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Espírito Santo: Uma Pessoa Divina na Terra



Àqueles que, como Harold P. Barker, John Abernethy, Mark Sweetnam, Philip Harding, WJ Nesbitt, David Richards, David McAllister, e tantos outros, exploraram os mistérios e a profundidade do Espírito Santo através das palavras, este livro é dedicado. Que este trabalho seja uma continuidade respeitosa e inspirada em suas contribuições para a compreensão e a fé. Que palavras, assim como as suas, podem iluminar corações e mentes, revelando a graça e a sabedoria do Espírito Santo para todos os nossos que O tem.

 

Com toda a minha admiração e gratidão,

 Josué Matos

 

Obs. As instruções bíblicas usadas neste livro são da Bíblia na versão Almeida Corrigida — Salvo, quando referida a outra versão.

 

 

PREFÁCIO

 

Neste livro, mergulhamos nas profundezas da natureza e do papel do Espírito Santo, uma figura central e, muitas vezes, mal compreendida dentro da Santíssima Trindade. Para entender corretamente quem é o Espírito Santo, é necessário crer em Trindade, uma verdade fundamental da fé cristã que foi “uma vez por todas entregues aos santos” (Judas 3). 

Desde o início da criação, vemos a presença ativa do Espírito Santo, movendo-se sobre as águas informadas (Gênesis 1:2). Essa presença criativa e dinâmica é uma constante através das Escrituras, mostrando que cada Pessoa da Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo – participa igualmente na criação e na sustentação do universo. “No dia em que o Senhor Deus fez a terra e os céus” (Gênesis 2:4), “Deus criou todas as coisas por Jesus Cristo” (Efésios 3:9) e “pelo Seu Espírito, Ele adornou os céus” (Jó 26:13). 

A personalidade do Espírito Santo é outra verdade essencial que abordamos neste estudo. Ele não é uma mera influência ou força impessoal; Ele é uma Pessoa divina com vontade, mente e sentimentos. Ele ouve, fala, ensina, proíbe, intercede, e pode ser obedecido ou até mesmo entristecido (Efésios 4:30). Essas características são fundamentais para compreendermos a relação pessoal que podemos ter com o Espírito Santo, que é coigual, coeterno e cosubstancial com o Pai e o Filho. 

Os atributos do Espírito Santo—Sua onipotência, onipresença, onisciência, eternidade e santidade—são explorados em profundidade. Esses atributos não só revelam a divindade do Espírito, mas também sua atuação constante em nossa regeneração e santificação. Ele é o poder pelo qual Jesus foi ressuscitado dos mortos (1 Pedro 3:18) e o agente que nos regenera para uma nova vida (João 3:5-6). 

Adentramos também nossos títulos reveladores do Espírito Santo, como o Espírito da Verdade (João 14:17), o Espírito de Santidade (Romanos 1:4), e o Espírito da Promessa (Efésios 1:13), cada um iluminando um aspecto específico de Sua obra e caráter. 

Neste livro, meu objetivo é proporcionar uma compreensão mais profunda e reverente do Espírito Santo, destacando Sua importância vital na vida do cristão e na obra contínua de Deus no mundo. Que este estudo inspira uma avaliação renovada e uma maior dependência do Espírito Santo, conduzindo a uma vida de maior santidade e intimidada com Deus. 

 

INTRODUÇÃO

 

Todos os que creem na Santíssima Trindade estão confirmados de que, embora exista apenas um Deus, há três pessoas na Divindade. Cada uma dessas pessoas é Deus, e, mesmo assim, não existem três Deuses, mas um único Deus revelado em três pessoas. As pessoas podem ser separadas, mas a substância divina não pode ser dividida. O objetivo deste artigo é demonstrar, a partir das Escrituras, que o Espírito Santo pode ser identificado como Deus, que Ele é uma pessoa e não meramente uma influência ou um poder utilizado em operações divinas. Os termos associados ao Espírito Santo nas Escrituras, como “repreender” (João 16:8), “gemidos” (Romanos 8:27), “conhece” (1 Coríntios 2:11) e “extinguir” (1 Tessalonicenses 5:19), não são aqueles que são aplicados a forças inanimadas. Na distribuição de dons, é declarado que Ele os divide como quer (1 Coríntios 12:11). O exercício da “vontade” é algo que somente uma pessoa pode fazer. Quando o Senhor prometeu aos discípulos que enviaria o “Consolador” (uma palavra usada com um pronome masculino, e naquela época para descrever a assistência somente de pessoas chamadas para ajudar), Ele deixou claro que o Espírito Santo seria outro como Ele, pois Ele “repreenderia”, “guiaria”, “ouviria”, “falaria” e “mostraria” (João 16:13). Em Atos 15:28, o decreto é redigido: “Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós.” A forma como Ele é coordenado com as pessoas neste versículo é um indicador adicional de que Ele é igualmente pessoal. 

Talvez o texto mais conhecido que prova Sua personalidade distinta seja a fórmula batismal de Mateus 28:19: “Batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.” Ao lado deste texto, podem ser colocadas as palavras finais de 2 Coríntios: “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós.” Em ambas as passagens, as três pessoas da Divindade estão unidas de tal forma que negam a personalidade e a personalidade do Espírito Santo seria tão irracional quanto negar a personalidade do Pai e do Filho. 

