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Os unicistas batizam somente em nome de Jesus.

 Alguém que escreveu no YouTube:

Os unicistas batizam somente em nome de Jesus. As menções no livro de Atos do batismo em nome de Jesus significam sob a autoridade de Jesus, que foi quem estabeleceu a ordenança. Diferenciando o batismo cristão do batismo de João. Não é uma fórmula, pois uma fórmula é padrão. Vejamos: Em Atos 2:38 diz: …”em nome de Jesus Cristo…” e em Atos 19:5 “…em nome do Senhor Jesus”. A fórmula bíblica, ordenada por Jesus, está em Mateus 28:19,20. 

Há igrejas que, no batismo, usam uma combinação: “Em nome de Jesus, eu te batizo: Em o nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. Alguns críticos alegam que, desta forma, se está batizando usando o nome de Jesus duas vezes: Em nome de: “Jesus” (forma explícita), “e do filho” (forma implícita).

Minha Resposta:

Agradeço o seu comentário e gostaria de esclarecer alguns pontos importantes sobre o batismo e a expressão “em nome de Jesus”, especialmente porque esse tema tem sido usado por movimentos unicistas para negar a distinção entre as Pessoas divinas.

Quando lemos o livro de Atos, encontramos expressões como “batizados em nome de Jesus Cristo” (Atos 2:38), “em nome do Senhor Jesus” (Atos 8:16) e “em nome do Senhor Jesus” novamente em Atos 19:5. Note que não existe uma fórmula fixa nessas passagens; cada expressão aparece com variações. Isso, por si só, já demonstra que não se trata de uma fórmula litúrgica, mas de uma identificação: o batismo cristão é administrado sob a autoridade do Senhor Jesus, e não mais segundo o batismo de João Batista.

O ponto decisivo, porém, está na distinção entre relato histórico e ordenança dada pelo próprio Senhor Jesus Cristo. Em Mateus 28:19, o Senhor ressuscitado, com toda autoridade no céu e na terra, ordenou:

“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.”

Aqui não há variações. Não são três nomes; é um nome que pertence igualmente ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. O Senhor Jesus não diz “nos nomes”, mas “no nome”, revelando unidade de essência e distinção de Pessoas — não unicidade modalista.

Por isso, o que encontramos em Atos não é uma substituição da ordenança, mas o modo como os apóstolos identificavam publicamente aqueles que criam no Senhor Jesus. Eles não estavam recitando uma fórmula nova, mas declarando a autoridade sob a qual o batismo estava sendo realizado.

Quanto à ideia de que dizer algo como: “Em nome de Jesus, eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” seria repetir o nome do Filho duas vezes, isso não procede. A primeira parte é apenas uma declaração do ministro, indicando quem autorizou o batismo; a segunda parte é a fórmula ordenada pelo Senhor, que deve ser pronunciada no ato. Declarar quem autoriza o batismo não substitui a fórmula. São coisas diferentes.

A preocupação dos apóstolos era que os crentes fossem batizados no batismo cristão, e não no de João. A preocupação do Senhor Jesus é que o batismo fosse realizado no nome trinitário, revelado pelo próprio Deus. Portanto, seguir a ordenança de Mateus 28:19 não é uma tradição posterior; é obedecer diretamente ao mandamento do Senhor Jesus Cristo.

Assim, a prática apostólica e a ordenança do Senhor estão em plena harmonia: Atos descreve a autoridade; Mateus prescreve a fórmula.

Josué Matos