Você já se perguntou antes – “eu sou uma pessoa LIVRE”? Já se encontrou em um ponto desconhecido da consciência entre as absolutas certezas positivas e negativas. A temida dúvida, onde nem pode dizer que sim, nem que não, mas exatamente ali no “talvez”? Pois é, acalme-se porque você não é o primeiro, nem o último, nem o único.

Ao visitar um zoológico, você notará diversos animais presos, que vivem como se fossem livres. O lugar onde habitam foi preparado para isso. Água, comida, clima, ornamentos, convívio com espécies iguais e diferentes também, tudo estritamente igual o que eles teriam na natureza, com uma única diferença. Eles estão presos! Ainda que sua consciência lhe force a confessar uma liberdade por causa dos aparatos artificialmente preparados que lhes cercam e lhe servem, estão presos! E o pior, vão morrer ali, naquela condição. Presos! A não ser que alguém os liberte, no sentido amplo da palavra, tirando as limitações de tempo e espaço que lhes oprime. Fora isto, presos!Para sempre, presos!

Quando você se pergunta sobre sua liberdade, não tem a ver com o fato de haver água, comida, emprego, cobertor, conta bancária em ascensão, carros, viagens, bens materiais, etc, porque estas coisas são artificiais perto do conceito de liberdade que você conhecerá nesta leitura. Mesmo tendo todas estas coisas em abundância, se você não reconheceu a Jesus Cristo como Filho de Deus, por fé, você continua preso!…rs. Se vier a crer Nele como seu único e pessoal Salvador, um novo e vivo conceito de “liberdade” lhe será apresentado. Eu vou lhe explicar o porquê.

Enquanto indivíduos, nossa percepção sobre “liberdade” é de muito arruinada pela condição da velha raça (ou velho homem – Ef 4:22 e Cl 3:9). Desde o início da sociedade organizada/civilizada se tem a premissa de que ser livre é sinônimo de dizer, fazer e ir onde se bem entende, da forma como se bem entende e sem precisar prestar satisfações a outrem.

Desde sempre, o inteligível em matéria de liberdade é a condição que achamos que temos de deliberar acerca de nós mesmos, nossos meios e propósitos para objetivar algo, nossas ânsias, medos, desejos, compreensões e escolhas, tudo voltado à confiança da nossa própria capacidade, e tendo como amparo a tão almejada liberdade para ser, estar, fazer, querer, sentir, proceder por si só e sem chances ao pitaco alheio.

Se alguém é privado do direito de se locomover, se alguém não puder expressar sua opinião ou realizar determinada tarefa como, quando e onde quiser, logo, sua consciência lhe impele de que sua liberdade está sendo cerceada e que alguma coisa precisa ser feita para restabelecê-la. Como organismo de defesa contra um eventual cerceamento, no decurso do tempo, criamos as mais variadas espécies e subespécies de liberdade, que podem estar ligadas às mais diversas searas de atuação e vida do homem, como aquelas ligadas à religião (liberdade religiosa, liberdade de culto), ou ainda, ligadas à personalidade psíquica (liberdade de expressão, liberdade de opinião), à física (liberdade de locomoção) e até mesmo ao exercício de profissões (liberdade de imprensa, liberdade de exercício de determinada profissão…) e por aí vai.

Não importa a área da vida, o que importa é que nela queremos ser LIVRES! Para isso, criamos nosso próprio conceito sobre o tema e as mais diversas estratégias para manter nossa liberdade intacta, longe de tudo e todo aquele que pretender ousar tocá-la ou modificá-la de alguma forma. Somos nós, em nós mesmos, e ponto!…rs.

Entretanto, é crível que a junção destas subespécies de liberdade seja proveniente de um só conceito geral e centralizado na mente humana. Por óbvio, que estou falando do conceito de liberdade do indivíduo natural, o que o apóstolo Paulo chamou de “homem natural”, que denota a condição humana ainda sem ter recebido o Espírito Santo de Deus através da Fé exercida no seu Filho, Cristo Jesus, em (I Corintios 2:14):

Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. ”

Esta condição natural mantém o homem em sua primeira forma, ou seja, com suas compreensões distorcidas e carnais, fruto do seu nascimento natural (ou da carne) que se deu sobre a cobertura do pecado original, surgido logo após Eva, almejando SER LIVRE, provar do fruto proibido e levar Adão ao mesmo erro (Gn 3:1-6). Após o cometimento deste delito, vemos claramente que “foram abertos os olhos de ambos e conhecerem que estavam nus…” (Gn 3:7).

