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A ALMA DEIXARÁ DE EXISTIR PARA AQUELES QUE MORREM SEM CRISTO?

 Alguém que me escreveu no YouTube:

A PAZ DO SENHOR PRESBÍTERO, POR QUE TEM LINHAS TEOLÓGICAS QUE DEFENDEM QUE A ALMA DEIXARÁ DE EXISTIR PARA AQUELES QUE MORREM SEM CRISTO?

Minha Resposta:

A razão de algumas linhas teológicas defenderem que a alma dos que morrem sem Cristo deixará de existir deve-se ao fato de adotarem a doutrina conhecida como aniquilacionismo. Essa ideia afirma que o ímpio, após o juízo, seria simplesmente “extinto”, deixando de existir. Contudo, essa posição não encontra apoio na revelação bíblica.

Quando examinamos as Escrituras, vemos que o homem foi criado com uma alma que continua existindo após a morte física. Em várias passagens, o Senhor Jesus Cristo ensina claramente a consciência após a morte, tanto para salvos como para perdidos.

No diálogo do Senhor sobre o rico e Lázaro em Lucas 16, ambos continuam conscientes após a morte: um em consolação, outro em tormento. Nada indica cessação da existência. Em Mateus 25, o Senhor fala de “castigo eterno” e “vida eterna”. A mesma palavra “eterno” descreve tanto a duração da vida dos salvos como a punição dos perdidos. Se um deixa de existir, seria necessário concluir que o outro também deixaria – o que é impossível.

Além disso, as Escrituras mostram que, na ressurreição, tanto justos quanto injustos ressuscitarão para comparecer diante de Cristo (João 5:28-29). Se o ímpio tivesse deixado de existir, não haveria ressurreição, nem julgamento.

A doutrina da aniquilação surge muitas vezes como tentativa humana de suavizar a gravidade do pecado e o caráter santo e justo de Deus. Mas a Bíblia não ajusta a verdade para se tornar mais agradável ao homem; ela revela o que Deus diz, não o que gostaríamos que dissesse.

Portanto, a alma não deixa de existir. A morte não é o fim, mas a porta para a eternidade — com Cristo ou sem Cristo. É por isso que a mensagem do Evangelho é tão urgente: somente o Senhor Jesus Cristo salva, liberta e transforma quem nele crê.

Se precisar conversar mais sobre o tema, estou à disposição.

Josué Matos

Eu mesmo, fui batizado com o Espirito Santo e curado de Intestino Irritável

 Alguém que me escreveu no YouTube:

A Bíblia relata outros momentos, além de Atos 2 (Pentecostes) em que houve o Batismo com o Espirito Santo. Em (Atos 10) com Cornélio e sua casa.  "Enquanto Pedro pregava, o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a mensagem, e eles começaram a falar em línguas e louvar a Deus". Em (Atos 19) Alguns discípulos só conheciam o batismo de João. " Paulo impôs as mãos sobre eles, e o Espírito Santo veio sobre eles, e eles começaram a falar em línguas e profetizar". E ainda Atos 8 etc. Pedro disse no dia de Pentecostes, após a descida do Espírito Santo: "Essa promessa é para vós, e para vossos filhos, e para todos os que estão longe, a tantos quantos o Senhor, nosso Deus, chamar" (Atos 2:39) portanto, não está limitada ao passado. Eu mesmo, fui batizado com o Espirito Santo e curado de Intestino Irritável, que na época (1994) não havia cura natural. Tenho visto manifestações do Espirito Santo na igreja que só não são mais frequentes por causa da incredulidade dos crentes.  Mas não é necessário crer em mim. Creia na Bíblia:  "E a minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder; ⁵ Para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus".  (1 Coríntios 2:4,5) Essa é a doutrina dos apóstolos.

Minha Resposta:

Agradeço pela tua mensagem. Permite-me mostrar, com base apenas na Bíblia, como entender corretamente estes episódios de Atos e a promessa de Atos 2:39.

Primeiro, é essencial notar que o livro de Atos descreve transições históricas únicas na formação da Igreja. Nem tudo o que aparece em Atos é norma permanente; muitas coisas são eventos que marcaram a passagem do judaísmo para a plena inclusão dos gentios no Corpo de Cristo.

Por isso, quando analisamos Atos 2, 8, 10 e 19, precisamos observar o propósito específico de cada manifestação, e não assumir automaticamente que todos aqueles sinais foram prometidos, sem exceção, a cada crente de todas as épocas.

