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William Branham revelou um segredo profético?

 

Branham, líder do movimento pentecostal nos anos 40 e 50, afirmou ter recebido revelações diretas de Deus sobre os sete trovões do Apocalipse, a abertura dos selos e a vinda de um “profeta-mensageiro” para os últimos dias. Seus seguidores acreditam que ele foi esse profeta, o “anjo” de Apocalipse 3:14, e que suas mensagens completam a Bíblia.

Mas aqui está o ponto central: a Bíblia é completa e suficiente em si mesma. O apóstolo Paulo anunciou: “Ainda que nós ou mesmo um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema” (Gálatas 1:8). Branham alegou restaurar verdades perdidas, mas o Senhor Jesus declarou que o Espírito Santo guiaria os apóstolos a toda a verdade (João 16:13). Se toda a verdade foi revelada aos apóstolos, nenhuma “nova revelação” é necessária.

Além disso, Branham distorce pontos essenciais da fé cristã. Ele negou a doutrina da Trindade, afirmando que Deus é uma só Pessoa que se manifesta de três modos, ou que é uma forma de modalismo condenada pela igreja desde o século III. Ele também ensinou que a semente da serpente foi um ato sexual entre Eva e Satanás, algo totalmente contrário às Escrituras.

A profecia bíblica é Cristocêntrica , não antropocêntrica. O centro de toda revelação é o Senhor Jesus, não um homem. Apocalipse 19:10 diz: “O testemunho de Jesus é o espírito da profecia”. Toda profecia autêntica leva ao espírito do Cordeiro, não à exaltação de um profeta.

O Senhor Jesus alertou que nos últimos dias surgiriam falsos profetas que fariam grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, até os escolhidos (Mateus 24:24). Branham fez sinais e curas, mas o poder milagroso não é prova de aprovação divina. Em Deuteronômio 13:1–3, Deus anuncia que mesmo um profeta que causou sinais deveria ser rejeitado se sua mensagem desviasse da verdade revelada.

A autoridade profética terminou com o fechamento do cânon bíblico. Judas 3 exorta os crentes a batalharem pela fé que “uma vez foi dada aos santos”. Não há novas mensagens divinas para completar o que os apóstolos deixaram.

Branham morreu em 1965, e muitos de seus seguidores acreditaram que ele ressuscitaria — o que nunca aconteceu. O verdadeiro profeta de Deus nunca falha (Deuteronômio 18:22). Suas profecias sobre a vinda do Senhor antes de 1977 falharam; logo, não provim de Deus.

Portanto, William Branham não revelou nenhum segredo profético, porque Deus já revelou tudo o que precisamos saber em Sua Palavra. A Bíblia é clara: “Nada atmosférica às suas palavras, para que não te repreenda e seja achado mentiroso” (Provérbios 30:6).

A profecia que ainda resta se cumprirá exatamente como está escrito: o arrebatamento da Igreja, a tribulação, o reino milenar e o estado eterno — tudo centrado em Cristo, não em qualquer homem.

Quem realmente deseja entender o “segredo profético” deve olhar para o Cordeiro de Deus, o único digno de abrir os selos e revelar o futuro (Apocalipse 5:5).

Josué Matos

Nossa vida eterna — no que os Mórmons acreditam?

 

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, conhecida popularmente como a igreja dos Mórmons, ensina que a vida eterna não é apenas viver para sempre, mas alcançar o que eles chamam de exaltação . Isso significa tornar-se semelhante a Deus, receber glória, poder e até o direito de gerar filhos espirituais e governar mundos, assim como o Pai celestial. De acordo com sua doutrina, o homem e a mulher selados no templo podem continuar casados ​​e progredindo após a morte. Para eles, há diferentes graus de glória — o celestial, o terrestre e o telestial — e apenas os mais pedidos à plenitude da exaltação.

Mas será isso o que a Bíblia realmente ensina?

A Palavra de Deus nunca apresenta a vida eterna como uma divinização do homem, mas como um dom gratuito concedido a todo aquele que crê no Senhor Jesus Cristo. “O dom gratuito de Deus é a vida eterna por Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 6:23). Não é algo que conquistamos com esforço, mérito ou cerimônias em templos, mas uma dádiva concedida pela graça. O Senhor Jesus afirmou claramente: “Na casa de meu Pai há muitas moradas... vou preparar-vos lugar” (João 14:2). Note que Ele não prometeu tronos e reinos próprios, mas um lugar na presença do Pai.

