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O único que merece ir para o inferno é o próprio Deus, ele é o ser mais perverso do universo!

 Alguém me escreveu dizendo:

O único que merece ir para o inferno é o próprio Deus, ele é o ser mais perverso do universo!

Minha Resposta:

A tua afirmação revela uma profunda incompreensão sobre quem é Deus. Ele não é o autor do mal, mas o único Ser perfeitamente justo, santo e bom. O inferno não foi criado para os homens, mas “para o diabo e seus anjos” (Mateus 25:41). No entanto, o homem, ao rejeitar a Deus, torna-se voluntariamente aliado daquele que é o pai da mentira e da rebelião.

A ideia de que Deus mereceria o inferno é uma inversão moral que nasce de um coração obscurecido pelo pecado. Deus é o Criador da vida, o sustentador de todas as coisas. Se Ele fosse perverso, o universo inteiro ruiria, pois o mal destrói, enquanto Deus mantém o ser, a ordem e a justiça.

A Bíblia diz que “Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas” (1 João 1:5). O inferno existe justamente porque Deus é santo e não pode deixar o mal impune. A Sua justiça exige que todo pecado seja julgado, e o Seu amor proveu o meio para escapar desse juízo — a cruz de Cristo.

Na cruz, o Senhor Jesus tomou sobre Si o castigo que nós merecíamos. Ele desceu ao ponto mais profundo da vergonha e da dor para que o pecador arrependido não precise conhecer o horror do inferno. Dizer que Deus é perverso é ignorar o sacrifício de quem deu a própria vida para salvar os que o odiavam.

A verdadeira perversidade está no coração humano que despreza esse amor e insiste em permanecer longe do Criador. A boa notícia é que o mesmo Deus contra quem te voltas agora está disposto a perdoar-te completamente se te voltares para Ele.

“Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Romanos 5:8)

Josué Matos

Jesus falou de um "Batismo que Salva" a Nicodemos?

Alguém me escreveu dizendo:

O que o Senhor quis dizer a Nicodemos sobre o novo nascimento, falava do batismo, mais adiante em Marcos 16:15-16 o Senhor disse aos discípulos: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado". Nascer de novo é, portanto, nascer do batismo do arrependimento.

Minha Resposta:

Quando o Senhor Jesus falou com Nicodemos sobre o novo nascimento (João 3:3–7), Ele não estava tratando do batismo em água, mas de uma obra interior e espiritual realizada pelo Espírito Santo através da Palavra de Deus. O termo “nascer da água e do Espírito” não se refere à água literal, mas à purificação espiritual simbolizada pela água, conforme o uso constante nas Escrituras (Ezequiel 36:25–27; Tiago 1:18; 1 Pedro 1:23).

Nicodemos, mestre em Israel, conhecia as promessas do Antigo Testamento, especialmente a profecia de Ezequiel: “E aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados... e porei dentro de vós o meu Espírito.” (Ezequiel 36:25–27). Assim, o Senhor Jesus estava explicando que o novo nascimento é a limpeza espiritual do homem pecador e a comunicação de uma nova vida divina — algo que o batismo não pode produzir, pois este é apenas um sinal externo da fé já existente.

O próprio texto de Marcos 16:16 confirma isso: “Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.” A ênfase está em crer. A condenação não vem por não ser batizado, mas por não crer. O batismo é o testemunho público da fé, não a causa da salvação. O ladrão na cruz creu e foi salvo, sem ser batizado, mostrando que o novo nascimento vem da fé no Filho de Deus, e não de um rito.

Portanto, nascer de novo é nascer do Espírito de Deus, e a “água” mencionada por Cristo simboliza a Palavra de Deus, que é o instrumento pelo qual o Espírito opera a regeneração. O apóstolo Pedro declara: “Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre.” (1 Pedro 1:23). E Tiago confirma: “Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade.” (Tiago 1:18).

Assim, o novo nascimento não é o batismo do arrependimento, mas a obra sobrenatural do Espírito Santo que dá nova vida àquele que crê no Senhor Jesus Cristo como Salvador. O batismo é um passo de obediência, posterior à fé, que simboliza a morte e ressurreição com Cristo (Romanos 6:3–4), mas não confere vida espiritual.

Josué Matos


Por que Deus mandava matar no Antigo Testamento?

 Alguém me escreveu dizendo:

Eu nunca ouvi a voz de nenhum deus, mas se ele me ordenasse matar mulheres e crianças, como está escrito no Antigo Testamento, eu o mandaria para o inferno!

Minha Resposta:

Você disse que mandaria Deus para o inferno se Ele ordenasse algo assim. Mas pense comigo: se existe um Deus, o inferno não é o lugar onde Ele vai, mas o lugar de onde Ele julga. A criatura não pode julgar o Criador. É o Criador quem julga a criatura.

As passagens do Antigo Testamento que você mencionou não foram atos de crueldade gratuita, mas de juízo contra povos mergulhados em idolatria, violência e imoralidade, que sacrificavam seus próprios filhos e desprezavam toda a luz que Deus lhes dera. Ele suportou sua maldade por séculos, oferecendo oportunidades de arrependimento antes de executar a sentença. O Deus que julga o pecado é o mesmo que oferece perdão ao pecador.

No Calvário, esse mesmo Deus se fez homem na pessoa do Senhor Jesus Cristo e tomou sobre Si o castigo que todos nós merecíamos. Ele não mandou ninguém para a morte — entregou-Se à morte por todos. Foi ali que o amor e a justiça de Deus se encontraram. O Senhor Jesus, inocente, morreu pelos culpados para que o culpado, arrependido, não precisasse enfrentar o juízo eterno.

Você pode rejeitá-Lo, ironizar, ou mesmo desafiá-Lo — mas um dia, querendo ou não, você vai se encontrar com Ele. E naquele dia, não haverá ironia, apenas verdade. A pergunta será: o que você fez com Cristo? O inferno não é o lugar onde os homens mandam Deus, é o lugar para onde vão os que O rejeitam. Hoje Ele ainda fala em graça, oferecendo perdão e vida eterna. Amanhã poderá ser o dia do acerto de contas.

Enquanto há tempo, busque conhecê-Lo não como Juiz, mas como Salvador. Ele ainda estende a mão ensanguentada e diz: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei.”

Josué Matos


Salmo 24

 O Salmo 24 ocupa uma posição singular entre os Salmos 22 e 23, formando com eles uma trilogia profética e espiritual de rara beleza e profundidade. No Salmo 22 vemos o Bom Pastor, que dá a Sua vida pelas ovelhas — uma profecia direta do sofrimento e da crucificação do Senhor Jesus. No Salmo 23 contemplamos o Grande Pastor, ressuscitado dentre os mortos, que conduz e sustenta o Seu rebanho com ternura e cuidado durante a jornada terrena. E no Salmo 24 surge o Príncipe dos Pastores, o Rei da Glória, que voltará para reunir as Suas ovelhas e recompensá-las segundo a fidelidade de cada uma. Essa sequência revela o plano completo da redenção: a cruz, a comunhão e a coroa.

O Salmo 24 é, portanto, um salmo litúrgico e messiânico, celebrando a entrada triunfal do Rei da Glória em Seu santuário. Originalmente, era cantado por um coro às portas do templo, talvez em ocasião de procissão, com três partes distintas (versículos 1-2; 3-6; 7-10), unidas por um propósito cerimonial de adoração. O tema central é a soberania de Deus sobre toda a criação e a santidade exigida daqueles que se aproximam dEle. “Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam” — com essas palavras o salmista reconhece que o domínio de Deus é universal e absoluto.

Nos versículos 3 a 6, o tom torna-se introspectivo e moral: “Quem subirá ao monte do Senhor? E quem estará no seu santo lugar?” A resposta ecoa com força espiritual — só aquele que tem mãos limpas e coração puro, que não vive em falsidade nem busca engano. A adoração aceitável diante do Rei da Glória exige pureza interior e verdade prática. A comunhão com Deus não é privilégio de uma linhagem religiosa, mas resultado da retidão que flui de um coração santificado.

Na parte final (versículos 7 a 10), o cântico se transforma em um diálogo majestoso entre o coro e as portas do templo: “Levantai, ó portas, as vossas cabeças… e entrará o Rei da Glória”. É uma linguagem simbólica, representando o Senhor entrando em Seu santuário celestial após a vitória sobre o pecado, a morte e o inferno. “Quem é este Rei da Glória?” — pergunta a voz litúrgica, e a resposta ressoa: “O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na batalha.” A cena aponta profeticamente para a ascensão de Cristo e Sua entronização à direita de Deus (cf. Colossenses 2:15; Hebreus 2:14-15).

Assim, o Salmo 24 completa a sequência dos três salmos messiânicos: no primeiro, o Salvador morre; no segundo, Ele cuida; e no terceiro, Ele reina. A cruz conduz ao pastoreio, e o pastoreio culmina na glória. Davi, inspirado pelo Espírito Santo, descreveu em três salmos sucessivos a jornada completa do Redentor — da humilhação à exaltação, do vale da sombra da morte ao trono eterno. É por isso que o Salmo 24 não pode ser lido isoladamente: ele é o cântico da vitória do Cordeiro que foi morto, mas vive e reina para sempre como o Rei da Glória.


Mensagem Evangelística – “As Portas do Coração e o Rei da Glória” (Salmo 24)

“Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.
Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.
Quem é este Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na batalha.”
(Salmo 24:1,7-8)

O Salmo 24 é um dos cânticos mais grandiosos da Bíblia. Ele descreve uma procissão triunfal: o Rei da Glória está voltando ao Seu trono, depois de vencer a batalha. Os portais eternos se abrem, e o universo inteiro se curva diante dEle. Mas este cântico não é apenas sobre um evento passado — é também um convite presente. Ele fala de portas que ainda precisam se abrir — não as do templo de Jerusalém, mas as portas do coração humano.

