BAHA'ISMO

Talvez o escritor Ferguson tivesse razão quando declarou que "nenhuma seita tem um evangelho mais apropríado ao temperamento dos nossos dias do aue os Baha'ís. ("The conrusíon 01 Tongues", pág , 231.)
Um movimento que declara ter algo mais de um milhão de adeptos "em quase todos os países do mundo" é digno de estudo.
 
Histórico
 
Baha'ismo é de origem pérsico-maometana, fruto da crença maometana de que "o último e verdadeiro sucessor de Maomé que desapareceu no século dez nunca morreu, mas continua vivo numa misteriosa cidade, rodeado por um grupo de fiéis discípulos e que, no final dos tempos, aparecerá e encherá a terra de justiça, depois de ter sido cheia de iniqüidade." Esse sucessor oculto revela-se de tempos em tempos através daqueles a quem esclarece a sua vontade e que são conhecidos por "Babs" ou "portas", "isto é, são portas através das quais se renova a comunicação entre o escondido e os seus fiéis seguidores."
O último desses Babs foi um jovem mercador persa chamado Mirza 'Ali Muhammed, que assumiu o título de Bab em 1844 e que "tinha as mesmas relações com Baha'
u'llah que João Batista tinha com Cristo." A carreira desse Bab foi curta; morreu como mártir pela mão dos maometanos com a idade de trinta anos, em 1850. Muitas vezes mencionou um profeta divino que viria logo após ele. Antes de morrer mandou os seus sinetes e escritos a Mirza Husayn 'Ali, um de seus amigos e principais protetores, dois anos mais velho do que ele. Os dois nunca tinham se encontrado e não se conheciam pessoalmente. A princípio Ali continuou nos ensinamentos do Bab; mas logo mais anunciou ser ele mesma a manifestação divina profetizada por este. É chamado Baha' seguidores da seita, então, mudaram seus nomes de Babs para Baha'ís e passaram a atribuir a Baha'u'llah uma adoração e honras divinas. Assim como aconteceu com o seu antecessor, Baha'u'llah e seus discípulos sofreram muitas perseguições e o exílio, que, é claro, provaram mais uma vez que "o sangue dos mártires é a semente da igreja." (Declaração de J. E. Esslemont em Baha'u'llah and His Message; também de S. G. Wilson em Baha'ism and Its Claims, pág. 22. Entretanto, W. E. Miller, identifica Baha'u'llah com Baha, meio-irmão de Mirza Yahya, que reinou evidentemente de 1852-1863, quando Baba conseguiu ascendência. Em obra anterior Miller declara que "quanto mais a doutrina dos Baha'is se espalhava ... mais se obscurecia e distorcia a verdadeira história e natureza do originário movimento." Baha'ism: Its Origin, History atui Teachings, pág. 90.)
Baha'u'llah faleceu em maio de 1892,aos setenta e cinco anos de idade, depois de quarenta anos de lutas, prisões e exílio, na sua vila em Behje, perto de Akka (Palestina, "a Terra Santa"). Foi substituído por seu filho Abbas Effendi, nascido em Teerã, na Pérsía, no dia 23 de maio de 1844, "exatamente no dia em que o Bab fez a sua proclamação aos discípulos em Shiraz." Abbas, que participou das lutas de seu pai e também da tranqüilidade dos seus últimos anos, é conhecido entre os Baha'ís como 'Abdu'l-Baha, isto é, o Servo de Deus. Transformou-se no "intérprete idôneo" dos ensinos do "Mestre" Baha'u'llah. Ele também provou adversidades e perseguições, ainda que não tão severas e tão numerosas quanto às de seus predecessores na causa. Em 1912visitou os Estados Unidos, onde conquistou os primeiros discípulos em Chicago e onde a causa desenvolveu-se mais depressa do que em qualquer outro país exceto a Pérsia.
'Abdu'l-Baha morreu em 28 de novembro de 1921, com setenta e sete anos de idade. A liderança do movimento, depois de algumas disputas, recaiu sobre o seu neto mais velho, Shoghi Effendi, o chefe de uma Comissão de Dezenove, e conhecido pelo título Guardião da Causa.
 
