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A terra EXISTE a bilhões de anos, dinossauros a milhões de anos?

 Alguém me escreveu no YouTube:

A terra EXISTE a bilhões de anos, dinossauros a milhões de anos, e a nova criação de Deus centenas de anos, pirâmides e até ratanabá é datado a mais de 12 mil anos, e a bíblia começada a ser feita 6 mil anos, uma coisa não anula as outras e sim apenas evidência.

Minha Resposta:

A sua afirmação mistura conceitos sem base histórica sólida, sem coerência cronológica e sem correspondência com o que realmente sabemos — tanto pela arqueologia séria quanto pela própria Escritura. O ponto não é “uma coisa anular a outra”, mas separar fato comprovado de especulação repetida na internet.

  1. A Bíblia não afirma que a Terra tem 6 mil anos.
    O que muitos fazem é somar as genealogias de Gênesis, mas o texto bíblico nunca dá a idade da Terra. O que a Escritura afirma claramente é que Deus é o Criador (Génesis 1:1; Salmos 24:1; Colossenses 1:16). A Bíblia não é um tratado técnico; ela revela propósitos espirituais e a história redentora, não medições geológicas.

  2. “Ratanabá” não é evidência histórica.
    Não há nenhuma publicação arqueológica séria — absolutamente nenhuma — que reconheça ou comprove essa ideia. É um mito moderno difundido online, sem escavações, sem datação, sem confirmação científica, sem reconhecimento académico. Não se pode colocar mitologia recente ao lado de estudos reais.

  3. As pirâmides não têm 12 mil anos.
    A datação mais aceita coloca as principais pirâmides do Egito entre 2600–2500 a.C. (aprox. 4.500 anos), e isso é sustentado por registos, materiais, restos orgânicos datáveis, inscrições e camadas arqueológicas. Não existe qualquer base técnica para a datação de 12 mil anos.

  4. A existência de fósseis e eras geológicas não contradiz a Bíblia.
    Nada nos escritos inspirados proíbe que a Terra seja antiga. O que a Bíblia afirma é que o homem, criado por Deus à Sua imagem, é recente (Gênesis 1:26–27), e que a história humana revelada nas Escrituras não ultrapassa alguns milhares de anos.
    A própria cronologia bíblica é focada na história humana, não na idade do planeta.

  5. O perigo está em aceitar qualquer teoria como “evidência” apenas porque circula online.
    Se queremos discutir história, ciência e fé, precisamos fazê-lo com honestidade intelectual — distinguindo dados verificados de especulação. O problema hoje é que muitos repetem ideias “atrativas” sem exigir provas.

  6. O testemunho bíblico permanece firme:

    • Deus criou o universo (Gênesis 1:1).

    • Ele estabeleceu a humanidade como responsável diante Dele (Romanos 5:12).

    • Toda a história converge para o Senhor Jesus Cristo (Efésios 1:10).

    Isso não é abalado por teorias da internet, nem por cronologias fantasiosas.

Se desejar discutir com seriedade e com fontes confiáveis, posso aprofundar qualquer desses pontos. Mas abandonar a Bíblia por causa de mitos modernos não é racional — é apenas trocar um fundamento sólido por areia solta.


👉 Ratanabá é uma teoria inventada recentemente, sem qualquer base arqueológica, histórica ou científica. Surgiu como um mito moderno da internet, principalmente no Brasil, alimentado por vídeos virais, lives e canais sensacionalistas que misturam pseudociência, ufologia, misticismo e especulação conspiratória.

1. Origem recente da ideia

A narrativa de “Ratanabá” começou a circular por volta de 2021–2022, impulsionada por grupos e páginas que promovem conteúdos de “civilizações perdidas”, “tecnologias avançadas da antiguidade” e “agenda extraterrestre”.
Um dos principais responsáveis pela difusão foi um grupo conhecido por divulgar teorias pseudocientíficas, sem apresentar qualquer documentação verificável, escavação real, datação, publicação académica ou estudo arqueológico reconhecido.

2. O que afirmam?

Segundo esses círculos, “Ratanabá” seria:

  • uma “cidade avançada” escondida na Amazónia;

  • supostamente com mais de “10 ou 12 mil anos”;

  • construída por uma “civilização muito superior”;

  • e “ocultada” pelo governo ou por organizações secretas.

Nada disso possui respaldo técnico. Não existe:

  • qualquer achado arqueológico documentado;

  • nenhuma publicação científica;

  • nenhum estudo topográfico, geológico ou histórico que confirme a existência;

  • nenhuma menção antiga em mitologia indígena que a descreva como cidade real.

3. Por que ganhou tanta força?

Porque combina três elementos que sempre atraem público:

  1. Mistério

  2. Civilizações perdidas

  3. “Descobertas proibidas”

Além disso, a internet amplifica teorias que não exigem comprovação, e muita gente aceita a narrativa pelo fascínio, não pelos factos.

4. A conclusão dos especialistas

  • Arqueólogos que trabalham há décadas na Amazónia nunca encontraram qualquer vestígio que se aproxime dessa descrição.

  • Geólogos e antropólogos classificam a teoria como pseudociência moderna.

  • Historiadores reconhecem “Ratanabá” como um mito surgido no ambiente digital, sem qualquer ligação com achados reais.

5. O que ela representa na prática

“Ratanabá” é um exemplo de como narrativas sem base podem se tornar populares quando são construídas de forma cinematográfica. Mas continua sendo apenas isso:
uma ficção contemporânea circulando como fato.

Josué Matos