A partir daí, temos a sentença da justiça de Deus – dentre tantas outras – para que a raça Adâmica (todos os nascidos sob o seu pecado) seja concebida, viva e pague a pena da morte, pois a concepção de cada ser humano foi alterada a partir do momento em que Adão e Eva, engodados pela sua concupiscência, deram à luz ao pecado, gerando uma consequência de morte para toda a raça! Este processo de concepção mortuária fora delineado por Tiago em (Tg 1:14-15):

Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.”

Tendo seu próprio desejo levado a cabo, conceberam o pecado, que por sua vez entrou no mundo e mudou a concepção de todos os demais que mais tarde viriam à vida. Tal alteração fora estendida à toda a humanidade e a premissa escrita por Tiago ainda hoje se cumpre para aqueles que vivem nas dissoluções da sua concupiscência, que concebem e dão à luz o pecado, atraindo para si a morte, se não é o que assenta em complemento o apóstolo em (Rm 5:12):

Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.”

Vamos encontrar a Palavra de Deus bem definindo tanto a extensão da eficácia do pecado original e suas consequências, como a forma de nascimento humana sobre a proteção deste pecado. A concepção dos indivíduos da criação passou a ser pelo “sangue”, pela “vontade da carne” e pela “vontade do homem”, em uma clara demonstração da alteração conceptiva em decorrência do ato pecaminoso. Nota-se que, na criação original do homem (Adão), sua concepção veio diretamente da vontade (opcional), da feitura (construção pelas mãos) e do sopro do fôlego do próprio DEUS (não importando aqui a forma). Já agora – pós-pecado – tendo a morte entrado no mundo e se estendido à raça, nascemos naturalmente nas formas conceptivas que o pecado nos permite que nasçamos, ou seja, somos originalmente pecadores (João 1:12-13):

Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.

A justiça de Deus não permite que a sentença do Éden seja revogada! Por isso, continuamos a nascer por ato pecaminoso, oriundo do sangue, da vontade da carne e do homem, visto que a escolha de entregar em pecado a proteção de Deus foi do próprio homem lá no jardim do Éden, ainda quando se portava o tão chamado livre arbítrio. Portanto – na esfera natural – tudo que nos é afeito, todos os nossos sentimentos, compreensões, conceitos, desejos, etc, podem nos levar a qualquer outro lugar, MENOS À DEUS. Isto é assim porque em nosso estado natural, jamais quereríamos Deus, ou buscaríamos Seus santos intentos, pois esta direção é terminantemente proibida pela legislação do pecado. O pecado nos afasta de Deus e nos faz caminhar sempre em sentido contrário à Sua presença. Observemos o que a Palavra de Deus registra sobre isso (Sl 51:5 e Rm 3:10-12 e 23):

Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.”

Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.

Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus. TODOS se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.”

Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;”

Não nos tornamos melhores ou piores ao longo da vida por praticarmos obras nossas (pré-conceituadas por nós mesmos como boas ou ruins), já que somos concebidos em pecado lembra? Já viemos à vida paridos pelo ato de Adão e a ele mantemos a nossa fidelidade enquanto homens naturais. Toda a nossa consciência (por mais digna que nos aparente ser) é voltada para o pecado, para o distorcido, para o aquém da realidade! Observamos estrita enaturalmente os ditames da carne, do sangue e da nossa concupiscência, verdade tão absoluta e cristalina nas escrituras a ponto do próprio apóstolo Paulo, em uma autoanálise, chegar a exclamar: “ …miserável homem que sou. Quem me livrará do corpo desta morte?…” (Rm 7:24) quando percebeu que a lei imposta pelo efeito do pecado original sobre seu corpo e vida eram inevitáveis. Sua consciência doía. Sua razão ditava uma regra, mas seus membros não a obedeciam, tudo por conta do imperar do pecado impregnado na velha criação, no velho homem, na velha raça…

As perguntas que não querem calar são: – se somos naturalmente assim, como poderíamos mudar esta condição? E o que isso tem a ver com liberdade?