Desde o princípio, o salmo nos lembra de algo essencial: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude.” Tudo o que existe pertence a Ele. A terra é Sua, o mar é Seu, o ar que respiramos é Seu. E você também Lhe pertence. Mas há um paradoxo aqui: o homem, criado por Deus, afastou-se de seu Criador. O pecado nos fez erguer portas fechadas entre nós e Deus — portas de orgulho, incredulidade e autossuficiência.

O pecado faz o homem viver como se fosse dono de si, quando na verdade é apenas um ocupante rebelde na terra do Senhor. E, enquanto o coração permanece trancado, o Rei da Glória fica do lado de fora, batendo, como em Apocalipse 3:20:
“Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele comigo.”

O Salmo 24 pergunta: “Quem subirá ao monte do Senhor? E quem estará no seu santo lugar?” — e a resposta é direta: “Aquele que é limpo de mãos e puro de coração.”
Mas quem de nós pode dizer que tem as mãos limpas e o coração puro? Nenhum! A Bíblia diz: “Não há justo, nem um sequer” (Romanos 3:10). Todos nós estamos moralmente manchados, espiritualmente impuros e afastados do monte santo de Deus.

A boa notícia é que o Rei da Glória não ficou esperando que nós subíssemos até Ele. Ele desceu até nós. O mesmo Senhor que reina sobre toda a terra desceu à terra para buscar o que se havia perdido. Ele veio humilde, montado num jumento, chorando sobre Jerusalém, e foi rejeitado. Depois, subiu outra vez — não ao monte do templo, mas ao monte do Calvário — para purificar o caminho que leva a Deus.

Na cruz, o Rei da Glória foi coroado com espinhos, e as portas do inferno pareceram triunfar. Mas, ao terceiro dia, as portas da morte se abriram diante dEle, e Ele ressurgiu vitorioso! Agora, o Rei da Glória se aproxima de cada alma com o mesmo convite: “Levantai, ó portas, as vossas cabeças... e entrará o Rei da Glória.”

Ele quer entrar na sua vida. Quer fazer do seu coração o Seu templo. Quer derrubar os portões da culpa e das trevas e transformar o que é deserto em jardim. Mas Ele não arromba portas. Ele bate — com amor, com graça, com paciência. A decisão é sua.

O salmo termina perguntando: “Quem é este Rei da Glória?” E a resposta ecoa como um trovão: “O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na batalha.”
Sim, Ele é poderoso — não apenas para criar o universo, mas para salvar o pecador mais distante. Nenhum vício, nenhuma culpa, nenhuma ferida é grande demais para o poder do Rei da Glória. Ele venceu a batalha por você.

Hoje, o mesmo Cristo glorificado que entrou triunfante nos céus quer entrar triunfante no seu coração.
E a pergunta que ecoa nesta noite é:
As portas do seu coração estão abertas para o Rei da Glória?

Não endureça o coração. Entregue-se a Ele agora. Reconheça que “do Senhor é a terra e a sua plenitude” — e que você faz parte dessa criação que Ele quer restaurar. Confesse seus pecados e receba-O como Salvador e Senhor da sua vida.

E quando o Rei da Glória entrar, tudo muda. A culpa é removida, a paz reina, e o coração se torna o trono onde Ele habita. Então, você poderá cantar com verdade:
“O Rei da Glória entrou — e nunca mais sairá.”


Mensagem de Ministério – “Quem é Este Rei da Glória?” (Salmo 24)

“Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.
Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.
Quem é este Rei da Glória? O Senhor dos Exércitos, Ele é o Rei da Glória.”
(Salmo 24:1,7,10)

O Salmo 24 não é apenas um cântico de adoração — é uma declaração de soberania e um chamado à santidade. É um salmo de ministério para o povo de Deus, pois fala daquilo que o Senhor requer dos que se aproximam dEle em adoração e serviço. O salmo mostra que Deus não é apenas o Criador da terra, mas o Dono de tudo o que nela há, inclusive de nós. Portanto, antes de qualquer serviço, antes de qualquer ministério, há uma verdade que deve dominar o coração do servo: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude.”

Tudo pertence ao Senhor — nossos dons, nossos recursos, nosso tempo e a nossa vida. Servir ao Senhor é reconhecer o Seu senhorio sobre todas as coisas. O verdadeiro ministério começa quando o servo se coloca à disposição do Dono da obra, e não quando tenta fazer algo por conta própria. Não há ministério sem submissão. Não há poder sem santidade.

Nos versículos 3 a 5, o salmista faz uma pergunta que deve ecoar no coração de todo aquele que ministra diante de Deus:
“Quem subirá ao monte do Senhor? E quem estará no seu santo lugar?”
Essa pergunta não é sobre talento, carisma ou posição — é sobre caráter.
Deus não procura apenas obreiros habilidosos; Ele busca corações puros e mãos limpas.

As mãos falam das obras — daquilo que fazemos diante dos homens. O coração fala das motivações — daquilo que somos diante de Deus. Mãos limpas e coração puro descrevem o servo que não vive de aparência, mas que tem integridade interior e exterior. Este é o servo que pode permanecer na presença de Deus sem ser consumido, porque o fogo da santidade não encontra nele impureza para queimar.

Quantas vezes o povo de Deus quer subir o monte da presença, mas está preso aos vales da impureza, do orgulho e da mentira. O salmo diz: “Aquele que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente.” Isso fala de sinceridade, de desprendimento, de um ministério centrado em Deus e não na autopromoção. A vaidade é o veneno do altar. Quando o ministério deixa de ser um serviço ao Rei da Glória e se torna um palco para o homem, o Senhor se retira.

Mas quando há santidade e verdade, vem a recompensa: “Este receberá a bênção do Senhor e a justiça do Deus da sua salvação.” O ministério que é santificado é também frutífero. A bênção de Deus não é um aplauso humano — é a unção que faz a diferença. É a presença que acompanha o servo no secreto e se manifesta no público.

A parte final do salmo é um clímax glorioso:
“Levantai, ó portas, as vossas cabeças... e entrará o Rei da Glória!”
Essas portas simbolizam as entradas da vida e do coração, mas também representam os lugares de adoração e ministério. É como se o Espírito dissesse à igreja: “Abram espaço para a presença do Rei. Deixem que Ele entre e governe.”

Muitos ministérios se tornam estéreis porque as portas permanecem fechadas. Há programas, há movimentação, há estrutura — mas o Rei da Glória está do lado de fora. O convite de Deus hoje é para que as portas se levantem novamente, para que o centro volte a ser Cristo. Ele é o Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na batalha. É Ele quem vence por nós, é Ele quem nos dá autoridade, é Ele quem sustenta a obra.

Quando o Rei da Glória entra, tudo muda. A adoração se torna viva, o altar é purificado, e a glória de Deus enche a casa. As batalhas deixam de ser travadas na força humana e passam a ser vencidas pelo poder d’Aquele que nunca perde.

O salmo termina com a pergunta que precisa ser respondida em cada ministério:
“Quem é este Rei da Glória?”
A resposta é a essência de todo serviço cristão:
“O Senhor dos Exércitos — Ele é o Rei da Glória!”

O ministério não é sobre nós. Não é sobre o nome de uma igreja ou de um líder. É sobre o Rei da Glória. Quando Ele é exaltado, o céu se manifesta; quando Ele é honrado, a terra é visitada; quando Ele é entronizado, o povo é transformado.

Portanto, povo de Deus, levantemos as portas do nosso coração, do nosso ministério e das nossas congregações. Que o Rei da Glória entre e tome o Seu lugar. E quando Ele entrar, a Sua glória preencherá tudo — não haverá espaço para o orgulho, nem para a carne, nem para o homem — apenas para Cristo, o Senhor dos Exércitos, o Rei da Glória.


Comentário Profético do Salmo 24 – “O Rei da Glória e o Reino que Há de Vir”

“Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.
Quem é este Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na batalha.”
(Salmo 24:7-8)

O Salmo 24 tem uma profundidade profética extraordinária. Ele não é apenas um cântico de adoração do tempo de Davi, mas uma profecia do futuro glorioso de Cristo, quando Ele voltará como Rei dos reis e Senhor dos senhores para estabelecer o Seu Reino milenar sobre a terra. O salmo deve ser lido à luz dos capítulos proféticos de Isaías, Ezequiel, Zacarias e Apocalipse, pois todos convergem para o mesmo tema: a manifestação visível do Rei da Glória.


1. O Domínio Universal do Senhor (Salmo 24:1-2)

“Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.”
Aqui está a base profética do Reino vindouro: o Senhor é o legítimo dono de toda a criação. O mundo hoje está em rebelião, sob o domínio temporário de Satanás (1 João 5:19), mas este domínio é usurpado e temporário. A proclamação do Salmo 24:1 é a afirmação do direito legal e eterno de Cristo sobre a terra — o mesmo direito que Ele reivindicará quando retornar.

O profeta Ageu 2:7 anuncia: “Farei tremer todas as nações, e virá o Desejado de todas as nações; e encherei esta casa de glória, diz o Senhor dos Exércitos.”
O “Desejado de todas as nações” é o mesmo Rei da Glória que Davi apresenta no Salmo 24. Ele virá não apenas para restaurar Israel, mas para governar sobre todas as nações.

O profeta Daniel 7:14 confirma essa soberania universal:
“Foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído.”
O Salmo 24 antecipa essa coroação universal do Messias.