Ensinamentos
 
O Baha'ismo é a seita unionista por excelência. Nas palavras da Sra. Chandler, "ela aceitou todas as religiões do mundo, considerando-as fundamental e essencialmente iguais e reverencia igualmente como divinos todos os nove profetas. Por isso pode atrair da mesma maneira a indus, maometanos, cristãos e judeus; admite a divindade do profeta ou messias de cada um dêles. Nem sequer reivindica maior divindade para o seu próprio profeta particular, o Baha'u'llah. Simplesmente proclama que a Grande Beleza da Bendita Perfeição que chegou mais tarde, trouxe a última mensagem da Fonte Divina aos povos do mundo, e que essa mensagem não difere fundamentalmente, ou na sua essência, da mensagem do seu predecessor, mas é, poderia se dizer, atualizada no que se refere a certos assuntos específico que não afetam as pessoas às quais Cristo ou Maomé falou."
Nas palavras de um outro escritor bahaí, "Jesus não poderia ter falado sobre problemas internacionais; sua gente não sabia da existência do Japão." Uma nova revelação, portanto, para os nossos dias, tem de completar aquela que foi trazida por Jesus. Quando Jesus advertiu para "vigiar e orar" pela vinda do Senhor, quis dizer "aceitai Baha'u'llah." Ésse profeta, portanto, menciona Jesus como "o Filho de Deus", ou "uma Manifestação de Deus", mas proclamou-se "uma Manifestação mais recente."
De acordo com essas idéias fundamentais e para se aterem ao seu ideal unificador, os Baha'is apresentam os seguintes "princípios" pelos quais lutam:
"Um só Deus e uma só Religião;
Uma só Humanidade;
Livre Busca da Verdade;
Todos os Preconceitos devem ser Abandonados (religião, cor, nacionalidade, classe, sexo e pessoal);
Paz Internacional;
Idioma Internacional Auxiliar;
Educação para Todos;
Igualdade dos Sexos;
Abolição da Escravidão Industrial (abolição da Riqueza e Pobreza);
Santidade Pessoal (trabalhar no espírito de servir éadorar) ."
O Baha'ismo proclama que a união e a fraternidadesãos as duas únicas cousas importantes e não as doutrinas.
"Amor" é a palavra mais mencionada na sua literatura.
Mas o seu conceito de amor nem é correto, nem é consistentemente vivido. Em primeiro lugar, o próprio "Baha'isme"
prova que o "amor" sem certos ensinamentos definidos é insustentável. Quando em Nova Iorque, em 1912, dois Baha'ís se aproximaram de 'Abdu'l-Baha, discordando num ponto dos ensinamentos baha'is, e lhe pedindo que decidisse qual estava com a razão, a resposta de Abdu'l-Baha foi: "Nenhum está com a razão. Para ser um Baha'i não se deve discordar; todos devem concordar. A união é o alvo."
Entretanto, esse mesmo sistema insiste, agora, "que nada deve ser dado ao público por um indivíduo dentre os amigos, sem que seja completamente examinado e aprovado pela Assembléia Espiritual da sua localidade." Infere-se tacitamente que não é seguro deixar que os indivíduos exponham seus pontos de vista sobre os ensinamentos baha'ís, a não ser que sejam oficialmente aprovados. E, logo a seguir, se um membro dos Baha'is deixa o movimento por ter mudado de conceitos, ele - ou ela geralmente, pois é uma seita feminina como a Ciência Cristã - tem boas razões para ocultar-se o mais longe possível dos líderes dessa seita do amor. Esta declaração, pela natureza do caso, não pode ser provada com referências; mas o autor garante a sua veracidade. Não há salvação para quem abandone os Baha'is, de acordo com o seu sistema.
Os Baha'is se sentem encorajados pelo fato de que nestes últimos cem anos o Baha'ismo se espalhou da sua terra originária, o Irão, por 124 países, inclusive o Brasil.
"Seus seguidores se contam entre as mais diversas culturas, raças e nações. Seus ensinamentos se baseiam nos princípios da unidade da humanidade, da unidade da religião e da justiça sem princípios."
Enquanto o Baha'ismo estabelece-se com mais firmeza, os requisitos para a filiação vão se tornando mais exigentes.
Uma recente obra baha'i, "Tudo Se Fez Novo", de John Ferraby (1958), declara: "Se um Baha'i pertence a uma organização, religiosa ou secular, cuja filiação implica na adoção de crenças ou na aprovação de alvos em desarmonia com os ensinamentos de Baha'u'llah, isto importa numa negação da fé nesses ensinamentos, ou em falta de sinceridade declarada. Qualquer pessoa que esteja desejosa de filiar-se à Comunidade Baha'eque não esteja pronta a abandonar a sua filiação em alguma dessas organizações, prova com a sua má vontade que ainda não entendeu inteiramente os ensinamentos baha'is e, conseqüentemente, não deve ser aceito. Pelo mesmo motivo, um Baha'i que insiste em se filiar a uma tal organização depois que a sua assembléia já o admoestou a não fazê-lo, torna-se passível de ser privado do seu direito de voto na Comunidade Baha'i.
"Há muito poucas organizações cujas crenças e alvos estão plenamente consistentes com os ensinamentos baha'is.
Virtualmente, todas as organizações religiosas, com exceção talvez de algumas poucas que se referem à religião comparativa, exigem certo tipo de crença que um Baha'i não pode apoiar ... " (pág. 285).
 
