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Cuidado! Você pode estar BLASFEMANDO contra o ESPÍRITO SANTO

Alguém que me escreveu depois de ter assistido ao meu vídeo: "Qual foi o espírito que se manifestou na Rua Azusa em 1906?"

Cuidado! Você pode estar BLASFEMANDO contra o ESPÍRITO SANTO. A não ser que tenha o Dom de Discernir espíritos.

Minha Resposta:

Eu não tenho o dom de discernir espíritos — e nunca afirmei ter. Mas tenho algo que Deus deu a todos nós: a capacidade de ler, comparar, provar todas as coisas e reter o que é bom (Primeira Epístola aos Tessalonicenses 5:21). É assim que avalio qualquer movimento religioso: não pelo que as pessoas sentem, nem pelo que dizem ter experimentado, mas pelo que as Escrituras declaram.

A Palavra de Deus é a única referência infalível. Homens mudam de opinião; Deus, não.

Sobre a sua advertência de blasfêmia contra o Espírito Santo, preciso dizer algo com cuidado e seriedade:

A blasfêmia contra o Espírito Santo, conforme o próprio Senhor Jesus ensinou, é atribuir à operação do Espírito Santo aquilo que é obra consciente e deliberada de Satanás (Evangelho segundo Mateus 12:24-32).
No caso dos fariseus, Jesus estava realizando milagres perfeitos, absolutamente inconfundíveis, e eles — vendo e sabendo — atribuíram tudo ao diabo.

Mas o mesmo evangelho também deixa claro que:

1) O Espírito Santo nunca age em confusão.
Primeira Epístola aos Coríntios 14:33 diz que “Deus não é Deus de confusão”.
Logo, quando há desordem, gritos, estados alterados de consciência, perda de domínio próprio, manifestações involuntárias e práticas que anulam a consciência, isso não se harmoniza com o fruto do Espírito, cujo caráter inclui domínio próprio (Epístola aos Gálatas 5:22-23).

2) O Espírito Santo nunca contradiz a Escritura que Ele mesmo inspirou.
Segunda Epístola a Timóteo 3:16 afirma que toda Escritura é inspirada por Deus.
Portanto, qualquer manifestação que negue, ultrapasse ou contradiga o ensino apostólico já se exclui da categoria de obra do Espírito Santo.

3) A Bíblia manda provar os espíritos — não aceitar tudo como sendo de Deus.
Primeira Epístola de João 4:1:
“Não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus.”

Se Deus ordena provar, então não é blasfêmia examinar um movimento religioso à luz das Escrituras; pelo contrário, blasfêmia seria chamar de Espírito Santo algo que Ele não fez.

4) A verdadeira operação do Espírito Santo exalta Cristo, não o homem, nem experiências.
Evangelho segundo João 16:14:
“Ele Me glorificará.”

Se um movimento promove emoções, fenômenos, ruídos e “poderes”, mas não promove santidade, arrependimento e obediência bíblica, dificilmente estamos diante da obra do Espírito Santo.

Agora, sobre a Rua Azusa (1906):

Eu não estava lá, não tenho o dom de discernir espíritos, mas posso ler o que foi produzido, registrado e testemunhado — e comparar com a Bíblia. E ao ler os relatos originais, vemos manifestações que em nada se parecem com o padrão apostólico do Novo Testamento:
– perda de controle;
– “línguas” sem interpretação;
– comportamentos extáticos;
– pessoas caindo, tremendo, rodopiando;
– confusão generalizada.

Nenhuma dessas manifestações aparece em Atos dos Apóstolos. E quando algo semelhante ameaçava surgir na igreja de Corinto, o Espírito Santo corrigiu severamente por meio de Paulo (Primeira Epístola aos Coríntios 12–14).

Portanto, quando afirmo que aquilo não está de acordo com o padrão bíblico, não estou julgando corações, mas comprovando fatos.

Provar um movimento à luz da Bíblia não é blasfemar.
Blasfêmia seria fechar os olhos diante do que a Palavra diz e aceitar como divino o que a Palavra nunca autorizou.

Se a Bíblia é clara — e é — então qualquer movimento legítimo do Espírito Santo precisa obrigatoriamente se ajustar ao que está escrito.

Josué Matos

Os eventos do livro de Apocalipse se referem apenas ao primeiro século?