Que o Espírito Santo não é apenas uma pessoa, mas uma das três pessoas da Trindade, é igualmente manifestado nas Escrituras. Na obra da criação, Ele moveu-se sobre o deserto aquoso (Gênesis 1:2). As obras que foram feitas por Deus são ditas foram feitas pelo Espírito Santo. Jó disse: “pelo Seu Espírito Ele adornou os céus” (Jó 26:13), e Eliú afirmou: “O Espírito de Deus me fez, e o sopro do Todo-Poderoso me deu vida”, então Ele é o criador (Jó 33:4). Na grande obra da Cruz, três pessoas da Trindade estavam envolvidas. Isso é mostrado em Hebreus 9:14, onde lemos sobre o “Sangue de Cristo”, do “Espírito eterno” e de “Deus”. O fato de que Ele é eterno é outra prova de Sua divindade. Aqueles que são nascidos de Deus (João 1:13) também são ditos nascidos do Espírito (João 3:6). Os santos de Corinto eram o “templo de Deus” porque o Espírito de Deus habitava neles (1 Coríntios 3:16). Isso implica que o morador era divino. Quando Ananias mentiu para o Espírito Santo, ele mentiu para Deus (Atos 5:3,5). Pedro coloca as pessoas da Trindade juntas ao escrever aos estrangeiros na Ásia. Eles foram eleitos pelo Pai, santificados pelo Espírito e aspergidos pelo sangue de Cristo (1 Pedro 1:2). Paulo também é uma das pessoas da Divindade quando escreve sobre o “amor de Deus”, “do Espírito Santo dado” e de “Cristo (que) morreu” (Romanos 5:5-6). Na lista em 1 Coríntios 12:4-6, o Espírito Santo é colocado ao lado de “o mesmo Deus” e “o mesmo Senhor” (Cf. 1 Coríntios 6:11). O pecado imperdoável do qual o Senhor falou foi “blasfêmia contra o Espírito Santo”. Se Ele não fosse uma pessoa, não teria pecado contra Ele, e se Ele não fosse Deus, o pecado não seria tão sério a ponto de ser imperdoável. 

A concepção de Cristo foi um milagre tão grande que somente uma pessoa divina poderia tê-lo realizado. “O Espírito Santo” é aqui “o poder do Altíssimo” que cobria Maria e a capacitaria a gerar o Filho de Deus (Lucas 1:35). 

A divindade do Espírito também é evidente no campo da inspiração, pois o que a voz do Senhor disse em Isaías 6 é citada por Paulo em Atos 28 como tendo sido falada pelo Espírito Santo. O que o Senhor disse sobre a nova aliança em Jeremias 31 é citado em Hebreus, conforme testemunhado pelo Espírito Santo (Hebreus 10:15). O Espírito Santo também é chamado de “Senhor” nas palavras: “O Senhor é o Espírito, e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade”. Moisés tinha estado na presença do Senhor, de modo que seu rosto brilhava, e o apóstolo afirma que Aquele em cuja presença ele tinha estado era o Espírito (2 Coríntios 3:17). 

A divindade do Espírito Santo também se manifesta no fato de que Ele é onipresente, como as perguntas: “Se me salvarei do teu Espírito?” ou “Para onde fugirei da tua presença?”, implicam claramente (Salmo 139:7). Ele penetra em todos os domínios em que o Senhor entra. Ele também é onisciente, “porque o Espírito esquadrinha todas as coisas, sim, as profundezas de Deus” (1 Coríntios 2:10). Da mesma forma, Sua onipotência está implícita em Zacarias 4:6, onde lemos: “não por força, nem por poder, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos”. Esses três são os grandes atributos distintivos da Deidade. 

Ao lidar com as pessoas da Trindade, é preciso lembrar que, embora sejam uma essência e todos sejam igualmente Deus, cada um tem sua própria esfera de ação. O Pai é proeminente em questões de vontade e propósito, o Filho em fazer e agir, e o Espírito em poder e influência. Embora tanto o Filho quanto o Espírito seja enviado pelo Pai, isso não implica que sejam inferiores a Ele, mas sim que são cooperadores que desejam não cumprir o programa divino.


ÍNDICE:

 

Prefácio 

Introdução 

A Vinda do Consolador 

O Espírito Santo como Selo 

O Poder do Pentecostes 

O Batismo no Espírito Santo

O Mesmo Espírito Santo 

A Missão do Sevo 

A Testemunha 

O Corpo de Crente

Grandes Coisas 

Adoração e o Espírito Santo 

O Espírito Santo no Antigo Testamento 

Espírito Santo em uma Assembleia Local 

Recepções do Espírito Santo em Atos 

O Espírito Santo e o Futuro

A Bênção Apostólica 

 

Efésios: Jesus Cristo, Cabeça da Igreja, que é o seu Corpo



A “Epístola aos Efésios” oferece um relato profundo e abrangente sobre as mais ricas bênçãos destinadas aos santos e à Igreja, destacando simultaneamente os planos de Deus acerca da glória de Cristo. Nesta epístola, Cristo é exaltado como Aquele que mantém todas as coisas unidas sob sua liderança, sendo a Cabeça da Igreja.

