Alguém que me escreveu no YouTube:
Os primeiros cristãos eram católicos!!!
Minha Resposta:
Meu amigo, essa afirmação de que “os primeiros cristãos eram católicos” não corresponde aos fatos históricos nem ao ensino do Novo Testamento.
Quando lemos o livro de Atos e as epístolas, percebemos que os primeiros cristãos eram simplesmente crentes reunidos ao Nome do Senhor Jesus Cristo, perseverando na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações (Atos dos Apóstolos 2:42). Eles não tinham um sistema centralizado, não existia um “bispo universal”, não havia imagens, sacramentos sacramentais, purgatório, rosário, culto aos santos ou qualquer traço do que hoje é conhecido como catolicismo romano. Nada disso aparece no Novo Testamento.
A única autoridade espiritual reconhecida era a das Escrituras inspiradas e dos apóstolos enquanto vivos, e a única Cabeça da Igreja é Cristo (Efésios 1:22). O apóstolo Pedro, que alguns dizem ter sido “o primeiro papa”, jamais exerceu qualquer função semelhante à de um papa moderno; muito pelo contrário, ele se chamou apenas presbítero entre outros presbíteros (1 Pedro 5:1) e nunca reivindicou supremacia sobre os demais.
O próprio apóstolo Paulo advertiu que, após a sua partida, surgiriam homens falando coisas perversas para arrastar discípulos após si (Atos dos Apóstolos 20:29-30). Ou seja: o desvio viria depois, não antes. E esse desvio histórico, que mais tarde formou o sistema religioso romano, realmente começou séculos depois dos apóstolos, especialmente a partir do século III para IV, com a institucionalização, poder político e acréscimos doutrinários estranhos à Palavra de Deus.
Os primeiros cristãos eram cristãos — nada mais, nada menos. Eram discípulos do Senhor Jesus Cristo, salvos pela graça, guiados pelo Espírito Santo e sustentados unicamente pela autoridade das Escrituras. Isso é totalmente diferente do sistema religioso que séculos depois passou a ser chamado de “Igreja Católica Romana”.
Se o modelo dos apóstolos fosse o catolicismo romano, então o livro de Atos e as epístolas seriam irreconhecíveis — mas, graças a Deus, eles permanecem como a testemunha fiel de como a Igreja começou e de como deveria continuar.