Alguém que me escreveu no YouTube:

Resumo da Pergunta Enviada:

A pessoa questiona quem passará pela Grande Tribulação e afirma que nem a Igreja nem Israel estarão envolvidos. Defende que os eventos do livro de Apocalipse se referem apenas ao primeiro século e que o livro teria sido escrito por volta de 65 d.C., não em 95 d.C., como é amplamente aceito. Segundo essa visão, Apocalipse 2:22 indicaria que a tribulação pertenceria àquela geração, e Mateus 24 trataria apenas da destruição local de Jerusalém, não do fim do mundo.

A pessoa também contesta a doutrina bíblica da depravação total, dizendo que “todos pecaram” em Romanos 3 se refere a nações e não a indivíduos. Argumenta que esse ensino produziria bloqueios psicológicos, incentivaria teorias conspiratórias e limitaria ações humanas, já que enfatizaria que “só Jesus presta”.

Além disso, afirma que Jesus disse que existem homens bons (citando a ideia de que “o homem bom tira do bom tesouro coisas boas”), e menciona textos de 1 João para sustentar que alguns “não pecam”. Com base nisso, declara que personagens como Noé, Daniel, Jó, João Batista, Enoque e Elias seriam homens sem pecado. Questiona se, diante dessas supostas contradições, quem erra é Jesus ou os pregadores. Por fim, acusa a igreja de criar bloqueios mentais, frustrações e paralisações.

Minha Resposta:

Agradeço a pergunta, mas a resposta precisa ser clara, bíblica e totalmente isenta das teorias preteristas modernas que tentam encaixar todo o livro de Apocalipse no século I. Isso não corresponde ao ensino das Escrituras e confunde profundamente os temas da Grande Tribulação, da justiça de Deus e da condição do homem perante o pecado.

A seguir, respondo ponto a ponto do que essa pessoa lhe escreveu, com base no ensino bíblico sólido e coerente.

1. Quem passará pela Grande Tribulação? A Igreja? Israel?

A Bíblia apresenta a Grande Tribulação como um período de juízo futuro, não como algo limitado ao primeiro século. O próprio Senhor Jesus fala de um tempo que nunca houve igual desde o princípio do mundo e jamais haverá (Mateus 24:21). Isto não se cumpre em 70 d.C., pois o próprio texto afirma que será algo único na história humana, e ainda aponta para eventos globais, não apenas localizados.

A Igreja não passa pela Grande Tribulação, pois será arrebatada antes (1 Tessalonicenses 1:10; 5:9). Israel, sim, passa pelo período chamado de "angústia de Jacó" (Jeremias 30:7), que corresponde à Grande Tribulação. Isso está alinhado com a profecia de Daniel 9 e com a estrutura bíblica geral.

2. O erro da datação de Apocalipse a 65 d.C.

Não existe evidência histórica séria que coloque o livro antes de 70 d.C. A tradição cristã mais antiga, incluindo Irineu, coloca a escrita no reinado de Domiciano (~95 d.C.). Isso bate com o estado das igrejas da Ásia, já maduras, algumas decadentes, o que não condiz com 65 d.C..

Além disso, Apocalipse descreve juízos globais, cósmicos, espirituais e climáticos que não se cumpriram no século I:
– estrelas caindo,
– um terço de mares destruídos,
– todo olho verá o Senhor, etc.

Reduzir isso a Roma antiga é mutilar o texto.

3. “A tribulação seria para aquele século (Apocalipse 2:22)” – interpretação errada

Apocalipse 2:22 fala de juízo local, sobre uma congregação específica, devido ao pecado de Jezabel. Não é referência à Grande Tribulação universal. Misturar os dois é um erro hermenêutico grave.

4. Mateus 24 fala apenas da destruição de Jerusalém?

Não. O próprio capítulo mostra uma linha que se inicia em eventos locais, sim, mas caminha para a volta do Senhor e a reunião dos seus escolhidos (Mateus 24:29–31). Há duas camadas proféticas, como é comum nos profetas do Antigo Testamento.

O sábado e o inverno mencionados no texto fazem parte do contexto judaico do evento, porque a tribulação final envolve Israel, e não a Igreja. Isso não transforma o capítulo em profecia total para o passado.

5. “Depravação total fala de nações, não de indivíduos?”