 A Igreja é apresentada em uma íntima relação com Cristo, refletindo a relação que os crentes têm com o próprio Pai. Esta união celestial é um dom da soberana graça de Deus. Na sua revelação, a epístola nos mostra Deus sob duas perspectivas: em relação a Cristo e em relação aos cristãos. Ele é tanto o Deus de Cristo, quando Cristo é considerado como homem, quanto o Pai de Cristo, quando Cristo é visto como o Filho do Seu amor. Sob o primeiro caráter, revela-se a natureza de Deus; sob o segundo, a íntima relação que temos com Ele, espelhando a excelência da relação de Cristo com o Pai. Estas relações são a fonte das bênçãos dos santos e da Assembleia de Deus, da qual fazemos parte.

 A epístola está impregnada do sentimento de bênçãos pertencentes à Igreja. Após saudar os santos e fiéis (crentes) em Éfeso com graça e paz da parte de Deus, o apóstolo Paulo imediatamente começa a falar das bênçãos compartilhadas por todos os membros de Cristo. Paulo, mesmo escrevendo da prisão, exalta a graça e a paz que vêm de Deus e de Jesus Cristo, nosso Senhor, refletindo a profundidade e a riqueza dessas bênçãos.

 O coração do apóstolo transborda com a imensidão da graça divina, uma graça que não requer adaptações especiais ao estado espiritual dos cristãos de Éfeso. A proximidade de Deus traz simplicidade e nos capacita a desfrutar das bênçãos divinas em sua plenitude, tal como elas emanam do coração de Deus, para serem apreciadas em comunhão com Ele.

 A proximidade espiritual e a comunhão com Deus são essenciais para um crescimento verdadeiro nas bênçãos que Ele concede. Toda ação ou pensamento que não se alinhe com essa proximidade impede-nos de receber as comunicações divinas. Embora o Senhor nunca nos abandone, mesmo em nossas falhas, a comunhão plena com Ele é interrompida, e a graça se adapta às nossas necessidades, mas não reflete a comunhão contínua que Ele deseja.

 O Espírito Santo nos ensina a discernir o bem e o mal, mantendo-nos próximos de Deus. É nesta proximidade que podemos realmente apreciar o desenvolvimento dos planos de Deus, da Sua glória e bondade em Jesus Cristo. A condição normal do crente é andar em comunhão com Deus, partilhando do gozo eterno que Ele proporciona.

 A epístola revela de maneira notável as nossas relações com Deus e a intimidade dessas relações. Cristo é o fundamento de todas as nossas bênçãos, e é n'Ele que gozamos de tais bênçãos. Somos objetos do favor de Deus Pai, assim como Cristo é. Esta verdade constitui a base do ensino do apóstolo Paulo, mostrando-nos que, em Cristo, somos elevados a uma posição celestial e abençoados com todas as bênçãos espirituais.

 A “Epístola aos Efésios” nos coloca em Cristo em relação a Deus Pai e nos revela a herança que temos nEle. Paulo ora para que conheçamos os nossos privilégios e o poder que nos introduziu neles, o mesmo poder que ressuscitou Cristo e o colocou à direita de Deus. Esta epístola nos ensina que, em Cristo, participamos de todas as bênçãos e somos chamados a viver uma vida de comunhão e testemunho neste mundo.

 Que a leitura desta epístola inspire cada leitor a buscar uma maior intimidade com Deus e a compreender as profundezas das bênçãos que nos foram dadas em Cristo Jesus.

 Josué Matos


 

1 e 2 Tessalonicenses: Jesus Cristo, Arrebatará a Igreja e Reinará na Terra



 

A Primeira Carta aos Tessalonicenses é um dos textos mais profundos e cativantes do Novo Testamento, refletindo a preocupação pastoral e o carinho do apóstolo Paulo por uma comunidade cristã recém-formada na antiga cidade de Tessalônica, na Grécia. Este livro, atribuído a Paulo com a colaboração de Timóteo e Silas, foi escrito com o propósito central de instruir e encorajar os cristãos acerca da volta de Cristo. 

Ao longo dos cinco capítulos, encontramos uma série de exortações e orientações que demonstram a profundidade do amor de Paulo por esses irmãos e irmãs na fé. Impedido por forças malignas de visitar a igreja pessoalmente, Paulo se dirige a eles através desta epístola, oferecendo palavras de conforto e ensinamento em meio às tribulações que enfrentavam. 

Uma das questões mais urgentes que Paulo aborda nesta carta diz respeito à volta de Cristo. Ele esclarece as dúvidas e ansiedades dos tessalonicenses, afirmando com autoridade divina: "Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele. Dizemos-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1 Tessalonicenses 4:14-17). 

Além de tratar sobre a escatologia, Paulo incentiva os tessalonicenses a viverem de maneira digna da sua vocação cristã, a manterem-se firmes na fé e a amarem reciprocamente. Ele reconhece as dificuldades e perseguições que a comunidade enfrentava, e, ainda assim, os exorta a perseverarem com esperança e alegria no Senhor. 

Este livro, portanto, não é apenas um documento histórico, mas uma mensagem viva e relevante para todos os tempos. A preocupação pastoral de Paulo, sua orientação doutrinária e seu incentivo à prática da fé cristã ressoam com uma clareza e uma urgência que continuam a falar poderosamente aos leitores de hoje.

