento.

No Novo Testamento há um princípio fundamental: todos os filhos de Deus são Seus sacerdotes.

Em Êxodo 19, Deus convocou o povo de Israel, dizendo: “Agora, pois, se diligentemente ouvires a minha voz, e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos: porque toda a terra é minha; vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa”.

Deus ordenou no princípio que a nação toda fosse de sacerdotes; mas, não muito depois, ocorreu o incidente da adoração ao bezerro de ouro.

Moisés quebrou as tábuas da lei e disse: “Quem estiver do lado de Deus, mate a seu irmão”.

Naquela ocasião, os levitas permaneceram do lado do Senhor e, como resultado, naquele dia três mil israelitas foram mortos (Êxodo 32:25-29).

De agora em diante, somente os levitas poderiam ser sacerdotes: o reino de sacerdotes tornou-se uma tribo de sacerdotes. O restante do povo e Israel não poderia ser sacerdote e deveria depender dos levitas serem os sacerdotes em seu favor. A classe sacerdotal no Velho Testamento era uma classe mediadora. Mas no Novo Testamento, Pedro diz: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus” (1 Pedro 2:9).

Nós, a igreja toda, somos sacerdotes; isso retorna a condição do início.

Apocalipse 1: 5-6 diz que todos quantos foram lavados no sangue, são sacerdotes. Os sacerdotes estão encarregados dos negócios de Deus. Não deve haver uma classe mediadora na igreja. A igreja tem apenas um Sumo Sacerdote, o Senhor Jesus.

Antes de haver essa mudança na igreja, todos os crentes cuidavam dos assuntos do Senhor. Mas depois dos apóstolos, esta condição começou a mudar: os homens começaram a perder o interesse quanto à questão de servir o Senhor. Quando a Igreja Católica Romana começou (na época de Pérgamo), havia poucos que eram salvos, mas muitos que eram batizados; porquanto incrédulos encheram a igreja.

Então, apareceu um grupo de “clérigos”. Desde de que havia membros que não eram salvos e muito menos espirituais, que deveriam eles fazer?

Dizer-lhes para colocarem de lado o livro da contabilidade e pegar a Bíblia para pregar não seria conveniente. Assim, um grupo de pessoas foi separado para ter cuidado especial pelos assuntos espirituais, enquanto o restante fazia o trabalho secular.

Portanto, o “clero” foi produzido contrariamente ao desejo de Deus. Deus deseja que todos quantos fazem trabalho secular tomem conta dos assuntos espirituais.

Na Igreja Católica Romana, distribuir o pão, impor as mãos, batizar etc., tudo é realizado pelos padres; mesmo casamentos e funerais devem ser dirigidos pelo “clero”.

Na igreja protestante há os pastores. Para doenças, chame o médico; para assuntos legais, chame o advogado; para assuntos espirituais, chame o pastor.

E quanto a mim? Eu posso dedicar-me ao trabalho secular sem distração.

Por favor, lembre-se, no taoísmo há sacerdotes taoístas para cantar a liturgia para o povo; no judaísmo há sacerdotes para lidar com as coisas de Deus para os homens; mas na igreja não deve haver qualquer classe mediadora, porque nós mesmos somos todos sacerdotes.

Vemos em Gênesis 4 que, Abel pôde oferecer sacrifício, assim como Noé em Gênesis 8.

No início, todo o povo de Israel podia oferecer sacrifícios; mas, mais tarde, por causa do incidente do bezerro de ouro, eles não mais podiam oferecer sacrifícios por si mesmos. Deus diz que cada crente pode vir diretamente a Ele.

Mas agora, há o pessoal mediador na igreja. Hoje há os Nicolaítas na igreja; então o cristianismo tornou-se judaísmo.

O Senhor fica satisfeito com os que rejeitam a classe mediadora.

Se já fomos lavados no sangue Cristo pela fé, temos o direito de participação direta nos assuntos espirituais.

A igreja pode ser fundamentada apenas sobre esta base; do contrário, é judaísmo.

Portanto, aquilo pelo qual lutamos, não é somente em relação às seitas, mas é pelo privilégio que é dado a cada salvo pelo sangue de Cristo.

Hoje há três categorias principais de igreja no mundo:

1) uma, é a igreja do mundo, isto é, a Igreja Católica Romana;

2) outra, são as igrejas estatais, tais como a Igreja Anglicana e a Igreja Luterana;

3) e a outra, são as igrejas independentes, tais como a Igreja Metodista, a Igreja Presbiteriana etc.

Na Igreja Católica Romana há o sistema sacerdotal (católico), na Igreja Anglicana há o sistema clerical e nas igrejas independentes há o sistema pastoral.

Tudo o que vemos é uma classe mediadora a qual se encarrega dos assuntos espirituais. Mas a igreja que Deus quer estabelecer é aquela na qual Ele pode colocar todo o Evangelho e a Sã Doutrina, sem a classe mediadora.

Quando o Evangelho todo entra, algo “sobra”; isso que sobra não pode ser igreja.

O Senhor avisa (v.7a): “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.”

O senhor fala da mesma maneira a todas as sete igrejas, mostrando que não somente a igreja em Éfeso necessita ouvir, mas todas as igrejas devem ouvir.

O Senhor conclui dizendo (.7b): “Ao vencedor dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus.”

A intenção original de Deus para o homem é que ele coma o fruto da árvore da vida. Agora Deus diz que podemos ir diretamente a Ele e agir de acordo com sua intenção original.

O problema não é o que a árvore da vida é; em lugar disso, o problema é se você está disposto a seguir a intenção inicial de Deus – comer o fruto da árvore da vida no jardim de Deus. Apenas os vencedores podem comer.

Todo aquele que retorna à intenção e exigência original de Deus é um vencedor.

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