Pergunta enviada por alguém no YouTube:
Quem veio aqui nesse mundo há 2000 mil anos, não foi Jesus. Foi seu mensageiro para trazer a mensagem de redenção para nosso tempo.
E Cristo não é um ser ANTROPOMÓRFICO.
Minha Resposta
O que disseste é uma distorção grave da verdade revelada nas Escrituras. A Bíblia afirma claramente que quem veio a este mundo há cerca de dois mil anos foi o próprio Filho de Deus, não um mero mensageiro. O evangelho segundo João 1:1,14 declara: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus... E o Verbo se fez carne e habitou entre nós”.
Esse texto não deixa espaço para interpretações simbólicas ou místicas — ele fala de uma encarnação real, não de uma representação. O Verbo eterno, que é Deus, tomou forma humana em Jesus Cristo.
Além disso, o apóstolo Paulo ensina que “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (2 Coríntios 5:19). Não se trata de um ser criado trazendo mensagens divinas, mas do próprio Deus manifestando-se em carne, conforme 1 Timóteo 3:16: “Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne”.
Quando afirmas que Cristo não é um ser antropomórfico, negas o coração da fé cristã: a encarnação, pela qual o Filho eterno assumiu a natureza humana. Negar isso é o mesmo erro das antigas heresias gnósticas e docetistas, que o apóstolo João já refutava: “Nisto conhecereis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo” (1 João 4:2-3).
O propósito de Cristo vir em carne não foi apenas comunicar uma mensagem, mas realizar a redenção. O mensageiro anuncia; o Salvador age. Ele morreu na cruz para purificar nossos pecados (Hebreus 1:3) e ressuscitou corporalmente (Lucas 24:39-43) para garantir a nossa justificação (Romanos 4:25).
Por isso, os apóstolos não pregavam um símbolo ou uma ideia espiritualizada de Cristo, mas uma Pessoa viva e ressuscitada. Pedro afirmou com poder: “A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas” (Atos 2:32).
Cristo não é uma força, uma ideia nem uma energia impessoal. Ele é “a expressa imagem da pessoa de Deus” (Hebreus 1:3). Quando os homens olhavam para Jesus, viam o Pai revelado (João 14:9).
Negar a humanidade real de Cristo destrói a base da salvação, porque somente sendo homem Ele poderia morrer por nós, e somente sendo Deus esse sacrifício teria valor infinito.
Portanto, quem crê que Ele foi apenas um mensageiro ainda não entendeu a profundidade da graça divina. O mesmo Senhor que disse: “Eu e o Pai somos um” (João 10:30) também declarou: “Antes que Abraão existisse, Eu sou” (João 8:58). Isso identifica Jesus Cristo com o próprio Deus eterno que se revelou a Moisés como “EU SOU O QUE SOU” (Êxodo 3:14).
A verdadeira redenção não está em aceitar uma mensagem simbólica, mas em reconhecer e crer que o próprio Deus veio ao mundo, tomou forma humana e morreu em nosso lugar.
Como está escrito: “E o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado” (1 João 1:7).
Josué Matos