Wilhelm Brockhaus (1819-1888)

Wilhelm Brockhaus foi o irmão mais velho de Carl Brockhaus e tio de Rudolf Brockhaus. Ele também nasceu em Himmelmert perto de Plettenberg — lugar onde a família já morava há 150 anos. O seu aniversário era dia 30 de agosto de 1819. Assim como o pai, também Wilhelm Brockhaus era para ser professor. Após seu tempo escolar, freqüentou, então, o seminário de professores em Soest durante os anos 1836 - 1838, ali onde também o seu irmão Carl recebeu a sua formação. O seu primeiro lugar onde lecionava era em Epscheid perto de Breckerfeld no ano de 1838. A partir de 1842 lecionou na escola de Rüggeberg e morava em Dorn. Foi ali onde chegou à fé viva no Senhor Jesus e ao entendimento da salvação em Cristo. A partir dessa época, o seu caminho era intimamente ligado ao do seu irmão mais novo, Carl, que era o primeiro da família que trilhou o caminho da fé. No dia 2 de abril de 1843, Wilhelm Brockhaus casou-se com Wilhelmine Escher de Glöerfeld. Sete filhos foram resultado desse matrimonio.

Assim como o seu irmão Carl, ele entrou no "Evangelischer Brüderverein" ("Associação Evangélica de Irmãos"). No ano de 1850, aceitou de seu irmão a edição da revista para jovens "Der Kinderbote" ("O Mensageiro para Crianças") e continuou nisso até a sua morte em 1888. Por meio dele "Der Kinderbote" se tornou a revista mais lida daquela categoria naqueles dias na parte oeste da Alemanha. No ano de 1854, desistiu completamente de sua profissão, para se dedicar plenamente à obra de seu Senhor e Salvador. Inicialmente continuou morando no mesmo lugar, até que, em 1866, mudouse para Elberfeld. Se tornou conhecido como editor das histórias publicadas em "Saat und Ernte" ("Semeadura e Colheita"), cujos 18 volumes apareceram na editora do "Elberfelder Erziehungsverein" ("Associação para Educação Elberfeld"). Os artigos escritos por ele portaram simplesmente as letras "W.B." Alguns de seus livros foram reeditados por diversas vezes e alguns foram traduzidos em outros idiomas.

Provavelmente, hoje não é mais possível verificar o que tudo escreveu. Principalmente na área da história de religião ele tinha profundos conhecimentos. Nas suas narrativas, gostava de relatar coisas de sua região de origem, o Sauerland, e em especial das montanhas e das matas de Plettenberg e vizinhança. Sempre trabalhou as narrativas para que levassem a uma decisão clara ao lado do Senhor Jesus, o Amigo das crianças, sem que mencionasse isso em cada página. Muitos devem a esse autor da juventude estímulos saudáveis para a eternidade e ao amor para com o Senhor Jesus e para com os Seus.

Em dezembro de 1852, Wilhelm Brockhaus saiu da "Associação Evangélica de Irmãos" juntamente com os irmãos Alberts, Schwarz, Weber, Bröcker, Effey e Eberstadt, sendo que o seu irmão Carl já dera esse passo antes. Depois que desistiu de sua profissão de professor no ano de 1854, para se dedicar integralmente à obra do Senhor, escreveu também bastante para as revistas de seu irmão. Dele procede o escrito intitulado "O Testemunho das Escrituras Sagradas sobre a Condenação Eterna em Contraste com a tal chamada Doutrina de Trazer de Volta"; escrito este que apareceu em 1907 já em quinta edição.

Também estava ao lado de seu irmão quanto ao anúncio do evangelho. Era um pregador dotado de despertamento, que complementava de maneira ideal a Carl Brockhaus. Wilhelm Brockhaus o chamava de vez em quando de "obstetra" e falava-lhe por exemplo: "Carl, agora você deve ir a tal e tal lugar! Ali há trabalho para você. Já fiz o que pude".

Até onde nós sabemos, os seguintes números da coletânea de hinos "Kleine Sammlung geistlicher Lieder" ("Pequena Coletânea de Hinos Espirituais"; hoje:
"Geistliche Lieder" — "Hinos Espirituais" — não idêntico com o hinário do mesmo nome existente em português. Para muitos hinos da autoria de seu irmão Carl, Wilhelm fez a composição musical. As músicas dos seguintes hinos são dele: 6, 12, 13, 16, 19, 25, 28, 43, 44, 49, 51, 53, 63, 66, 68, 76, 77, 78, 82, 85,86,89,96,97,99, 102, 103, 108, 110, 113, 114, 116, 117, 118, 122, 123.

Ele faleceu em 31 de outubro de 1888 na casa de seu genro em Duisburg.

O hino com que nós finalizamos a breve descrição de sua vida, é da autoria de Wilhelm Brockhaus tanto o texto quanto a música (Trata-se do hino 118 de "Kleine Sammlung geistlicher Lieder"; número 83 do hinário português "Hinos Espirituais").
Oh! Que gozo, Cristo volta,
a trombeta vai soar;
os sinais da Tua vinda
nos animam no esperar.
Diz o Espírito e a Noiva:
"Ora, vem, Senhor Jesus!"
Teu regresso prometido
para o lar no céu conduz.
Quando aqui desceste outrora,
ao nasceres em Belém,
anjos dizem aos pastores
quanto aos homens Deus quer bem.
Nesta terra Tu sofreste
toda a oposição mordaz
e, morrendo, nos livraste
dos grilhões de Satanás.
Mas Tu vives e Tu voltas
para a Noiva arrebatar;
o inimigo, para sempre,
preso em trevas vai ficar.
Sim, Tu vens, oh alegria!
Não mais para aqui penar,
mas com o Teu povo eleito
reino e glória partilhar.
Oh! Que gozo estar contigo,
nessa glória perenal.
Rodear Teu trono sempre,
Sem angústia, medo e sofrer!
Habitar no Lar Paterno,
no sublime gozo Teu,
ao Teu lado ali em tronos,
não mais tem Satã poder.

 

 

 

 

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