 Ao mergulharmos nas palavras de Paulo aos tessalonicenses, somos convidados a refletir sobre nossa própria jornada de fé, a firmar nossa esperança na promessa da volta de Cristo e a viver de maneira que honre o evangelho que proclamamos. Que esta leitura inspire e fortaleça cada um de nós em nossa caminhada cristã. 

A Segunda Carta aos Tessalonicenses é um valioso documento da tradição cristã, escrito pelo apóstolo Paulo com o auxílio de Timóteo e Silas. Dirigida aos cristãos da igreja em Tessalônica, esta epístola visa esclarecer dúvidas persistentes e oferecer conselhos essenciais para a vida cristã.

 Ao longo dos três capítulos deste livro, Paulo se empenha em corrigir mal-entendidos significativos entre os tessalonicenses, especialmente a crença errônea de que o Dia do Senhor já havia ocorrido. Paulo, com sua habitual clareza e firmeza, expõe a verdade sobre o Dia do Senhor e os eventos que precederão Seu retorno: “Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição” (2 Tessalonicenses 2:3).

 Além de corrigir essas falsas noções escatológicas, Paulo exorta os tessalonicenses a permanecerem firmes na fé e nos ensinamentos que receberam. Ele adverte contra a influência de doutrinas erradas e reforça a importância de seguir os preceitos do Senhor de forma inabalável. A sua preocupação é evidente: ele deseja que a comunidade se mantenha sólida e imperturbável diante de desafios e confusões.

 Um tema recorrente nesta carta é a necessidade de diligência no trabalho. Paulo enfatiza que o sustento próprio é uma parte vital da vida cristã responsável. Ele declara de maneira inequívoca: “Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto, que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também” (2 Tessalonicenses 3:10). Com isso, Paulo sublinha a importância da contribuição pessoal para o bem-estar da comunidade e a responsabilidade individual perante Deus.

 Neste livro, portanto, vemos Paulo como um pastor zeloso, preocupado com a correção de falsas crenças e a orientação prática dos fiéis. A sua carta não é apenas uma resposta às dúvidas teológicas, mas um guia para a vida cotidiana dos cristãos, incentivando-os a manterem-se firmes na fé, produtivos em suas responsabilidades e atentos aos verdadeiros ensinamentos do Evangelho.

 Ao estudar a Segunda Carta aos Tessalonicenses, somos convidados a refletir sobre nossa própria compreensão da fé e nossas práticas diárias. As palavras de Paulo continuam a oferecer direção e inspiração, lembrando-nos da importância de viver de acordo com os ensinamentos de Cristo, mantendo-nos firmes e diligentes em nossa caminhada espiritual. Que esta leitura fortaleça e ilumine cada um de nós em nossa jornada com o Senhor.

Josué Matos

Crê no Senhor Jesus Cristo!



Quando o carcereiro em Filipos, desesperado e sem esperança, disse a Paulo e Silas o que eu preciso fazer para ser salvo, a resposta deles foi clara e direta: Crê no Senhor Jesus Cristo, e serão salvos, tu e a tua casa (Atos 16:31). Essa resposta revela a simplicidade e a profundidade da mensagem do Evangelho. A salvação não é uma recompensa por boas obras ou méritos humanos, mas um dom de Deus, oferecido gratuitamente a todos que creem. Pela fé no Senhor Jesus, somos justificados diante de Deus e recebemos o perdão dos pecados, entrando numa nova vida — não por nossos esforços, mas pela graça de Deus que nos alcança. 

 

Capítulo 1: Por que Deus Criou o Homem com a Possibilidade de Pecar? 

Uma das perguntas que mais permeiam a mente humana é por que Deus, sendo soberano e onisciente, criou o homem com a possibilidade de pecar. A resposta para essa pergunta se encontra na compreensão do caráter de Deus e do plano que Ele está localizado para a humanidade. Não se trata de um equívoco ou de uma falha no desígnio divino, mas de uma expressão do Seu amor e propósito eterno. Vejamos isso em profundidade, com base nas Escrituras.

 Desde o início, na criação do homem, vemos que Deus criou Adão e Eva à Sua imagem e semelhança (Gênesis 1:26-27). Esse ato de criação revela a intenção de Deus de ter um relacionamento pessoal e íntimo com a humanidade. Deus poderia ter criado robôs, seres incapazes de desobedecer, mas não o fez. A criação do homem à imagem de Deus inclui a capacidade de fazer escolhas morais — o livre arbítrio. Sem liberdade, não teria a possibilidade de expressar amor verdadeiro, aprovação ou fé. Deus, ao dar ao homem a capacidade de escolher, também o dotou da dignidade de ser responsável por suas escolhas.

 A árvore do conhecimento do bem e do mal, mencionada em Gênesis 2:16-17, é uma evidência direta da liberdade que Deus deu ao homem. Era uma escolha: obedecer ao comando de Deus e viver em comunhão com Ele ou desobedecer e sofrer as consequências. A presença dessa árvore no jardim do Éden é significativa porque mostra que Deus não força a obediência; Ele deseja que a fidelidade do homem seja uma escolha voluntária. Quando Adão e Eva pecaram, a desobediência trouxe a morte (Gênesis 3:6, Romanos 5:12), mas também abriu caminho para que o plano de redenção de Deus fosse revelado.

