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É verdade que a maioria dos personagens da Bíblia NUNCA existiu?

 Alguém me escreveu no YouTube:

Por favor, faça o seguinte: Entre no Google, acesse o modo IA e faça duas pesquisas: É verdade que a maioria dos personagens da Bíblia NUNCA existiu? Influências do Zoroastrismo nas crenças do Cristianismo. ACORDE!

Minha Resposta:

Vou responder às tuas duas provocações com honestidade, mas também com clareza — porque repetir slogans da internet nunca substituiu a verdade.

  1. “É verdade que a maioria dos personagens da Bíblia nunca existiu?”

Essa frase repete mitos de internet, não evidências históricas. A Bíblia não é uma coleção de fábulas tardias. Ela atravessa a história interagindo com povos reais (egípcios, assírios, babilônios, persas, gregos, romanos), reis documentados e localidades verificáveis.

Alguns exemplos:

Davi — já foi dito durante décadas que nunca existiu, até ser descoberta a famosa Estela de Tel Dã, onde aparece claramente a expressão “Casa de Davi”.
Ezequias — confirmado pelo túnel de Siloé e por inscrições assírias.
Pôncio Pilatos — dito como “personagem inventado”, até encontrarem a pedra de Cesareia Marítima com seu nome e título.
Balaão, Onri, Acabe, Jeú, Tibério César, Sergio Paulo, e muitos outros — todos confirmados por arqueologia e documentos externos.

E o mais irônico é isto: os críticos mudam de opinião cada vez que a arqueologia desenterra uma pá de areia. Ou seja, parte da descrença não nasce de provas, mas de preconceito contra o texto bíblico.

A pergunta não é: “Existiram?”
A pergunta é: “Quanta evidência precisas para parar de fugir da realidade?”

  1. “Influências do Zoroastrismo nas crenças do Cristianismo.”

Esse argumento também é um clássico de quem lê manchetes, não fontes.
O Cristianismo não nasceu na Pérsia. Não nasceu no século V a.C.
O Cristianismo nasce:

• na promessa feita a Abraão no livro de Génesis,
• nas profecias de Isaías, Jeremias, Miqueias, Zacarias,
• na revelação progressiva que culmina no Senhor Jesus Cristo, judeu, dentro da história de Israel.

O Zoroastrismo não explica:

• o monoteísmo absoluto de Deuteronômio 6:4,
• a santidade de Deus apresentada em Isaías 6,
• a doutrina do pecado exposta desde Gênesis 3,
• o Messias prometido em Gênesis 49:10, Isaías 53, Daniel 9,
• a ressurreição do Senhor Jesus confirmada por testemunhas oculares em 1 Coríntios 15.

O Cristianismo não é um recorte tardio de religiões antigas.
É o cumprimento de profecias específicas, dentro de uma linha histórica contínua, apresentada ao longo de mais de 1.500 anos por autores diferentes, em idiomas diferentes, em circunstâncias diferentes — e ainda assim com perfeita unidade doutrinária.

Sugerir que tudo isso é “cópia da Pérsia” é intelectualmente preguiçoso.

  1. “Acorde!”

A ironia é que quem te chama para acordar é justamente o Deus que tentas negar.
A tua raiva contra a fé, o Cristianismo e contra o próprio Deus não nasce de reflexão, mas de conflito interior — e este conflito é um sinal claro de que a tua consciência não está em paz.

Se realmente acreditasses que Deus não existe, não perderias um minuto da tua vida tentando ridicularizá-lo.
Um verdadeiro ateu não luta contra aquilo que julga ser inexistente.

Então o teu problema não é falta de provas.
É falta de vontade.

A verdade não desaparece quando a rejeitas — apenas te afeta ainda mais profundamente.

Estou aqui para responder às tuas perguntas, mas não para alimentar guerras de slogans. Quando quiseres conversar com honestidade e sem máscaras, estarei aqui.

Nota adicional:

A Estela de Tel Dã é um dos achados arqueológicos mais importantes relacionados à Bíblia, especialmente para confirmar a existência histórica do rei Davi. Durante muitos anos, críticos afirmavam que Davi era uma figura mítica, um personagem literário criado séculos depois. Esse discurso caiu por terra quando esta pedra foi descoberta.

Aqui está uma explicação clara e organizada:

  1. O que é?
    A Estela de Tel Dã é uma inscrição em pedra, escrita em aramaico, encontrada no norte de Israel, na antiga cidade bíblica de . Ela faz parte de um monumento comemorativo erguido por um rei arameu cerca do século IX a.C., provavelmente Hazael, inimigo de Israel mencionado em 2 Reis 8–13.

  2. Quando foi descoberta?
    As primeiras partes foram encontradas em 1993, e mais fragmentos em 1994, por arqueólogos israelitas. A descoberta provocou enorme impacto mundial.

  3. Por que é tão importante?
    Porque contém a expressão “Casa de Davi” (em aramaico Beit David).
    Isto significa:
    • Davi não era uma figura lendária.
    • Existia uma dinastia real conhecida e reconhecida pelos povos vizinhos.
    • Israel e Judá eram reinos reais, exatamente como descrito em 2 Samuel, 1 Reis e 2 Reis.

  4. O que a inscrição diz?
    O texto é fragmentado, mas menciona vitórias de um rei arameu sobre “o rei de Israel” e “o rei da Casa de Davi”. Isso confirma a existência de uma linhagem davídica já estabelecida apenas um século e meio após Davi.

  5. Por que isto derruba a crítica liberal?
    Antes da descoberta, muitos afirmavam que Davi era invenção tardia e que sua dinastia nunca existiu. A Estela de Tel Dã provou que:
    • um reino de Judá já era conhecido como “Casa de Davi” no século IX a.C.;
    • não há como inventar uma dinastia retroativamente sem deixar vestígios históricos — mas a estela é justamente um vestígio externo, independente da Bíblia.

  6. Conclusão clara:
    A Estela de Tel Dã é um testemunho arqueológico sólido de que o rei Davi foi uma figura histórica real, reconhecida internacionalmente, e não uma construção literária. Cada nova descoberta arqueológica continua a confirmar o relato bíblico em detalhes que nenhum povo antigo poderia ter “inventado” séculos depois.

Se precisares, posso também explicar os outros achados que confirmam Salomão, Ezequias, Isaías e tantos outros personagens bíblicos.

Josué Matos