Os Mórmons também ensinam que Deus foi um homem como nós e que os seres humanos podem tornar-se deuses. Contudo, a Bíblia revela um só Deus eterno, imutável e infinito. “Antes que os montes nasceram... de eternidade a eternidade, tu és Deus” (Salmo 90:2). O homem foi criado à imagem de Deus, mas jamais será da mesma essência divina. A tentativa de ser “como Deus” foi, na verdade, a mentira primeira de Satanás no Éden (Gênesis 3:5).

A vida eterna, segundo as Escrituras, é conhecer a Deus e desfrutar de comunhão com Ele por meio do Seu Filho. O próprio Senhor Jesus orou dizendo: “A vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17:3). Não se trata de herdar mundos, mas de habitar para sempre na glória de Deus.

Portanto, a esperança do cristão não é ascender a uma condição divina, mas ser transformada à semelhança moral de Cristo, adorando eternamente Aquele que é o único digno de toda a glória.

Josué Matos

O novo nascimento é uma preparação para a salvação?


O termo “nascer de novo” não é uma invenção humana — foi o próprio Senhor Jesus quem o disse a Nicodemos: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” — João 3:3. Nicodemos era um homem religioso, conhecedor das Escrituras, mas o Senhor mostrou-lhe que religião e moralidade não são suficientes. O novo nascimento é algo espiritual, e não natural.

Mas o que realmente acontece quando alguém nasce de novo? O novo nascimento é uma obra de Deus no coração humano. Não é reforma de comportamento, nem adesão a uma igreja, nem emoção passageira. É o Espírito Santo implantando uma nova vida, a própria vida de Deus, no espírito morto pelo pecado. Por isso o Senhor disse: “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito” — João 3:6.

A carne pode produzir religião, costumes e aparência de piedade, mas só o Espírito pode gerar vida espiritual. O novo nascimento é o início de uma nova criação — o homem passa a ter novos desejos, novos afetos e um novo centro de vida: Cristo. Como está escrito: “Se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” — 2 Coríntios 5:17.

Mas é importante entender: nascer de novo não é o mesmo que melhorar-se. É ser transformado por dentro. É deixar de viver centrado em si mesmo para viver para Deus. É quando o pecador reconhece o seu estado perdido, crê na obra completa de Cristo na cruz e recebe pela fé o dom da vida eterna. Esse é o milagre da regeneração.

E como saber se alguém nasceu de novo? O sinal não é apenas o que se diz, mas o que se vive. O novo nascimento produz fruto: arrependimento, amor pela Palavra, desejo de santidade, comunhão com os irmãos e um coração que ama o Senhor. O apóstolo João escreveu: “Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática do pecado, porque a semente de Deus permanece nele” — 1 João 3:9.

O verdadeiro cristão não é apenas aquele que frequenta uma igreja, mas aquele em quem Cristo vive. Ele tem uma nova natureza, um novo relacionamento com Deus e uma nova esperança: estar para sempre com o Senhor.

Por isso, a pergunta mais importante não é “a que religião você pertence?”, mas: você nasceu de novo? Porque sem esse novo nascimento ninguém pode entrar no Reino de Deus.

E a boa notícia é que isso é possível hoje, pela fé no Senhor Jesus Cristo. Ele morreu por ti, ressuscitou e oferece-te gratuitamente uma nova vida. Se o receberes como teu Salvador, o Espírito Santo fará de ti uma nova criatura.

O cristão nascido de novo não apenas crê em Cristo — vive por Cristo, com Cristo e para Cristo.


O novo nascimento é uma preparação para a salvação?

A resposta é clara e direta: não. O novo nascimento não é uma preparação, mas a própria experiência da salvação. É o ponto em que o pecador passa da morte para a vida, das trevas para a luz, e se torna uma nova criação em Cristo.