  1. Atos 2 – Judeus em Jerusalém.
    O Senhor tinha dito que a salvação viria “primeiro ao judeu” (Romanos 1:16). A descida do Espírito em línguas conhecidas (Atos 2:8) serviu como sinal para Israel (1 Coríntios 14:21-22). Foi o cumprimento da promessa do Pai, não porque os discípulos buscavam uma experiência, mas porque Cristo havia sido glorificado (Atos 2:33).

  2. Atos 8 – Samaritanos.
    Os samaritanos eram um povo híbrido, desprezado pelos judeus. Se eles recebessem o Espírito sem a presença dos apóstolos, poderiam formar uma igreja paralela, separada de Jerusalém. Por isso Deus reteve a descida do Espírito até que Pedro e João chegassem. O propósito não era estabelecer um padrão de “segunda bênção”, mas evitar divisão e demonstrar que judeus e samaritanos agora formariam um só Corpo.

  3. Atos 10 – Gentios.
    Cornélio e sua casa receberam o Espírito durante a pregação, “assim como nós no princípio” (Atos 11:15). O objetivo não era dar experiência pessoal, mas convencer Pedro e a Igreja judaica de que Deus aceitava gentios sem circuncisão. A ênfase não é a experiência, mas a inclusão dos povos, conforme Efésios 3:6.

  4. Atos 19 – Discípulos que nem conheciam o evangelho.
    Aqueles homens não eram discípulos de Cristo, mas apenas de João Batista. Após ouvirem o evangelho e crerem, receberam o Espírito. Aqui não se trata de crentes buscando um “batismo especial”, mas de pessoas que ainda nem eram salvas.

Percebes como cada caso tem um propósito histórico claro, ligado à formação inicial da Igreja? Por isso, não podemos transformá-los em uma regra universal.

Quanto a Atos 2:39 — “a promessa é para vós, para vossos filhos e para todos os que estão longe” — o próprio Pedro explica que a promessa é o perdão dos pecados e o dom do Espírito Santo concedido na conversão (Atos 2:38; Gálatas 3:2). O texto não promete repetição perpétua dos sinais, mas a salvação completa a todos os que Deus chamar.

Sobre experiências pessoais, não tenho razão alguma para duvidar que Deus possa curar e consolar como quiser. Mas experiências nunca podem definir doutrina. O apóstolo Paulo adverte:

“Aprendei a não ir além do que está escrito”
1 Coríntios 4:6

E também:

“Os judeus pedem sinais”
1 Coríntios 1:22

A verdadeira evidência do Espírito na vida do crente não são sinais exteriores, mas aquilo que o Novo Testamento apresenta como norma: fruto do Espírito, transformação, santidade, amor, submissão à Palavra (Gálatas 5:22-23; João 17:17).

Por fim, quando Paulo diz que a sua pregação era “em demonstração do Espírito e de poder” (1 Coríntios 2:4-5), ele explica que esse poder está no evangelho de Cristo crucificado (1 Coríntios 1:23-24), não em manifestações sensoriais. O poder que produz fé salvadora é o da Palavra, não o de experiências externas.

Assim, recebo com respeito teu testemunho, mas sigo a Escritura: o batismo com o Espírito Santo, como experiência distinta da conversão, não é uma doutrina ensinada nas epístolas — que são justamente os livros destinados a estabelecer doutrina para a Igreja.

A Bíblia é suficiente, e ela afirma:

“Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.”
Romanos 8:9

Ou seja: todo salvo já tem o Espírito Santo — não há cristão sem Ele.

Fico à disposição caso queiras continuar a conversar sobre a Palavra de Deus.

Josué Matos

Watchman Nee & Witness Lee

 Alguém que me escreveu no YouTube depois de assistir a meu vídeo: Watchman Nee & Witness Lee.

Em se tratando de erros doutrinários, os que são citados por apologetas em relação ao ministério de Nee e Lee são irrisórios percebendo por onde o protestantismo tem ido no passado aliando-se ao racismo e segregacionismo e no presente sendo instrumentalizado pela política. É coar o mosquito e deixar passar o camelo.

Minha Respsota:

Obrigado pela sua mensagem. Entendo o ponto que você levantou, mas permita-me responder com calma e objetividade.

Quando tratamos de erros doutrinários, o critério bíblico nunca é comparar um erro com outro maior, nem medir problemas doutrinários pela régua dos pecados do protestantismo histórico ou pela decadência espiritual do presente. A Palavra de Deus não nos permite esse tipo de relativização. O apóstolo Paulo não disse que um erro se torna “irrisório” quando comparado a um “camelo” maior. Ele disse:

- “Um pouco de fermento leveda toda a massa” (Gálatas 5:9).

- “Examinai tudo, retende o bem” (1 Tessalonicenses 5:21).