Avaliação
 
É evidente que um movimento que acentua tão fortemente a união de todas as forças religiosas do mundo tem de ser um tanto vago e generalizado. Não existem muitos pontos da doutrina cristã sobre os quais a seita fale. Ela prefere ígnorá-los todos. Talvez seja aqui exatamente que devamos começar.
 
1. Está claro que o Baha'ismo tem alguns pontos excelentes, do ponto de vista cristão, que o torna muito perigoso como uma religião. As três últimas palavras foram sublinhadas de propósito. Quem não louvaria os Baha'is quando eles advogam a paz universal? Quem ainda não percebeu, atualmente, a monstruosidade de uma guerra universal feita com modernos meios de total destruição, e no interesse de investimentos internacionais de grandes capitais? Quem ainda não percebeu que a guerra moderna se aproxima do inferno como nada mais deste mundo? Ou quem ainda não percebeu que é mais que um gesto de nobreza quando um homem dá sua vida para ajudar os pobres, os doentes e as classes menos privilegiadas? Para tudo isto, há grandes dons que Calvino chamou de graça comum de Deus.
Mas toda essa nobreza de caráter não expia o pecado. Isso não é religião. Menos que tudo ela seria superior ao Cristianismo.
 
2. Com o seu panteísmo claramente implícito, o Baha'-ismo é mais um exemplo do que o Dr. Abraham Kuyper chamou, há muitos anos atrás, de "a irresistível tendência da nossa época de mudar em toda linha do Deus-homem para o Homem-deus." Como panteísmo, o Baha'ismo é condenado do ponto de vista do Cristianismo. O caminho que liberta o homem da sua maldade não é o seu galgar às mais altas manifestações da divindade, mas sim o transcendente Deus descer ao homem na sua divina revelação.
 
