Que significa “o Trono da Graça” Hebreus 4:16?
O termo “o trono da graça” é usado apenas uma vez em todo o Novo Testamento em Hebreus 4:16. No contexto, o termo se situa como uma ponte entre o tema do descanso para o crente nos capítulos 3 e 4 e o tema do sacerdócio de Cristo nos capítulos 5 a 7.
O trono sugere a autoridade de “Jesus, o Filho de Deus” que atravessou os céus em triunfo (Hebreus 4:14), ao mesmo tempo em que lembra o crente da graça que permite que cada um se aproxime com ousadia (ou seja, com “liberdade de expressão”) para apresentar seu apelo a tal simpatizante sumo sacerdote.
Sempre que um crente se aproxima de Deus, deve ser incluída, nessa mesma atitude de se aproximar, a compreensão de que o Trono de Deus transmite uma atmosfera de soberania e supremacia. Nós, portanto, nos aproximamos apenas pela graça.
Não temos motivos para nos aproximar de Deus além disso. Nossa atitude deve ser semelhante à da rainha Ester quando ela se aproximou do trono de Assuero em Ester 4:11.
O “segurar o cetro” foi um ato de graça por parte do rei.
A adoração que surge durante a reunião da ceia do Senhor em cada primeiro dia da semana em cada assembleia local, pode e deve, expressar de forma abrangente nosso regozijo na Pessoa e na obra do Senhor. A contemplação de nosso Senhor deve, necessariamente, incluir alguma consideração do fato de que Sua obra consumada O habilita a sentar-se no Trono.
Podemos olhar para ele como “o Trono da Glória” como Ana fez em 1 Samuel 2:8 (a primeira menção do Messias está nessa oração de Ana).
Podemos pensar em Seu triunfo como capacitando-O a sentar-se como nosso Sumo Sacerdote “à direita da majestade nos céus” (Hebreus 8:1).
Como o Vencedor da corrida, Ele está “assentado à direita do Trono de Deus” (Hebreus 12:2).
Mas a maior evidência de Sua vitória é a visão do Cordeiro recém-imolado “no meio do Trono” em Apocalipse 5:6.
Não há dúvida de que o Trono de Deus é um lugar único em todo o universo.
Lúcifer desejou imitá-lo com orgulho e vanglória (Isaías 14:13), mas o Senhor Jesus recebeu o direito a isso em virtude de Sua humilhação e sofrimento.
Não podemos abordá-lo de outra maneira, exceto na consciência de que não temos direito de estar lá a não ser pela graça incomparável de Deus.
Ao meditarmos na plenitude daquele trono que nosso Senhor ocupa tão triunfantemente, regozijamo-nos em Sua vitória, ao mesmo tempo em que percebemos que é a graça que nos encontra livres para nos aproximarmos com ousadia e confiança. Devemos expressar nosso apreço por esse privilégio a todo e qualquer momento.