2. A Santidade do Povo do Reino (Salmo 24:3-6)

“Quem subirá ao monte do Senhor? E quem estará no seu santo lugar?
Aquele que é limpo de mãos e puro de coração...”

Neste ponto, o salmo deixa o terreno da criação e entra no terreno da consagração. O “monte do Senhor” aponta para o Monte Sião, o centro espiritual do governo messiânico (Isaías 2:2-3). Naquele dia, Jerusalém será o trono do Rei (Jeremias 3:17), e as nações subirão até lá para adorar o Senhor dos Exércitos.

Isaías 2:2-3 profetiza:
“E acontecerá nos últimos dias que se firmará o monte da casa do Senhor no cume dos montes, e se exalçará por cima dos outeiros, e concorrerão a ele todas as nações. E irão muitos povos, e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos nas suas veredas.”

Mas só “aquele que tem mãos limpas e coração puro” poderá permanecer diante dEle. Isso fala do remanescente justo de Israel (Zacarias 13:8-9), que será purificado durante a tribulação e entrará no Reino milenar como nação santa e sacerdotal. O “monte do Senhor” é o símbolo da presença purificadora e permanente de Deus entre o Seu povo.

Ezequiel, no capítulo 36, também anuncia essa purificação:
“E aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados... e vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo” (Ezequiel 36:25-26).
Essa promessa espiritual conecta-se diretamente ao Salmo 24, pois o “coração puro” e as “mãos limpas” não vêm do esforço humano, mas da regeneração operada pelo Espírito Santo quando Israel for restaurado.


3. A Entrada Triunfal do Rei da Glória (Salmo 24:7-10)

Aqui está o clímax profético do salmo: o Rei da Glória entra. É uma visão celestial e terrena ao mesmo tempo — um cântico que tem eco tanto na ascensão de Cristo ao céu (Atos 1:9-11; Hebreus 9:24) quanto em Sua volta gloriosa (Apocalipse 19:11-16).

“Levantai, ó portas, as vossas cabeças... e entrará o Rei da Glória.”
É como se as portas eternas — símbolo dos céus e do templo — fossem chamadas a abrir-se para acolher o Vencedor. Cristo, o Senhor forte e poderoso, sobe após ter vencido o pecado, Satanás e a morte. E quando voltar, descerá novamente como o Guerreiro do Senhor.

O profeta Zacarias 14:3-4 descreve essa cena com precisão:
“Então o Senhor sairá e pelejará contra essas nações, como quando peleja no dia da batalha. E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente.”
É o mesmo “Senhor poderoso na batalha” do Salmo 24. O Messias guerreiro descerá com poder, destruirá os inimigos de Israel e estabelecerá o Seu trono de justiça.

O profeta Isaías 63:1-3 também fala desse mesmo momento, em linguagem impressionante:
“Quem é este que vem de Edom, de Bozra, com vestes tintas de vermelho? ... Eu, que falo em justiça, poderoso para salvar.”
Esse é o Rei da Glória — o mesmo Senhor forte e poderoso que Davi viu em visão profética.

E quando Ele entrar em Jerusalém, após a batalha final, cumprir-se-á a palavra de Zacarias 14:9:
“E o Senhor será Rei sobre toda a terra; naquele dia um será o Senhor, e um será o seu nome.”


4. Aplicação Profética e Espiritual

O Salmo 24 nos transporta para o dia em que o Messias reinará em glória, mas também fala espiritualmente à Igreja hoje. O Rei da Glória deseja entrar em Seu templo espiritual — o coração dos que Lhe pertencem (1 Coríntios 6:19). Assim como as portas eternas se abrem no futuro Reino, também o coração do crente deve abrir-se agora à Sua presença.

Mas profeticamente, o salmo aponta além da Igreja, para o tempo em que Israel será restaurado, o Messias será recebido e o Reino prometido a Davi será estabelecido para sempre (2 Samuel 7:12-16; Isaías 9:6-7). O “Rei da Glória” não é um título simbólico — é a identidade real do Senhor Jesus Cristo, que um dia voltará para governar do trono de Jerusalém.


Conclusão

O Salmo 24 é o cântico da reivindicação do Reino. O Criador da terra (v.1-2) é o Redentor do Seu povo (v.3-6) e o Rei Glorioso que virá novamente (v.7-10).
Ele é o mesmo de quem Isaías falou: “O Senhor dos Exércitos, Ele é o Rei da Glória.”
É o mesmo que Ezequiel viu retornando à glória do templo (Ezequiel 43:2).
É o mesmo que Zacarias anunciou pisando o monte das Oliveiras.
E é o mesmo que João contemplou no Apocalipse, vindo do céu montado em um cavalo branco, com muitos diademas e um nome: “Rei dos reis e Senhor dos senhores.”

O Salmo 24 é, portanto, o prelúdio profético da segunda vinda de Cristo — o Rei que venceu, o Rei que voltará, o Rei da Glória que reinará.

Josué Matos

Casei-me com uma Divorciada!

Alguém me escreveu: 
"Por favor, me responda. Estou morando com uma mulher que foi divorciada, temos um filho. Há um ano atrás, comecei a ler a Bíblia e vi que morar junto era pecado. Chamei-a para casar, ela aceitou, daí fomos ao cartório, fizemos toda a papelada. Aí vi aquele versículo que fala: “aquele que casar com a divorciada comete adultério”. Falei para ela que não teríamos mais casamento, que estávamos em pecado. Ela chorou muito, eu também. Estamos morando juntos há quatro anos. Depois que descobri esse versículo, não tenho mais intimidade com ela, só que a gente mora na mesma casa, dorme na mesma cama, me explica, mesmo sem ter relação sexual, mas morando juntos, é pecado? Quero ficar perto do meu filho e cuidar dele, porque ela tem problema de coração. Por favor, me responda."

Minha Resposta:

Compreendo o peso que está sobre o teu coração. A tua situação exige discernimento espiritual, compaixão e fidelidade à Palavra de Deus. Vamos refletir juntos à luz das Escrituras.

Primeiro, a Palavra do Senhor em Mateus 19:9 e Lucas 16:18 ensina claramente que “quem casar com a repudiada comete adultério”. Isso mostra que o casamento de uma pessoa divorciada, cujo cônjuge ainda vive, não é reconhecido por Deus como um novo matrimônio, mas como adultério. O Senhor Jesus reafirmou o princípio da criação: “O que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mateus 19:6). Assim, Deus vê o primeiro vínculo como válido até a morte (Romanos 7:2-3).

No entanto, a tua situação atual envolve responsabilidades morais e familiares que também são importantes diante de Deus. Tu tens um filho e uma mulher enferma que dependem de ti. Isso muda o modo de proceder, embora não mude o princípio. A Escritura nunca manda um homem abandonar os deveres de cuidado e compaixão. Tu não deves tratá-la como esposa, pois reconheces que esse vínculo não é legítimo aos olhos de Deus, mas podes — e deves — tratá-la com amor cristão, ajudando-a como próxima, como mãe do teu filho, e como pessoa necessitada.

Quanto a morarem juntos: viver sob o mesmo teto sem relação conjugal, quando há arrependimento verdadeiro e propósito de santidade, pode ser tolerado apenas se for absolutamente necessário (por exemplo, por causa do cuidado do filho pequeno ou da enfermidade), e mesmo assim deve ser com prudência e sob contínuo testemunho de separação moral e espiritual. É preciso que haja castidade, separação de leitos e um claro testemunho de que não há convivência como casal. Se for possível providenciar moradias separadas, ainda que próximas, isso seria o melhor caminho.

Deus vê o coração. Se o teu arrependimento é sincero e estás disposto a andar na luz, Ele perdoa o passado, mas espera obediência no presente. Cuida dela com respeito e carinho, sem reatar o vínculo conjugal. Cuida do teu filho com responsabilidade e amor. E, acima de tudo, mantém comunhão com o Senhor, confessando os teus pecados e buscando forças para viver em pureza.

“Quem encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Provérbios 28:13).

Josué Matos


A revelação da Trindade não contradiz o monoteísmo hebraico?

A dificuldade de muitos hoje foi exatamente a mesma que os primeiros discípulos e até os judeus piedosos enfrentaram ao tentar compreender como o Senhor Jesus — sendo judeu e afirmando a unidade de Deus conforme Deuteronômio 6:4 — poderia, ao mesmo tempo, afirmar ser um com o Pai (João 10:30).

Na verdade, a revelação da Trindade não contradiz o monoteísmo hebraico; antes, o aprofunda e o esclarece. Quando Moisés declarou: “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor” (Deuteronômio 6:4), a palavra hebraica usada para “único” é echad, que significa unidade composta, e não yachid, que expressa unidade absoluta. O mesmo termo é usado em Gênesis 2:24: “...e serão ambos uma só carne” — dois seres distintos, unidos em uma só realidade. Assim, o Antigo Testamento já deixava aberta a possibilidade de uma pluralidade dentro da unidade divina.

Quando o Senhor Jesus repetiu o mesmo mandamento em Marcos 12:29-30, Ele não estava negando a sua divindade, mas revelando que Ele mesmo fazia parte dessa unidade divina. O próprio contexto do Evangelho mostra isso: o mesmo que citou o Shemá (“Ouve, Israel...”) é o que perdoa pecados (Marcos 2:5-10) — prerrogativa exclusiva de Deus —, acalma o mar com uma palavra (Marcos 4:39-41) e aceita adoração (Marcos 5:6), o que nenhum judeu fiel poderia fazer se não fosse verdadeiramente Deus.

