50) O Bom Pastor
 
1. Como o Senhor Jesus se tomou o Pastor das Ovelhas: Jo 10:1-6. 
2. O Senhor Jesus, a porta das ovelhas: v. 7-10. 
3. O Senhor Jesus, o Bom Pastor: v. 11-18. 
4. A Salvação Eterna das Ovelhas: v. 27-30. 
 
Explicação e ensinamentos: 
Ainda na presença daqueles Fariseus e Escribas, que devido à sua fiel confissão expulsaram o "Cego de Nascença" da sinagoga, não demonstrando, assim, serem bons pastores, mas mercenários, o Senhor fala do verdadeiro "Bom Pastor" das ovelhas. No oriente, muitas vêzes alguns pastores se associam e juntos apascentam seus rebanhos em uma área cercada por um muro (aprisco); visando proteção contra ladrões. Na entrada desse cercado há um vigia armado (porteiro) que deixa entrar somente pastores conhecidos. Portanto, se alguém quiser roubar, terá de entrar por outro lugar. Pela manhã, vêm os pastores, e cada um chama as suas próprias ovelhas pelo nome, separando assim os rebanhos, e os conduzem para as pastagens. Onde há obstáculos, o pastor aplaina a passagem. O Pastor, também, protege as ovelhas contra o lobo e outras feras, usando de sua força e armas. Um pastor no oriente está, as vezes, armado como um guerreiro. 
 
1. Os judeus representavam um curral de ovelhas; Deus havia levantado um cercado ou um muro em volta deles, por meio da lei e ordenanças de sacrifícios (Ef 2: 11-15). A intenção era que as ovelhas ficassem protegidas, até que viesse o Messias. Agora, no entanto, haviam vindo outros (os sacerdotes e os príncipes), para se apoderarem das ovelhas, contudo, não na maneira prescrita por Deus. Somente o Senhor Jesus passou pela porta, isto é, somente Ele se sujeitou às prescrições de Deus, sendo obediente à lei. Ele se identificou com o remanescente que para arrependimento era batizado no Rio Jordão, aceitando também o batismo; o Senhor se submeteu às tentações de Satanás, não usando o Seu poder em próprio favor, mas em prol das ovelhas, as quais Ele amava. Ele era o Jeová da Antiga Dispensação, que prometera vir pessoalmente para cuidar das Suas ovelhas (Ez 34:11-16; compare também Mt 9:36). Quão diferentes eram os pastores de Israel! (Ez 34:2-4). Eles procuravam o próprio bem, eram egoístas e não tinham amor nem misericórdia. 
"O Porteiro", a saber, Deus, permitiu ao Senhor Jesus acesso às ovelhas. Os israelitas piedosos, que esperavam pelo Messias (como Simeão, Ana, os discípulos, Maria e Marta, e muitos outros), ouviram a Sua voz e O reconheceram (compare Jo 1:43-50), seguiram após Ele e se associaram a Ele fora do sistema Judaico (Curral das Ovelhas). Aí passou a existir um novo foco de atração: O Senhor Jesus. Um exemplo exato disso é o cego de nascença, que não apenas saiu, mas foi expulso do sistema judaico. 
 
2. Os fariseus não entenderam a parábola, por isso o Senhor Jesus diz: "Eu sou a porta". Como verdadeiro Pastor ele conduziu as ovelhas para fora do curral, com poder, pela Sua palavra. Mas na qualidade de "A Porta", Ele introduz as ovelhas nas novas e eternas bênçãos que trouxe. Não, não as conduz novamente a um curral (um sistema). 
 
O que é que as ovelhas encontram nEle? 
O Senhor o diz: "Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens." Portanto, três coisas maravilhosas: Salvação, liberdade e Pastagem. - "Salvação", porque possuem o Senhor Jesus, o Salvador; "Liberdade", porque não há necessidade de um cerco da lei, que por meio de estatutos e sacrifícios os livre da mão do inimigo, pois pela Nova Vida e pelo Espírito Santo estão separados do anal; e "Pastagem", porque o Pastor lhes dá refrigério e bênção, e porque nEle estão todas as fontes. Ele se tomou a alegria e o prazer dos seus corações, tanto neste tempo presente como para a eternidade. 
Para as ovelhas que assim foram separadas (o remanescente judeu) Ele é "o Bom Pastor" (* Compare v.11-16), ao dar a Sua vida por elas. Mesmo agora, após a Sua morte, estando no céu (aparentemente longe delas), conhece as suas ovelhas tão bem como o Pai O conhece. Por meio do Espírito Santo que enviou, a relação entre o Senhor e as Suas ovelhas se tomou mais íntima do que seria caso Ele tivesse ficado aqui na terra. Quão magníficas são as relações entre o Senhor Jesus, o Grande e Bom Pastor que está no céu, e os seus cordeirinhos! . 
A morte do Bom Pastor não somente beneficiou as ovelhas de Israel, mas também os pobres gentios: "Um rebanho", "Um Pastor" (* Ef 2:13-18). Onde foi feita esta unificação? Na cruz (Jo 11:52) e por meio do Espírito Santo (1 Co 12:13). 
Não foi somente às ovelhas que a morte do Senhor Jesus produziu salvação e bênção. Sua morte tem também um valor infinito para Deus: "Por isso o Pai me ama, porque dou a minha vida". A obediência do Filho, até à morte, foi preciosa para Deus. 
Por fim temos ainda que a salvação das "ovelhas" é uma salvação eterna, e as "ovelhas" estão eternamente seguras nas fortes mãos do Bom Pastor, e de Deus o Pai, que as deu ao Senhor Jesus (* versos 27-30). 
 
Assim, temos visto que as ovelhas do Senhor Jesus estão protegidas em todos os sentidos. No Senhor Jesus elas possuem: 
1. Salvação quanto ao seu passado (v. 9) 
2. Pastagem para o presente (v.9) 
3. Vida Eterna e Segurança para o futuro (v.28-29) 
Que porção gloriosa e bem-aventura sorte têm todos os Cordeirinhos do Senhor Jesus! Mas... como é que se identificam os Cordeirinhos do Senhor Jesus? Eles ouvem a Sua voz e O seguem (v.27)
 
 
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