 Outra passagem significativa é Deuteronômio 30:19, onde Deus coloca diante de Israel a escolha entre a vida e a morte, a vitória e a maldição, e os convida a escolher a vida. Esse apelo é um exemplo claro do desejo de Deus de que a recomendação seja fruto de uma decisão pessoal. Ele não os obriga a seguir Seus mandamentos, mas os chama ao arrependimento e à fidelidade por meio do amor e da confiança nEle. Em toda a história de Israel, Deus demonstra Sua disposição em perdoar e restaurar, como vemos em 2 Crônicas 7:14, mostrando que, mesmo diante das falhas humanas, Seu propósito final é a reconciliação.

 No Novo Testamento, vemos que a vinda do Senhor Jesus ao mundo é a expressão máxima do plano de redenção de Deus. João 3:16 afirma que "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". Isso nos mostra que, mesmo com a possibilidade do pecado, Deus, em Seu infinito amor, prova um caminho para a salvação. A liberdade de escolher é acompanhada pela graça oferecida através de Jesus Cristo. Em Romanos 5:8, o apóstolo Paulo afirma que "Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores". Isso significa que, embora o homem tenha escolhido desobedecer, Deus tomou a iniciativa de oferecer redenção.

 Outro ponto a considerar é que a liberdade de escolha do homem e a possibilidade de pecar permitem a manifestação da justiça e da graça de Deus. Em Romanos 3:23-26, Paulo explica que todos os pecaram e estão destituídos da glória de Deus, mas que são justificados gratuitamente por Sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus. A justiça de Deus é revelada ao punir o pecado, mas Sua graça é igualmente manifestada ao justificar o pecador que crê. Se o homem não tivesse a liberdade de escolher, nem a graça nem a justiça de Deus poderiam ser plenamente reveladas.

 Efésios 1:4-5 também nos ajuda a entender que a possibilidade de pecar está relacionada ao propósito eterno de Deus em trazer muitos filhos à glória. Paulo escreve que Deus nos escolheu em Cristo antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele. Essa escolha reflete um plano maior que transcende o erro de Adão e Eva. A redenção em Cristo faz parte do plano eterno de Deus, e o livre arbítrio do homem é um componente essencial desse plano. A glória de Deus é magnificada não apenas em Sua santidade e justiça, mas também em Seu amor, que chama ao lamentar aqueles que se desviaram.

 Por fim, a liberdade dada ao homem e a possibilidade do pecado nos apontam para a esperança futura que Deus tem preparado. Em Apocalipse 21:4-5, lemos sobre o novo céu e a nova terra, onde Deus enxugará dos olhos toda lágrima e não haverá mais morte, nem pranto, nem dor. A redenção através de Cristo restaura o que estava perdido no Éden e traz uma esperança viva para aqueles que estão em Cristo. A jornada do homem, com suas falhas e redenção, é parte do desdobramento do plano eterno de Deus, que culminará em uma eternidade de plena comunhão com Ele.

 Assim, Deus criou o homem com a possibilidade de pecar não como um erro ou descoberto, mas como uma expressão de Seu amor e do Seu desejo de um relacionamento genuíno e voluntário. Ele nos deu a dignidade de escolher, e mesmo diante de nossas falhas, provou um caminho de volta através de Jesus Cristo. A possibilidade de pecar não é o fim da história, mas apenas o início de um plano maravilhoso de redenção que glorifica a justiça, o amor e a graça de Deus.

Josué Matos
 

Vida Após a Morte



A vida é um mistério profundo, mas o que acontece depois da morte parece ser um mistério ainda maior. Filósofos, cientistas, teólogos, e pensadores de diversas épocas e culturas sempre se perguntaram: o que nos aguardaria após o último suspiro? Este é um tema que toca cada ser humano de maneira pessoal, independente de opinião, cultura ou contexto.

 Este livro não foi escrito para ofender ou criar atrito com as crenças e ideias dos ateus, dos filósofos, dos cientistas ou de qualquer pessoa ou grupo que possuísse um entendimento particular sobre a vida após a morte. Nosso objetivo aqui é apresentar uma base sólida e consistente daquilo que o Deus eterno, o autor da vida e da morte, revelou nas Escrituras Sagradas. Através das páginas da Bíblia, somos apresentados a uma perspectiva diferente e revelada sobre o que acontece após o fim da existência terrestre.

 Em nossa trajetória ao longo deste livro, serão exploradas as mais variadas ideias e concepções que, ao longo da história, homens e mulheres desenvolveram sobre a vida após a morte. Investigaremos os conceitos apresentados pelo Espiritismo, fundado por Allan Kardec, que acredita na reencarnação e no aperfeiçoamento espiritual através de várias existências. Analisaremos as doutrinas de Siddhartha Gautama, o Buda, que descreve um ciclo de renascimento e busca pela iluminação, almejando o Nirvana como o ápice da liberação. Observaremos também as concepções do Islamismo, que sustentam a crença em um julgamento final com consequência eterna para os fiéis e os ímpios.