O Senhor Jesus disse a Nicodemos: “Aquele que não nascer de novo não pode ver o reino de Deus” (João 3:3). Note que Ele não falou de um processo gradual, mas de um ato divino instantâneo, operado pelo Espírito Santo através da Palavra de Deus. O homem não nasce de novo para, depois, ser salvo; ele é salvo quando nasce de novo.

O erro de muitos está em pensar que o novo nascimento é uma preparação, como se o Espírito Santo apenas iniciasse o pecador num caminho até que ele, com o tempo, se tornasse digno da salvação. Mas a Escritura não ensina isso. A Palavra mostra que o novo nascimento é o começo de uma nova vida, que tem origem diretamente em Deus.

Em Tiago 1:18 lemos: “Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade”. E Pedro completa: “Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus que vive e permanece para sempre” (1 Pedro 1:23).

A regeneração, portanto, não é o homem preparando-se para Deus, mas Deus intervindo com poder e graça no homem morto em delitos e pecados. O Espírito Santo usa a Palavra para despertar a consciência, convencer do pecado e gerar a fé salvadora em Cristo. Quando essa fé é exercida, o novo nascimento acontece — e o pecador se torna filho de Deus.

Por isso, é incorreto afirmar que alguém “está nascendo de novo” como se fosse um processo demorado. Não há meio termo entre vida e morte espiritual. Ou a pessoa está em Adão, perdida; ou está em Cristo, salva.

A nova vida recebida no novo nascimento é eterna, porque vem de Deus. Não é o aperfeiçoamento da natureza antiga, mas o início de uma nova criação, uma vida que “tem tudo o que diz respeito à vida e à piedade” (2 Pedro 1:3).

Assim, o novo nascimento não é preparação para a salvação, é a manifestação da salvação pela graça, resultado da fé na obra completa de Cristo. Ele morreu e ressuscitou para que o Espírito Santo pudesse dar nova vida àqueles que creem.

Quem é nascido de novo não está sendo preparado para o céu — já tem a vida do céu dentro de si, e espera apenas o dia em que será transformado à semelhança de Cristo.

Josué Matos

É realmente necessário tornar-me membro da minha igreja local?

 

Vivemos uma época em que muitos se consideram cristãos, mas rejeitam qualquer tipo de compromisso visível com uma assembleia. Alegam que “a igreja é espiritual”, “não precisa de instituição”, ou que “Deus está em todo lugar”. É verdade que a Igreja universal é composta por todos os salvos, e que o Espírito Santo habita em cada crente individualmente. Mas, no Novo Testamento, vemos claramente que cada crente convertido era também identificado com uma igreja local, um testemunho visível de Cristo em determinado lugar.

Em Atos dos Apóstolos, os que creram no Senhor Jesus foram batizados e adicionados à assembleia (Atos 2:41-42). Não era uma adesão formal como a de clubes ou organizações humanas, mas uma expressão pública de comunhão espiritual. A igreja local é o lugar onde os crentes se reúnem ao nome do Senhor, para lembrar o Seu sacrifício, orar juntos, aprender a Palavra e exercer cuidado mútuo.

Ser membro de uma igreja local não é uma opção conveniente, mas um privilégio e uma responsabilidade espiritual. O Novo Testamento fala de obreiros, anciãos e diáconos, de disciplina, de comunhão na Ceia do Senhor — tudo isso pressupõe um corpo de crentes reunidos regularmente. O Senhor Jesus prometeu Sua presença onde dois ou três se reúnem em Seu nome (Mateus 18:20). Portanto, essa reunião não é simbólica, é real e tem aprovação divina.

Pertencer a uma igreja local significa reconhecer que não somos crentes isolados, mas membros uns dos outros. É o ambiente em que podemos exercer dons, servir, ser edificados e prestar contas. O crente que se afasta da comunhão voluntária perde não apenas a proteção espiritual, mas também a oportunidade de crescer na graça e no conhecimento de Cristo.

Por isso, a pergunta “é importante ser membro da minha igreja local?” tem uma resposta clara: sim, é essencial. Não para conquistar a salvação, mas para viver de modo coerente com ela. A comunhão visível é o testemunho da unidade espiritual que o Espírito Santo produz em todos os verdadeiros crentes.

Que cada um de nós valorize a assembleia local como o lugar onde o Senhor ainda hoje se agrada de estar no meio do Seu povo.

Josué Matos