A Divindade de Cristo

Vivemos em uma época em que toda verdade preciosa e vital a respeito do Senhor Jesus é atacada e questionada, e a divindade do Senhor Jesus não é exceção. Passado e presente, há um componente rebelde do coração humano que nega a própria essência de quem é o Senhor Jesus. Em termos simples, a divindade do Senhor Jesus é a verdade de que Ele é Deus, nada menos, nunca.

O Senhor Jesus no Novo Testamento é o mesmo que Jeová no Antigo Testamento.

Este fato é inaceitável para o incrédulo.

Dos fariseus egoístas do primeiro século aos “arianos” do quarto século, às seitas modernas e talvez até mesmo aos seus amigos, o Senhor Jesus está longe de ser Deus. Felizmente, as Escrituras não deixam dúvidas, com uma apresentação completa dessa verdade. A Escritura confirma que o Senhor Jesus é, em todos os pontos, totalmente Deus.

A divindade de Cristo é estabelecida na eternidade e não precisa de defesa. Não é uma verdade oculta nas Escrituras; em vez disso, é proclamado em voz alta, clara e frequentemente.

Na primeira carta de Paulo a Timóteo, foi “sem controvérsia” que “Deus se manifestou na carne” (1 Timóteo3:16).

O próprio Deus é a autoridade. Muito antes que os homens pudessem questionar a divindade de Cristo, o Pai a estabeleceu para sempre com uma declaração gloriosa sobre Seu Filho: “O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre” (Salmos 45:6).

Em Hebreus 1:8, o Espírito de Deus garante que sabemos que Ele está falando sobre o Senhor Jesus: “Ao Filho diz: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre.”

O Senhor Jesus chocou os judeus com esta afirmação: “Antes que Abraão existisse, eu sou” (João 8:58).

Não tenho dúvidas de que eles, conhecendo o Antigo Testamento completamente, pensaram em Moisés no Horebe quando Deus lhe disse para dizer ao povo que “EU SOU me enviou a vós” (Êxodo 3:14).

Seus argumentos foram inúteis e sua raiva se manifestou quando entenderam que isso era uma afirmação direta de ser Deus, o eterno “EU SOU”. Mais tarde, no templo, o Senhor novamente respondeu ao questionamento dos judeus com a ousada declaração de que “Eu e meu Pai somos um” (João 10:30).

Pela segunda vez, suas mãos perversas pegaram pedras para arremessá-lo.

Em nossos dias, o diabo com muito mais experiência, usa seus “ministros da trevas” para dizer que no “grego” não é bem assim, ou a nossa Bíblia como a lemos não está totalmente correta, precisa de colocar um “e” ou tirá-lo, para que então combine com a “falsa doutrina” que eles pregam.

Não precisamos ter dúvidas se estamos com a Bíblia certa ou não, desde que não sejam “Bíblias” modernas como “Tradução na Linguagem de Hoje” e outras que seguem o mesmo estilo, são boas traduções.

A Bíblia na versão Corrigida e na versão Atualizada, são otimas fontes de leitura e pesquisa para todo o estudante da Palavra de Deus.   

Numa certa ocasião, foi o próprio Senhor quem questionou: “Que pensais vós do Cristo? Ele é filho de quem?” (Mateus 22:42).

Ele então os silenciou com uma citação do Salmo 110:1 para mostrar que Ele era realmente Deus: “Disse o Senhor ao meu Senhor: Senta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés”.

Podemos estar muito distantes no tempo, cultura e linguagem; no entanto, os judeus presentes quando o Senhor falou estavam muito seguros de Suas reivindicações.

Em suas próprias palavras, o Senhor “disse também que Deus era Seu Pai, fazendo-se igual a Deus” (João 5:18).

(Leia também João 10:33, 19:7).

Em grande graça, o Senhor disse a um certo paralítico: “Filho, os teus pecados estão perdoados”.

A resposta dos judeus foi “Quem pode perdoar pecados senão Deus somente?” (Marcos 2:5, 7).