A fé cristã, portanto, não ensina três deuses, mas um só Deus que subsiste eternamente em três Pessoas — o Pai, o Filho e o Espírito Santo —, iguais em essência e natureza, mas distintos em relação e função. O Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus; contudo, não são três deuses, e sim um só. O próprio batismo cristão foi instituído “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mateus 28:19) — observe que “nome” está no singular, mostrando unidade, mas três Pessoas distintas são mencionadas.

Em suma, o monoteísmo judaico foi confirmado e revelado de forma mais plena na pessoa do Senhor Jesus Cristo. Ele não veio negar o Deus de Israel, mas revelá-Lo em toda a Sua plenitude: o Pai que planeja, o Filho que executa e o Espírito que aplica a obra divina na redenção.

Josué Matos

Os Tessalonicenses pensaram que tinha chegado o Dia do Senhor e que o Arrebatamento já tinha acontecido?

 A confusão sobre o “Dia do Senhor” e o arrebatamento realmente surgiu entre os tessalonicenses — Vamos analisar alguns pontos nas duas cartas de Paulo a estes crentes:

Na primeira carta, Paulo ensina que o arrebatamento é a esperança viva da Igreja, um evento iminente, que pode ocorrer a qualquer momento: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido... e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares” (1 Tessalonicenses 4:16-17).
Logo em seguida, ele afirma: “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação” (1 Tessalonicenses 5:9).
Aqui Paulo distingue a ira de Deus (que se manifestará no período da Tribulação) do tempo atual de graça, no qual a Igreja aguarda a vinda do Senhor para levá-la consigo antes do juízo.

Quando escreveu a segunda carta, os tessalonicenses estavam angustiados por falsos ensinos que diziam que o Dia do Senhor já havia chegado (2 Tessalonicenses 2:2).
Esse “Dia do Senhor” não é o arrebatamento, mas o período de juízo e manifestação do Anticristo — isto é, o tempo de ira divina sobre o mundo incrédulo.
Paulo então esclarece: “Porque o Dia do Senhor não virá sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado” (2 Tessalonicenses 2:3).
Ele não diz que a Igreja verá o Anticristo, mas que o Dia do Senhor, isto é, o tempo de juízo, não começará antes da sua manifestação.

O ponto decisivo está no versículo 7: “Aquele que agora o detém o fará até que do meio seja tirado”.
Aquele que o detém é o Espírito Santo habitando na Igreja. Quando a Igreja for arrebatada, o obstáculo à revelação do Anticristo será removido — então ele surgirá.
Portanto, a manifestação do Anticristo vem depois do arrebatamento, não antes.

O arrebatamento e a manifestação do Senhor em juízo são eventos distintos:
– No arrebatamento, Cristo vem para os Seus, em graça.
– No Dia do Senhor, Cristo vem com os Seus, em juízo.
Entre ambos está o período da Tribulação, em que a ira de Deus se derramará sobre os ímpios, enquanto os santos já estarão com o Senhor.

Assim, o arrebatamento não enganou os tessalonicenses; o erro foi crer que o Dia do Senhor (o tempo de juízo) já havia chegado.
Paulo os consola mostrando que antes que isso aconteça, a Igreja será retirada, pois não é destinada à ira, mas à glória.
A Noiva será arrebatada antes que o Anticristo seja revelado — e somente depois virá o juízo sobre o mundo que o rejeitou.

Josué Matos

Os Dons Espirituais!

 Os dons do Novo Testamento podem ser classificados em três grupos principais conforme sua função e duração na história da Igreja:

  1. Dons Fundamentais (ou de Fundamento Apostólico) – serviram para estabelecer a base da Igreja e não se repetem.

    • Apóstolos (Efésios 2:20; 4:11)

    • Profetas do Novo Testamento (Efésios 2:20; 3:5)

    • Evangelistas (Efésios 4:11) — alguns consideram de transição entre os fundacionais e temporários, pois tinham função inicial de expansão.
      Estes dons estavam ligados à revelação e à formação do fundamento da fé cristã. Uma vez que o fundamento foi posto, não há nova revelação (Efésios 2:20; Judas 3).

  2. Dons Temporários (ou Sinais Autenticadores) – tinham a função de confirmar a mensagem apostólica durante o período de revelação das Escrituras, e cessaram quando a revelação foi completada.

    • Dom de línguas (Atos 2; 1 Coríntios 12–14)

    • Interpretação de línguas

    • Profecia (no sentido de revelação direta)

    • Palavra de sabedoria (revelação sobrenatural)

    • Palavra de conhecimento (conhecimento revelado)

    • Dons de curar

    • Operação de milagres

    • Discernimento de espíritos (para validar ou refutar profetas e manifestações espirituais)
      Estes dons serviram como sinais para os incrédulos (1 Coríntios 14:22; Hebreus 2:3-4) e confirmaram os apóstolos como porta-vozes autorizados de Cristo.

  3. Dons Atuais (ou Permanentes) – permanecem em operação na Igreja até hoje, pois visam a edificação, ensino e serviço dentro do Corpo de Cristo.

    • Pastor ou mestre (Efésios 4:11)

    • Doutor ou mestre (Romanos 12:7; 1 Coríntios 12:28)

    • Exortação (Romanos 12:8)

    • Contribuição (Romanos 12:8)

    • Administração (Romanos 12:8; 1 Coríntios 12:28)

    • Misericórdia (Romanos 12:8)

    • Fé (Romanos 12:3; 1 Coríntios 12:9)

    • Serviço ou ministério (Romanos 12:7; 1 Pedro 4:11)

    • Evangelista (Efésios 4:11) — aqui, entendido como dom de proclamar o evangelho, não de ofício apostólico.

Em resumo:

  • Fundamento – apóstolos e profetas (únicos, formaram a base da Igreja).

  • Temporários – dons de sinais e revelação (serviram para autenticar a mensagem e cessaram).

  • Atuais – dons de ensino, liderança e serviço (permanecem para edificação da Igreja).

Assim, os dons fundamentais e temporários cumpriram seu propósito na fase de revelação e estabelecimento da Igreja; os dons atuais continuam até a vinda do Senhor, edificando o corpo de Cristo.


No Novo Testamento, os dons espirituais mencionados somam 21, concedidos pelo Espírito Santo “para o que for útil” (1 Coríntios 12:7). Esses dons aparecem distribuídos em quatro passagens principais, sendo que cada uma delas revela um aspecto distinto da operação do Espírito na Igreja.

1. Romanos 12:6–8 — Dons de serviço e ministério prático

  1. Profecia – v.6

  2. Ministério (serviço) – v.7

  3. Ensino – v.7

  4. Exortação – v.8

  5. Contribuição (liberalidade) – v.8

  6. Presidir (liderar) – v.8

  7. Misericórdia (agir com compaixão) – v.8


2. 1 Coríntios 12:8–10; 28–30 — Dons de manifestação e poder

  1. Palavra da sabedoria – v.8

  2. Palavra do conhecimento – v.8

  3. – v.9

  4. Dons de curar – v.9, v.28

  5. Operação de milagres – v.10, v.28

  6. Profecia – v.10, v.28

  7. Discernimento de espíritos – v.10

  8. Variedade de línguas – v.10, v.28

  9. Interpretação de línguas – v.10, v.30

  10. Apóstolos – v.28

  11. Mestres (ou doutores) – v.28

  12. Ajuda (socorros) – v.28

  13. Governo (administração) – v.28


3. Efésios 4:11 — Dons ministeriais para a edificação do corpo

  1. Apóstolos – v.11

  2. Profetas – v.11

  3. Evangelistas – v.11

  4. Pastores – v.11

  5. Mestres – v.11

(Os dons de Efésios complementam os de Coríntios e Romanos. Quando eliminamos as repetições, o total de dons distintos se estabiliza em 21.)


4. 1 Pedro 4:10–11 — A síntese dos dons

Pedro não apresenta novos dons, mas resume todos os dons do Espírito em duas grandes categorias:

  • Dons de palavra (ensino e proclamação):
    “Se alguém fala, fale segundo as palavras de Deus.” – v.11a

  • Dons de serviço (ações e ministério prático):
    “Se alguém ministra, ministre segundo a força que Deus dá.” – v.11b

O objetivo de Pedro é enfatizar que todos os dons, quaisquer que sejam, devem glorificar a Deus:
“Para que em tudo Deus seja glorificado por meio de Jesus Cristo.” – v.11c


Josué Matos


A Mente Transformada: A Batalha Invisível do Crente

 

“Portanto, irmãos, rogo-vos pelas misericórdias de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:1-2)


“As armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas.” (2 Coríntios 10:4)


“Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus.” (Efésios 6:17)

A mente é o campo de batalha mais estratégico da vida cristã. É ali que se travam as guerras invisíveis que determinam o rumo das nossas decisões, afetos e atitudes. O apóstolo Paulo exorta os crentes a não se conformarem — literalmente, a não tomarem a forma (no grego syschematizo) — com o sistema deste mundo. O mundo tem moldes, e tenta encaixar o pensamento do cristão neles, mas Deus chama-nos à metamorfose (metamorphoo), isto é, a uma transformação genuína que começa no interior e manifesta-se no exterior.

A mente natural é terreno fértil para o engano, pois carrega os padrões da velha natureza. Sem a renovação contínua pelo Espírito e pela Palavra, o crente tende a raciocinar segundo a carne, que é inimizade contra Deus (Romanos 8:7). Por isso, a renovação da mente não é um ato isolado, mas um processo constante de substituição dos pensamentos humanos pelos pensamentos divinos, de rejeição das mentiras do inimigo e assimilação da verdade revelada. Essa transformação não se alcança com esforço psicológico, mas com submissão à Palavra viva de Deus, que discerne os pensamentos e as intenções do coração (Hebreus 4:12).