3. O Baha'ismo tem muito em comum com outra seita que se chama Teosofia. Ambos dão ênfase a idéia de que há necessidade para mais um porta-voz divino que acrescente algo mais às palavras de Jesus. Mas, enquanto os Teosofistas estão aguardando esse homem desde que Krishnamurti desceu do "trono que era de Cristo", os Baha'is asseguram que esse homem já apareceu em Baha'u'llah.
Assim como os Teosofistas, os Baha'is também concordam que todas as religiões são uma só. Lembramo-nos das palavras de Annie Besant: "Combinadas, elas dão o testemunho da verdade; combinadas, elas dão um gigantesco acorde de perfeição." Isto se deve, é claro, ao seu panteísmo
comum.
 
4. O Baha'ismo tem muito em comum com o Espiritismo e com a Maçonaria.
Sobre o Espiritismo, Sir Arthur Conan Doyle escreveu:
"Para mim ele é religião - a própria essência dela." Ele a chamou de "a grande força unificadora, a única coisa provavelmente ligada a todas as religiões, cristãs ou não, formando uma base sólida comum sobre a qual cada uma levanta, se for preciso, esse sistema separado que apela aos vários tipos de mentes." Como isto soa à Baha'ismo!
A discussão da Maçonaria num capítulo em separado foi omitido neste volume. O escritor não considera a Maçonaria como uma seita semelhante aos outros "ismos" aqui comentados. Para muitos Maçons a loja é o emblema ou marca da sociabilidade, da ajuda mútua. Eles riem da idéia de que a loja maçônica possa ser considerada uma competidora, nem se falando de uma substituta, da religião cristã.
Contudo, muitos líderes do movimento maçônico, a oficialmente recomendada literatura do movimento, seus signos e emblemas, todos emprestados das religiões pagãs do oriente, tudo isso e outras coisas mostram o que é a Maçonaria de tal maneira que o Dr. Torrey tinha razão quando disse: "Um homem pode ser um cristão e um maçon, mas ele não pode ser um cristão inteligente e um maçon inteligente ao mesmo tempo."
Sem querer ofender, portanto, aos cristãos maçons, gostaríamos que estudassem obras tais como An Encyclopedia of Freemasonry and Its Kindred Sciences, 1914; Lexicon of Freemasonry; Masonic Ritualist; todos por Albert G. Mackey.
Freemasonry and the Ancient Gods por J. S. M. Ward, 1926; New Odd-Fellows' Manual pelo Rev. A. B. Grosh, 1882.
Gostaríamos de perguntar aos Maçons por que existe uma Ordem Co-maçônica na Sociedade Teosofista. Gostaríamos de perguntar por que a afirmativa de que todas as religiões são uma só, deveria ser tolerada na Maçonaria, mas condenada na Teosofia e no Baha'ismo. Baha'u'llah diz no seu "Testamento":
"Ó vós, povos do mundo! A religião de Deus tem por finalidade o amor e a união; não a transformeis em causa de inimizade e conflito ... Acariciamos a esperança de que o povo de Baha sempre retomará à Bendita Palavra: EIS:
TODOS SÃO DE DEUS."
O Supremo Concílio do 33.0 Degrau, F.A.A.M., Jurisdição Meridional dos E.E.U.U. em 1874, disse: "A Maçonaria é um culto, mas um culto no qual todos os homens civilizados podem se unir; pois ela não se dispõe a explicar ou dogmatizar os grandes mistérios que estão acima da frágil compreensão de nosso intelecto humano."
E Mackey escreveu: "Se a Maçonaria fosse uma simples instituição cristã, os judeus e os maometanos, os brãmanes e os budistas, não poderiam de sã consciência participar da sua iluminação. Mas ela se ufana da sua universalidade.
Cidadãos de todas as nações podem falar a sua língua; no seu altar, homens de todas as religiões podem se ajoelhar; seu credo pode ser subscrito por discípulos de todas as fés."
 