Os inimigos do Senhor chegaram a uma conclusão correta com esta afirmação! Se ao menos eles pensassem mais sobre suas próprias palavras, e se convencessem que o Jeová estava ali com eles, teriam sido salvos do inferno para onde foram, se não se arrependeram depois daquele evento.

Em Lucas 2:11, o anjo tinha uma mensagem maravilhosa para os pastores: “Porque na cidade de Davi vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor”. O uso consistente de “Senhor” no capítulo 2 Lucas (vs. 11, 22-23) apresenta Cristo como Jeová conforme extraído de Êxodo 13.

Reserve um tempo para ler Apocalipse 5 por conta própria e determine se os anjos na sala do trono adoraram ou não o Senhor Jesus como Deus ou como alguém menos.

João Batista recebeu uma tarefa especial e foi descaradamente fiel a ela. Ele declarou que o Senhor Jesus estava diante dele em preferência e tempo, e respondeu aos judeus questionadores citando Isaías 40:3: “A voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas” (Mateus 3:3). Aquele que vinha era o Senhor (Jeová)!

No evangelho de João 1:1 lemos: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.”

O apóstolo João falou com clareza e conforto ao ensinar sobre o Filho que veio, “a Verdade” que revelou perfeitamente o Pai. João disse: “estamos naquele que é verdadeiro, sim, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” (1 João 5:20).

Não havia dúvida em sua mente. É maravilhoso pensar que João, que era tão íntimo da perfeita humanidade do Senhor, também podia declarar Sua perfeita divindade.

Após a ressurreição, quando Tomé finalmente estava na presença do Senhor Jesus, havia apenas uma resposta possível de seu coração: “Meu Senhor e meu Deus” (João 20:28).

Sim, Tomé “duvidoso” pode ter sido menos do que perfeito, mas é difícil criticar alguém que chega ao ponto de uma compreensão tão profunda.

A pessoa de Cristo encheu o coração do apóstolo Paulo, e ele ansiava pelos companheiros israelitas, que eles também apreciassem “Cristo, que é Deus sobre todos, bendito para sempre. Amém” (Romanos 9:5).

Aos filipenses, ele exaltou a humildade daquele “que, subsistindo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus” (Filipenses 2:6).

Verdadeiramente, somos completos em Cristo: “Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade” (Colossenses 2:9).

Além do que já observamos no Salmo 45, o Espírito de Deus declara em Hebreus 1:3 que o Senhor Jesus é o resplendor ou “brilho da glória de Deus e a expressão exata de Sua natureza.”

Como alguém menos que Deus poderia revelar Deus plenamente?

No Salmos 102:10, tratando da continuação do discurso ao Filho, Deus o chama de Senhor (Jeová).

Muitos anos antes do nascimento de Cristo, o profeta Isaías revelou os detalhes: “Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel” (Isaías 7:14).

Mateus acrescenta a interpretação “Deus conosco” (Mateus 1:23).

Mais uma vez, Isaías fornece uma verdade inestimável informando-nos que o filho nascido de Maria não era menos do que “o Deus poderoso” (Isaías 9:6).

Que incrível humildade; a maravilha não está em Sua divindade, mas em Sua humanidade!

Deus afirma ser o “primeiro e o último” três vezes em Isaías (41:4, 44:6, 48:12).

Não é por acaso que o Senhor Jesus afirma ser o “primeiro e o último” três vezes no livro de Apocalipse (1:17, 2:8, 22:13).

Muitas Escrituras adicionais apontam para a divindade daquele que é “Cristo, o poder de Deus e a sabedoria de Deus” (1 Coríntios 1:24).

Muitas são as ações traçadas através dos Evangelhos que falam da onipotência, onisciência, onipresença, eternidade e soberania do Senhor Jesus. É bom lembrar, porém, que se o Senhor Jesus nunca tivesse realizado um único milagre, Ele ainda seria plenamente Deus. Suas ações registradas servem como confirmação do que já era verdade.