Em 2 Coríntios 10:4-5, Paulo fala das fortalezas mentais (ochurōma, no grego), estruturas de pensamento que se levantam contra o conhecimento de Deus. Essas fortalezas podem ser raciocínios errados, orgulho intelectual, falsas doutrinas ou hábitos de pensamento contaminados. Elas se erguem como muralhas que impedem a luz de penetrar. Contudo, as armas espirituais — a oração, a fé, a obediência e a Palavra — são poderosas em Deus para demolir essas fortalezas. Quando o Espírito Santo toma posse da mente regenerada, Ele a torna cativa à obediência de Cristo, ensinando o crente a discernir entre o que vem de Deus e o que vem do inimigo.

A batalha pela mente é também descrita em Efésios 6:17 com o capacete da salvação (perikephalaia tou sōtēriou), símbolo da segurança e da consciência da salvação. Satanás procura minar a mente do crente com dúvidas e acusações, mas o conhecimento do que Cristo fez por nós protege o pensamento e dá estabilidade ao coração. O inimigo lança setas inflamadas (belē pepurōmena) — pensamentos de medo, culpa ou incredulidade —, e a fé serve como escudo para extingui-las. Por isso, fé e mente renovada andam juntas: uma sustenta a outra.

O culto racional (latreia logikē, em Romanos 12:1) é a adoração consciente, fruto de uma mente dominada pela verdade. Deus não busca gestos automáticos, mas corações e mentes que discernem a Sua vontade. Quando a mente é renovada, o crente passa a experimentar — isto é, provar pela prática — a vontade de Deus em sua plenitude: boa, agradável e perfeita. Essa tríplice descrição revela que o caminho da obediência não é pesado, mas libertador.

Renovar a mente é, portanto, colocar cada pensamento sob a autoridade de Cristo. É escolher diariamente entre o molde do mundo e o molde do Espírito. É abandonar os velhos esquemas mentais e permitir que a Palavra de Deus reeduque o coração e o raciocínio. Não há verdadeira transformação exterior sem uma reforma interior operada pela mente iluminada pela verdade.

Enquanto o mundo tenta nos conformar pela pressão, Deus nos transforma pela revelação. A mente que se submete à Palavra torna-se instrumento da vontade divina, e o crente passa a viver, pensar e reagir segundo o Espírito. Esta é a vitória mais profunda que alguém pode experimentar — a libertação do pensamento para glorificar a Deus em tudo.

“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude e se há algum louvor, nisso pensai.” (Filipenses 4:8)

Josué Matos

“Medíocre!”

 A palavra “medíocre” vem do latim mediocris, que significa “meio da montanha”, ou “aquele que está no meio”. O termo não era originalmente um insulto — referia-se a algo intermediário, nem excelente nem ruim, mas comum, “que não se eleva”. No seu sentido clássico, descrevia o que não alcança o alto, o que se contenta com pouco, o que não sobe mais.

Na Bíblia, a mediocridade aparece em diversas formas, ainda que o termo em si não seja usado. O Senhor Jesus advertiu contra a vida espiritual morna — nem fria nem quente — ao falar à igreja de Laodiceia:
“Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.” (Apocalipse 3:15-16)
Ser “morno” é, espiritualmente, ser medíocre — viver sem fervor por Deus, satisfeito com uma fé superficial. O crente que vive assim está no meio da montanha: viu a graça, mas não sobe ao monte da comunhão; conhece a verdade, mas não quer se transformar por ela.

Mas quando alguém chama outro de “medíocre” sem entender o peso espiritual desse termo, revela, na verdade, a pobreza da própria alma. Porque o coração que não conhece a graça de Deus enxerga apenas as aparências — e despreza o que vem de Deus. Foi o que aconteceu quando zombaram do próprio Cristo:
“Desprezado e rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.” (Isaías 53:3)

A mediocridade espiritual é fruto da cegueira do coração — de um espírito que não foi iluminado pelo Evangelho. E essa é a razão pela qual o Senhor Jesus disse a Nicodemos:
“Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” (João 3:3)

Você pode possuir cultura, inteligência e posição — mas se ainda não nasceu de novo, está espiritualmente cego. E essa cegueira leva a desprezar o que é santo, a zombar do que é divino, e a tratar a Palavra de Deus como algo insignificante. Porém, “Deus não se deixa escarnecer; tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6:7).

A salvação é o único remédio para essa cegueira interior. O Senhor Jesus veio ao mundo não para engrandecer os que se julgam sábios, mas para salvar os que reconhecem sua necessidade:
“Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.” (Lucas 19:10)

Portanto, o verdadeiro “medíocre” não é aquele que o mundo insulta, mas aquele que vive distante de Deus, contente com uma vida sem propósito eterno. Você ainda pode subir — e o caminho é Cristo. Arrependa-se, creia n’Ele e receba a vida eterna.
“Porque, se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.” (Romanos 10:9)

Hoje, Deus não quer um insulto de seus lábios, mas uma confissão do seu coração. Ainda há tempo para deixar o vale e subir a montanha da graça, onde Cristo perdoa, transforma e dá nova vida.

Josué Matos

É pecado pedir a Deus que nos leve para Si?

 Não é pecado expressar ao Senhor o desejo de partir para estar com Ele, especialmente quando o fardo das lutas parece insuportável. O próprio apóstolo Paulo confessou: “Desejo partir e estar com Cristo, o que é muito melhor” (Filipenses 1:23). Essa era uma expressão sincera de amor e anseio pelo Senhor, não uma fuga da vida, mas o anelo por Sua presença.

No entanto, há uma diferença entre desejar estar com o Senhor e pedir para morrer por não suportar as provações. O primeiro é um sentimento espiritual; o segundo pode ser fruto do desânimo. Elias, por exemplo, pediu a morte (1 Reis 19:4), mas Deus não atendeu a sua oração — antes, fortaleceu-o com alimento e descanso, mostrando que Ele ainda tinha propósito na sua vida.

O Senhor Jesus conhece o peso do sofrimento humano. Ele mesmo, em agonia no Getsêmani, disse: “A minha alma está profundamente triste até à morte” (Mateus 26:38). Contudo, entregou-se à vontade do Pai. Quando o crente chega ao limite, o melhor é dizer como Ele: “Faça-se a tua vontade” (Lucas 22:42).

Deus não se ofende com um coração sincero que clama em dor. Mas Ele quer que, em meio às lágrimas, confiemos que Sua graça é suficiente (2 Coríntios 12:9). O fardo que parece insuportável é muitas vezes o meio pelo qual Ele nos molda, e cada dia que Ele nos concede é uma oportunidade de glorificá-Lo — até o momento em que, por Sua vontade, nos chamará para Si.

Enquanto esse dia não chega, peça-Lhe força para suportar, não para partir. Ele prometeu: “Não te deixarei nem te desampararei” (Hebreus 13:5).

Josué Matos

A Salvação no pode ser Perdida, mas desde que não Viva no Pecado Deliberado?

 A salvação, segundo as Escrituras, não pode ser perdida, porque não depende do mérito humano, mas da obra perfeita de Cristo. Quando alguém é salvo, é feito filho de Deus — e filho não deixa de ser filho. O Senhor Jesus afirmou: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz... e eu lhes dou a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão” (João 10:27-28). A vida eterna é eterna porque depende d’Aquele que é eterno.

Entretanto, a salvação não isenta o crente da disciplina. Hebreus 12 mostra que Deus trata os seus filhos com amor e correção, e é exatamente essa correção que confirma nossa filiação. O crente verdadeiro não vive deliberadamente no pecado, porque o Espírito Santo o convence e o disciplina. “O Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho.” Quando um filho de Deus peca, ele não perde a salvação, mas perde a comunhão, a alegria e o testemunho. Deus, como Pai, intervém — às vezes com tristeza e até com dor — para restaurá-lo.

O pecado deliberado não anula a salvação, mas demonstra que há algo errado no coração: ou a pessoa não nasceu de novo, ou está resistindo à ação disciplinadora de Deus. Em casos extremos, quando o crente persiste obstinadamente no pecado, Deus pode até levá-lo deste mundo, como forma de juízo corretivo (1 Coríntios 11:30-32), mas não o condena com o mundo.

Portanto, quem é nascido de Deus não pratica o pecado como estilo de vida (1 João 3:9), porque recebeu uma nova natureza que o leva a amar a santidade. Mas, quando cai, encontra perdão e restauração: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9).

Assim, a salvação é eterna, mas a comunhão pode ser interrompida. O amor do Pai é inquebrável, mas o Pai não deixa seu filho no erro; Ele corrige, disciplina e restaura, até que produza fruto de justiça.

Josué Matos

Arrependimento e Fé!

"Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados." (Atos 3:19)


O arrependimento bíblico não é apenas um sentimento de tristeza ou remorso, mas uma mudança profunda de mente e de direção produzida pela ação da Palavra de Deus no coração do homem. No original grego, o termo metanoia significa precisamente isso: “mudança de mente”. O arrependimento, portanto, é o reconhecimento sincero da culpa diante de Deus e a decisão interior de se voltar para Ele, abandonando o pecado.

No Antigo Testamento, o arrependimento é frequentemente expresso por verbos que significam “voltar” (shuv), indicando um retorno do homem ao caminho de Deus. Nos profetas, essa ideia é constante: “Deixem o perverso o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos; e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele” (Isaías 55:7).

No Novo Testamento, o arrependimento é o primeiro passo para a salvação. João Batista pregava: “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus” (Mateus 3:2), e o Senhor Jesus iniciou Seu ministério com a mesma mensagem (Marcos 1:15). O arrependimento está sempre ligado à fé salvadora. São dois lados da mesma conversão: o arrependimento é o afastar-se do pecado, e a fé é o voltar-se para Cristo. Onde há fé genuína, há arrependimento verdadeiro; onde há arrependimento real, há fé viva.

