A FONTE

Em 1848 Londres foi atacada com uma devastadora epidemia de cólera. Ninguém sabia qual a causa da doença. O pânico se alastrou.

 

O Dr. John Snow, ao estudar as mortes de 89 pessoas em uma semana em uma certa área da cidade, descobriu que apenas duas delas não tinham bebido de uma certa fonte de um poço na Broad Street. Quando pediram sua sugestão em uma reunião de emergência dos líderes da cidade, Snow sugeriu: “Removam a alavanca da bomba da Broad Street”. Isto foi feito e a epidemia naquela área da cidade cessou.

 

Mas apenas remover a alavanca não resolveu a raiz do problema. Os esgotos continuavam a gotejar no poço, contaminando-o. O poço precisava ser protegido da contaminação para assegurar que se tornasse uma fonte de água segura no futuro.

 

A Bíblia ilustra o coração como uma fonte ou poço. Em Provérbios 4:23 nos diz “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.”

 

Devemos estar continuamente em guarda contra o sutil esgoto espiritual que vai gotejando e poluindo. Uma dor, uma ofensa, pode nos encher de amargura. Uma gota de intriga pode encerrar uma amizade. Um pecado repetido pode nos fazer mergulhar na depressão. Uma ocupação frenética com muitas coisas ou a falta de descanso pode endurecer o coração com uma apatia por Deus.

 

Todos conhecemos pessoas cuja vida espiritual foi colocada de lado e aleijada por deixarem de guardar com diligência os seus corações. Isto pode facilmente acontecer a cada um de nós. Então como devemos guardar nosso coração? Há vários princípios que são essenciais. Primeiro, devemos confessar o pecado tão logo o Espírito Santo nos convença de pecado. Não podemos permitir que ele continue a poluir nosso coração. Podemos receber a purificação imediata de Deus. (1 Jo 1:9)

 

Em segundo lugar, devemos nos recusar a guardar rancor. Jesus nos ensina que o perdão imediato e a reconciliação são imprescindíveis para Seus discípulos (Mt 5:23-24, Mc 11:25). Atrasar isto é convidar a amargura a entrar.

 

Terceiro, devemos ser rápidos em nos humilharmos a nós mesmos. A humilhação nunca machuca uma relação; o orgulho sim, sempre. O orgulho cria barricadas contra a voz de Deus.

 

Quarto, devemos nos desviar dos pensamentos impuros que nos batem à porta. Martinho Lutero disse certa vez, “Você não pode impedir um pássaro de voar sobre sua cabeça, mas pode impedi-lo de fazer um ninho em seus cabelos”. Podemos não ser capazes de evitar os maus pensamentos, mas deixamos de ter desculpas se os acalentamos. Devemos provar nossos pensamentos pela Palavra de Deus. Se deixarmos que as sementes de incredulidade, luxúria e pecado germinem, iremos colher uma fé debilitada.

 

Finalmente, devemos ter comunhão com o povo de Deus para manter nosso poço limpo. Podemos encontrar um efeito renovador e purificador na fé motivadora e encorajadora de outros Cristãos (Hb 10:24-25).

Cristo está no seu coração? Você O está forçando a conviver com a imundície? Se deixarmos, Ele irá purificar nosso coração. Se O amarmos, iremos guardar nosso coração com toda a diligência contra tudo o que impeça que ele esteja adequado ao Senhor.

 

Autor desconhecido

Desenvolvido por Palavras do Evangelho.com