Branham, líder do movimento pentecostal nos anos 40 e 50, afirmou ter recebido revelações diretas de Deus sobre os sete trovões do Apocalipse, a abertura dos selos e a vinda de um “profeta-mensageiro” para os últimos dias. Seus seguidores acreditam que ele foi esse profeta, o “anjo” de Apocalipse 3:14, e que suas mensagens completam a Bíblia.
Mas aqui está o ponto central: a Bíblia é completa e suficiente em si mesma. O apóstolo Paulo anunciou: “Ainda que nós ou mesmo um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema” (Gálatas 1:8). Branham alegou restaurar verdades perdidas, mas o Senhor Jesus declarou que o Espírito Santo guiaria os apóstolos a toda a verdade (João 16:13). Se toda a verdade foi revelada aos apóstolos, nenhuma “nova revelação” é necessária.
Além disso, Branham distorce pontos essenciais da fé cristã. Ele negou a doutrina da Trindade, afirmando que Deus é uma só Pessoa que se manifesta de três modos, ou que é uma forma de modalismo condenada pela igreja desde o século III. Ele também ensinou que a semente da serpente foi um ato sexual entre Eva e Satanás, algo totalmente contrário às Escrituras.
A profecia bíblica é Cristocêntrica , não antropocêntrica. O centro de toda revelação é o Senhor Jesus, não um homem. Apocalipse 19:10 diz: “O testemunho de Jesus é o espírito da profecia”. Toda profecia autêntica leva ao espírito do Cordeiro, não à exaltação de um profeta.
O Senhor Jesus alertou que nos últimos dias surgiriam falsos profetas que fariam grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, até os escolhidos (Mateus 24:24). Branham fez sinais e curas, mas o poder milagroso não é prova de aprovação divina. Em Deuteronômio 13:1–3, Deus anuncia que mesmo um profeta que causou sinais deveria ser rejeitado se sua mensagem desviasse da verdade revelada.
A autoridade profética terminou com o fechamento do cânon bíblico. Judas 3 exorta os crentes a batalharem pela fé que “uma vez foi dada aos santos”. Não há novas mensagens divinas para completar o que os apóstolos deixaram.
Branham morreu em 1965, e muitos de seus seguidores acreditaram que ele ressuscitaria — o que nunca aconteceu. O verdadeiro profeta de Deus nunca falha (Deuteronômio 18:22). Suas profecias sobre a vinda do Senhor antes de 1977 falharam; logo, não provim de Deus.
Portanto, William Branham não revelou nenhum segredo profético, porque Deus já revelou tudo o que precisamos saber em Sua Palavra. A Bíblia é clara: “Nada atmosférica às suas palavras, para que não te repreenda e seja achado mentiroso” (Provérbios 30:6).
A profecia que ainda resta se cumprirá exatamente como está escrito: o arrebatamento da Igreja, a tribulação, o reino milenar e o estado eterno — tudo centrado em Cristo, não em qualquer homem.
Quem realmente deseja entender o “segredo profético” deve olhar para o Cordeiro de Deus, o único digno de abrir os selos e revelar o futuro (Apocalipse 5:5).