Pois bem, caros irmãos! Bem sabemos o plano de Deus para mudar a sorte da humanidade após a sentença sobre o pecado que devastou a condição do homem. Enviando o seu Filho (Jesus Cristo) entre nós, o primeiro cuidado foi que Ele não nascesse como nós, isto é, da vontade do sangue, da carne ou de homens, mas que fosse concebido através da Obra do Espirito Santo de Deus no ventre de uma virgem (Maria), justamente para que, não havendo a proteção do pecado original sobre Seu nascimento, também não haveria poder pecaminoso sobre sua vida (Lc 1:31 e Mt 1:18). Lembra de Paulo exclamando sobre sua miserabilidade? Pois é, Cristo JAMAIS chegaria a tal ponto, considerando que o pecado JAMAIS teve influência sobre Ele. Aliás, Cristo veio e permanece para sempre na condição de totalmente homem e totalmente Deus (1 Tm 2:5 e João 1:1-4), o que nos remete à impossibilidade D’ele de nascer em pecado. O que não nasceu em decorrência do pecado, não poderia ser coberto, dominado, ou sequer tentado por ele!

Ora, não havendo condição de pecar, somente Ele (Cristo) poderia se sobrepor à sentença de Deus e carregar sobre si TODOS os nossos pecados (o original e os derivados), através do derramamento do Seu próprio Sangue em nosso favor, cumprindo assim a exigência de derramamento sanguíneo para sacramentar a remissão (Hb 9:7-22) e nos reconciliar com Deus, abrindo o caminho que lhe permitiria fazer novas TODAS as coisas, INCLUSIVE A FORMA DE CONCEPÇÃO para o “nascer” da raça humana! (Ap 21:15, Cl 1:17 e 2 Cr 5:17)

As escrituras mostram que “vindo Cristo” e cumprindo o seu propósito redentor UMA SÓ VEZ (Hb 9:11-12), todas estas disposições foram novamente alteradas e a condição humana mudou, para melhor, com a possibilidade de aquisição de uma nova natureza, cujo o novo nascimento vem diretamente do Trono da Graça de Deus, traduzido para o homem através da Sua Palavra e do Seu Santo Espírito! (João 3:3-7) – não da carne, do sangue ou da vontade humana.

Agora sim! Através da Fé no Filho de Deus (Jesus Cristo) e à sua Obra na Cruz, abandonamos a condição natural(aquela imposta pelo pecado original e que nos fazia obedecer à sua lei), e alçamos uma nova condição. O nosso estado permanece caído, velho, deturpado e nos assolando a cada dia a ver se não vivemos debaixo de seus preceitos. Mas, a nossa condição já não é mais natural. Passamos à esfera espiritual…e exatamente aí voltamos àliberdade, ao conceito dela e à forma de a adquirirmos em contentamento e em verdade.

Enquanto naturais (sob o pecado), somos “livres” à nossa moda e conceituamos “liberdade” estritamente como o descrito aos primeiros parágrafos deste singelo artigo, pois foi naquela velha e falida concepção que nós fomos gerados e nada mais tínhamos a expandir. Éramos um cerco, um território sitiado, nos enganando a cada emissão conceitual sem entender que tudo, absolutamente tudo era regido pela lei da natureza pecaminosa. Pensávamos daquela forma ou daquela forma, porque não havia saída e nem livre arbítrio para escolhermos a quem buscar – uma vez condenados, para sempre condenados – assim como, uma vez salvos, para sempre salvos! (Eclesiastes 11:3). A diferença entre uma condição e outra, é que não haveria a segunda opção se Cristo não nos agraciasse com sua própria vida:

Estando as nuvens cheias, derramam a chuva sobre a terra, e caindo a árvore para o sul, ou para o norte, no lugar em que a árvore cair ali ficará.

