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Efésios: Jesus Cristo, Cabeça da Igreja, que é o seu Corpo



A “Epístola aos Efésios” oferece um relato profundo e abrangente sobre as mais ricas bênçãos destinadas aos santos e à Igreja, destacando simultaneamente os planos de Deus acerca da glória de Cristo. Nesta epístola, Cristo é exaltado como Aquele que mantém todas as coisas unidas sob sua liderança, sendo a Cabeça da Igreja.

 A Igreja é apresentada em uma íntima relação com Cristo, refletindo a relação que os crentes têm com o próprio Pai. Esta união celestial é um dom da soberana graça de Deus. Na sua revelação, a epístola nos mostra Deus sob duas perspectivas: em relação a Cristo e em relação aos cristãos. Ele é tanto o Deus de Cristo, quando Cristo é considerado como homem, quanto o Pai de Cristo, quando Cristo é visto como o Filho do Seu amor. Sob o primeiro caráter, revela-se a natureza de Deus; sob o segundo, a íntima relação que temos com Ele, espelhando a excelência da relação de Cristo com o Pai. Estas relações são a fonte das bênçãos dos santos e da Assembleia de Deus, da qual fazemos parte.

 A epístola está impregnada do sentimento de bênçãos pertencentes à Igreja. Após saudar os santos e fiéis (crentes) em Éfeso com graça e paz da parte de Deus, o apóstolo Paulo imediatamente começa a falar das bênçãos compartilhadas por todos os membros de Cristo. Paulo, mesmo escrevendo da prisão, exalta a graça e a paz que vêm de Deus e de Jesus Cristo, nosso Senhor, refletindo a profundidade e a riqueza dessas bênçãos.

 O coração do apóstolo transborda com a imensidão da graça divina, uma graça que não requer adaptações especiais ao estado espiritual dos cristãos de Éfeso. A proximidade de Deus traz simplicidade e nos capacita a desfrutar das bênçãos divinas em sua plenitude, tal como elas emanam do coração de Deus, para serem apreciadas em comunhão com Ele.

 A proximidade espiritual e a comunhão com Deus são essenciais para um crescimento verdadeiro nas bênçãos que Ele concede. Toda ação ou pensamento que não se alinhe com essa proximidade impede-nos de receber as comunicações divinas. Embora o Senhor nunca nos abandone, mesmo em nossas falhas, a comunhão plena com Ele é interrompida, e a graça se adapta às nossas necessidades, mas não reflete a comunhão contínua que Ele deseja.

 O Espírito Santo nos ensina a discernir o bem e o mal, mantendo-nos próximos de Deus. É nesta proximidade que podemos realmente apreciar o desenvolvimento dos planos de Deus, da Sua glória e bondade em Jesus Cristo. A condição normal do crente é andar em comunhão com Deus, partilhando do gozo eterno que Ele proporciona.

 A epístola revela de maneira notável as nossas relações com Deus e a intimidade dessas relações. Cristo é o fundamento de todas as nossas bênçãos, e é n'Ele que gozamos de tais bênçãos. Somos objetos do favor de Deus Pai, assim como Cristo é. Esta verdade constitui a base do ensino do apóstolo Paulo, mostrando-nos que, em Cristo, somos elevados a uma posição celestial e abençoados com todas as bênçãos espirituais.

 A “Epístola aos Efésios” nos coloca em Cristo em relação a Deus Pai e nos revela a herança que temos nEle. Paulo ora para que conheçamos os nossos privilégios e o poder que nos introduziu neles, o mesmo poder que ressuscitou Cristo e o colocou à direita de Deus. Esta epístola nos ensina que, em Cristo, participamos de todas as bênçãos e somos chamados a viver uma vida de comunhão e testemunho neste mundo.

 Que a leitura desta epístola inspire cada leitor a buscar uma maior intimidade com Deus e a compreender as profundezas das bênçãos que nos foram dadas em Cristo Jesus.

 Josué Matos