O arrependimento, porém, não é apenas para os descrentes. O crente também precisa se arrepender continuamente, não para ser salvo novamente, mas para manter comunhão com Deus. O próprio Senhor ordenou às igrejas do Apocalipse que se arrependessem (Apocalipse 2:5; 3:19). Quando o cristão reconhece o pecado e o confessa, experimenta o perdão e a restauração da comunhão com o Pai (1 João 1:9).

As características do verdadeiro arrependimento incluem:

  1. Convicção de pecado – o Espírito Santo convence o homem de sua culpa (João 16:8).

  2. Tristeza segundo Deus – não mero remorso, mas dor espiritual por ter ofendido a santidade divina (2 Coríntios 7:10).

  3. Confissão e abandono do pecado – quem confessa e deixa alcança misericórdia (Provérbios 28:13).

  4. Mudança de conduta – o arrependimento verdadeiro produz frutos visíveis de transformação (Mateus 3:8).

Assim, o arrependimento é uma obra divina na alma humana, mas que exige resposta pessoal. Deus ordena a todos os homens, em todos os lugares, que se arrependam (Atos 17:30), pois sem arrependimento não há fé verdadeira, nem perdão, nem comunhão com Deus.

Josué Matos

Novos Céus e Nova Terra!

"Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça." (2 Pedro 3:12,13) 

Quando lemos Apocalipse 21 e 22, vemos que a Nova Jerusalém desce “do céu, da parte de Deus, ataviada como uma esposa para o seu marido”. Esta cidade simboliza a Igreja glorificada, composta por todos os redimidos do período atual da graça. É a morada da noiva do Cordeiro.

Contudo, o texto também fala de “novos céus e nova terra”, onde habitarão “os justos” (2 Pedro 3:13). Isso abrange os santos do Antigo Testamento e os salvos das nações (Ap 21:24), que não pertencem à Igreja, mas igualmente desfrutarão da presença de Deus no estado eterno. Assim, haverá distinções de posição e relacionamento, mas não de separação. Todos viverão na presença de Deus, sob a mesma luz e glória do Cordeiro.

Não se trata de uma fusão entre Igreja e Israel, pois cada grupo mantém sua identidade conforme os propósitos divinos, mas todos compartilharão a comunhão perfeita de um só povo redimido, sem barreiras, em plena harmonia com Deus e com o Cordeiro. A diferença de posição é administrativa, não espiritual. A Igreja, como esposa, terá a posição mais íntima; Israel e as nações redimidas terão também o privilégio de participar da bem-aventurança eterna, “porque o tabernáculo de Deus está com os homens” (Ap 21:3).

Portanto, no estado eterno não haverá mais céu e terra separados, nem povos distintos em comunhão com Deus, mas uma criação unida sob a glória divina, onde Ele será tudo em todos (1 Coríntios 15:28). A Nova Jerusalém, embora tenha sua origem celestial, brilhará sobre a nova terra, e as nações andarão à sua luz. Assim, os planos de Deus convergem para um único propósito: reunir todas as coisas em Cristo, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra (Efésios 1:10).

Em suma:
– A Igreja habitará na Nova Jerusalém, centro da glória divina.
– Israel e as nações redimidas habitarão na nova terra, sob essa mesma luz.
– Todos formarão um só povo santo, sem distinção de privilégio espiritual, mas com diferentes esferas de glória e serviço eterno.

Josué Matos

João Ferreira de Almeida - Documentário

 


O Messias, o Príncipe será cortado (Daniel 9:26)

O cálculo das setenta semanas de Daniel 9:24-27 deve ser feito com base na profecia das 70 semanas de anos — cada “semana” representando 7 anos literais, conforme o padrão profético de Ezequiel 4:6 e Números 14:34. Assim, 70 x 7 = 490 anos determinados sobre o povo de Israel.

O ponto de partida é o decreto para restaurar e reedificar Jerusalém (Daniel 9:25). Há quatro decretos históricos, mas o que cumpre exatamente a profecia é o decreto de Artaxerxes Longímano, dado a Neemias no vigésimo ano do seu reinado, em 445 a.C. (Neemias 2:1-8).


A profecia se divide assim:

1. 7 semanas (49 anos) – Tempo da reconstrução de Jerusalém, “com praças e tranqueiras, mas em tempos angustiosos”.

   Período: de 445 a.C. até cerca de 396 a.C.

2. 62 semanas (434 anos) – Continuação até a vinda do Messias, o Príncipe.

   Somando 49 + 434 = 483 anos.

Como se trata de anos proféticos de 360 dias, 483 anos x 360 = 173.880 dias, equivalentes a 476 anos solares (aproximadamente).

Partindo de 445 a.C., somando 476 anos, chegamos ao ano 32 d.C., precisamente o período da entrada triunfal do Senhor Jesus em Jerusalém, poucos dias antes de ser “cortado” (morto), conforme Daniel 9:26.

Portanto, o Messias foi “cortado” não em 38 a.C., mas em torno de 32 d.C., cumprindo as 69 semanas (483 anos).

A 70ª semana ainda não se cumpriu — ela será cumprida futuramente, após o arrebatamento da Igreja, quando Deus voltará a tratar com Israel. Esse período de 7 anos corresponde à Grande Tribulação, onde surgirá o príncipe que há de vir (o anticristo), firmando aliança com muitos e rompendo-a na metade da semana (3 anos e meio).


Em resumo:

- Início: Decreto de Artaxerxes (445 a.C.)

- 69 semanas (483 anos): até a morte do Messias (~32 d.C.)

- Intervalo: tempo da Igreja (mistério não revelado a Daniel)

- 70ª semana: futura, a Grande Tribulação


É por isso que o cálculo correto conduz ao ano da crucificação de Cristo, não ao século anterior ao seu nascimento.

Josué Matos

Quando os 144.000 Evangelistas Judeus Serão Selados?

 

A selagem dos 144 mil em Apocalipse 7 ocorre entre o sexto e o sétimo selo, como observas corretamente. No entanto, isso não significa que seja na segunda metade da tribulação, e sim no início do período tribulacional, logo após o arrebatamento da Igreja.

O capítulo 7 de Apocalipse é um parêntese antes da abertura do sétimo selo (8:1). A cena mostra que, antes dos juízos mais severos caírem sobre a terra (as trombetas e as taças), Deus marca os Seus servos fiéis de Israel — 12.000 de cada tribo, totalizando 144 mil — como uma preservação divina para o testemunho durante toda a tribulação. Esses judeus selados serão protegidos enquanto os juízos se intensificam, tornando-se instrumentos de Deus na proclamação do Evangelho do Reino (Mateus 24:14), levando muitos gentios à fé durante os sete anos.

A confusão surge porque alguns associam a selagem com os últimos três anos e meio, mas o texto não indica isso. Em Apocalipse 14, os 144 mil já aparecem com o Cordeiro sobre o monte Sião, o que mostra que foram preservados até o fim, indicando que o selo os guardou desde o início dos juízos, e não apenas na segunda metade.

Portanto, o selamento ocorre no início da tribulação, entre o sexto e o sétimo selo, e perdura por todo o período, garantindo a preservação dos que serão usados por Deus como testemunhas da Sua graça em meio ao juízo.


Quando chegamos a Apocalipse 14, os selos já abertos e as trombetas já foram tocadas, mas as taças ainda não foram derramadas. Esse capítulo funciona como uma antecipação panorâmica do desfecho, mostrando resultados e visões finais antes do juízo das taças, que só começam em Apocalipse 16.

Vamos situar a sequência:

  1. Selos (Ap 6 a 8:1) — iniciam os juízos.
    O sexto selo leva a grandes cataclismos, e entre o sexto e o sétimo há o capítulo 7, onde os 144 mil são selados.

  2. Trombetas (Ap 8:2 a 11:19) — seguem os selos.
    O sétimo selo introduz as sete trombetas, que são juízos mais severos. Elas se estendem até o capítulo 11.

  3. Capítulos 12 a 14interlúdio profético.
    Esses capítulos não estão em ordem cronológica; são visões explicativas e panorâmicas do conflito espiritual entre Satanás, Israel, o remanescente fiel e o Cordeiro.
    Em 14, João vê o Cordeiro com os 144 mil no monte Sião (v.1), o anúncio do Evangelho eterno (v.6-7), a queda da Babilônia (v.8) e a ceifa e a vindima da terra (v.14-20).
    Tudo isso antecipa o triunfo final de Cristo e os juízos das taças que virão logo em seguida.

  4. Taças (Ap 15–16) — são os últimos juízos, chamados “a ira de Deus consumada” (Ap 15:1).
    Elas completam a série de julgamentos que culminam na vinda de Cristo em glória no capítulo 19.

Portanto, quando Apocalipse 14 mostra os 144 mil com o Cordeiro, as trombetas já passaram, e o texto prepara o leitor para o último ciclo de juízos — as sete taças — que ainda estão por vir.


As sete taças da ira de Deus (Apocalipse 16) serão derramadas num curto espaço de tempo, provavelmente em poucos meses, talvez até em semanas, e não ao longo de anos.

A razão é simples: essas taças são chamadas de “os últimos flagelos”, porque nelas a ira de Deus se consuma (Apocalipse 15:1). Elas vêm no final da grande tribulação, quando os juízos já atingiram seu clímax. Enquanto os selos e as trombetas se estendem por todo o período dos sete anos, as taças acontecem de modo rápido, intenso e consecutivo — sem intervalos nem arrependimento entre elas.