5. Enquanto os Baha'is proclamam para a sua religião uma ênfase recente sobre as mesmas verdades também ensinadas, entre outras, pelo Cristianismo, nós sustentamos que ela é, pelo menos nas suas manifestações em terras cristãs, uma pobre imitação da religião cristã. Baha'u'llah como manifestação final de Deus em carne não passa de uma imitação da encarnação de Jesus Cristo; as "tabuinhas inspiradas" dos Baha'is são escrituras falsas. Seu "batismo espiritual", a "Terra Santa", as "beatitudes", a "Festa da União" (sucedâneo da Ceia' do Senhor), sua imitação do Pentecoste (dizem que uma paz surpreendente enche as almas daqueles que repetem noventa e cinco vezes por dia as palavras Alla hu Abha) - esses toques supostamente cristãos, aparentemente calculados para agarrar cristãos, não aumentam o nosso respeito pelo Baha'ismo.
O Christian Century de 25 de setembro de 1946, informa-nos de que os Baha'is decidiram começar a propagar a sua causa de dois modos: pela imprensa, para o povo em geral, através de revistas e periódicos populares, enquanto que outros serão alcançados pelos jornais do comércio das editoras e emissoras. Isto é interessante, primeiro porque agora estamos preparados a enfrentar um método mais direto de propaganda dessa seita que ensina a união de toda e qualquer religião. Em segundo lugar, conseguimos uma interessante olhadela na mentalidade do Modernismo, quando vemos o editor (naquele tempo) deste proeminente jornal religioso avançar tanto no seu veemente antagonismo contra o "denominacionalismo" quando escreve: "O plano é ótimo. Os Baha'ís têm alguma coisa para dar. " É interessante e pode sugestionar, ultimamente, a outros grupos religiosos que verificassem como este honrado grupo, que tem a sua origem entre os maometanos da Pérsia cerca de um século atrás, usa as mais modernas técnicas para fazer amigos e influenciar pessoas."
 
Baha'ismo e Doutrina Escriturística
 
Deus
 
"Além deste homem (Baha'u'llah) não existe outro ponto de concentração. Ele é Deus."
 
Pecado
 
"A única diferença entre os membros da família humana está no grau. Alguns são como crianças que são ignorantes e precisam ser educadas até que atinjam a maturidade.
Outras são como os doentes que precisam ser tratados com ternura e cuidado. Ninguém é mau e perverso. Não devemos sentir repulsa por essas pobres crianças. Devemos tratá-las com grande delicadeza, ensinando as ignorantes e ternamente cuidando das doentes."
"O mal é a imperfeição. O pecado é o estado do homem no mundo da natureza mais baixa, pois na natureza existe defeitos tais como a injustiça, a tirania, o ódio, a hostilidade, a porfia: são características do baixo plano da natureza. São os pecados do mundo, os frutos da árvore de que Adão comeu.
Através da educação podemos nos libertar dessas imperfeições." - 'Abdu'l-Baha.
 
Jesus, o Único Nome
 
"Cristo foi o profeta dos cristãos; Moísés, dos judeus. Por que os seguidores de cada profeta não reconheceriam e honrariam também os profetas dos outros? Se os homens ao menos pudessem aprender a lição da tolerância mútua, da compreensão, do amor fraternal, a União do mundo cedo seria um fato estabelecido." - 'Abdu'l-Baha."
"A revelação de Jesus foi para a sua própria dispensação, a revelação do "Filho". Atualmente já não é mais o ponto de orientação para o mundo. Ficamos em trevas totais se rejeitamos a revelação da presente dispensação.
Os Baha'is precisam se separar de tudo que ficou no passado - quer coisas boas, quer más - tudo. Agora tudo mudou. Todos os ensinamentos do passado são coisas do passado. 'Abdu'l-Baha está, agora, abastecendo o mundo." C. M. Remey.
 