 Não podemos deixar de lado a influência de pensadores gregos como Platão, que via a alma como imortal e separada do corpo, ou de Aristóteles, que trazia um entendimento mais filosófico e racional sobre a existência da alma. Também exploraremos a perspectiva da Igreja Católica, com seus conceitos de Céu, Inferno e Purgatório, além da abordagem científica moderna, que muitas vezes procuramos interpretar a vida após a morte como um fenômeno biológico e físico, sem dimensão espiritual.

 Em cada capítulo, serão apresentados os principais pontos de vista destes sistemas de pensamento e conclusão. A partir daí, vamos confrontá-los – de forma respeitosa, mas direta – com a verdade revelada nas Escrituras. Não queremos provar que uma ideia é simplesmente errada ou que uma crença é menos importante; desejamos, antes, explorar a veracidade da Palavra de Deus à luz dessas questões tão profundas.

 Ao longo da história, muitos têm se destacado por formular teorias e conceitos sobre a vida após a morte. Homens como Sócrates, que acreditaram num mundo das ideias ao qual a alma retornaria após a morte; David Hume, que se inclinava ao ceticismo, questionando a própria ideia de imortalidade; e Friedrich Nietzsche, que desconsiderava uma vida após a morte, afirmando que apenas o aqui e agora são realidades tangíveis. Cada um deles contribuiu para a formação de uma visão que parte da dúvida, da filosofia ou do julgamento humano.

 Diante de tantos pontos de vista, faz-se necessário perguntar: existe uma verdade absoluta sobre o que acontece após a morte? Podemos confiar em algum conceito ou devemos nos contentar com a incerteza? Neste livro, a Bíblia será nossa fonte principal e, com ela em mãos, navegaremos entre as doutrinas, opiniões e teorias, trazendo à luz a perspectiva de Deus que nos criou e que tem a chave da vida e da morte.

 Assim, convenha você, leitor, a embarcar nessa jornada. Independentemente de sua crença, espero que este livro possa oferecer-lhe uma perspectiva rica, honesta e esclarecedora sobre um tema tão universal e revelador quanto a própria morte. Que possamos examinar juntos o que Deus nos revelou e que, ao fim dessa jornada, possamos estar mais próximos da verdade que transcende a própria existência humana.

Josué Matos

ÍNDICE: 

1.         Introdução - 3

2.         Os Primeiros Pensadores e Suas Ideias - 5

3.         Religiões Antigas e Suas Perspectivas - 10

4.         Islamismo e O Julgamento Final - 23

5.         Espiritismo e a Vida Após a Morte - 29

6.         Hinduísmo, Budismo e a Busca pela Libertação Espiritual - 34

7.         Catolicismo: Céu, Inferno, Purgatório e a Vida Eterna - 39

8.         Outras Tradições Cristãs e Suas Perspectivas - 49

9.         Religiões Orientais Modernas e Suas Perspectivas - 55

10.       A Perspectiva Ateísta e Científica sobre a Vida Após a Morte - 62

11.       A Esperança Cristã e a Promessa de Vida Eterna - 66

12.       O Impacto da Esperança Cristã na Vida dos Crentes Hoje - 70

13.       Conclusão: A Singularidade da Esperança Cristã - 73

14.       Bibliografia - 79


 

1 Pedro: Jesus Cristo, Pedra viva, eleita e preciosa



Ao nos debruçarmos sobre esta epístola, é essencial começarmos pela compreensão do seu autor, Pedro, e do seu chamado, bem como do caráter dos seus destinatários. As chaves do Reino de Deus (Mateus 16:19) e as ovelhas do pasto de Deus (João 21:15-17) foram confiadas a Pedro. Nesta carta, assim como nos escritos de Tiago, João e na Epístola aos Hebreus, a temática do Arrebatamento não está presente, mas sim a Revelação de Jesus Cristo (1 Pedro 1:7).

 Profeticamente, a Primeira Epístola de Pedro é de suma importância, oferecendo grande consolo ao remanescente sofredor espalhado pelo mundo durante a tribulação que seguirá o Arrebatamento da Igreja. No aspecto prático, a carta tem uma mensagem contemporânea para todos os cristãos que confirmam sua condição de peregrinos e sofrem por isso. Eles sofrem não apenas devido a experiências dolorosas, mas também por causa da perseverança paciente.

 Pedro, pessoalmente incumbido do “evangelho da circuncisão” (Gálatas 2:7-8), reflete em sua carta a história de Israel. João, em seus escritos, apresenta Cristo como o libertador do povo de Deus do mundo, assim como Israel foi libertado do Egito. Paulo, por sua vez, testemunha sobre a Igreja e os lugares celestiais, comparando-os com a herança de Israel. Pedro, especificamente, tem a responsabilidade de consolar e fortalecer os santos sofredores, encorajando-os a viver vidas de santidade num mundo hostil.

 A epístola de Pedro é uma leitura oportuna e relevante para os cristãos de hoje. Vivemos em tempos de grande ataque à mente dos santos, com o inimigo tentando nos desviar e perturbar. A carta de Pedro nos chama à santidade, lembrando-nos do valor permanente da nossa redenção e da esperança que temos em Cristo. Em dias de decadência moral e confusão espiritual, precisamos deste lembrete sobre a nossa identidade e chamado como povo de Deus.