Observe a progressão:

  1. Selos — abrem o cenário e se desenvolvem de forma mais gradual, com intervalos e interlúdios.

  2. Trombetas — aceleram o ritmo e aumentam a severidade, afetando um terço da criação (Ap 8–11).

  3. Taças — caem sem mistura de misericórdia, abrangendo toda a Terra (Ap 16), sem mais pausa ou advertência.

O texto mostra que cada taça segue imediatamente após a anterior, e as reações dos homens revelam que não há mais arrependimento, mas blasfêmia contra Deus (Ap 16:9,11,21). Essa rapidez corresponde ao momento final do governo do Anticristo, pouco antes da batalha do Armagedom (Ap 16:16) e da vinda gloriosa de Cristo (Ap 19).

Portanto, sim — as taças serão derramadas em sequência muito rápida, provavelmente nos últimos meses da tribulação, encerrando o período de juízo divino sobre o mundo rebelde.

Josué Matos

A doutrina da justificação

 

Em Romanos, o apóstolo Paulo apresenta a doutrina da justificação em seu aspecto judicial, mostrando o caminho de como o homem é declarado justo diante de Deus. Ele explica que a Lei revela o pecado, mas não tem poder para justificar: “Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado” (Romanos 3:20). Assim, Paulo mostra que a Lei apenas condena, enquanto a fé em Cristo Jesus justifica. Quando ele menciona que “os que praticam a lei hão de ser justificados” (Romanos 2:13), está apresentando um princípio hipotético: se alguém pudesse guardar toda a Lei perfeitamente, seria justificado por ela — mas isso é impossível, pois “todos pecaram” (Romanos 3:23). Portanto, o propósito da Lei é revelar a incapacidade humana e conduzir o homem à graça de Deus em Cristo.

Já em Gálatas, Paulo defende a mesma verdade, mas contra os judaizantes, que queriam obrigar os crentes gentios a praticarem as obras da Lei como meio de salvação. Por isso ele afirma: “Sabemos que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo” (Gálatas 2:16). Aqui a ênfase é prática e polémica — o apóstolo combate a ideia de que a fé em Cristo precise ser completada pela Lei. Ele declara que a Lei teve a função de tutor (aio), conduzindo-nos a Cristo, para que fôssemos justificados pela fé (Gálatas 3:24-25). Uma vez que Cristo veio, o tutor deixou de ser necessário: “Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de tutor” (Gálatas 3:25).

Assim, não há contradição entre Romanos e Gálatas, mas complemento. Em Romanos, Paulo mostra a necessidade da justificação pela fé; em Gálatas, ele defende essa mesma fé contra quem tentava corrompê-la com obras da Lei. Ambas as epístolas apontam para o mesmo centro: a cruz de Cristo, onde a justiça de Deus e a graça de Deus se encontram.

A justificação pela fé é a base do evangelho: somos declarados justos não porque cumprimos a Lei, mas porque Cristo a cumpriu por nós. Pela fé, somos revestidos da Sua justiça e feitos filhos de Deus (Gálatas 3:26-27). Assim, a Lei teve o seu papel — revelar o pecado e mostrar nossa incapacidade —, mas a fé nos introduz na nova vida em Cristo, onde vivemos pela graça e não mais pela letra.

Que o Senhor te abençoe com entendimento espiritual e alegria nesta verdade: “Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus” (Romanos 3:24).

Josué Matos

Osho, foi um guru indiano líder do movimento Rajneesh

 "A existência é aquilo que é, Deus é aquilo que não é. A existência é uma realidade, Deus é uma ficção. A existência está disponível apenas para meditadores, pessoas de silêncio. A existência não é sua invenção - Deus é. Eis porque há somente uma existência, mas milhares de deuses". Osho

A frase de Osho revela exatamente o contraste entre a filosofia humana e a revelação divina. Osho tenta dissolver Deus dentro da própria criação, reduzindo-O a uma projeção mental. Essa é a velha mentira da serpente no Éden: “Sereis como Deus” (Gênesis 3:5). Desde então, o homem natural tenta negar o Criador para exaltar a criatura, adorando a si mesmo e à natureza, chamando isso de “existência”.

Mas a Bíblia declara o oposto: “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gênesis 1:1). A existência não é a origem de Deus — é Deus quem dá origem à existência. Ele é autoexistente, eterno e pessoal. O universo é obra de Suas mãos, não o Seu substituto. Negar isso é confundir o Criador com a criação.

A ideia de que “Deus é aquilo que não é” é vazia e contraditória. O apóstolo Paulo escreveu: “Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas” (Romanos 1:20). Ou seja, Deus não é uma invenção humana, mas a própria razão pela qual tudo existe. A mente humana é limitada demais para inventar o Eterno; ela apenas reconhece o que Ele já revelou.

Osho afirma que apenas os “meditadores silenciosos” acessam a realidade. No entanto, o verdadeiro conhecimento não vem do vazio da mente, mas da Palavra viva de Deus: “A fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Romanos 10:17). O silêncio interior não revela o Criador; quem O revela é o Espírito Santo através da Escritura inspirada.

Enquanto Osho proclama que há “milhares de deuses”, a revelação bíblica afirma: “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor” (Deuteronômio 6:4). A multiplicidade de “deuses” reflete a fragmentação da mente humana; mas o Deus da Bíblia é um só — absoluto, pessoal e eterno. Ele não é uma ideia, mas uma Pessoa que se revelou em Cristo: “Ninguém jamais viu a Deus; o Filho unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer” (João 1:18).

Portanto, a diferença é profunda: Osho exalta a experiência interior humana; o cristianismo exalta a revelação divina objetiva. Osho coloca o homem como centro; a Bíblia coloca Cristo como centro. E é por isso que uma filosofia sem Deus conduz à confusão, mas o evangelho conduz à vida eterna: “E esta é a vida eterna: que te conheçam a ti só por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17:3).

Josué Matos

Não existe apenas um só Deus, mas INFINITOS deuses?

 Esta pergunta reflete uma ideia panteísta e politeísta — a de que tudo o que existe é “Deus” ou “parte de Deus”, e que há incontáveis deuses manifestos em cada forma de vida ou energia do universo. Essa concepção é comum em certas vertentes do hinduísmo e do gnosticismo antigo, mas é completamente contrária à revelação bíblica.

A Palavra de Deus revela um Criador distinto da criação, que existe desde a eternidade e trouxe todas as coisas à existência pelo poder da Sua palavra: “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gênesis 1:1). O universo não é Deus — é obra de Suas mãos (Salmo 19:1). A criação manifesta os Seus atributos invisíveis, mas nunca se confunde com Ele (Romanos 1:20-25).

A ideia de que “cada forma de vida é Deus” dissolve a distinção entre o Criador e a criatura, levando inevitavelmente à idolatria: “dizendo-se sábios, tornaram-se loucos, e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis” (Romanos 1:22-23). O panteísmo é, na verdade, a velha mentira da serpente no Éden: “sereis como Deus” (Gênesis 3:5).

Quando o Senhor Jesus citou “vós sois deuses” (João 10:34), não estava afirmando que o homem é divino por natureza. Ele estava se referindo ao Salmo 82:6, onde os juízes de Israel são chamados “deuses” no sentido de exercerem autoridade delegada, representando Deus na terra. Mas o próprio contexto os repreende por julgarem injustamente. Jesus usa o texto para mostrar que, se até homens imperfeitos foram chamados “deuses” por exercerem uma função dada por Deus, quanto mais Ele, o Filho de Deus, que é da própria essência divina (João 10:35-36).

Portanto, longe de apoiar a noção de divindades múltiplas ou imanentes, a Escritura afirma com absoluta clareza: “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor” (Deuteronômio 6:4). Há um só Deus eterno, pessoal e soberano, revelado nas três Pessoas da Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Ele não é parte do universo — o universo depende Dele para existir.

O chamado de Deus não é para o homem descobrir a divindade dentro de si, mas para reconhecer sua condição de criatura caída e receber a vida eterna mediante a fé em Jesus Cristo, o único Salvador. “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (1 Timóteo 2:5).

Josué Matos

Há hierarquia na igreja local?


Hebreus 13:17 diz: “Obedecei a vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossas almas, como quem há de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isto não vos seria útil.”

Este versículo mostra que, nas assembleias reunidas somente ao Nome do Senhor, existe responsabilidade espiritual, não hierarquia humana. O Novo Testamento nunca apresenta uma “classe superior” de líderes sobre os santos, mas sim irmãos que servem. A liderança bíblica é exercida por meio do cuidado e do exemplo, e não por autoridade institucional.

Os “guias” (ou líderes) mencionados em Hebreus 13:7 e 17 são homens maduros espiritualmente, reconhecidos pelo rebanho, que “velam pelas almas”. Eles não são superiores aos demais, mas servos que têm a responsabilidade de ensinar, exortar e proteger. Em Atos 20:28, Paulo diz aos anciãos de Éfeso: “Olhai por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus.” Note que é o Espírito Santo quem os coloca nessa função — não uma nomeação humana ou hierárquica.

Portanto, nas assembleias reunidas ao Nome do Senhor Jesus, há ordem e submissão mútua, mas não autoridade clerical. Todos os irmãos são iguais em posição diante de Deus, mas diferem em dons e responsabilidades (Efésios 4:11-12). Os que presidem o fazem com humildade, guiando pelo exemplo (1 Pedro 5:2-3), e os demais crentes são chamados a reconhecer esse trabalho e cooperar voluntariamente, por amor ao Senhor.

Em resumo:

  • Não há hierarquia como nas organizações religiosas humanas.