Quando Deus nos traz a possibilidade de nascer novamente pelo conhecimento da Sua Palavra e atuação do Seu Santo Espírito, a concepção que tinha por base o pecado natural, passa a ser espiritual, levando consigo toda e qualquer sentença que antes havia sido assentada sobre nós. Esta obra deve-se unicamente à Cristo, que nos enxertou de vida e cravou na cruz o velho homem e a legislação que lhe submetia ao pecado (Cl 2-14), dando à luz em nós à um novo combatente, o homem interior, total e perfeitamente lúcido e atento às coisas de Deus! (Rm 7:22 e Ef 3:16). Esta nova versão de natureza no homem, vem homologada por um selo eterno, a saber, o Espírito Santo de Deus, que JAMAIS poderá ser removido de dentro de cada cristão, assim como JAMAIS se corromperá, mesmo diante das mazelas do homem exterior (II Corintios 4:16).

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia.

Agora não somos mais enclausurados na exterioridade do homem velho e pecador por natureza e sem opções, não, não! Agora a nova natureza enfrenta os ditames da velha e traz ao cristão um novo conceito sobre o ver da vida e o estabelecer de valores. Agora as coisas que não eram passam a ser, enquanto as que sempre foram alguma coisa, perderam sua razão de ser. A gritante e grotesca distinção entre o velho e o novo, o injusto e o justo, o profano e o eterno, o morto e o vivificado, o corruptível e o incorruptível:

E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas, havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.

Quanto ao conceito de LIBERDADE, não foi diferente. Enquanto elaboramos nosso próprio conceito (pecaminoso) de “liberdade”, na forma como já exemplificamos inicialmente, a Palavra de Deus faz separação entre a liberdade comum e a liberdade verdadeira, relatando que há entre nós aqueles que são livres, mas há aqueles que são verdadeiramente livres. Aqueles presos à esfera mortal, enquanto estes, transcendentes à eternidade e mortificando as obras do corpo sob este prisma! (Romanos 8:13)

Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.

Os apenas livres (homem natural) permanecem nas “obras do corpo” e seus conceitos limitados e distorcidos sobre liberdade, pois nada mais são do que pecadores originários, realizando as proezas da carne de forma deliberada, sentindo o prazer momentâneo como consequência disto e aguardando a lavratura da sentença de condenação eterna, fadados o insucesso assim por conta da imposição da égide pecaminosa original e a ausência da nova concepção (ou novo nascimento) pelo Espírito Santo de Deus.

Se perguntar ao incrédulo ou ao mero professo (e você pode estar enquadrado nesta classe de pessoas, caso não tenha crido genuinamente em Cristo)) se ele deseja ser livre, certamente a resposta será nos moldes farisaicos:“livres? Mas eu faço isso e aquilo, vou e volto, falo quando quero, procedo desta e daquela forma com toda a liberdade…e você me pergunta se quero ser livre? Eu já sou livre!” Compare com (João 8:33) e veja se não foi exatamente este o conceito religioso de liberdade que os fariseus tentaram jogar sobre Jesus. Trata-se de um conceito superficial, que atende apenas aos anseios carnais, satisfazendo superfluidades como ir, voltar, falar, proceder, etc, etc, etc.

Já os VERDADEIRAMENTE LIVRES, assim chamados pelo Filho, transmudam o conceito de liberdade para LIBERTAÇÃO, que é muito mais amplo e abrangente e, como dito, transcende o mero homem natural para situá-lo na eternidade, agora como homem espiritual (vivificado). Estar livre com a liberdade com que Cristo nos libertou é o mesmo que está LIBERTO da escravidão que o pecado original nos impunha. Não significa fazer o que se quer, na forma e onde se quer, sem dar satisfações a ninguém. Não passa nem perto deste conceito a liberdade com que Cristo nos libertou. Pelo contrário, o cristão está doutrinado pela Palavra de Deus, a não usar a liberdade como desculpas a encobrir sua malícia e a não a utilizar como escândalo aos demais, mas como SERVOS (I Pd 2:16, I Cor 8:9 e Gl 5:13):

Como livres, e não tendo a liberdade por cobertura da malícia, mas como servos de Deus.”

Mas vede que essa liberdade não seja de alguma maneira escândalo para os fracos.”

Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdadeNão useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor.”

Ao ensinar que não usemos da LIBERDADE “para dar ocasião à carne” o apóstolo fulmina o conceito de liberdade do homem natural, se considerarmos que é exatamente da ocasião da carne que a própria Palavra de Deus nos mostra ser a fraca e efêmera liberdade humana.