Há uma maravilhosa “unidade” no relacionamento entre o Pai e o Filho.

Eles são um em essência (João 10:30),

Um em honra (João 5:23),

Um em posses (João 16:15),

Um em domínio (Apocalipse 22:1),

Um em salvação (Isaías 43:11)

Um em glória (Isaías 42:8, Apocalipse 21:23, Hebreus 1:3).

Pense nos sábios que adoraram o menino Jesus em Belém e lembre-se de que a Escritura sanciona a adoração a Deus somente, sem exceções (Apocalipse 19:10).

O Senhor teve uma taxa de sucesso de 100% na realização de milagres, incluindo ressuscitar os mortos, e somente Ele poderia ler os pensamentos dos outros. Tudo isso aponta para Sua divindade.

A obra redentora de Cristo para nos salvar é o próprio Deus vindo para levar o pecado do homem cometido contra Si (contra Deus).

Que é a obra redentora de Cristo? É Deus suportando o que o homem pecou contra Deus. Em outras palavras, se Jesus de Nazaré não fosse Deus, Ele não estaria qualificado a levar nossos pecados de maneira justa. Jesus de Nazaré era Deus. Ele é o próprio Deus contra quem pecamos. Nosso Deus desceu à terra pessoalmente e tomou nossos pecados. Hoje, é Deus quem leva os nossos pecados em lugar do homem. Eis por que foi uma ação justa. Não podemos suportá-los por nós mesmos. Se fôssemos tomá-los, estaríamos acabados. Graças a Deus que Ele mesmo veio ao mundo para suportar os nossos pecados. Essa é a obra do Senhor Jesus na cruz.

Por que, então, Deus teve de tornar-se um homem? Já é suficiente que Deus ame ao mundo. Por que Ele teve de dar Seu Filho unigênito? É preciso perceber que o homem pecou contra Deus. Se Deus exigisse que o homem suportasse seu pecado, como o homem faria isso? O salário do pecado é a morte. Quando o pecado induz e age, ele acaba em morte. A morte é a cobrança justa do pecado (Romanos 5:12).

Quando o homem peca contra Deus, ele tem de suportar a consequência do pecado, que é a morte. Por isso, Deus é a outra parte. Se Ele viesse e assumisse nossa responsabilidade e sofresse a consequência do nosso pecado, Ele teria de morrer.

Mas em 1 Timóteo 6:16 é-nos dito que Deus é imortal; Ele não pode morrer. Mesmo que Deus quisesse vir ao mundo tomar nossos pecados, morrer e ir para a perdição, para Ele seria impossível fazê-lo. A morte simplesmente não tem efeito em Deus. Não há a possibilidade de Deus morrer. Portanto, para Deus sofrer o julgamento do pecado do homem contra Si (contra Deus), Ele teve de tomar o corpo de um homem.

Por isso Hebreus 10:5 diz-nos que quando Cristo veio ao mundo, Ele disse: “Corpo me formaste”.

Deus preparou um corpo para Cristo, com o propósito de Cristo se oferecer como oferta queimada e oferta pelo pecado. O Senhor diz: “Não te deleitaste com holocaustos e ofertas pelo pecado” (v. 6).

Agora Ele oferece Seu próprio corpo para tratar com o pecado do homem. Então, o Senhor Jesus se tornou um homem e veio ao mundo para ser crucificado.

O Senhor Jesus não é uma terceira parte; Ele é a parte primeira. Por ser Deus, Ele é qualificado para ser crucificado. Por ser homem, Ele pode morrer na cruz em nosso lugar. Devemos fazer clara distinção entre essas duas declarações. Ele é qualificado para ser crucificado porque é Deus, e pode ser crucificado porque é homem.

Somos gratos porque quando o Senhor Jesus for revelado como “REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES”, Sua divindade nunca mais será questionada! (Apocalipse 19:16)

 

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