 O apóstolo Pedro, como líder e pastor, tem uma mensagem urgente para nós: precisamos de uma nova visão de Jesus Cristo. Este amor pelo Senhor Jesus produzirá união entre os irmãos, harmonia nos lares e dedicação ao serviço glorioso para os rebanhos de Deus. Assim, quando nossa jornada terrena terminar, poderemos ecoar a doxologia de Pedro: "A Ele seja a glória e o poder para todo o sempre. Amém".

 Esta epístola começa com a assinatura de Pedro, confirmando sua autoria. A transferência da carta foi aceita desde o início, citada por escritores antigos como Policarpo e Tertuliano. Embora algumas críticas questionem se foi realmente Pedro quem a escreveu, indicando que pode ter sido Silvano ou algum discípulo desconhecido, a evidência interna e o estilo são compatíveis com o conhecimento e a inspiração divina atribuída a Pedro.

 Pedro, um simples pescador galileu, foi transformado pelo Espírito Santo em um poderoso apóstolo e escritor. Acreditar que ele não poderia ter escrito esta epístola subestima o poder do Espírito Santo que o capacitou. Em suas pregações e escritos, Pedro demonstrou profundo conhecimento das Escrituras e discernimento espiritual, sendo um instrumento eficaz nas mãos de Deus.

 Ao estudarmos esta epístola, somos levados a considerar o próprio Pedro, sua jornada e seu relacionamento com Cristo. Vemos suas derrotas e vitórias, refletindo nossas próprias lutas e esperanças. Pedro foi chamado por Jesus, aprendeu lições sobre obediência e fé, e foi transformado para ser um líder na Igreja primitiva. Sua experiência e ensino continuam a nos guiar e inspirar hoje, enquanto buscamos viver como peregrinos em um mundo que não é nosso lar.

 Lendo a primeira Epístola de Pedro, tendemos a procurar coisas mais profundas e não conseguimos ver o ensinamento simples que se encontra na pequena palavra repetida “como”, que é usada para descrever o povo de Deus como estrangeiros e peregrinos na terra. Eles foram “gerados para uma esperança viva por meio da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” e se regozijaram em “uma herança incorruptível e imaculada e que não se desvanece, reservada no céu para vocês que são guardados pelo poder de Deus por meio de fé”. Eles passaram por períodos de tristeza descritos como “a prova da sua fé”, que trouxeram a sua recompensa “na amizade de Jesus Cristo”. Eles, não O tinham visto, mas O amavam e “exultavam com alegria indizível e cheia de glória”. Este regozijo na herança, no amor a Cristo e na alegria Nele é visto como a sua experiência espiritual normal. Esta deve ser a nossa experiência contínua como crentes nos nossos dias.

 “Como de um Cordeiro sem defeito” 1 Pedro 1:19

Esta expressão aparece na seção que trata da grande verdade de ser redimida com o precioso sangue de Cristo. Ele era “Como… um Cordeiro sem defeito e sem mácula, que foi preordenado antes da fundação do mundo, mas se manifestou nestes últimos tempos por vós”. Nós também fomos redimidos pelo Seu precioso sangue. Em Êxodo 12, Israel teve um início de dias com Deus através do sangue do cordeiro pascal que foi aplicado nas ombreiras laterais e nas ombreiras superiores das portas das casas. O sangue os deixou seguros, e eles se alimentaram do cordeiro assado, prontos para iniciar sua jornada do Egito para Canaã. Sem o precioso sangue de Cristo, não teríamos esta esperança celestial.

 

“Como crianças obedientes” 1:14

"Como filhos obedientes, não se moldando de acordo com suas concupiscências anteriores em sua ignorância, mas como Aquele que os chamou é santo, assim sejam santos em todo tipo de conversação, porque está escrito: "Sede santos porque eu sou santo". Povo santo de Deus, são assim chamados pelo menos cinco vezes em Levítico para mostrar seu caráter distintivo em contraste com as outras nações. Comida limpa é o assunto de Levítico 11:45, mas a exortação "ser santo como o Senhor é Israel chegou ao Sinai no terceiro mês após deixar o Egito e a mensagem do Senhor foi clara: “Agora, pois, se obedecerdes à Minha voz... então sereis para Mim um tesouro peculiar acima de os povos” (Êxodo 19:4-6). Por meio de Jeremias, o Senhor disse: “Ouçam a minha voz e eu serei o seu Deus” (7:21-24).Não podemos fazer melhor do que citar 1 Samuel 15:22-23: “Tem o Senhor tanto prazer em sacrifícios e ofertas… como em obedecer à voz do Senhor? Eis que obedecer é melhor do que sacrificar e ouvir do que a gordura dos carneiros. Pois a rebelião é tão pecado de bruxaria e teimosia quanto iniquidade e idolatria.” O rei Saul foi instruído a destruir completamente Amaleque (tipo de carne), mas ele guardou o melhor para oferecer a Deus Por fazer isso, ele foi rejeitado como rei.

