Áudios

Pesquisar este blog

Watchman Nee & Witness Lee

 Alguém que me escreveu no YouTube depois de assistir a meu vídeo: Watchman Nee & Witness Lee.

Em se tratando de erros doutrinários, os que são citados por apologetas em relação ao ministério de Nee e Lee são irrisórios percebendo por onde o protestantismo tem ido no passado aliando-se ao racismo e segregacionismo e no presente sendo instrumentalizado pela política. É coar o mosquito e deixar passar o camelo.

Minha Respsota:

Obrigado pela sua mensagem. Entendo o ponto que você levantou, mas permita-me responder com calma e objetividade.

Quando tratamos de erros doutrinários, o critério bíblico nunca é comparar um erro com outro maior, nem medir problemas doutrinários pela régua dos pecados do protestantismo histórico ou pela decadência espiritual do presente. A Palavra de Deus não nos permite esse tipo de relativização. O apóstolo Paulo não disse que um erro se torna “irrisório” quando comparado a um “camelo” maior. Ele disse:

- “Um pouco de fermento leveda toda a massa” (Gálatas 5:9).

- “Examinai tudo, retende o bem” (1 Tessalonicenses 5:21).

- “Se alguém vos anunciar outro evangelho… seja anátema” (Gálatas 1:8).

Ou seja, diante de Deus, qualquer desvio doutrinário é grave — mesmo que outros grupos tenham cometido erros piores. O padrão continua sendo a verdade revelada nas Escrituras, não a comparação entre tradições religiosas.

Além disso, quando se avaliam os ensinos de Watchman Nee e, principalmente, os de Witness Lee, a preocupação dos irmãos que analisam essas doutrinas não está baseada em “apologética rasa” ou em críticas culturais, mas no fato de que alguns pontos tocam diretamente na doutrina da Igreja, da Trindade, da autoridade bíblica e da prática congregacional. Estes pontos, quando distorcidos, afetam a saúde espiritual das assembleias — o que o Novo Testamento trata com extrema seriedade (Atos 20:28-31; 1 Timóteo 4:1; Tito 1:9).

Não é uma questão de coar mosquito e engolir camelo.

É uma questão de fidelidade à doutrina apostólica.

Os próprios apóstolos enfrentaram ensinos que, humanamente falando, poderiam parecer “pequenos”:

– uma mistura judaizante aqui,

– uma filosofia grega acolá,

– uma autoridade espiritual indevida acolá…

Mas o Espírito Santo orientou que tudo isso fosse combatido, porque a verdade de Cristo é indivisível.

Por mais que o protestantismo institucional tenha realmente se desviado em muitos aspectos — e isso é evidente —, esse fato não serve como justificativa para aceitarmos ensinos problemáticos de outros mestres. A Bíblia nunca nos permite escolher “o menor dos males”; ela nos ordena permanecer firmes no que está escrito (2 Timóteo 3:14-17).

Portanto, a questão não é política, nem sociológica, nem histórica.

A questão é simples:

O ensino é conforme a sã doutrina apostólica ou não?

(1 Timóteo 1:3; Tito 2:1)

É isso que deve determinar nossa avaliação — nada mais.

Seja quem for o mestre — e mesmo que tenha produzido grande benefício em algumas áreas — permanecemos com a Escritura como nossa única regra. E quando algo não se harmoniza com ela, ainda que pareça pequeno, não é irrisório. É fermento.

Josué Matos