- “Se alguém vos anunciar outro evangelho… seja anátema” (Gálatas 1:8).

Ou seja, diante de Deus, qualquer desvio doutrinário é grave — mesmo que outros grupos tenham cometido erros piores. O padrão continua sendo a verdade revelada nas Escrituras, não a comparação entre tradições religiosas.

Além disso, quando se avaliam os ensinos de Watchman Nee e, principalmente, os de Witness Lee, a preocupação dos irmãos que analisam essas doutrinas não está baseada em “apologética rasa” ou em críticas culturais, mas no fato de que alguns pontos tocam diretamente na doutrina da Igreja, da Trindade, da autoridade bíblica e da prática congregacional. Estes pontos, quando distorcidos, afetam a saúde espiritual das assembleias — o que o Novo Testamento trata com extrema seriedade (Atos 20:28-31; 1 Timóteo 4:1; Tito 1:9).

Não é uma questão de coar mosquito e engolir camelo.

É uma questão de fidelidade à doutrina apostólica.

Os próprios apóstolos enfrentaram ensinos que, humanamente falando, poderiam parecer “pequenos”:

– uma mistura judaizante aqui,

– uma filosofia grega acolá,

– uma autoridade espiritual indevida acolá…

Mas o Espírito Santo orientou que tudo isso fosse combatido, porque a verdade de Cristo é indivisível.

Por mais que o protestantismo institucional tenha realmente se desviado em muitos aspectos — e isso é evidente —, esse fato não serve como justificativa para aceitarmos ensinos problemáticos de outros mestres. A Bíblia nunca nos permite escolher “o menor dos males”; ela nos ordena permanecer firmes no que está escrito (2 Timóteo 3:14-17).

Portanto, a questão não é política, nem sociológica, nem histórica.

A questão é simples:

O ensino é conforme a sã doutrina apostólica ou não?

(1 Timóteo 1:3; Tito 2:1)

É isso que deve determinar nossa avaliação — nada mais.

Seja quem for o mestre — e mesmo que tenha produzido grande benefício em algumas áreas — permanecemos com a Escritura como nossa única regra. E quando algo não se harmoniza com ela, ainda que pareça pequeno, não é irrisório. É fermento.

Josué Matos

Os primeiros cristãos eram católicos!!!

 Alguém que me escreveu no YouTube:

Os primeiros cristãos eram católicos!!!

Minha Resposta:

Meu amigo, essa afirmação de que “os primeiros cristãos eram católicos” não corresponde aos fatos históricos nem ao ensino do Novo Testamento.

Quando lemos o livro de Atos e as epístolas, percebemos que os primeiros cristãos eram simplesmente crentes reunidos ao Nome do Senhor Jesus Cristo, perseverando na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações (Atos dos Apóstolos 2:42). Eles não tinham um sistema centralizado, não existia um “bispo universal”, não havia imagens, sacramentos sacramentais, purgatório, rosário, culto aos santos ou qualquer traço do que hoje é conhecido como catolicismo romano. Nada disso aparece no Novo Testamento.

A única autoridade espiritual reconhecida era a das Escrituras inspiradas e dos apóstolos enquanto vivos, e a única Cabeça da Igreja é Cristo (Efésios 1:22). O apóstolo Pedro, que alguns dizem ter sido “o primeiro papa”, jamais exerceu qualquer função semelhante à de um papa moderno; muito pelo contrário, ele se chamou apenas presbítero entre outros presbíteros (1 Pedro 5:1) e nunca reivindicou supremacia sobre os demais.

O próprio apóstolo Paulo advertiu que, após a sua partida, surgiriam homens falando coisas perversas para arrastar discípulos após si (Atos dos Apóstolos 20:29-30). Ou seja: o desvio viria depois, não antes. E esse desvio histórico, que mais tarde formou o sistema religioso romano, realmente começou séculos depois dos apóstolos, especialmente a partir do século III para IV, com a institucionalização, poder político e acréscimos doutrinários estranhos à Palavra de Deus.

Os primeiros cristãos eram cristãos — nada mais, nada menos. Eram discípulos do Senhor Jesus Cristo, salvos pela graça, guiados pelo Espírito Santo e sustentados unicamente pela autoridade das Escrituras. Isso é totalmente diferente do sistema religioso que séculos depois passou a ser chamado de “Igreja Católica Romana”.

Se o modelo dos apóstolos fosse o catolicismo romano, então o livro de Atos e as epístolas seriam irreconhecíveis — mas, graças a Deus, eles permanecem como a testemunha fiel de como a Igreja começou e de como deveria continuar.

Josué Matos