 

“Como bebês recém-nascidos” 1 Pedro 2:2

1 Pedro 2 nos fala das manifestações da carne que devem ser deixadas de lado antes: “Como bebês recém-nascidos, desejamos que o leite sincero da Palavra cresça assim”. “Toda maldade… todo engano, hipocrisias… invejas e todas as maledicências” (v. 1). Paulo nos adverte de que o Espírito de Deus se entristece por causa desses homens, e como somente Ele guia a verdade da Palavra, se Ele se entristece, não há crescimento espiritual (Efésios 4:24). Os coríntios eram bebês espirituais por causa do seu estado carnal de inveja e conflito (1 Coríntios 3:1). John Bunyan escreveu: “Uma criança recém-nascida chora; e se não houver voz, tememos que ela esteja morta… É natural que uma criança… deseje comida… então o bebê recém-nascido deseja o leite sincero da Palavra para que possa crescer assim, não há satisfação até que você coloque o leite da Palavra de Deus em sua alma.” Ele escreveu que aqueles que não têm apetite pela Palavra podem muito bem ser professores sem vida. Como está o nosso apetite pela pura Palavra de Deus?

 

“Como pedras vivas” 1 Pedro 2:5  

Isto nos ensina o resultado do crescimento espiritual e mostra que, como crentes, chegamos à “pedra não permitida, mas escolhida por Deus e preciosa. Vocês também, como pedras vivas (vivas), construímos uma casa espiritual, um sacerdócio santo para oferecer sacrifícios espirituais, aceitáveis ​​a Deus por Jesus Cristo. Estamos perdendo a verdade da assembleia como uma casa espiritual e que a adoração çã o aceitá vel a Deus deve ser pelo poder capacitador do Espírito de Deus? Precisamos sondar nossos corações porque corremos o risco de uma abordagem leve e casual das coisas divinas que levam à paixão carismática. Vamos ouvir novamente as palavras do Senhor: “Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade… Deus é Espírito: e aqueles que O máquinas devem adorar-Lo em espírito e em verdade”? Crescer espiritualmente nos permitirá ascender ao exercício sacerdotal de dar a Deus Sua posição na inspiração. O sacerdócio real em serviço seguirá (v. 9).

 

“Como estrangeiros e peregrinos” 1 Pedro 2:11

“Amados, rogo-vos, como estrangeiros e peregrinos, que se abstenham das concupiscências carnais que guerreiam contra a alma.” Hebreus 11:13, refere-se àqueles que “confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra”. “Tendo uma conversa honesta entre os gentios, para que, embora falem contra vocês como malfeitores, eles possam, pelas suas boas obras, que eles contemplarão, glorificarem a Deus no dia da visitação” (v. 12) A vida do estrangeiro e peregrino deveria ser tal que silenciasse aqueles que se opõem e falam contra eles. Os versículos 13-15 os veem como cidadãos cumpriram a lei que se submetem às autoridades civis; "Seja para o rei, como supremo; ou aos governadores, como aos que são enviados por ele para punir os malfeitores e para louvar os que fazem o bem. Pois assim é a vontade de Deus, que, fazendo o bem, vocês podem silenciar a ignorância dos homens tolos." Quando vivemos assim, o nosso testemunho obriga os homens a perguntarem “uma razão da esperança que há em vós” (1 Pedro 3:15), e como os patriarcas, estaremos confessando “que somos estrangeiros e peregrinos na terra” (Hebreus 11:13).

 

“Tão livres… como servos de Deus” 1 Pedro 2:16

“Tão livre, e não usando sua liberdade como manto de maldade, mas como servo de Deus.” “Porque, irmãos, fostes chamados à liberdade… apenas não useis a liberdade para uma ocasião para a carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor” (Gálatas 5:13). A liberdade para servir a Deus e a liberdade para servir uns aos outros são vistas em ambas as passagens. “Se vocês se morderem e se devorarem uns aos outros, tenham cuidado para não serem consumidos uns pelos outros” (v. 14). Este é um aviso forte. Será possível que nos tornemos canibais espirituais? Não devemos usar nossa liberdade dessa maneira.

 

“Como ovelhas que se desgarram” 1 Pedro 2:25

Dos versículos 21 ao 25, temos uma bela apresentação de Cristo como o Servo Perfeito, como exemplo para seguir Seus passos. Isaías 53:9 está diante de nós quanto à Sua vida sem pecado: “O qual não cometeu pecado, nem se achou engano na sua boca”, e Pedro escreve com tanta ternura sobre Seus sacrifícios: “Ele mesmo carregou os nossos pecados… e pelas Suas pisaduras fostes curados” (Isaías 53:5,12). Novamente: “Éreis como ovelhas desgarradas” é uma breve citação de Isaías 53:6. Pensar que éramos ovelhas perdidas e desgarradas e que Ele nos encontrados e nos encontrados, e agora em ressurreição, “Ele é o pastor e bispo (superintendente) de nossas almas”, enquanto Ele cuida de nós com cuidado vigilante no caminho para a glória Isso deveria realmente mover nossos corações ao louvor, quando nos lembramos de que, como bom pastor, Ele dá segurança eterna e nunca perde uma ovelha (João 17:12).

 Que esta leitura nos aproxima mais de Cristo, nos inspira a santidade e nos fortalece na esperança da glória futura. A mensagem de Pedro é um lembrete contínuo da fidelidade de Deus e da nossa chamada a viver vidas que honram o nosso Senhor e Salvador.

 Josué Matos