A Ressurreição
 
" 'Abdu'l-Baha explica, o significado da ressurreição assim: 'Os discípulos estavam perturbados e agitados depois do martírio de Cristo. A Realidade de Cristo, que significa os seus ensinamentos, sua bondade, sua perfeição e seu poder espiritual, ficou escondida e oculta durante dois ou três dias depois do seu martírio, sem resplandecer ou se manifestar. Estava perdida; pois os crentes eram poucos em número e estavam perturbados e agitados. A causa de Cristo era como um corpo sem vida e, quando depois de três dias, os discípulos se encheram de ousadia e firmeza, começando a servir a Causa de Cristo e resolvendo proclamar os ensinamentos divinos, pondo em prática os seus conselhos, levantando-se para serví-lo, a Realidade de Cristo se tornou resplandescente e a sua bondade apareceu; sua religião encontrou a vida, seus ensinamentos e admoestações se tornaram videntes e visíveis. Em outras palavras, a Causa de Cristo era como um corpo sem vida, até que a vida e a bondade do Espírito Santo a rodeasse.'
 
Fé Versus Razão
 
"Há duas espécies de luz. Há a luz visível do sol por meio da qual podemos discernir as belezas do mundo à nossa volta. Sem ela nada poderíamos ver.
"Mas, apesar de que a função dessa luz é tornar essas coisas visíveis aos nossos olhos, ela não pode nos transmitir o poder de vê-Ias ou de entender os seus vários encantos, pois essa luz não tem inteligência, nem conhecimento. É a luz do intelecto que nos dá conhecimento e entendimento e sem essa luz os olhos físicos não teriam utilidade.
"Essa luz do intelecto é a mais perfeita luz que existe, pois nasceu da Luz Divina.
"A luz do intelecto capacita-nos a entendermos e a percebermos tudo o que existe, mas é somente a Divina Luz que pode nos dar a visão das coisas invisíveis e que nos capacita a vermos as Verdades que só serão visíveis ao mundo milhares de anos no futuro." 'Abdu'l-Baha.
"Não devemos aceitar dogmas tradicionais que são contrários à razão, nem fazer de conta que cremos em doutrinas que não podemos entender. Isso é superstição e nunca religião verdadeira." J. E. Esslemont.
 
Os Sofrimentos de Cristo
 
"Por que Jesus Cristo sofreu a terrível morte na Cruz?
Por que Maomé sofreu perseguições? Por que o Bab fez o supremo sacrifício e por que Baha'u'llah passou os anos de sua vida na cadeia?
"Por que todo esse sacrifício, se não para provar a vida eterna do Espírito?
"Cristo sofreu, Ele aceitou todos os seus sofrimentos por causa da imortalidade do seu espírito. Se um homem reflete, ele entenderá o significado espiritual da lei do progresso; como tudo se movimenta do grau inferior para o superior." 'Abdu'l-Baha.
 
Afirmamos que o Baha'ismo está condenado pelas seguintes declarações das Escrituras:
 
Mateus 24:24, 26: "Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos... Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto! não saiais. Eí-lo no interior da casa! não acrediteis."
 
Colcssenses 1:19-20: "Porque aprouve a Deus que nele residisse toda a plenitude, e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as cousas, quer sobre a terra, quer nos céus.
 
Propositalmente apresentamos o Baha'ismo como ele se revela em sua vestimenta ocidental. Notar-se-á que até mesmo isto é, mais ou menos, abertamente antí cristão. E isto é uma adaptação do Baha'ismo persa para o uso no ocidente. Um estudante fiel e partidário do Baha'ismo declarou: "O Baha'ismo persa não é essa fantasia ocidental que leva o seu nome." O Baha'isma
original é muito mais cheio de ódio para com os seus oponentes; advoga a bigamia mais do que a igualdade dos sexos; sua literatura está cheia de falsidades históricas e religiosas. Por isso, a declaração de que o Bab apontou um imediato sucessor seu, não é verdade, ainda que seja crido pelos Baha'is do oriente e ocidente.
Na Pérsía o movimento se vangloria de que metade da América é Baha'is hoje em dia. Cf. bem documentadas obras de S. G. Wilson e W. Miller, anteriormente citadas.

 

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