Romanos 3 não fala de nações, mas de toda a humanidade: judeus e gentios, cada indivíduo. O contexto é moral, espiritual e pessoal:

“Não há justo, nenhum sequer.”
“Todos se extraviaram.”
“A boca deles é cheia de maldição.”

Esses pronomes e construções são pessoais, não nacionais. O ensino é moral, não sociológico.

6. A afirmação de que há homens sem pecado — erro gravíssimo

A pessoa cita Noé, Daniel, Jó, João Batista, Enoque e Elias como “sem pecado”. Isso contradiz diretamente toda a revelação bíblica. A própria Escritura declara:

“Não há homem que não peque.” (1 Reis 8:46)
“Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos.” (1 João 1:8)
“Todos pecaram...” (Romanos 3:23)

Os homens citados foram justos, não sem pecado. Ser justo no Antigo Testamento significa ser piedoso, sincero e obediente, não impecável. Somente o Senhor Jesus é absolutamente sem pecado (Hebreus 4:15).

7. 1 João 5:18 – “O nascido de Deus não peca” significa impecabilidade?

Não. O sentido é: o nascido de Deus não vive na prática do pecado.
A própria carta diz:

“Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos...” (1 João 1:8)
“Se confessarmos os nossos pecados...” (1 João 1:9)

Portanto, o mesmo João que escreveu 5:18 afirma que o crente ainda peca. Ele condena o estilo de vida dominado pelo pecado, não a existência de pecado em si.

8. Ataques à Igreja como “bloqueio mental”

Isso revela um problema espiritual sério. Quem despreza a Palavra revelada, quem se recusa a se ver como pecador necessitado de perdão, cria uma teologia psicológica para tentar aliviar a consciência. Mas a verdade é que o evangelho não bloqueia: liberta.

“Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8:32)

O que paralisa não é o evangelho, mas o orgulho humano, que se recusa a admitir necessidade de salvação.

9. Sobre a crítica: “Só Jesus presta”

De facto, só o Senhor Jesus presta. É exatamente isso que a Bíblia revela. O homem não se salva, não se melhora, não evolui moralmente a ponto de se justificar diante de Deus.

“Não há quem faça o bem, nenhum sequer.” (Romanos 3:12)

Quem rejeita isso rejeita o diagnóstico divino, mas isso não altera a realidade.

10. Conclusão da resposta ao questionador

Irmão, a pessoa que lhe escreveu está profundamente influenciada por interpretações humanas, psicologizantes e contrárias ao ensino claro da Bíblia. Está tentando reinterpretar o pecado, a profecia, o juízo e a própria necessidade do Salvador. Mas a Escritura permanece firme:

– O pecado é universal.
– O Salvador é único.
– A Grande Tribulação é futura.
– A Igreja não passa por ela.
– Israel será purificado nesse período.
– Só o sangue de Cristo limpa o pecador.

Responda-lhe com paciência, mas sem abrir mão da verdade. A oposição à Palavra sempre existiu, mas a verdade não muda porque alguém a contesta.

Que o Senhor lhe dê graça e firmeza para apresentar o evangelho tal como foi revelado.

Josué Matos

No Milênio, esse Messias é da descendência de Davi que os Judeus estão esperando?

 Alguém que me escreveu no WhatsApp:

No Milênio os Judeus estarão com o Messias reinando por 1000 anos. Consulta: Esse Messias é da descendência de Davi que os Judeus estão esperando? Seria uma pessoa ou é o próprio Jesus reinando no trono terrenal do Milênio?

Minha Resposta:

A tua pergunta é extremamente pertinente, porque toca no cerne da esperança de Israel e na manifestação gloriosa do Reino Milenar prometido pelos profetas.

De forma clara e direta:

No Milénio, o Messias que reinará sobre Israel é uma Pessoa real, descendente de Davi segundo a carne — e essa Pessoa é o próprio Senhor Jesus Cristo.
Não haverá outro Messias. Não haverá duas figuras. Não haverá um representante davídico diferente de Cristo. Toda a expectativa messiânica do Antigo Testamento converge n’Ele.