  • Há liderança espiritual reconhecida, exercida com amor e vigilância.

  • A obediência em Hebreus 13:17 é espontânea, como resposta à fidelidade daqueles que servem e cuidam do rebanho.

Assim, a autoridade na assembleia é a do próprio Senhor Jesus, presente no meio dos que se reúnem em Seu Nome (Mateus 18:20). Todos os irmãos estão debaixo dessa mesma Cabeça, e cada serviço é realizado “como para o Senhor, e não para os homens”.

Josué Matos

A Mulher Perfeita + Marido Narcisista + A Arte de Se Reinventar


 

📘 RESUMO DO LIVRO A Mulher Perfeita

Este livro é uma jornada de reflexão sobre o verdadeiro significado da chamada “mulher perfeita”. Longe de impor padrões ou moldes rígidos, a obra convida a leitora a compreender que perfeição não é ausência de falhas, mas a busca contínua por crescimento pessoal, emocional e espiritual.

Ao longo dos capítulos, são exploradas diversas dimensões da mulher:
sua identidade e autoconfiança;
o desenvolvimento da inteligência emocional;
a importância do amor próprio;
o papel nos relacionamentos conjugais;
a influência no lar, na sociedade e no trabalho;
a liderança com empatia;
a maternidade, a amizade e os laços familiares;
a resiliência diante das dores;
a fé como força interior;
o legado que cada mulher pode deixar para as próximas gerações.

Com uma linguagem acolhedora e prática, o livro mostra que a verdadeira perfeição está em reconhecer o próprio valor, potencializar virtudes, aprender com as vulnerabilidades e viver de forma harmoniosa consigo mesma e com os que a cercam.

🌷 A mulher perfeita não é aquela que nunca erra, mas aquela que se permite florescer em todas as fases da vida.

 

📘 RESUMO DO LIVRO Marido Narcisista

📘 “Marido Narcisista” é um livro impactante que revela, à luz da Bíblia, os mecanismos de abuso emocional camuflados no orgulho, na manipulação e na sede de controle. Ele foi escrito para mulheres que vivem relacionamentos desgastantes com homens que demonstram traços narcisistas, mas não encontram clareza, apoio ou direção.

💔 Quando o narcisismo entra no casamento, surgem dor, ansiedade e uma devastação silenciosa da autoestima.
🙏 Este livro não é um tratado clínico, mas um guia espiritual e prático baseado nas Escrituras — mostrando exemplos como Saul e Nabucodonosor para revelar como Deus lida com o orgulho destrutivo.

📖 Aqui, você vai aprender:
✔️ Como identificar comportamentos narcisistas que ferem emocionalmente;
✔️ Como proteger seu coração com limites saudáveis;
✔️ Como aplicar princípios bíblicos de amor, respeito e dignidade;
✔️ Como encontrar cura, restauração e esperança sem justificar o abuso;
✔️ Como buscar libertação espiritual e emocional com base na Palavra de Deus.

🌿 Este livro é um abraço de Deus para mulheres feridas — mostrando que Ele vê sua dor, se importa com você e tem um caminho de cura e restauração.

“Marido Narcisista” — um guia bíblico para mulheres que querem abrir os olhos, fortalecer a alma e recomeçar com dignidade, fé e esperança.


📘 RESUMO DO LIVRO A Ate de Se Reinventar

🌱 Você já sentiu que precisava recomeçar?

Este livro é para quem deseja transformar dor em força, fracassos em aprendizado e desafios em oportunidades de crescimento.

📘 A Arte de Se Reinventar, de Josué Matos, é uma jornada completa de autodescoberta e reconstrução interior.
Ao longo de 22 capítulos, você vai aprender a:

Entender o verdadeiro significado de se reinventar
Desenvolver resiliência emocional
Superar crenças limitantes que bloqueiam seu crescimento
Enfrentar medos e incertezas com coragem
Encontrar apoio, propósito e autenticidade
Transformar fracassos em degraus para o sucesso
Criar um plano de ação para mudar sua história
Viver uma jornada contínua de evolução

Este não é apenas um livro. É um convite para você se levantar, ressignificar sua trajetória e florescer — mesmo depois das tempestades.

💬 “Reinventar-se não é deixar de ser quem você foi, mas decidir quem você será a partir de agora.”

🌟 Se você está pronto para dar um novo rumo à sua vida, este livro é o seu primeiro passo.

 

William Branham revelou um segredo profético?

 

Branham, líder do movimento pentecostal nos anos 40 e 50, afirmou ter recebido revelações diretas de Deus sobre os sete trovões do Apocalipse, a abertura dos selos e a vinda de um “profeta-mensageiro” para os últimos dias. Seus seguidores acreditam que ele foi esse profeta, o “anjo” de Apocalipse 3:14, e que suas mensagens completam a Bíblia.

Mas aqui está o ponto central: a Bíblia é completa e suficiente em si mesma. O apóstolo Paulo anunciou: “Ainda que nós ou mesmo um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema” (Gálatas 1:8). Branham alegou restaurar verdades perdidas, mas o Senhor Jesus declarou que o Espírito Santo guiaria os apóstolos a toda a verdade (João 16:13). Se toda a verdade foi revelada aos apóstolos, nenhuma “nova revelação” é necessária.

Além disso, Branham distorce pontos essenciais da fé cristã. Ele negou a doutrina da Trindade, afirmando que Deus é uma só Pessoa que se manifesta de três modos, ou que é uma forma de modalismo condenada pela igreja desde o século III. Ele também ensinou que a semente da serpente foi um ato sexual entre Eva e Satanás, algo totalmente contrário às Escrituras.

A profecia bíblica é Cristocêntrica , não antropocêntrica. O centro de toda revelação é o Senhor Jesus, não um homem. Apocalipse 19:10 diz: “O testemunho de Jesus é o espírito da profecia”. Toda profecia autêntica leva ao espírito do Cordeiro, não à exaltação de um profeta.

O Senhor Jesus alertou que nos últimos dias surgiriam falsos profetas que fariam grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, até os escolhidos (Mateus 24:24). Branham fez sinais e curas, mas o poder milagroso não é prova de aprovação divina. Em Deuteronômio 13:1–3, Deus anuncia que mesmo um profeta que causou sinais deveria ser rejeitado se sua mensagem desviasse da verdade revelada.

A autoridade profética terminou com o fechamento do cânon bíblico. Judas 3 exorta os crentes a batalharem pela fé que “uma vez foi dada aos santos”. Não há novas mensagens divinas para completar o que os apóstolos deixaram.

Branham morreu em 1965, e muitos de seus seguidores acreditaram que ele ressuscitaria — o que nunca aconteceu. O verdadeiro profeta de Deus nunca falha (Deuteronômio 18:22). Suas profecias sobre a vinda do Senhor antes de 1977 falharam; logo, não provim de Deus.

Portanto, William Branham não revelou nenhum segredo profético, porque Deus já revelou tudo o que precisamos saber em Sua Palavra. A Bíblia é clara: “Nada atmosférica às suas palavras, para que não te repreenda e seja achado mentiroso” (Provérbios 30:6).

A profecia que ainda resta se cumprirá exatamente como está escrito: o arrebatamento da Igreja, a tribulação, o reino milenar e o estado eterno — tudo centrado em Cristo, não em qualquer homem.

Quem realmente deseja entender o “segredo profético” deve olhar para o Cordeiro de Deus, o único digno de abrir os selos e revelar o futuro (Apocalipse 5:5).

Josué Matos

Nossa vida eterna — no que os Mórmons acreditam?

 

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, conhecida popularmente como a igreja dos Mórmons, ensina que a vida eterna não é apenas viver para sempre, mas alcançar o que eles chamam de exaltação . Isso significa tornar-se semelhante a Deus, receber glória, poder e até o direito de gerar filhos espirituais e governar mundos, assim como o Pai celestial. De acordo com sua doutrina, o homem e a mulher selados no templo podem continuar casados ​​e progredindo após a morte. Para eles, há diferentes graus de glória — o celestial, o terrestre e o telestial — e apenas os mais pedidos à plenitude da exaltação.

Mas será isso o que a Bíblia realmente ensina?

A Palavra de Deus nunca apresenta a vida eterna como uma divinização do homem, mas como um dom gratuito concedido a todo aquele que crê no Senhor Jesus Cristo. “O dom gratuito de Deus é a vida eterna por Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 6:23). Não é algo que conquistamos com esforço, mérito ou cerimônias em templos, mas uma dádiva concedida pela graça. O Senhor Jesus afirmou claramente: “Na casa de meu Pai há muitas moradas... vou preparar-vos lugar” (João 14:2). Note que Ele não prometeu tronos e reinos próprios, mas um lugar na presença do Pai.

Os Mórmons também ensinam que Deus foi um homem como nós e que os seres humanos podem tornar-se deuses. Contudo, a Bíblia revela um só Deus eterno, imutável e infinito. “Antes que os montes nasceram... de eternidade a eternidade, tu és Deus” (Salmo 90:2). O homem foi criado à imagem de Deus, mas jamais será da mesma essência divina. A tentativa de ser “como Deus” foi, na verdade, a mentira primeira de Satanás no Éden (Gênesis 3:5).

A vida eterna, segundo as Escrituras, é conhecer a Deus e desfrutar de comunhão com Ele por meio do Seu Filho. O próprio Senhor Jesus orou dizendo: “A vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17:3). Não se trata de herdar mundos, mas de habitar para sempre na glória de Deus.

Portanto, a esperança do cristão não é ascender a uma condição divina, mas ser transformada à semelhança moral de Cristo, adorando eternamente Aquele que é o único digno de toda a glória.

Josué Matos