Amados! Sermos livres através do velho homem e dos conceitos sociológicos do termo, é como alguém que tenta jogar para baixo do tapete a sujeira da casa, cuidando que, por algum momento, o ambiente vai parecer estar limpo para quem olha de fora…rs. Não dura muito, e logo, logo alguém saberá que aquela habitação está demasiadamente SUJA e tentando mascarar suas imundícias! As Escrituras nos impulsionam à sermos verdadeiramente livres, ou seja, tomarmos conhecimento da liberdade/libertação que vem através da VERDADE! A VERDADE DA PESSOA E OBRA DE CRISTO!

Não encontramos escrito que nenhuma condenação há para os que estão livres de per si (por si só), então podemos esquecer que somos livres e felizes em razão de fazermos tal coisa, comermos tal comida, falarmos sobre determinados assuntos e tantas outras escolhas como amizades, relacionamentos, negócios, etc. Encontramos que não há condenação para os que estão na VERDADE, ou seja, em Cristo Jesus! Encontramos que somente Ele, o Filho, pode VERDADEIRAMENTE libertar alguém (João 8:32-36 e 14:6):

E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”

Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.”

Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.”

Após a conversão genuína à Cristo, uma pessoa porta o Espírito Santo de Deus dentro de si, e aí, não há outra forma de sentir a verdadeira alegria que tem origem na verdadeira liberdade, pois a Palavra de Deus impõe que onde estiver o Espírito Santo, estará a liberdade e a alegria condizente à Ele na função de consolador da igreja de Deus (2 Cor 3:17 e Rm 14:17):

Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.”

Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.”

Até quando não houver bens materiais na vida de uma pessoa cristã, isso não será de empecilho para que sinta a alegria em Deus, como no caso das igrejas da Macedônia, elogiadas pelo apóstolo Paulo por ocasião da segunda carta enviada aos Coríntios, onde relata que aqueles irmãos, mesmo sendo pobres (materialmente) abundavam em alegria e generosidade…rs. Curioso não?! (II Cor 8:1-2)

Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus dada às igrejas da Macedônia; porque, no meio de muita prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza da sua generosidade.”

Imbuído do mesmo Espírito (Santo) que as igrejas da Macedônia, o próprio apóstolo Paulo exalava uma alegria e um contentamento contraditório à sua realidade. Observa-se que mesmo preso, açoitado, caluniado e perseguido, a alegria que possuía no Espírito Santo o fazia esquecer o conceito humano de liberdade e o relembrava a cada instante, que a Palavra de Deus jamais esteve presa como ele, mas permeava o tempo e os espaços salvando as pessoas. Isto lhe dava prazer! Contentamento! Transcendia seus miseráveis intentos humanos sobre liberdade e lhe mostrava o todo. A eternidade… (Ef 4:1, 2 Cor 12:10 e Fl 4:12-13):

Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados,

Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.”

Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade.

Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.”

No Senhor Jesus, como já lemos, o que era deixa de ser, o que reputávamos por nada, ganha força, forma e conteúdo, abrindo o caminho da eternidade com Ele. Se viermos a Ele como servos de qualquer coisa ou pessoa (assim como do pecado original), seremos libertos por Ele. Se viermos com as equivocadas intenções de liberdade do homem natural, seremos servos Dele (1 Cor 7:22) e passaremos a ser julgados pela lei da Sua liberdade (Tg 2:12)

Porque o que é chamado pelo Senhor, sendo servo, é liberto do Senhor; e da mesma maneira também o que é chamado sendo livre, servo é de Cristo.”

Assim falai, e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade

Em suma, ou somos ricos e abundantes da nossa própria e pobre liberdade e permanecemos escravos da lei do pecado original operante em cada indivíduo, ou cremos em Cristo, e somos LIBERTOS da lei do pecado e da morte, para vivermos a liberdade com que Cristo nos libertou (não a nossa concepção de liberdade).

Foi para isso que Cristo morreu e tornou a viver, para ser Senhor dos vivos e dos mortos (Rm 14:9), pregar LIBERDADE aos cativos (presos), que se encontram servindo à corrupção por natureza, mesmo achando que são/estão livres na vida e no corpo que ora habitam, pelos poucos anos que estiverem presentes nesta terra: (Lc 4:19, Rm 8:21 e Gl 5:1)

A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do SENHOR.”

