Alguém que me escreveu no YouTube:
Alguém pode me responder por que Sarah Sheeva ainda usa esse nome que é uma homenagem a um deus hindu? Essa gnóstica disfarçada de cristã fala tanto de "energias" "mundo astral" e todas essas alegorias... Vai me dizer que ela não vai mudar o nome que "mamis" lhe deu? Vale mais agradar e honrar "mamis" do que a Deus? Não foi um tempo de ignorância, Sarah? Muda teu nome, Sarah.
Minha Resposta:
A questão do nome que uma pessoa usa — seja “Sarah”, “Sheeva” ou qualquer outro — não é, em si mesmo, o critério bíblico para medir se alguém agrada a Deus ou se vive em conformidade com a verdade. Na Bíblia, Deus nunca estabeleceu que um nome herdado, dado em ignorância ou vindo de um contexto inadequado, contamina moral ou espiritualmente alguém. O que a Escritura enfatiza é o coração, a doutrina e a prática.
O próprio apóstolo Paulo tratou desse princípio ao escrever aos crentes de Corinto, que viviam rodeados de ídolos. Ele afirmou que “o ídolo nada é no mundo” e que um nome, objeto ou referência cultural não possui poder intrínseco. O que importa é a comunhão verdadeira com Deus e a separação da idolatria em essência, não em aparência (1 Coríntios 8:4; 10:19–20).
Quanto a nomes associados ao passado, a Bíblia está cheia de exemplos de pessoas que continuaram a usar nomes de origem idólatra sem que isso fosse condenação moral. Daniel recebeu o nome “Beltessazar”, homenagem direta ao deus Bel, e ainda assim foi chamado por esse nome durante toda a sua vida pública (Daniel 1:7). Os seus amigos hebreus foram chamados “Sadraque, Mesaque e Abede-Nego”, todos nomes dedicados a divindades babilónicas, e Deus nunca exigiu que abandonassem esses nomes para comprovar fidelidade. O que Deus cobrou deles foi fidelidade no coração, separação do pecado e obediência à Sua Palavra.
A questão, portanto, não é o nome que alguém carrega desde o nascimento, mas o ensino que promove, o evangelho que anuncia e a doutrina à qual se submete. O Senhor Jesus ensinou que “pelos seus frutos os conhecereis” (Mateus 7:16). Frutos não são fonemas, nem origem etimológica de nomes, mas vida, fé, conduta e verdade.
Se alguém usa linguagem mística, conceitos estranhos às Escrituras e tenta misturar cristianismo com elementos do gnosticismo, espiritismo ou hinduísmo — então o problema não é o nome, mas a doutrina. A Bíblia adverte repetidas vezes contra “outra doutrina” (1 Timóteo 1:3), contra “opiniões e fábulas profanas” (1 Timóteo 4:7) e contra ensinamentos que não se alinham à sã doutrina revelada na Palavra.
Por isso, o foco da avaliação bíblica não deve ser a etimologia do nome “Sheeva”, mas sim o conteúdo do que essa pessoa ensina. Se a linguagem usada mistura “energias”, “mundo astral” e categorias místicas não encontradas na Palavra de Deus, isso por si só já levanta um alerta claro. E é isso que deve ser provado à luz das Escrituras — como o crente é ordenado a fazer (1 João 4:1).
A Bíblia nunca manda ninguém mudar o nome para provar santidade. Mas manda abandonar doutrinas estranhas, rejeitar o engano, e permanecer firme na verdade revelada.
Portanto, a verdadeira pergunta não é: “por que ela não muda o nome?”. A pergunta é: “o que ela ensina se harmoniza com a revelação de Deus nas Escrituras?”.
É essa avaliação que importa diante de Deus.