52) Parábola da Ovelha Perdida e da Dracma Perdida 
 
1. Da ovelha perdida: Lc 15:1-7. 
2. Da dracma perdida: v.8-10. 
 
Explicação e ensinamentos: 
"Os publicanos", muitas vezes desonestos, e os "pecadores", transgressores da lei, eram uma abominação para os fariseus; mas muitos deles estavam arrependidos, desejando salvação. Eles iam ao Salvador para receber graça, ao passo que os fariseus, justos aos seus próprios olhos, desprezavam tanto a graça como o Senhor. 
O Senhor Jesus demonstra em três magníficas parábolas, quanto prazer Deus tem em salvar o pecador perdido, concedendo-lhe graça. Em Lc 14, temos visto como Deus preparou "Um grande banquete" para o pobre perdido. Aqui, em Lc 15, vemos com que perseverança os convidados são buscados em sua miséria. Vemos, também, com quanto amor são acolhidos e enriquecidos. Passemos para as duas primeiras parábolas! 
O pastor busca a ovelha perdida, com toda perseverança, pois é a ovelha d'Ele ("Minha ovelha": v.6). Não Lhe é bastante que possua ainda 99 ovelhas. Ele quer aquela que Lhe pertence, que Ele ama. Ele quer recuperar e salvar a perdida. (Explique às crianças as dificuldades que um pastor enfrenta: tem que passar por vales, mato denso, espinhos etc... O termo "deserto" significa aqui uma pastagem deserta). Quem é esse fiel pastor? O Senhor Jesus. Ele morreu pelo rebanho. Desceu ao lugar em que este se encontrava, entrou em sua miséria e na morte(* Jo 10:11). Mas Ele vai também após a alma individual. Inclusive da criança. Ele a chama, Ele a atrai. 
A ovelha não é um animal inteligente, e por si mesmo nunca encontra o caminho de volta, quando se perde. O que faz o pastor? Ele a procura até encontrá-la. Havendo-a encontrado, ele a põe sobre o ombro, gostoso, sem punição, sem reclamação, e a leva para casa. É sempre Ele quem está agindo: tanto ao buscar quanto ao levá-la para casa. Dessa mesma maneira o Senhor há de suster e suportar os seus, até chegarem ao céu (* Jo 10:27.28). Grande é a alegria no céu sobre cada ovelha achada, agora e eternamente. Os "noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento" são os fariseus, aqueles que são justos aos seus próprios olhos. 
Na segunda parábola, temos uma mulher, com uma candeia, procurando uma moeda de prata, que perdera. O dinheiro estava caído no pó e na sujeira, e ali ficou irreconhecível. O brilho e o reflexo metálico tinham desaparecido e a gravação (a efígie do príncipe) não mais era visível. Assim, acontece com o homem imortal, que foi criado à imagem de Deus: 
Ele se encontra a serviço do pecado, no poder de Satanás. A imagem de Deus, do qual foi feito à semelhança, não mais é visível. Apesar disso, o homem Lhe é tão valioso. Deus, o Espírito Santo, presente entre a cristandade (do que a candeia na mão da mulher é uma figura) se esforça sobremaneira para iluminar o homem, e removê-lo de seu estado de morte espiritual. O Espírito Santo usa a Palavra de Deus para lhe dar vida. Uma pregação, a leitura da Bíblia, folhetos, etc. são meios pelos quais procura atingir o coração, mas Ele também lança mão de circunstâncias, (como doença, morte de amigos ou parentes, sonhos, etc.) para despertar o coração (Já 33: 14-29). 
Também, nesta parábola, vemos aquela mesma grande alegria de Deus pela salvação de uma alma. Aqui é dito que "há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende" (v.10). Note que isso quer dizer "diante da presença deles", ou seja, é Deus próprio que Se regozija! 
 
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