Na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.

Estais, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão.

Estar livre pela liberdade com que Cristo nos libertou, é o mesmo que estar VERDADEIRAMENTE livre. É liberdade na completude do termo, onde nenhum evento desta terra poderá removê-la de nós, visto que fomos dotados de uma CONDIÇÃO de livres. É irrevogável e permanece sempre ali (onde estiver o Espírito Santo haverá liberdade, lembra?). Se o Espírito Santo está dentro de você para sempre, como selo de redenção, então a verdadeira liberdade também está, independentemente de suas naturais condições de locomoção física, de saúde, de finanças, de negócios, de relações familiares, conjugais ou profissionais. O fato é que não há nenhuma tela à sua volta impedindo sua passagem seja para o que for, nem à pouca, nem à longa distância.

Já na concepção de liberdade humana natural, não se trata de uma condição, mas de um sentimento (falso) de liberdade, que está condicionado a se ter, ser, estar, fazer, ir, voltar, proceder, conquistar, e todos os demais verbos possíveis que denotam o ínfimo e miserável desejo humano em obter felicidade através de coisas e ações transitórias – lembre-se do exemplo inicial dos animais no zoológico. Na verdade, sempre há uma tela, uma grade ou uma jaula para limitá-lo, por mais que você insista que não há, mais cedo ou mais tarde, os limites aparecerão e você se verá impedido de ir além, pois aquela liberdade era falsa, era apenas até ali e foi preparada pelo pecado original para te dar esta falsa concepção!

Pense em um alçapão. Se colocar um pássaro ali dentro, ele perceberá que está preso imediatamente, pois a ausência de espaço físico evidencia a prisão. Agora pense em um viveiro de quintal. Também fica fácil para o pássaro saber que está preso, embora ele tenha um espaço de convivência maior, onde acaba se acostumando. Agora pense em viveiro destes, só que construído do tamanho de uma cidade, com as telas estabelecidas apenas nos extremos da cidade. Viu!? O Pássaro pode viver uma vida inteira ali dentro, sem saber que está preso…rs.

Ele pode ter água, alimentação, clima e até outros de sua espécie para companhia. Isto lhe faz sentir a falsa sensação de LIBERDADE (mas trata-se daquela liberdade proveniente do homem natural, que parte dele mesmo, por causa das informações limitadas que lhe são transmitidas). Quando este pássaro será VERDADEIRAMENTE LIVRE? Somente quando não houver tela de limitação. Não importa a distância da tela, a limitação sempre será uma prisão.

Olhando este contexto bíblico sobre LIBERDADE, cabe-nos a pergunta: e aí? – Somos livres, ou verdadeiramentelivres? Com tela de limitação (que simboliza aqui o pecado, a religião, o orgulho e o culto a si próprio) e cada um fará de si mesmo uma oportunidade de reflexão, ou sem tela de limitação, ou seja, completamente LIVRES EM CRISTO?

Você não confessa ser cristão? Então CREIA em Cristo como seu Salvador Único e Suficiente para afastar as telas que te impedem de viver eternamente e o Espírito Santo de Deus atropelará esta sua falsa sensação de liberdade (que tem amparo em coisas terrenas e transitórias), para te firmar nas coisas santas e eternas de Deus. Certamente que desfrutará da vida eterna, que está em Cristo, a partir de AGORA!

Você confessa ser cristão? Então analise o que tem imperado dentro de você sobre “liberdade”. Você sente paz com Deus? Esta paz possui variáveis ou é contínua? Se há variáveis, quais são? Quando se sente mais o menos feliz? O que te impulsiona e o que te desanima? Se há respostas para estas perguntas, você não conheceu o verdadeiro evangelho e se encontra habitando o terreno artificial e hostil da enganação (e muitos são os que ensinam através dele). Agora, se esta paz com Deus é contínua, é porque após sua conversão a alegria do Espírito Santo de Deus e o conhecimento da Sua Palavra tem lhe conduzido a esta plena liberdade em Cristo.

E onde está o Espírito do Senhor, aí há LIBERDADE!” (2 Cor 3:17).

Por: Reny Junior

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