O que acontece é que, para Israel, o Messias prometido é descrito de duas maneiras:

  1. Um rei humano, descendente da casa de Davi, conforme anunciado em 2 Samuel 7:12-16, Isaías 11:1-10 e Jeremias 23:5.

  2. O próprio Senhor, Jeová, vindo para reinar, conforme Isaías 40:10, Zacarias 14:3-9 e Miqueias 5:2.

A revelação do Novo Testamento resolve o “mistério”:
O Messias é simultaneamente filho de Davi e Filho de Deus. A genealogia terrena assegura o direito legal ao trono; a Sua natureza divina assegura a justiça, a autoridade e a eternidade do Seu reino.

Quando o Senhor Jesus nasceu, o anjo declarou a Maria:

“Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim.”
Lucas 1:32-33

Ou seja: o trono é de Davi, mas o Rei é o Senhor Jesus.

Depois da rejeição do Messias na Sua primeira vinda, Israel foi colocado de lado por um tempo, conforme Romanos 11. Mas Deus cumprirá Sua palavra literal a Abraão, Isaque, Jacó e Davi. No Milénio, Israel será restaurado, e Cristo reinará em Jerusalém, conforme Zacarias 14:4,9.

Portanto:

Sim, o Messias esperado pelos judeus é descendente de Davi.
Sim, esse Messias é uma única Pessoa.
E essa Pessoa é o próprio Senhor Jesus Cristo, que exercerá governo real e visível no trono de Davi durante os 1.000 anos.

O Antigo Testamento prometeu o Messias.
O Novo Testamento identificou Quem Ele é.
No Milénio, Israel verá aquilo que rejeitou na primeira vinda.

E todas as promessas encontrarão o seu cumprimento perfeito n’Aquele que é “a Raiz e a Geração de Davi” (Apocalipse 22:16).

Josué Matos


Gostaria muito que tivesse pessoas reunidas pelo ensino de Mário Persona em Santo Ângelo, RS.

Alguém que me escreveu no YouTube:

Eu gostaria muito que tivesse pessoas reunidas pelo ensino de Mário Persona em Santo Ângelo, Rio Grande do Sul. Queria muito me juntar, ouvir e ter novos irmãos em Cristo. 

Minha Resposta:

Entendo profundamente o seu desejo de estar congregado com irmãos sinceros que se reúnam somente ao nome do Senhor Jesus Cristo, seguindo o padrão das Escrituras e não os sistemas religiosos criados pelos homens. Esse anseio é algo precioso, e mostra que o Espírito de Deus tem colocado no seu coração o desejo por comunhão segundo a verdade.

Mas é importante lembrar que uma assembleia local não nasce porque alguém admira um pregador, um escritor ou qualquer servo de Cristo — seja Mário Persona ou qualquer outro. A base de uma assembleia não é um homem, mas a própria Palavra de Deus. O Senhor Jesus afirmou: “onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mateus 18:20). Isto significa que Ele mesmo é suficiente para iniciar e sustentar um testemunho local.

Se aí em Santo Ângelo não há ainda irmãos reunidos dessa forma, isso não impede que o Senhor comece um trabalho. A obra é dEle. Em Atos dos Apóstolos vemos o Espírito Santo levantando irmãos, dirigindo encontros, abrindo portas e formando assembleias em cidades onde antes não havia absolutamente nada.

Você não precisa de um “grupo pronto” para começar a congregar ao nome do Senhor; basta ter um coração disposto a obedecer às Escrituras. O Senhor conhece o seu desejo e pode trazer outras pessoas que igualmente desejam a verdade. Muitas vezes Ele começa com um pequeno número, como vemos nas próprias epístolas.

Também é bom lembrar que não buscamos “novos irmãos” pelo simples desejo de ter companhia, mas pela consciência de que todo salvo é parte do Corpo de Cristo (1 Coríntios 12:12–27) e deve andar em comunhão, sujeitando-se à autoridade das Escrituras.

Se desejar, posso ajudar orientando biblicamente como se inicia um testemunho local, quais são os princípios do Novo Testamento para a reunião, para a Ceia do Senhor, para a liderança na assembleia e para a vida em comunhão. Não depende de estrutura, nem de templo, nem de placa denominacional — apenas de corações submissos ao Senhor e à Sua Palavra.

Que o Senhor confirme no seu espírito aquilo que Ele tem preparado para você e abra as portas necessárias. Ele é fiel para conduzir todo aquele que o busca com sinceridade.

Em Cristo,
Josué Matos